Dólar sobe 0,56% e Bolsa cai 0,46% em dia de turbulência global por temor com recessão nos EUA


Dados de emprego nos Estados Unidos, mais fracos que o esperado, levaram o mercado a prever cortes de juros mais agressivos nos EUA; números divulgados nesta segunda-feira, porém, apontaram para uma economia ainda aquecida

Por Redação
Atualização:

A piora nas expectativas financeiras internacionais fez com que a cotação do dólar ultrapassasse a casa dos R$ 5,80 na manhã desta segunda-feira, 5. A moeda americana abriu a sessão em alta de 2,56%, aos R$ 5,8601, e chegou a bater em R$ 5,8805. Depois, porém, esse aumento arrefeceu, e o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,7414, uma elevação de 0,56%.

O Ibovespa, principal índice da B3, por sua vez, abriu o dia com queda expressiva, de mais de 2%. No final da manhã, essa queda também foi atenuada, com dados divulgados nos Estados Unidos que apontaram para uma economia ainda aquecida (leia mais abaixo). : àNo fim, o índice acabou fechando com recuo de 0,46%, aos 125.269 pontos.

O desempenho ruim no mercado brasileiro durante a manhã ficou em linha com o visto nos mercados financeiros globais. Nesta segunda, a Bolsa de Tóquio teve a maior queda de sua história, em pontos, e fechou com um recuo de 12,4%. Outras bolsas asiáticas, como as de Seul e Taiwan, também tiveram baixas expressivas, acima de 8%. Na Europa, as bolsas também fecharam com quedas, embora menores. Em Londres, a queda foi de 2,04%; em Frankfurt, de 1,95%; e em Paris, de 1,42%.

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Bolsa de Seul fechou em queda de mais de 8% Foto: Ahn Young-joon/AP

O pano de fundo de todo esse cenário é o temor de uma recessão da economia americana. Na sexta-feira, dados de emprego nos Estados Unidos apontaram para a geração de 114 mil vagas em julho, abaixo do piso das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 135 mil a 225 mil vagas, com mediana de 180 mil. A taxa de desemprego aumentou, o salário médio por hora cresceu abaixo do previsto e os dados de junho e maio foram revisados para baixo.

Esses números desencadearam uma reavaliação imediata nas expectativas de Wall Street quanto ao início do corte juros nos EUA e azedou ainda mais o humor nas bolsas de Nova York na sexta-feira, sob o temor de que o Federal Reserve (FED, o banco central americano) tenha demorado muito para acionar a sua tesoura. As chances de uma primeira queda maior dos juros em setembro, de 0,5 ponto, passaram de 80%, conforme a plataforma CME Group. Por sua vez, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto, que até então era majoritária, caiu para cerca de 18%, após o relatório. Além disso, mesmo quem ainda tinha alguma dúvida sobre o início dos cortes dos juros americanos em setembro agora apostam que essa é mesmo a data para a redução.

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Novos dados que foram divulgados nesta segunda-feira, no entanto, mudaram um pouco essa perspectiva. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 48,8 em junho a 51,4 em julho, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A expectativa era de um PMI de 51. Nesse indicador, números acima de 50 apontam para uma economia aquecida.

Na avaliação de Beto Saadia, diretor de Investimentos da corretora Nomos, a atividade americana não está desaquecida. “O que vimos foi especificamente no emprego. O payroll, divulgado na sexta, veio muito abaixo do esperado. A atividade está forte, mas não tão aquecida”, disse. “O pânico na Ásia foi uma resposta ao payroll. O Japão também subiu juros na semana passada, e isso contribuiu para o desmonte de carry trade. A ideia de recessão é exagerada e a própria reação do mercado caso tenha uma recessão nos EUA é exagerada.”

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Com a divulgação do PMI, o índice Nasdaq, em Nova York, que chegou a cair quase 5%, reduziu a queda para 3,77% no final da manhã.

Cortes agressivos

De acordo com a LCA Consultores, o temor de uma contração da economia global segue alto, com impactos nos ativos de risco, e isso pode elevar a pressão para que os principais bancos centrais tenham de ser agressivos nos cortes de juros para evitar um cenário pior.

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Neste sentido, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que sairá amanhã, ganha ainda mais importância. Na semana passada, o colegiado manteve a Selic em 10,50%, como esperado, indicando que este nível deve permanecer pelo menos até o final de 2024. Em meio ao avanço das expectativas de inflação e das incertezas fiscais, alguns economistas não descartam alta do juro básico em algum momento. No boletim Focus divulgado hoje, a mediana das projeções para a Selic em 2025 subiu de 9,50% para 9,75% ao ano.

A piora nas expectativas financeiras internacionais fez com que a cotação do dólar ultrapassasse a casa dos R$ 5,80 na manhã desta segunda-feira, 5. A moeda americana abriu a sessão em alta de 2,56%, aos R$ 5,8601, e chegou a bater em R$ 5,8805. Depois, porém, esse aumento arrefeceu, e o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,7414, uma elevação de 0,56%.

O Ibovespa, principal índice da B3, por sua vez, abriu o dia com queda expressiva, de mais de 2%. No final da manhã, essa queda também foi atenuada, com dados divulgados nos Estados Unidos que apontaram para uma economia ainda aquecida (leia mais abaixo). : àNo fim, o índice acabou fechando com recuo de 0,46%, aos 125.269 pontos.

O desempenho ruim no mercado brasileiro durante a manhã ficou em linha com o visto nos mercados financeiros globais. Nesta segunda, a Bolsa de Tóquio teve a maior queda de sua história, em pontos, e fechou com um recuo de 12,4%. Outras bolsas asiáticas, como as de Seul e Taiwan, também tiveram baixas expressivas, acima de 8%. Na Europa, as bolsas também fecharam com quedas, embora menores. Em Londres, a queda foi de 2,04%; em Frankfurt, de 1,95%; e em Paris, de 1,42%.

Bolsa de Seul fechou em queda de mais de 8% Foto: Ahn Young-joon/AP

O pano de fundo de todo esse cenário é o temor de uma recessão da economia americana. Na sexta-feira, dados de emprego nos Estados Unidos apontaram para a geração de 114 mil vagas em julho, abaixo do piso das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 135 mil a 225 mil vagas, com mediana de 180 mil. A taxa de desemprego aumentou, o salário médio por hora cresceu abaixo do previsto e os dados de junho e maio foram revisados para baixo.

Esses números desencadearam uma reavaliação imediata nas expectativas de Wall Street quanto ao início do corte juros nos EUA e azedou ainda mais o humor nas bolsas de Nova York na sexta-feira, sob o temor de que o Federal Reserve (FED, o banco central americano) tenha demorado muito para acionar a sua tesoura. As chances de uma primeira queda maior dos juros em setembro, de 0,5 ponto, passaram de 80%, conforme a plataforma CME Group. Por sua vez, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto, que até então era majoritária, caiu para cerca de 18%, após o relatório. Além disso, mesmo quem ainda tinha alguma dúvida sobre o início dos cortes dos juros americanos em setembro agora apostam que essa é mesmo a data para a redução.

Novos dados que foram divulgados nesta segunda-feira, no entanto, mudaram um pouco essa perspectiva. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 48,8 em junho a 51,4 em julho, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A expectativa era de um PMI de 51. Nesse indicador, números acima de 50 apontam para uma economia aquecida.

Na avaliação de Beto Saadia, diretor de Investimentos da corretora Nomos, a atividade americana não está desaquecida. “O que vimos foi especificamente no emprego. O payroll, divulgado na sexta, veio muito abaixo do esperado. A atividade está forte, mas não tão aquecida”, disse. “O pânico na Ásia foi uma resposta ao payroll. O Japão também subiu juros na semana passada, e isso contribuiu para o desmonte de carry trade. A ideia de recessão é exagerada e a própria reação do mercado caso tenha uma recessão nos EUA é exagerada.”

Com a divulgação do PMI, o índice Nasdaq, em Nova York, que chegou a cair quase 5%, reduziu a queda para 3,77% no final da manhã.

Cortes agressivos

De acordo com a LCA Consultores, o temor de uma contração da economia global segue alto, com impactos nos ativos de risco, e isso pode elevar a pressão para que os principais bancos centrais tenham de ser agressivos nos cortes de juros para evitar um cenário pior.

Neste sentido, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que sairá amanhã, ganha ainda mais importância. Na semana passada, o colegiado manteve a Selic em 10,50%, como esperado, indicando que este nível deve permanecer pelo menos até o final de 2024. Em meio ao avanço das expectativas de inflação e das incertezas fiscais, alguns economistas não descartam alta do juro básico em algum momento. No boletim Focus divulgado hoje, a mediana das projeções para a Selic em 2025 subiu de 9,50% para 9,75% ao ano.

A piora nas expectativas financeiras internacionais fez com que a cotação do dólar ultrapassasse a casa dos R$ 5,80 na manhã desta segunda-feira, 5. A moeda americana abriu a sessão em alta de 2,56%, aos R$ 5,8601, e chegou a bater em R$ 5,8805. Depois, porém, esse aumento arrefeceu, e o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,7414, uma elevação de 0,56%.

O Ibovespa, principal índice da B3, por sua vez, abriu o dia com queda expressiva, de mais de 2%. No final da manhã, essa queda também foi atenuada, com dados divulgados nos Estados Unidos que apontaram para uma economia ainda aquecida (leia mais abaixo). : àNo fim, o índice acabou fechando com recuo de 0,46%, aos 125.269 pontos.

O desempenho ruim no mercado brasileiro durante a manhã ficou em linha com o visto nos mercados financeiros globais. Nesta segunda, a Bolsa de Tóquio teve a maior queda de sua história, em pontos, e fechou com um recuo de 12,4%. Outras bolsas asiáticas, como as de Seul e Taiwan, também tiveram baixas expressivas, acima de 8%. Na Europa, as bolsas também fecharam com quedas, embora menores. Em Londres, a queda foi de 2,04%; em Frankfurt, de 1,95%; e em Paris, de 1,42%.

Bolsa de Seul fechou em queda de mais de 8% Foto: Ahn Young-joon/AP

O pano de fundo de todo esse cenário é o temor de uma recessão da economia americana. Na sexta-feira, dados de emprego nos Estados Unidos apontaram para a geração de 114 mil vagas em julho, abaixo do piso das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 135 mil a 225 mil vagas, com mediana de 180 mil. A taxa de desemprego aumentou, o salário médio por hora cresceu abaixo do previsto e os dados de junho e maio foram revisados para baixo.

Esses números desencadearam uma reavaliação imediata nas expectativas de Wall Street quanto ao início do corte juros nos EUA e azedou ainda mais o humor nas bolsas de Nova York na sexta-feira, sob o temor de que o Federal Reserve (FED, o banco central americano) tenha demorado muito para acionar a sua tesoura. As chances de uma primeira queda maior dos juros em setembro, de 0,5 ponto, passaram de 80%, conforme a plataforma CME Group. Por sua vez, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto, que até então era majoritária, caiu para cerca de 18%, após o relatório. Além disso, mesmo quem ainda tinha alguma dúvida sobre o início dos cortes dos juros americanos em setembro agora apostam que essa é mesmo a data para a redução.

Novos dados que foram divulgados nesta segunda-feira, no entanto, mudaram um pouco essa perspectiva. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 48,8 em junho a 51,4 em julho, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A expectativa era de um PMI de 51. Nesse indicador, números acima de 50 apontam para uma economia aquecida.

Na avaliação de Beto Saadia, diretor de Investimentos da corretora Nomos, a atividade americana não está desaquecida. “O que vimos foi especificamente no emprego. O payroll, divulgado na sexta, veio muito abaixo do esperado. A atividade está forte, mas não tão aquecida”, disse. “O pânico na Ásia foi uma resposta ao payroll. O Japão também subiu juros na semana passada, e isso contribuiu para o desmonte de carry trade. A ideia de recessão é exagerada e a própria reação do mercado caso tenha uma recessão nos EUA é exagerada.”

Com a divulgação do PMI, o índice Nasdaq, em Nova York, que chegou a cair quase 5%, reduziu a queda para 3,77% no final da manhã.

Cortes agressivos

De acordo com a LCA Consultores, o temor de uma contração da economia global segue alto, com impactos nos ativos de risco, e isso pode elevar a pressão para que os principais bancos centrais tenham de ser agressivos nos cortes de juros para evitar um cenário pior.

Neste sentido, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que sairá amanhã, ganha ainda mais importância. Na semana passada, o colegiado manteve a Selic em 10,50%, como esperado, indicando que este nível deve permanecer pelo menos até o final de 2024. Em meio ao avanço das expectativas de inflação e das incertezas fiscais, alguns economistas não descartam alta do juro básico em algum momento. No boletim Focus divulgado hoje, a mediana das projeções para a Selic em 2025 subiu de 9,50% para 9,75% ao ano.

A piora nas expectativas financeiras internacionais fez com que a cotação do dólar ultrapassasse a casa dos R$ 5,80 na manhã desta segunda-feira, 5. A moeda americana abriu a sessão em alta de 2,56%, aos R$ 5,8601, e chegou a bater em R$ 5,8805. Depois, porém, esse aumento arrefeceu, e o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,7414, uma elevação de 0,56%.

O Ibovespa, principal índice da B3, por sua vez, abriu o dia com queda expressiva, de mais de 2%. No final da manhã, essa queda também foi atenuada, com dados divulgados nos Estados Unidos que apontaram para uma economia ainda aquecida (leia mais abaixo). : àNo fim, o índice acabou fechando com recuo de 0,46%, aos 125.269 pontos.

O desempenho ruim no mercado brasileiro durante a manhã ficou em linha com o visto nos mercados financeiros globais. Nesta segunda, a Bolsa de Tóquio teve a maior queda de sua história, em pontos, e fechou com um recuo de 12,4%. Outras bolsas asiáticas, como as de Seul e Taiwan, também tiveram baixas expressivas, acima de 8%. Na Europa, as bolsas também fecharam com quedas, embora menores. Em Londres, a queda foi de 2,04%; em Frankfurt, de 1,95%; e em Paris, de 1,42%.

Bolsa de Seul fechou em queda de mais de 8% Foto: Ahn Young-joon/AP

O pano de fundo de todo esse cenário é o temor de uma recessão da economia americana. Na sexta-feira, dados de emprego nos Estados Unidos apontaram para a geração de 114 mil vagas em julho, abaixo do piso das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 135 mil a 225 mil vagas, com mediana de 180 mil. A taxa de desemprego aumentou, o salário médio por hora cresceu abaixo do previsto e os dados de junho e maio foram revisados para baixo.

Esses números desencadearam uma reavaliação imediata nas expectativas de Wall Street quanto ao início do corte juros nos EUA e azedou ainda mais o humor nas bolsas de Nova York na sexta-feira, sob o temor de que o Federal Reserve (FED, o banco central americano) tenha demorado muito para acionar a sua tesoura. As chances de uma primeira queda maior dos juros em setembro, de 0,5 ponto, passaram de 80%, conforme a plataforma CME Group. Por sua vez, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto, que até então era majoritária, caiu para cerca de 18%, após o relatório. Além disso, mesmo quem ainda tinha alguma dúvida sobre o início dos cortes dos juros americanos em setembro agora apostam que essa é mesmo a data para a redução.

Novos dados que foram divulgados nesta segunda-feira, no entanto, mudaram um pouco essa perspectiva. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 48,8 em junho a 51,4 em julho, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A expectativa era de um PMI de 51. Nesse indicador, números acima de 50 apontam para uma economia aquecida.

Na avaliação de Beto Saadia, diretor de Investimentos da corretora Nomos, a atividade americana não está desaquecida. “O que vimos foi especificamente no emprego. O payroll, divulgado na sexta, veio muito abaixo do esperado. A atividade está forte, mas não tão aquecida”, disse. “O pânico na Ásia foi uma resposta ao payroll. O Japão também subiu juros na semana passada, e isso contribuiu para o desmonte de carry trade. A ideia de recessão é exagerada e a própria reação do mercado caso tenha uma recessão nos EUA é exagerada.”

Com a divulgação do PMI, o índice Nasdaq, em Nova York, que chegou a cair quase 5%, reduziu a queda para 3,77% no final da manhã.

Cortes agressivos

De acordo com a LCA Consultores, o temor de uma contração da economia global segue alto, com impactos nos ativos de risco, e isso pode elevar a pressão para que os principais bancos centrais tenham de ser agressivos nos cortes de juros para evitar um cenário pior.

Neste sentido, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que sairá amanhã, ganha ainda mais importância. Na semana passada, o colegiado manteve a Selic em 10,50%, como esperado, indicando que este nível deve permanecer pelo menos até o final de 2024. Em meio ao avanço das expectativas de inflação e das incertezas fiscais, alguns economistas não descartam alta do juro básico em algum momento. No boletim Focus divulgado hoje, a mediana das projeções para a Selic em 2025 subiu de 9,50% para 9,75% ao ano.

A piora nas expectativas financeiras internacionais fez com que a cotação do dólar ultrapassasse a casa dos R$ 5,80 na manhã desta segunda-feira, 5. A moeda americana abriu a sessão em alta de 2,56%, aos R$ 5,8601, e chegou a bater em R$ 5,8805. Depois, porém, esse aumento arrefeceu, e o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,7414, uma elevação de 0,56%.

O Ibovespa, principal índice da B3, por sua vez, abriu o dia com queda expressiva, de mais de 2%. No final da manhã, essa queda também foi atenuada, com dados divulgados nos Estados Unidos que apontaram para uma economia ainda aquecida (leia mais abaixo). : àNo fim, o índice acabou fechando com recuo de 0,46%, aos 125.269 pontos.

O desempenho ruim no mercado brasileiro durante a manhã ficou em linha com o visto nos mercados financeiros globais. Nesta segunda, a Bolsa de Tóquio teve a maior queda de sua história, em pontos, e fechou com um recuo de 12,4%. Outras bolsas asiáticas, como as de Seul e Taiwan, também tiveram baixas expressivas, acima de 8%. Na Europa, as bolsas também fecharam com quedas, embora menores. Em Londres, a queda foi de 2,04%; em Frankfurt, de 1,95%; e em Paris, de 1,42%.

Bolsa de Seul fechou em queda de mais de 8% Foto: Ahn Young-joon/AP

O pano de fundo de todo esse cenário é o temor de uma recessão da economia americana. Na sexta-feira, dados de emprego nos Estados Unidos apontaram para a geração de 114 mil vagas em julho, abaixo do piso das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 135 mil a 225 mil vagas, com mediana de 180 mil. A taxa de desemprego aumentou, o salário médio por hora cresceu abaixo do previsto e os dados de junho e maio foram revisados para baixo.

Esses números desencadearam uma reavaliação imediata nas expectativas de Wall Street quanto ao início do corte juros nos EUA e azedou ainda mais o humor nas bolsas de Nova York na sexta-feira, sob o temor de que o Federal Reserve (FED, o banco central americano) tenha demorado muito para acionar a sua tesoura. As chances de uma primeira queda maior dos juros em setembro, de 0,5 ponto, passaram de 80%, conforme a plataforma CME Group. Por sua vez, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto, que até então era majoritária, caiu para cerca de 18%, após o relatório. Além disso, mesmo quem ainda tinha alguma dúvida sobre o início dos cortes dos juros americanos em setembro agora apostam que essa é mesmo a data para a redução.

Novos dados que foram divulgados nesta segunda-feira, no entanto, mudaram um pouco essa perspectiva. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 48,8 em junho a 51,4 em julho, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A expectativa era de um PMI de 51. Nesse indicador, números acima de 50 apontam para uma economia aquecida.

Na avaliação de Beto Saadia, diretor de Investimentos da corretora Nomos, a atividade americana não está desaquecida. “O que vimos foi especificamente no emprego. O payroll, divulgado na sexta, veio muito abaixo do esperado. A atividade está forte, mas não tão aquecida”, disse. “O pânico na Ásia foi uma resposta ao payroll. O Japão também subiu juros na semana passada, e isso contribuiu para o desmonte de carry trade. A ideia de recessão é exagerada e a própria reação do mercado caso tenha uma recessão nos EUA é exagerada.”

Com a divulgação do PMI, o índice Nasdaq, em Nova York, que chegou a cair quase 5%, reduziu a queda para 3,77% no final da manhã.

Cortes agressivos

De acordo com a LCA Consultores, o temor de uma contração da economia global segue alto, com impactos nos ativos de risco, e isso pode elevar a pressão para que os principais bancos centrais tenham de ser agressivos nos cortes de juros para evitar um cenário pior.

Neste sentido, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que sairá amanhã, ganha ainda mais importância. Na semana passada, o colegiado manteve a Selic em 10,50%, como esperado, indicando que este nível deve permanecer pelo menos até o final de 2024. Em meio ao avanço das expectativas de inflação e das incertezas fiscais, alguns economistas não descartam alta do juro básico em algum momento. No boletim Focus divulgado hoje, a mediana das projeções para a Selic em 2025 subiu de 9,50% para 9,75% ao ano.

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