Desigualdade salarial: mulheres da indústria de SP ganham 14,7% a menos do que homens, diz Fiesp


Segundo levantamento, no ritmo atual, paridade entre gêneros só deve ocorrer em 2035

Por Matheus de Souza e Isabela Mendes

No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre a mão de obra feminina na indústria mostra que o caminho para sanar a disparidade de gênero no setor ainda é longo. De acordo com o levantamento, adiantado ao Estadão/Broadcast, mulheres da indústria recebem 14,7% a menos que os homens e, com um avanço paulatino registrado, a paridade salarial só deve ocorrer em 2035.

“Apesar dos avanços no que tange a desigualdade entre homens e mulheres, um cenário de total igualdade ainda parece distante”, diz trecho da pesquisa, que indica que mulheres ainda são minoria nos postos de trabalho industriais e possuem menor salário médio.

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O estudo aponta que as trabalhadoras da indústria recebem em média R$ 3.294,75 por mês, enquanto a média dos homens do setor é de R$ 3.863,68 por mês, uma diferença de 14,7%. Apesar de uma diminuição gradativa ser observada desde o início da série em 2006 - quando a diferença era de 30,5% - no ritmo atual, a paridade salarial no Estado deve ocorrer apenas na próxima década.

Ainda conforme o levantamento, o setor em que as mulheres têm o maior salário é a Indústria Extrativa, com média mensal de R$ 7.165,38 - 27% maior que o recebido pelos homens, que representam 88% do setor. Em contrapartida, na indústria de transformação elas recebem 22,7% a menos do que eles (R$ 3.272,7 ante R$ 4.235,96, respectivamente).

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que as mulheres com carteira assinada somam 736.473 de um total de 3.056.837 trabalhadores da indústria de São Paulo. Segundo a Fiesp, este número indica que apenas 24% da mão de obra formal total é composta por mulheres.

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Trabalhadoras da indústria recebem, em média, R$ 3.294,75 por mês, enquanto a média dos homens do setor é de R$ 3.863,68 por mês, aponta pesquisa da Fiesp  Foto: Felipe Rau/Estadão

“Esta participação porcentual, apesar de superior ao mesmo indicador de uma década atrás (23,5% em 2011), não é a maior, já que o pico ocorreu no ano de 2017, quando as mulheres representavam 24,6% do total de empregos formais no setor industrial paulista”, afirma a Federação.

Na análise dos dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), as mulheres são a maioria em apenas dois setores: confecção de artigos do vestuário e acessórios (72,7%) e fabricação de produtos do fumo (51%). Os setores com menor participação feminina são os de obras de infraestrutura (8,8%), extração de minerais não metálicos (9,9%) e serviços especializados para construção (9.5%).

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Quanto à escolaridade das trabalhadoras da indústria paulista, 56,6% têm o ensino médio completo, seguido por 21,4% com ensino superior completo. Analisando a participação das mulheres no total de trabalhadores por escolaridade, elas ainda ficam para trás: a participação mais expressiva consta na faixa daqueles que possuem doutorado - 58,6% de homens contra 41,4% de mulheres.

Para Marta Livia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino (CONFEM) da Fiesp, é preciso “agir com urgência para remover barreiras, que hoje impedem uma maior participação da força de trabalho feminina”. “É necessário desconstruir alguns preconceitos e mostrar o valor da diversidade, que está exatamente na diferença de pensamento, na pluralidade de ideias e opiniões vindas de pessoas com personalidades diferentes - a chamada diversidade cognitiva - que traz soluções diferentes para problemas comuns, além de inovação”, concluiu.

No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre a mão de obra feminina na indústria mostra que o caminho para sanar a disparidade de gênero no setor ainda é longo. De acordo com o levantamento, adiantado ao Estadão/Broadcast, mulheres da indústria recebem 14,7% a menos que os homens e, com um avanço paulatino registrado, a paridade salarial só deve ocorrer em 2035.

“Apesar dos avanços no que tange a desigualdade entre homens e mulheres, um cenário de total igualdade ainda parece distante”, diz trecho da pesquisa, que indica que mulheres ainda são minoria nos postos de trabalho industriais e possuem menor salário médio.

O estudo aponta que as trabalhadoras da indústria recebem em média R$ 3.294,75 por mês, enquanto a média dos homens do setor é de R$ 3.863,68 por mês, uma diferença de 14,7%. Apesar de uma diminuição gradativa ser observada desde o início da série em 2006 - quando a diferença era de 30,5% - no ritmo atual, a paridade salarial no Estado deve ocorrer apenas na próxima década.

Ainda conforme o levantamento, o setor em que as mulheres têm o maior salário é a Indústria Extrativa, com média mensal de R$ 7.165,38 - 27% maior que o recebido pelos homens, que representam 88% do setor. Em contrapartida, na indústria de transformação elas recebem 22,7% a menos do que eles (R$ 3.272,7 ante R$ 4.235,96, respectivamente).

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que as mulheres com carteira assinada somam 736.473 de um total de 3.056.837 trabalhadores da indústria de São Paulo. Segundo a Fiesp, este número indica que apenas 24% da mão de obra formal total é composta por mulheres.

Trabalhadoras da indústria recebem, em média, R$ 3.294,75 por mês, enquanto a média dos homens do setor é de R$ 3.863,68 por mês, aponta pesquisa da Fiesp  Foto: Felipe Rau/Estadão

“Esta participação porcentual, apesar de superior ao mesmo indicador de uma década atrás (23,5% em 2011), não é a maior, já que o pico ocorreu no ano de 2017, quando as mulheres representavam 24,6% do total de empregos formais no setor industrial paulista”, afirma a Federação.

Na análise dos dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), as mulheres são a maioria em apenas dois setores: confecção de artigos do vestuário e acessórios (72,7%) e fabricação de produtos do fumo (51%). Os setores com menor participação feminina são os de obras de infraestrutura (8,8%), extração de minerais não metálicos (9,9%) e serviços especializados para construção (9.5%).

Quanto à escolaridade das trabalhadoras da indústria paulista, 56,6% têm o ensino médio completo, seguido por 21,4% com ensino superior completo. Analisando a participação das mulheres no total de trabalhadores por escolaridade, elas ainda ficam para trás: a participação mais expressiva consta na faixa daqueles que possuem doutorado - 58,6% de homens contra 41,4% de mulheres.

Para Marta Livia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino (CONFEM) da Fiesp, é preciso “agir com urgência para remover barreiras, que hoje impedem uma maior participação da força de trabalho feminina”. “É necessário desconstruir alguns preconceitos e mostrar o valor da diversidade, que está exatamente na diferença de pensamento, na pluralidade de ideias e opiniões vindas de pessoas com personalidades diferentes - a chamada diversidade cognitiva - que traz soluções diferentes para problemas comuns, além de inovação”, concluiu.

No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre a mão de obra feminina na indústria mostra que o caminho para sanar a disparidade de gênero no setor ainda é longo. De acordo com o levantamento, adiantado ao Estadão/Broadcast, mulheres da indústria recebem 14,7% a menos que os homens e, com um avanço paulatino registrado, a paridade salarial só deve ocorrer em 2035.

“Apesar dos avanços no que tange a desigualdade entre homens e mulheres, um cenário de total igualdade ainda parece distante”, diz trecho da pesquisa, que indica que mulheres ainda são minoria nos postos de trabalho industriais e possuem menor salário médio.

O estudo aponta que as trabalhadoras da indústria recebem em média R$ 3.294,75 por mês, enquanto a média dos homens do setor é de R$ 3.863,68 por mês, uma diferença de 14,7%. Apesar de uma diminuição gradativa ser observada desde o início da série em 2006 - quando a diferença era de 30,5% - no ritmo atual, a paridade salarial no Estado deve ocorrer apenas na próxima década.

Ainda conforme o levantamento, o setor em que as mulheres têm o maior salário é a Indústria Extrativa, com média mensal de R$ 7.165,38 - 27% maior que o recebido pelos homens, que representam 88% do setor. Em contrapartida, na indústria de transformação elas recebem 22,7% a menos do que eles (R$ 3.272,7 ante R$ 4.235,96, respectivamente).

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que as mulheres com carteira assinada somam 736.473 de um total de 3.056.837 trabalhadores da indústria de São Paulo. Segundo a Fiesp, este número indica que apenas 24% da mão de obra formal total é composta por mulheres.

Trabalhadoras da indústria recebem, em média, R$ 3.294,75 por mês, enquanto a média dos homens do setor é de R$ 3.863,68 por mês, aponta pesquisa da Fiesp  Foto: Felipe Rau/Estadão

“Esta participação porcentual, apesar de superior ao mesmo indicador de uma década atrás (23,5% em 2011), não é a maior, já que o pico ocorreu no ano de 2017, quando as mulheres representavam 24,6% do total de empregos formais no setor industrial paulista”, afirma a Federação.

Na análise dos dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), as mulheres são a maioria em apenas dois setores: confecção de artigos do vestuário e acessórios (72,7%) e fabricação de produtos do fumo (51%). Os setores com menor participação feminina são os de obras de infraestrutura (8,8%), extração de minerais não metálicos (9,9%) e serviços especializados para construção (9.5%).

Quanto à escolaridade das trabalhadoras da indústria paulista, 56,6% têm o ensino médio completo, seguido por 21,4% com ensino superior completo. Analisando a participação das mulheres no total de trabalhadores por escolaridade, elas ainda ficam para trás: a participação mais expressiva consta na faixa daqueles que possuem doutorado - 58,6% de homens contra 41,4% de mulheres.

Para Marta Livia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino (CONFEM) da Fiesp, é preciso “agir com urgência para remover barreiras, que hoje impedem uma maior participação da força de trabalho feminina”. “É necessário desconstruir alguns preconceitos e mostrar o valor da diversidade, que está exatamente na diferença de pensamento, na pluralidade de ideias e opiniões vindas de pessoas com personalidades diferentes - a chamada diversidade cognitiva - que traz soluções diferentes para problemas comuns, além de inovação”, concluiu.

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