O comércio mais uma vez vai depender das compras de última hora, do crediário e das promoções para obter um resultado melhor do que o ano passado com o Dia das Mães, segunda data em vendas no calendário do varejo. Na sexta-feira, faltando dois dias para a data, vários lojistas em shoppings diziam que as vendas estavam razoáveis ou fracas e concentravam as expectativas no movimento deste sábado (8). Uma sondagem da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), feita com 120 comerciantes entre os dias 1.º e 6 de maio, mostra crescimento de apenas 1,4% no faturamento real do varejo, em relação a maio de 2003. Mas segundo a diretora da assessoria econômica da Fecomercio, Fernanda Della Rosa, a expectativa é de que as vendas de Dia das Mães fiquem de 3% a 4% superiores ao mesmo período do ano passado. "É uma recuperação, um sinal de melhora, mas em cima de uma base fraca", admite. Em 2003, o comércio teve na data uma queda de vendas de 8,2% em relação a 2002. Na avaliação da economista, a pequena recomposição de renda obtida pelos trabalhadores nos últimos dissídios salariais deve ajudar nas vendas este mês. Ela também ressalta que, na sondagem com os lojistas, deve ser levado em consideração que os bens duráveis, como eletroeletrônicos, produtos de informática e telefonia, até o dia 6, estavam com vendas 3,1% acima do ano passado. No caso dos bens semiduráveis - roupas e calçados - o crescimento no mesmo período era de 3,6%. "Os não-duráveis, como alimentos e produtos de farmácia, registraram queda de 2,2% na sondagem, puxando a média para 1 4%. Mas eles não são característicos da data", diz. Promoçôes - A pesquisa mostra também que para vender, 81% dos entrevistados usam algum tipo de promoção. A Lojas Americanas, por exemplo, parcela as vendas em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito para valores acima de R$ 150. Segundo os lojistas entrevistados, o cartão de crédito deve ser a opção escolhida por 59% dos consumidores para pagar o presente da mãe, seguida pelo pagamento à vista com 19% das opções e pelo carnê com 18%.
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