Dólar sobe a R$ 5,31 e Bolsa cai 2,02% com especulações sobre Mercadante no BNDES ou Petrobras


‘Risco Mercadante’ pesa em ativos, mas chance de PEC da Transição ser adiada alivia o estresse no mercado

Por Silvana Rocha e Maria Regina Silva
Atualização:

A semana de agenda cheia de indicadores e eventos, aqui e no exterior, já sugeria um pregão de cautela. Mas o mau humor local não foi causado pelas negociações da PEC de Transição, pela possibilidade de um Federal Reserve (Fed, o BC americano) mais duro, após dados recentes, ou pela cautela antes da ata do Copom. O nome e sobrenome da aversão ao risco foi Aloizio Mercadante.

A possibilidade do ex-ministro do governo Dilma Rousseff e atual membro do governo de transição assumir a Petrobras ou o BNDES reavivou no mercado a memória de políticas bastante criticadas: intervencionismo nas estatais e juros subsidiados para fomentar campeãs nacionais. O resultado foi um dia bastante negativo até a reta final do pregão, quando surgiram comentários de que a PEC de Transição pode não ser votada na quarta-feira, como queria o governo eleito. A leitura foi de que isso aumenta as chances de desidratação do texto, o que seria benéfico do ponto de visto fiscal.

Assim, a Bolsa, que tombou abaixo dos 104 mil pontos no pior momento do dia e caminhava para um fechamento na casa dos 104 mil pontos, reduziu as perdas, até fechar com queda de 2,02%, aos 105.343,33 pontos, com destaque para o recuo das estatais Petrobras e Banco do Brasil. O dólar, em movimento amplificado pela valorização externa ante algumas outras divisas, operou no maior nível em duas semanas ante o real, ao superar a casa de R$ 5,35. No fim, perdeu um pouco do ímpeto, mas a valorização ainda foi expressiva, de 1,26%, a R$ 5,3116.

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Reginaldo Galhardo, gerente da corretora Treviso, afirma que o mercado de câmbio ainda digere a escolha de Fernando Haddad para futuro ministro da Fazenda e que há preocupação se a reforma tributária defendida pelo novo governo pode trazer aumento de impostos sobre dividendos, lucros e herança.

“Se a Câmara desidratar o valor da PEC para cerca de R$ 80 bilhões pode diminuir o risco fiscal e melhorar o humor do mercado”, avalia Galhardo. Lá fora, o ambiente também é de valorização do dólar ante moedas emergentes em meio expectativas de decisões de juros de FED, BCE e BOE nesta semana, e o mercado local já se ajusta também desde cedo, comentou.

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Mercado fica instável com especulações sobre Mercadante em alguma estatal Foto: Reuters

A moeda no mercado futuro, que ainda operava quando surgiram os comentários sobre a postergação da PEC, perdeu um pouco de força e estava em R$ 5,3405 (+1,50%) às 18h15. Já na curva de juros, com os operadores à espera da ata do Copom, nesta terça, a sinalização de que Mercadante pode assumir o BNDES, por exemplo, e retomar políticas que custaram caro aos cofres públicos durante governos petistas, resultou em forte acúmulo de prêmios, sobretudo nos vértices intermediários. Mas, assim como nos demais ativos, a possibilidade de adiamento da PEC minimizou bastante a alta.

Enquanto isso, em Nova York, o dia foi misto. Se dólar e juros dos Treasuries subiram com a cautela antes das decisões de Fed, BCE e BoE, todos nesta semana, os índices de ações conseguiram engatar uma pequena recuperação ante perdas recentes, sustentados pela esperança de desaceleração inflacionária em meio ao enfraquecimento da economia global. Lá, os ganhos ficaram entre 1,26% (Nasdaq) e 1,58% (Dow Jones) no fechamento desta segunda-feira, 12.

A semana de agenda cheia de indicadores e eventos, aqui e no exterior, já sugeria um pregão de cautela. Mas o mau humor local não foi causado pelas negociações da PEC de Transição, pela possibilidade de um Federal Reserve (Fed, o BC americano) mais duro, após dados recentes, ou pela cautela antes da ata do Copom. O nome e sobrenome da aversão ao risco foi Aloizio Mercadante.

A possibilidade do ex-ministro do governo Dilma Rousseff e atual membro do governo de transição assumir a Petrobras ou o BNDES reavivou no mercado a memória de políticas bastante criticadas: intervencionismo nas estatais e juros subsidiados para fomentar campeãs nacionais. O resultado foi um dia bastante negativo até a reta final do pregão, quando surgiram comentários de que a PEC de Transição pode não ser votada na quarta-feira, como queria o governo eleito. A leitura foi de que isso aumenta as chances de desidratação do texto, o que seria benéfico do ponto de visto fiscal.

Assim, a Bolsa, que tombou abaixo dos 104 mil pontos no pior momento do dia e caminhava para um fechamento na casa dos 104 mil pontos, reduziu as perdas, até fechar com queda de 2,02%, aos 105.343,33 pontos, com destaque para o recuo das estatais Petrobras e Banco do Brasil. O dólar, em movimento amplificado pela valorização externa ante algumas outras divisas, operou no maior nível em duas semanas ante o real, ao superar a casa de R$ 5,35. No fim, perdeu um pouco do ímpeto, mas a valorização ainda foi expressiva, de 1,26%, a R$ 5,3116.

Reginaldo Galhardo, gerente da corretora Treviso, afirma que o mercado de câmbio ainda digere a escolha de Fernando Haddad para futuro ministro da Fazenda e que há preocupação se a reforma tributária defendida pelo novo governo pode trazer aumento de impostos sobre dividendos, lucros e herança.

“Se a Câmara desidratar o valor da PEC para cerca de R$ 80 bilhões pode diminuir o risco fiscal e melhorar o humor do mercado”, avalia Galhardo. Lá fora, o ambiente também é de valorização do dólar ante moedas emergentes em meio expectativas de decisões de juros de FED, BCE e BOE nesta semana, e o mercado local já se ajusta também desde cedo, comentou.

Mercado fica instável com especulações sobre Mercadante em alguma estatal Foto: Reuters

A moeda no mercado futuro, que ainda operava quando surgiram os comentários sobre a postergação da PEC, perdeu um pouco de força e estava em R$ 5,3405 (+1,50%) às 18h15. Já na curva de juros, com os operadores à espera da ata do Copom, nesta terça, a sinalização de que Mercadante pode assumir o BNDES, por exemplo, e retomar políticas que custaram caro aos cofres públicos durante governos petistas, resultou em forte acúmulo de prêmios, sobretudo nos vértices intermediários. Mas, assim como nos demais ativos, a possibilidade de adiamento da PEC minimizou bastante a alta.

Enquanto isso, em Nova York, o dia foi misto. Se dólar e juros dos Treasuries subiram com a cautela antes das decisões de Fed, BCE e BoE, todos nesta semana, os índices de ações conseguiram engatar uma pequena recuperação ante perdas recentes, sustentados pela esperança de desaceleração inflacionária em meio ao enfraquecimento da economia global. Lá, os ganhos ficaram entre 1,26% (Nasdaq) e 1,58% (Dow Jones) no fechamento desta segunda-feira, 12.

A semana de agenda cheia de indicadores e eventos, aqui e no exterior, já sugeria um pregão de cautela. Mas o mau humor local não foi causado pelas negociações da PEC de Transição, pela possibilidade de um Federal Reserve (Fed, o BC americano) mais duro, após dados recentes, ou pela cautela antes da ata do Copom. O nome e sobrenome da aversão ao risco foi Aloizio Mercadante.

A possibilidade do ex-ministro do governo Dilma Rousseff e atual membro do governo de transição assumir a Petrobras ou o BNDES reavivou no mercado a memória de políticas bastante criticadas: intervencionismo nas estatais e juros subsidiados para fomentar campeãs nacionais. O resultado foi um dia bastante negativo até a reta final do pregão, quando surgiram comentários de que a PEC de Transição pode não ser votada na quarta-feira, como queria o governo eleito. A leitura foi de que isso aumenta as chances de desidratação do texto, o que seria benéfico do ponto de visto fiscal.

Assim, a Bolsa, que tombou abaixo dos 104 mil pontos no pior momento do dia e caminhava para um fechamento na casa dos 104 mil pontos, reduziu as perdas, até fechar com queda de 2,02%, aos 105.343,33 pontos, com destaque para o recuo das estatais Petrobras e Banco do Brasil. O dólar, em movimento amplificado pela valorização externa ante algumas outras divisas, operou no maior nível em duas semanas ante o real, ao superar a casa de R$ 5,35. No fim, perdeu um pouco do ímpeto, mas a valorização ainda foi expressiva, de 1,26%, a R$ 5,3116.

Reginaldo Galhardo, gerente da corretora Treviso, afirma que o mercado de câmbio ainda digere a escolha de Fernando Haddad para futuro ministro da Fazenda e que há preocupação se a reforma tributária defendida pelo novo governo pode trazer aumento de impostos sobre dividendos, lucros e herança.

“Se a Câmara desidratar o valor da PEC para cerca de R$ 80 bilhões pode diminuir o risco fiscal e melhorar o humor do mercado”, avalia Galhardo. Lá fora, o ambiente também é de valorização do dólar ante moedas emergentes em meio expectativas de decisões de juros de FED, BCE e BOE nesta semana, e o mercado local já se ajusta também desde cedo, comentou.

Mercado fica instável com especulações sobre Mercadante em alguma estatal Foto: Reuters

A moeda no mercado futuro, que ainda operava quando surgiram os comentários sobre a postergação da PEC, perdeu um pouco de força e estava em R$ 5,3405 (+1,50%) às 18h15. Já na curva de juros, com os operadores à espera da ata do Copom, nesta terça, a sinalização de que Mercadante pode assumir o BNDES, por exemplo, e retomar políticas que custaram caro aos cofres públicos durante governos petistas, resultou em forte acúmulo de prêmios, sobretudo nos vértices intermediários. Mas, assim como nos demais ativos, a possibilidade de adiamento da PEC minimizou bastante a alta.

Enquanto isso, em Nova York, o dia foi misto. Se dólar e juros dos Treasuries subiram com a cautela antes das decisões de Fed, BCE e BoE, todos nesta semana, os índices de ações conseguiram engatar uma pequena recuperação ante perdas recentes, sustentados pela esperança de desaceleração inflacionária em meio ao enfraquecimento da economia global. Lá, os ganhos ficaram entre 1,26% (Nasdaq) e 1,58% (Dow Jones) no fechamento desta segunda-feira, 12.

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