RIO - A diferença do preço do diesel vendido pela Petrobras em suas refinarias e da Acelen, única refinaria de grande porte privada do País, já chega a 17%, segundo levantamento do Observatório Social de Petróleo (OSP). A estatal está há um mês com o preço do diesel congelado e só deve voltar à paridade internacional após o segundo turno das eleições presidenciais, no próximo dia 30.
O preço médio do diesel vendido pela Petrobras, segundo o OSP, é de R$ 4,89 por litro, enquanto o da Acelen é de R$ 5,73 o litro.
A Acelen reajusta semanalmente seus combustíveis, para cima ou para baixo, desde que assumiu a Refinaria de Mataripe, ex-Landulpho Alves (Rlam), no final de 2021. O reajuste é feito toda sexta-feira. Na semana passada, foram concedidos aumentos entre 4,9% e 8,9%, para o diesel, dependendo do mercado atendido, enquanto a gasolina subiu cerca de 3%.
De acordo com o levantamento do OSP, no caso da gasolina, a Petrobras e a Acelen estão praticando preços bem próximos, com a média de R$ 3,28 e R$ 3,88 por litro, respectivamente.
O diesel tem subido mais que a gasolina no mercado internacional com a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, que aumenta a demanda, e pela continuidade da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que reduz a oferta global do combustível.