Dólar fraco eleva peso do frete, pago em real, para soja do MT


Por ROBERTO SAMORA

As sucessivas quedas do dólar frente ao real fizeram produtores no Mato Grosso se voltarem a alguns aspectos dos custos de produção no setor, como o grande peso que o transporte da soja está significando na operação. Com a alta das cotações internacionais dos grãos, o dólar fraco e o frete pareciam estar perdendo espaço nas preocupações dos agricultores para a elevação de gastos com fertilizantes, que dobraram de preço no período de um ano. Mas a moeda norte-americana voltou a ser motivo de queixas mais enfáticas. Como o frete é cotado em reais, e a soja, em dólar, o peso específico do transporte cresceu e roubou rentabilidade. "Na maioria dos anos, o frete para levar o produto até Paranaguá equivalia a 50 dólares por tonelada. Hoje, por causa desse câmbio, gasta-se 110 a 115 dólares no transporte", disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Carlos Alberto Simon, falando do custo para levar a soja de sua cidade, no Médio-Norte do Estado, até o porto paranaense. "Se o câmbio estivesse a 2,50 reais, gastaria 63 dólares", ponderou Simon. Em um Estado distante dos portos exportadores como o Mato Grosso, o dólar forte de anos passados encobriu deficiências logísticas e foi um importante estimulante para o avanço no plantio na região. Ao mesmo tempo em que se lembram que poderiam desembolsar menos dólares para pagar o frete, os produtores também enfatizam que as estradas --o principal canal para "puxar" a soja de importantes regiões produtoras-- continuam em condições inadequadas. A reportagem da Reuters constatou, ao percorrer a BR-163 nesta semana, que o trecho mais problemático, com buracos no asfalto que obrigam muitos caminhões a pararem na rodovia, está entre Sinop e Sorriso, o maior produtor brasileiro de soja. A partir de Sorriso, ainda encontram-se buracos grandes em vários trechos da BR, mas a lentidão no tráfego em partes da rodovia é mesmo causada pelo grande número de caminhões na via. "O que precisa mudar é o sistema de transporte, o custo é muito alto", completou o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Alcindo Uggeri, admitindo que, com a alta da soja, a situação ainda está melhor do que na safra passada para o setor. (Edição de Marcelo Teixeira)

As sucessivas quedas do dólar frente ao real fizeram produtores no Mato Grosso se voltarem a alguns aspectos dos custos de produção no setor, como o grande peso que o transporte da soja está significando na operação. Com a alta das cotações internacionais dos grãos, o dólar fraco e o frete pareciam estar perdendo espaço nas preocupações dos agricultores para a elevação de gastos com fertilizantes, que dobraram de preço no período de um ano. Mas a moeda norte-americana voltou a ser motivo de queixas mais enfáticas. Como o frete é cotado em reais, e a soja, em dólar, o peso específico do transporte cresceu e roubou rentabilidade. "Na maioria dos anos, o frete para levar o produto até Paranaguá equivalia a 50 dólares por tonelada. Hoje, por causa desse câmbio, gasta-se 110 a 115 dólares no transporte", disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Carlos Alberto Simon, falando do custo para levar a soja de sua cidade, no Médio-Norte do Estado, até o porto paranaense. "Se o câmbio estivesse a 2,50 reais, gastaria 63 dólares", ponderou Simon. Em um Estado distante dos portos exportadores como o Mato Grosso, o dólar forte de anos passados encobriu deficiências logísticas e foi um importante estimulante para o avanço no plantio na região. Ao mesmo tempo em que se lembram que poderiam desembolsar menos dólares para pagar o frete, os produtores também enfatizam que as estradas --o principal canal para "puxar" a soja de importantes regiões produtoras-- continuam em condições inadequadas. A reportagem da Reuters constatou, ao percorrer a BR-163 nesta semana, que o trecho mais problemático, com buracos no asfalto que obrigam muitos caminhões a pararem na rodovia, está entre Sinop e Sorriso, o maior produtor brasileiro de soja. A partir de Sorriso, ainda encontram-se buracos grandes em vários trechos da BR, mas a lentidão no tráfego em partes da rodovia é mesmo causada pelo grande número de caminhões na via. "O que precisa mudar é o sistema de transporte, o custo é muito alto", completou o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Alcindo Uggeri, admitindo que, com a alta da soja, a situação ainda está melhor do que na safra passada para o setor. (Edição de Marcelo Teixeira)

As sucessivas quedas do dólar frente ao real fizeram produtores no Mato Grosso se voltarem a alguns aspectos dos custos de produção no setor, como o grande peso que o transporte da soja está significando na operação. Com a alta das cotações internacionais dos grãos, o dólar fraco e o frete pareciam estar perdendo espaço nas preocupações dos agricultores para a elevação de gastos com fertilizantes, que dobraram de preço no período de um ano. Mas a moeda norte-americana voltou a ser motivo de queixas mais enfáticas. Como o frete é cotado em reais, e a soja, em dólar, o peso específico do transporte cresceu e roubou rentabilidade. "Na maioria dos anos, o frete para levar o produto até Paranaguá equivalia a 50 dólares por tonelada. Hoje, por causa desse câmbio, gasta-se 110 a 115 dólares no transporte", disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Carlos Alberto Simon, falando do custo para levar a soja de sua cidade, no Médio-Norte do Estado, até o porto paranaense. "Se o câmbio estivesse a 2,50 reais, gastaria 63 dólares", ponderou Simon. Em um Estado distante dos portos exportadores como o Mato Grosso, o dólar forte de anos passados encobriu deficiências logísticas e foi um importante estimulante para o avanço no plantio na região. Ao mesmo tempo em que se lembram que poderiam desembolsar menos dólares para pagar o frete, os produtores também enfatizam que as estradas --o principal canal para "puxar" a soja de importantes regiões produtoras-- continuam em condições inadequadas. A reportagem da Reuters constatou, ao percorrer a BR-163 nesta semana, que o trecho mais problemático, com buracos no asfalto que obrigam muitos caminhões a pararem na rodovia, está entre Sinop e Sorriso, o maior produtor brasileiro de soja. A partir de Sorriso, ainda encontram-se buracos grandes em vários trechos da BR, mas a lentidão no tráfego em partes da rodovia é mesmo causada pelo grande número de caminhões na via. "O que precisa mudar é o sistema de transporte, o custo é muito alto", completou o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Alcindo Uggeri, admitindo que, com a alta da soja, a situação ainda está melhor do que na safra passada para o setor. (Edição de Marcelo Teixeira)

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.