Dinheiro do governo foi desviado via Pix para 20 contas bancárias diferentes; veja onde foi parar


Pagamentos no total de R$ 15,2 milhões que eram para empresa de tecnologia do governo foram parar em contas abertas em nome de outras empresas e beneficiários de programas sociais

Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA – O dinheiro desviado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi parar em 20 contas bancárias abertas em nome de empresas e pessoas físicas diferentes. O Estadão apurou que houve R$ 15,2 milhões em desvios. Desse total, até o momento, só há informação de que R$ 2 milhões foram recuperados.

As informações foram atualizadas nesta quinta-feira, 25, com a informação de mais R$ 1,2 milhão desviado do TSE.

A suspeita é de que houve um ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que serve para pagar servidores públicos, fornecedores e efetuar transferências oficiais para Estados e municípios. Os desvios foram feitos por transferências da conta da União para contas bancárias via Pix. A Polícia Federal investiga o caso e o inquérito está sob sigilo.

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Parte do dinheiro, um total de R$ 14 milhões, estava reservado para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa de tecnologia do governo federal localizada em Brasília, mas foi parar em 17 contas bancárias diferentes, abertas em nome de empresas e pessoas físicas em quatro Estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais Rio de Janeiro e São Paulo.

Outros pagamentos, que totalizaram R$ 1,4 milhão, estavam destinados para G4F, outra empresa de tecnologia da informação contratada pela Justiça Eleitoral, mas foram parar em três contas bancárias diferentes, em São Paulo e no Distrito Federal.

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No dia 28 de março, véspera do feriado de Páscoa, foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. O dinheiro, porém, foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes: R$ 2 milhões em uma empresa de móveis de Campinas (SP), R$ 1 milhão em uma construtora do Rio de Janeiro e R$ 763,9 mil em uma gestora de investimentos, também na capital fluminense. O governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões, mas o restante acabou sendo sacado ou transferido para outras contas. O ministério não se pronunciou.

Suspeita é de que houve um ataque sistema de pagamentos do governo federal e que os desvios foram feitos por transferências via Pix. Foto: Marcello Casal Jr

No dia 16 de abril, um novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes, incluindo uma construtora em São Paulo, uma mineradora em Itaú de Minas (MG), uma empresa que vende água mineral em Una (BA) e sete pessoas físicas diferentes. Uma das transferências, porém, foi cancelada.

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No mesmo dia, R$ 1,2 milhão em pagamentos reservados para a G4F, outra empresa de tecnologia contratada pelo TSE, foram parar em três contas bancárias diferentes. Ainda não há informação se esse dinheiro foi recuperado ou perdido. Procurado, o TSE informou ao Estadão que o caso está sob investigação da Polícia Federal e corre em sigilo.

Conforme o Estadão revelou, R$ 5,5 milhões foram enviados para sete contas de pessoas físicas diferentes, todas elas abertas em Paulínia (SP), incluindo beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial na pandemia de covid-19.

Um dos supostos beneficiários é Jonathan Coutinho, vendedor de ração para cachorro e gato em Ribeirão Preto (SP), que teria recebido R$ 1 milhão da Justiça Eleitoral no dia 16. Ele afirmou ao Estadão que foi vítima de um golpe. “Clonaram minha conta e fizeram o que fizeram. Agora, tem que achar quem fez isso, é o que eu mais quero”, disse Coutinho. Ele nega ter assinado alguma vez um contrato com o governo federal ou com o TSE. “Nunca mexi com esse povo.”

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Veja linha do tempo

28 de março

Foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. Dinheiro foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes

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8 de abril

Servidores receberam mensagem suspeita em seus celulares via SMS com tentativa de roubo de dados do Siafi

9 de abril

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Servidores foram alertados que mensagem SMS era fraudulenta e que, se tivessem clicado em link suspeito, deveriam reportar caso ao Tesouro Nacional

16 de abril

Novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes

22 de abril

Tesouro Nacional emite nota em que confirma a utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular no Siafi e diz que implementou ações adicionais para reforçar a segurança do sistema.

BRASÍLIA – O dinheiro desviado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi parar em 20 contas bancárias abertas em nome de empresas e pessoas físicas diferentes. O Estadão apurou que houve R$ 15,2 milhões em desvios. Desse total, até o momento, só há informação de que R$ 2 milhões foram recuperados.

As informações foram atualizadas nesta quinta-feira, 25, com a informação de mais R$ 1,2 milhão desviado do TSE.

A suspeita é de que houve um ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que serve para pagar servidores públicos, fornecedores e efetuar transferências oficiais para Estados e municípios. Os desvios foram feitos por transferências da conta da União para contas bancárias via Pix. A Polícia Federal investiga o caso e o inquérito está sob sigilo.

Parte do dinheiro, um total de R$ 14 milhões, estava reservado para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa de tecnologia do governo federal localizada em Brasília, mas foi parar em 17 contas bancárias diferentes, abertas em nome de empresas e pessoas físicas em quatro Estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais Rio de Janeiro e São Paulo.

Outros pagamentos, que totalizaram R$ 1,4 milhão, estavam destinados para G4F, outra empresa de tecnologia da informação contratada pela Justiça Eleitoral, mas foram parar em três contas bancárias diferentes, em São Paulo e no Distrito Federal.

No dia 28 de março, véspera do feriado de Páscoa, foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. O dinheiro, porém, foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes: R$ 2 milhões em uma empresa de móveis de Campinas (SP), R$ 1 milhão em uma construtora do Rio de Janeiro e R$ 763,9 mil em uma gestora de investimentos, também na capital fluminense. O governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões, mas o restante acabou sendo sacado ou transferido para outras contas. O ministério não se pronunciou.

Suspeita é de que houve um ataque sistema de pagamentos do governo federal e que os desvios foram feitos por transferências via Pix. Foto: Marcello Casal Jr

No dia 16 de abril, um novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes, incluindo uma construtora em São Paulo, uma mineradora em Itaú de Minas (MG), uma empresa que vende água mineral em Una (BA) e sete pessoas físicas diferentes. Uma das transferências, porém, foi cancelada.

No mesmo dia, R$ 1,2 milhão em pagamentos reservados para a G4F, outra empresa de tecnologia contratada pelo TSE, foram parar em três contas bancárias diferentes. Ainda não há informação se esse dinheiro foi recuperado ou perdido. Procurado, o TSE informou ao Estadão que o caso está sob investigação da Polícia Federal e corre em sigilo.

Conforme o Estadão revelou, R$ 5,5 milhões foram enviados para sete contas de pessoas físicas diferentes, todas elas abertas em Paulínia (SP), incluindo beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial na pandemia de covid-19.

Um dos supostos beneficiários é Jonathan Coutinho, vendedor de ração para cachorro e gato em Ribeirão Preto (SP), que teria recebido R$ 1 milhão da Justiça Eleitoral no dia 16. Ele afirmou ao Estadão que foi vítima de um golpe. “Clonaram minha conta e fizeram o que fizeram. Agora, tem que achar quem fez isso, é o que eu mais quero”, disse Coutinho. Ele nega ter assinado alguma vez um contrato com o governo federal ou com o TSE. “Nunca mexi com esse povo.”

Veja linha do tempo

28 de março

Foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. Dinheiro foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes

8 de abril

Servidores receberam mensagem suspeita em seus celulares via SMS com tentativa de roubo de dados do Siafi

9 de abril

Servidores foram alertados que mensagem SMS era fraudulenta e que, se tivessem clicado em link suspeito, deveriam reportar caso ao Tesouro Nacional

16 de abril

Novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes

22 de abril

Tesouro Nacional emite nota em que confirma a utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular no Siafi e diz que implementou ações adicionais para reforçar a segurança do sistema.

BRASÍLIA – O dinheiro desviado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi parar em 20 contas bancárias abertas em nome de empresas e pessoas físicas diferentes. O Estadão apurou que houve R$ 15,2 milhões em desvios. Desse total, até o momento, só há informação de que R$ 2 milhões foram recuperados.

As informações foram atualizadas nesta quinta-feira, 25, com a informação de mais R$ 1,2 milhão desviado do TSE.

A suspeita é de que houve um ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que serve para pagar servidores públicos, fornecedores e efetuar transferências oficiais para Estados e municípios. Os desvios foram feitos por transferências da conta da União para contas bancárias via Pix. A Polícia Federal investiga o caso e o inquérito está sob sigilo.

Parte do dinheiro, um total de R$ 14 milhões, estava reservado para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa de tecnologia do governo federal localizada em Brasília, mas foi parar em 17 contas bancárias diferentes, abertas em nome de empresas e pessoas físicas em quatro Estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais Rio de Janeiro e São Paulo.

Outros pagamentos, que totalizaram R$ 1,4 milhão, estavam destinados para G4F, outra empresa de tecnologia da informação contratada pela Justiça Eleitoral, mas foram parar em três contas bancárias diferentes, em São Paulo e no Distrito Federal.

No dia 28 de março, véspera do feriado de Páscoa, foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. O dinheiro, porém, foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes: R$ 2 milhões em uma empresa de móveis de Campinas (SP), R$ 1 milhão em uma construtora do Rio de Janeiro e R$ 763,9 mil em uma gestora de investimentos, também na capital fluminense. O governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões, mas o restante acabou sendo sacado ou transferido para outras contas. O ministério não se pronunciou.

Suspeita é de que houve um ataque sistema de pagamentos do governo federal e que os desvios foram feitos por transferências via Pix. Foto: Marcello Casal Jr

No dia 16 de abril, um novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes, incluindo uma construtora em São Paulo, uma mineradora em Itaú de Minas (MG), uma empresa que vende água mineral em Una (BA) e sete pessoas físicas diferentes. Uma das transferências, porém, foi cancelada.

No mesmo dia, R$ 1,2 milhão em pagamentos reservados para a G4F, outra empresa de tecnologia contratada pelo TSE, foram parar em três contas bancárias diferentes. Ainda não há informação se esse dinheiro foi recuperado ou perdido. Procurado, o TSE informou ao Estadão que o caso está sob investigação da Polícia Federal e corre em sigilo.

Conforme o Estadão revelou, R$ 5,5 milhões foram enviados para sete contas de pessoas físicas diferentes, todas elas abertas em Paulínia (SP), incluindo beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial na pandemia de covid-19.

Um dos supostos beneficiários é Jonathan Coutinho, vendedor de ração para cachorro e gato em Ribeirão Preto (SP), que teria recebido R$ 1 milhão da Justiça Eleitoral no dia 16. Ele afirmou ao Estadão que foi vítima de um golpe. “Clonaram minha conta e fizeram o que fizeram. Agora, tem que achar quem fez isso, é o que eu mais quero”, disse Coutinho. Ele nega ter assinado alguma vez um contrato com o governo federal ou com o TSE. “Nunca mexi com esse povo.”

Veja linha do tempo

28 de março

Foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. Dinheiro foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes

8 de abril

Servidores receberam mensagem suspeita em seus celulares via SMS com tentativa de roubo de dados do Siafi

9 de abril

Servidores foram alertados que mensagem SMS era fraudulenta e que, se tivessem clicado em link suspeito, deveriam reportar caso ao Tesouro Nacional

16 de abril

Novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes

22 de abril

Tesouro Nacional emite nota em que confirma a utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular no Siafi e diz que implementou ações adicionais para reforçar a segurança do sistema.

BRASÍLIA – O dinheiro desviado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi parar em 20 contas bancárias abertas em nome de empresas e pessoas físicas diferentes. O Estadão apurou que houve R$ 15,2 milhões em desvios. Desse total, até o momento, só há informação de que R$ 2 milhões foram recuperados.

As informações foram atualizadas nesta quinta-feira, 25, com a informação de mais R$ 1,2 milhão desviado do TSE.

A suspeita é de que houve um ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que serve para pagar servidores públicos, fornecedores e efetuar transferências oficiais para Estados e municípios. Os desvios foram feitos por transferências da conta da União para contas bancárias via Pix. A Polícia Federal investiga o caso e o inquérito está sob sigilo.

Parte do dinheiro, um total de R$ 14 milhões, estava reservado para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa de tecnologia do governo federal localizada em Brasília, mas foi parar em 17 contas bancárias diferentes, abertas em nome de empresas e pessoas físicas em quatro Estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais Rio de Janeiro e São Paulo.

Outros pagamentos, que totalizaram R$ 1,4 milhão, estavam destinados para G4F, outra empresa de tecnologia da informação contratada pela Justiça Eleitoral, mas foram parar em três contas bancárias diferentes, em São Paulo e no Distrito Federal.

No dia 28 de março, véspera do feriado de Páscoa, foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. O dinheiro, porém, foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes: R$ 2 milhões em uma empresa de móveis de Campinas (SP), R$ 1 milhão em uma construtora do Rio de Janeiro e R$ 763,9 mil em uma gestora de investimentos, também na capital fluminense. O governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões, mas o restante acabou sendo sacado ou transferido para outras contas. O ministério não se pronunciou.

Suspeita é de que houve um ataque sistema de pagamentos do governo federal e que os desvios foram feitos por transferências via Pix. Foto: Marcello Casal Jr

No dia 16 de abril, um novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes, incluindo uma construtora em São Paulo, uma mineradora em Itaú de Minas (MG), uma empresa que vende água mineral em Una (BA) e sete pessoas físicas diferentes. Uma das transferências, porém, foi cancelada.

No mesmo dia, R$ 1,2 milhão em pagamentos reservados para a G4F, outra empresa de tecnologia contratada pelo TSE, foram parar em três contas bancárias diferentes. Ainda não há informação se esse dinheiro foi recuperado ou perdido. Procurado, o TSE informou ao Estadão que o caso está sob investigação da Polícia Federal e corre em sigilo.

Conforme o Estadão revelou, R$ 5,5 milhões foram enviados para sete contas de pessoas físicas diferentes, todas elas abertas em Paulínia (SP), incluindo beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial na pandemia de covid-19.

Um dos supostos beneficiários é Jonathan Coutinho, vendedor de ração para cachorro e gato em Ribeirão Preto (SP), que teria recebido R$ 1 milhão da Justiça Eleitoral no dia 16. Ele afirmou ao Estadão que foi vítima de um golpe. “Clonaram minha conta e fizeram o que fizeram. Agora, tem que achar quem fez isso, é o que eu mais quero”, disse Coutinho. Ele nega ter assinado alguma vez um contrato com o governo federal ou com o TSE. “Nunca mexi com esse povo.”

Veja linha do tempo

28 de março

Foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. Dinheiro foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes

8 de abril

Servidores receberam mensagem suspeita em seus celulares via SMS com tentativa de roubo de dados do Siafi

9 de abril

Servidores foram alertados que mensagem SMS era fraudulenta e que, se tivessem clicado em link suspeito, deveriam reportar caso ao Tesouro Nacional

16 de abril

Novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes

22 de abril

Tesouro Nacional emite nota em que confirma a utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular no Siafi e diz que implementou ações adicionais para reforçar a segurança do sistema.

BRASÍLIA – O dinheiro desviado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi parar em 20 contas bancárias abertas em nome de empresas e pessoas físicas diferentes. O Estadão apurou que houve R$ 15,2 milhões em desvios. Desse total, até o momento, só há informação de que R$ 2 milhões foram recuperados.

As informações foram atualizadas nesta quinta-feira, 25, com a informação de mais R$ 1,2 milhão desviado do TSE.

A suspeita é de que houve um ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que serve para pagar servidores públicos, fornecedores e efetuar transferências oficiais para Estados e municípios. Os desvios foram feitos por transferências da conta da União para contas bancárias via Pix. A Polícia Federal investiga o caso e o inquérito está sob sigilo.

Parte do dinheiro, um total de R$ 14 milhões, estava reservado para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa de tecnologia do governo federal localizada em Brasília, mas foi parar em 17 contas bancárias diferentes, abertas em nome de empresas e pessoas físicas em quatro Estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais Rio de Janeiro e São Paulo.

Outros pagamentos, que totalizaram R$ 1,4 milhão, estavam destinados para G4F, outra empresa de tecnologia da informação contratada pela Justiça Eleitoral, mas foram parar em três contas bancárias diferentes, em São Paulo e no Distrito Federal.

No dia 28 de março, véspera do feriado de Páscoa, foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. O dinheiro, porém, foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes: R$ 2 milhões em uma empresa de móveis de Campinas (SP), R$ 1 milhão em uma construtora do Rio de Janeiro e R$ 763,9 mil em uma gestora de investimentos, também na capital fluminense. O governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões, mas o restante acabou sendo sacado ou transferido para outras contas. O ministério não se pronunciou.

Suspeita é de que houve um ataque sistema de pagamentos do governo federal e que os desvios foram feitos por transferências via Pix. Foto: Marcello Casal Jr

No dia 16 de abril, um novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes, incluindo uma construtora em São Paulo, uma mineradora em Itaú de Minas (MG), uma empresa que vende água mineral em Una (BA) e sete pessoas físicas diferentes. Uma das transferências, porém, foi cancelada.

No mesmo dia, R$ 1,2 milhão em pagamentos reservados para a G4F, outra empresa de tecnologia contratada pelo TSE, foram parar em três contas bancárias diferentes. Ainda não há informação se esse dinheiro foi recuperado ou perdido. Procurado, o TSE informou ao Estadão que o caso está sob investigação da Polícia Federal e corre em sigilo.

Conforme o Estadão revelou, R$ 5,5 milhões foram enviados para sete contas de pessoas físicas diferentes, todas elas abertas em Paulínia (SP), incluindo beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial na pandemia de covid-19.

Um dos supostos beneficiários é Jonathan Coutinho, vendedor de ração para cachorro e gato em Ribeirão Preto (SP), que teria recebido R$ 1 milhão da Justiça Eleitoral no dia 16. Ele afirmou ao Estadão que foi vítima de um golpe. “Clonaram minha conta e fizeram o que fizeram. Agora, tem que achar quem fez isso, é o que eu mais quero”, disse Coutinho. Ele nega ter assinado alguma vez um contrato com o governo federal ou com o TSE. “Nunca mexi com esse povo.”

Veja linha do tempo

28 de março

Foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ir para o Serpro. Dinheiro foi parar em contas abertas no nome de três empresas diferentes

8 de abril

Servidores receberam mensagem suspeita em seus celulares via SMS com tentativa de roubo de dados do Siafi

9 de abril

Servidores foram alertados que mensagem SMS era fraudulenta e que, se tivessem clicado em link suspeito, deveriam reportar caso ao Tesouro Nacional

16 de abril

Novo ataque ocorreu no sistema e desviou R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dinheiro também deveria ir para o Serpro, mas parou em 14 contas diferentes

22 de abril

Tesouro Nacional emite nota em que confirma a utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular no Siafi e diz que implementou ações adicionais para reforçar a segurança do sistema.

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