Os bancos centrais esperam que o dólar continue dominando as reservas globais na próxima década, embora sua influência tenha leve diminuição, aponta a pesquisa “Investidor Público Global 2023″ do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF, na sigla em ingês), um think-tank de bancos centrais do Reino Unido.
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O documento apresenta informações de uma pesquisa com 75 bancos centrais com reservas internacionais de cerca de US$ 5 trilhões (cerca de R$ 23,9 trilhões).
Em média, os entrevistados esperam que a participação do dólar nas reservas globais caia para 54% na próxima década, partindo de pouco menos de 60% atualmente. Segundo a pesquisa, o yuan chinês e o euro têm potencial para se beneficiar das estratégias de diversificação dos bancos centrais a médio prazo.
Os entrevistados esperam que o yuan represente, em média, 6% das reservas globais daqui a 10 anos, partindo de pouco menos de 3% atualmente. No geral, os bancos centrais preveem que o dólar continuará dominante e que o yuan provavelmente não ganhará uma tração significativa como ativo de reserva em um futuro próximo.
Entre os bancos centrais consultados pela pesquisa, 13% esperam aumentar suas participações em yuan nos próximos dois anos, e 39% nos próximos 10 anos.
O euro também está despertando interesse entre os gestores de reservas: 14% planejam aumentar suas participações em euro nos próximos dois anos. Em 2021 e 2022, os bancos centrais não tinham essa intenção. Além disso, 9% dos consultados esperam aumentar suas participações em euro nos próximos 10 anos.
O levantamento também mostra que 6% dos bancos centrais entrevistados esperam reduzir suas participações em dólar nos próximos 10 anos. A mudança, no entanto, está alinhada com a tendência lenta de desdolarização que ocorre há décadas, aponta a pesquisa.