Após quatro sessões em queda, o dólar voltou a subir nesta sexta-feira, 31, e fechou o mês com valorização de 13,35%, a maior desde fevereiro de 2009. A moeda fechou em alta de 2,52% nesta sexta-feira, cotada a R$ 2,156. A atuação do Banco Central no mercado fez efeito, mas não foi suficiente para evitar que a moeda norte-americana acumulasse alta de 21,46% em 2008. Veja também De olho nos sintomas da crise econômica Veja os reflexos da crise financeira em todo o mundo Lições de 29 Como o mundo reage à crise Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Dicionário da crise No mercado de ações, as bolsas de valores européias fecharam a sexta-feira em alta, impulsionadas pelos papéis do setor petrolífero e farmacêutico. O índice das principais ações européias FTSEurofirst 300 registrou alta de 2,79%, para 928 pontos. No mês, porém, o índice teve perda de 12,7%, na pior queda desde setembro de 2002, quadro alimentado pela crise de crédito e pela conseqüente desaceleração econômica. Por aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo não apenas reverteu o sinal de baixa mas renovava as máximas nesta tarde amparada pela ampliação dos ganhos em Wall Street, apesar de indicadores sinalizando a fraqueza da economia norte-americana. Às 16h43, o Ibovespa subia 0,55%, aos 37.655 pontos, enquanto, nos Estados Unidos, o Dow Jones avançava 1,81%, o S&P-500 ganhava 1,98% e o Nasdaq Composite registrava acréscimo de 1,52%. "Continuamos seguindo Nova York", disse um operador de bolsa de uma corretora em São Paulo. Em Londres, o índice FT-100 subiu 85,69 pontos (2,00%) e fechou com 4.377,34 pontos. Na semana, o índice acumulou um ganho de 12,72% mas, no mês, sofreu uma queda de 10,71%. "O sentimento nos mercados parece ter revivido (nesta semana)", comentou Jeremy Batstone-Carr, chefe de pesquisas da Charles Stanley. "Temos muito caminho pela frente para uma recuperação econômica, mas os investidores se perguntam cada vez mais se a recessão global já foi precificada", disse. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 79,25 pontos (2,33%) e fechou com 3.487,07 pontos. Na semana, o índice teve uma valorização de 9,18% mas, no mês, registrou uma desvalorização de 13,52%. Em Frankfurt, o índice Dax-30 subiu 118,67 pontos (2,44%) e fechou com 4.987,97 pontos. Na semana, o índice registrou um ganho de 16,12% mas, no mês, sofreu um tombo de 14,46%. BASF fechou com alta de 8,4% nesta sexta-feira. A seguradora Allianz recuou 6,4% influenciada pela queda nas ações da também seguradora Hartford, que registrou prejuízo no terceiro trimestre. Volkswagen devolveu os ganhos iniciais e fechou praticamente estável, com queda de 0,10%. Em Madri, o índice IBEX-35 fechou com alta de 293,10 pontos (3,32%) para 9.116,00 pontos, puxado pelas ações do setor financeiro. Na semana, o índice acumulou uma alta de 9,13% mas, no mês, registrou um declínio de 17,03%. Santander subiu 5,4%, BBVA avançou 4,5% e Banco Popular subiu 6,32%. Em Milão, o índice S&P/MIB subiu 599 pontos (2,88%) e fechou com 21.367 pontos. Na semana, o índice registrou uma valorização de 7,49% mas, no mês, sofreu uma perda de 16,31%. Nesta sexta, as ações da petrolífera ENI subiram 4,34% e as Parmalat avançaram 5,30%. Em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 105,59 pontos (1,69%) e fechou com 6.360,51 pontos. Na semana, o índice teve um ganho de 6,60% mas, no mês, o resultado foi negativo em 20,82%. EDP Renováveis avançou 11%, liderando os ganhos. Traders citaram uma recuperação técnica depois das quedas recentes. Galp subiu 4,7% depois que os reguladores da União Européia autorizaram a aquisição pela Galp das operações da ExxonMobil em Portugal.