Na segunda fase do Sistema de Valores a Receber (SVR), há mais de R$ 6 bilhões parados nas instituições financeiras, aguardando liberação para cerca de 38,5 milhões de pessoas físicas e 2,4 milhões de pessoas jurídicas. A maioria dos beneficiários, no entanto, têm valores abaixo de R$ 10 para resgatar, segundo dados referentes a janeiro do Banco Central (BC).
O relatório do BC aponta que 29,2 milhões de contas, o equivalente a 62,55% do total, têm menos de R$ 10 de valores “esquecidos” a serem resgatados. Na outra ponta, apenas 643,1 mil contas, ou 1,37% do total, têm valores acima de R$ 1.000,01. Veja abaixo a quantidade de beneficiários para cada faixa de valor:
- Até R$ 10: 29.282.110 contas (62,55%);
- Entre R$ 10,01 e R$ 100: 12.195.837 contas (26,05%);
- Entre R$ 100,01 e R$ 1.000: 4.694.862 contas (10,03%);
- Acima de R$ 1.000,01: 643.105 contas (1,37%).
As consultas ao Sistema de Valores a Receber foram reabertas na terça-feira, 28, possibilitando que o cidadão descubra se tem recursos “esquecidos” nas instituições para resgatar (veja como realizar a consulta na reportagem). A solicitação dos resgates dos valores poderá ser realizada a partir do dia 7 de março, às 10h.
Os dados do BC também apontam que a maior parte dos valores, R$ 3,1 bilhões, se encontra nos bancos. Logo em seguida, estão as administradoras de consórcio, com R$ 2,1 bilhões, e as cooperativas, com R$ 602,7 milhões. Veja abaixo o valor total de recursos “esquecidos” em cada tipo de instituição e a quantidade de beneficiários (a quantidade se refere ao total de contas, já que uma pessoa pode ter várias contas com valores esquecidos):
Bancos: R$ 3.187.355.784,83 Beneficiários: 28.308.773
Administradoras de consórcio: R$ 2.149.913.448,90 Beneficiários: 8.901.738
Cooperativas: R$ 602.764.641,30 Beneficiários: 2.437.485
Instituições de pagamento: R$ 96.135.472,69 Beneficiários: 1.733.340
Financeiras: R$ 40.286.992,88 Beneficiários: 3.078.240
Corretoras e distribuidoras: R$ 9.464.761,52 Beneficiários: 11.791
Outros: R$ 1.920.882,18 Beneficiários: 192