Distribuidores querem medidas para amenizar alta


Por Nicola Pamplona

Distribuidores e grandes consumidores de energia pedem medidas para amenizar a alta das tarifas de eletricidade que, este ano, tiveram forte pressão das térmicas e do aumento do preço da energia de Itaipu, cotada em dólar. Os primeiros sugerem o repasse do risco cambial sobre a usina binacional para o próprio governo, por meio do Tesouro Nacional, por exemplo. Já a indústria pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um diferimento dos índices de reajuste deste ano. "Esses aumentos dão um sinal contrário ao que ocorre no setor elétrico, pois a crise está provocando sobras de energia elétrica", comenta o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. Segundo ele, além do impacto sobre os custos de famílias e empresas já punidas pela crise, há aumento da pressão inflacionária e maior risco de inadimplência com as distribuidoras. A própria Aneel já manifestou preocupação com a tendência de alta de preços. "É péssimo, em um momento em que estamos tendo uma situação econômica complicada no mundo inteiro. Mas está nos nossos contratos e temos de cumprir", afirmou, na semana passada, o diretor-geral da agência, Nelson Hubner. O tema foi motivo de discórdia entre a Aneel e o governo Lula logo no primeiro ano de mandato, em 2003. Na ocasião, o governo interveio para evitar o repasse integral da variação do dólar do ano anterior sobre as tarifas de Itaipu. Os impactos da variação foram adiados por 12 meses e, ao fim daquele ano, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou um programa de ajuda às distribuidoras com recursos do BNDES. Medida semelhante é defendida agora pela Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). O custo de aquisição da energia de Itaipu por uma distribuidora varia mês a mês, mas só na data do reajuste anual é incorporado à tarifa cobrada pelo cliente. No fim do ano passado, com a expressiva valorização do dólar, as empresas assumiram o prejuízo, que está sendo repassado agora para o consumidor. Segundo a Aneel, o aumento de custo com compra de energia representou 50% do reajuste da CPFL, por exemplo. Para as distribuidoras, o ideal é não tomar o risco cambial, diz o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães. "Somos obrigados a comprar energia de Itaipu e ainda temos de pagar em dólar. Esse risco deveria ser assumido pelo governo, pois trata-se de acordo entre países", diz.

Distribuidores e grandes consumidores de energia pedem medidas para amenizar a alta das tarifas de eletricidade que, este ano, tiveram forte pressão das térmicas e do aumento do preço da energia de Itaipu, cotada em dólar. Os primeiros sugerem o repasse do risco cambial sobre a usina binacional para o próprio governo, por meio do Tesouro Nacional, por exemplo. Já a indústria pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um diferimento dos índices de reajuste deste ano. "Esses aumentos dão um sinal contrário ao que ocorre no setor elétrico, pois a crise está provocando sobras de energia elétrica", comenta o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. Segundo ele, além do impacto sobre os custos de famílias e empresas já punidas pela crise, há aumento da pressão inflacionária e maior risco de inadimplência com as distribuidoras. A própria Aneel já manifestou preocupação com a tendência de alta de preços. "É péssimo, em um momento em que estamos tendo uma situação econômica complicada no mundo inteiro. Mas está nos nossos contratos e temos de cumprir", afirmou, na semana passada, o diretor-geral da agência, Nelson Hubner. O tema foi motivo de discórdia entre a Aneel e o governo Lula logo no primeiro ano de mandato, em 2003. Na ocasião, o governo interveio para evitar o repasse integral da variação do dólar do ano anterior sobre as tarifas de Itaipu. Os impactos da variação foram adiados por 12 meses e, ao fim daquele ano, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou um programa de ajuda às distribuidoras com recursos do BNDES. Medida semelhante é defendida agora pela Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). O custo de aquisição da energia de Itaipu por uma distribuidora varia mês a mês, mas só na data do reajuste anual é incorporado à tarifa cobrada pelo cliente. No fim do ano passado, com a expressiva valorização do dólar, as empresas assumiram o prejuízo, que está sendo repassado agora para o consumidor. Segundo a Aneel, o aumento de custo com compra de energia representou 50% do reajuste da CPFL, por exemplo. Para as distribuidoras, o ideal é não tomar o risco cambial, diz o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães. "Somos obrigados a comprar energia de Itaipu e ainda temos de pagar em dólar. Esse risco deveria ser assumido pelo governo, pois trata-se de acordo entre países", diz.

Distribuidores e grandes consumidores de energia pedem medidas para amenizar a alta das tarifas de eletricidade que, este ano, tiveram forte pressão das térmicas e do aumento do preço da energia de Itaipu, cotada em dólar. Os primeiros sugerem o repasse do risco cambial sobre a usina binacional para o próprio governo, por meio do Tesouro Nacional, por exemplo. Já a indústria pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um diferimento dos índices de reajuste deste ano. "Esses aumentos dão um sinal contrário ao que ocorre no setor elétrico, pois a crise está provocando sobras de energia elétrica", comenta o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. Segundo ele, além do impacto sobre os custos de famílias e empresas já punidas pela crise, há aumento da pressão inflacionária e maior risco de inadimplência com as distribuidoras. A própria Aneel já manifestou preocupação com a tendência de alta de preços. "É péssimo, em um momento em que estamos tendo uma situação econômica complicada no mundo inteiro. Mas está nos nossos contratos e temos de cumprir", afirmou, na semana passada, o diretor-geral da agência, Nelson Hubner. O tema foi motivo de discórdia entre a Aneel e o governo Lula logo no primeiro ano de mandato, em 2003. Na ocasião, o governo interveio para evitar o repasse integral da variação do dólar do ano anterior sobre as tarifas de Itaipu. Os impactos da variação foram adiados por 12 meses e, ao fim daquele ano, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou um programa de ajuda às distribuidoras com recursos do BNDES. Medida semelhante é defendida agora pela Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). O custo de aquisição da energia de Itaipu por uma distribuidora varia mês a mês, mas só na data do reajuste anual é incorporado à tarifa cobrada pelo cliente. No fim do ano passado, com a expressiva valorização do dólar, as empresas assumiram o prejuízo, que está sendo repassado agora para o consumidor. Segundo a Aneel, o aumento de custo com compra de energia representou 50% do reajuste da CPFL, por exemplo. Para as distribuidoras, o ideal é não tomar o risco cambial, diz o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães. "Somos obrigados a comprar energia de Itaipu e ainda temos de pagar em dólar. Esse risco deveria ser assumido pelo governo, pois trata-se de acordo entre países", diz.

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