Donos de transportadoras dizem que ‘radicais’, e não caminhoneiros, são responsáveis pelos bloqueios


Categoria estaria levando a culpa injustamente ao mesmo tempo em que tem prejuízos com paralisações nas estradas

Por Maria Lígia Barros

Os caminhoneiros não são os responsáveis pelos bloqueios em rodovias federais que vêm sendo registrados em todo País desde ontem, confirmaram proprietários de frotas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. As fontes se desvincularam dos protestos dos manifestantes descontentes com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmaram que grande parte da categoria aceita o resultado das urnas, e reclamaram dos prejuízos que vêm sofrendo com as interdições.

O transportador Rogério Rios, da Bahia, classificou a situação como um “quadro isolado de uma parcela que não representa a maioria”. “Embora a gente tenha apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), eu discordo dessa paralisação”, disse ao Estadão/Broadcast. “Nós, da associação dos caminhões boiadeiros (que transportam gado), não validamos essa posição”, reforçou. Rios faz parte de um grupo nas redes com transportadores de vários Estados que concentram cerca de 300 caminhões boiadeiros, e falou que este é o consenso.

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Nesta tarde, sete dos seus veículos com cargas vivas foram impedidos de passar e ficaram retidos em interdições em Goiás e no Tocantins. “Inclusive, fui parado em alguns bloqueios, onde tive algumas discussões com bolsonaristas”, relatou. “Tenho visto muito que não são os caminhoneiros. Envolve pessoas radicais de cada cidade e meia dúzia de produtores rurais e do agro, que se aproveitam e pegam carona nos caminhoneiros. A maioria dos caminhoneiros com quem conversei na fila discorda, mas não conseguem enfrentar.”

O transportador Júlio Roriz, de Goiás, nem sequer tirou do pátio a sua frota de 17 veículos que também transportam carga viva. “Nós estamos tendo prejuízo. Temos contas a pagar, o faturamento mensal para gerar, e isso não está acontecendo”, falou ao Broadcast Agro. Ele estima que o prejuízo acumulado pela paralisação das atividades chega a R$ 80 mil, contando com os dias pré-eleição em que os caminhões ficaram parados para que os condutores pudessem votar.

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Bloqueio de manifestantes bolsonaristas no quilômetro 18 da Rodovia Castelo Branco nesta terça Foto: Felipe Rau / Estadão

“A classe está levando uma culpa que não é sua. Pode observar que, na medida que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) chega nos bloqueios e faz a desobstrução, a primeira coisa que o caminhoneiro quer é seguir viagem. Eu votei em Bolsonaro, mas quem ganhou foi Lula e não tem o que correr atrás.”

Mais cedo, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa 850 mil caminhoneiros, afirmou que as mobilizações não são motivadas por reivindicações da categoria e reforçou o compromisso com a ordem e o Estado de Direito.

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Apesar das declarações, a reportagem também ouviu um transportador que não colocou sua frota na rua porque estava aguardando um “direcionamento de Bolsonaro”. “Quem está parado está tomando prejuízo. Só que, se for por um bem, a gente fica até 60 dias parado”, comentou a fonte, que não quis se identificar.

As rodovias estão sendo interditadas por manifestantes que pedem a intervenção do Exército desde a noite de domingo, após a derrota eleitoral do presidente Bolsonaro. A PRF informou que há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos, mas que são majoritariamente organizados por “populares”. Às 16h29, a corporação informou que há 235 pontos de interdições e bloqueios em rodovias do País.

Os caminhoneiros não são os responsáveis pelos bloqueios em rodovias federais que vêm sendo registrados em todo País desde ontem, confirmaram proprietários de frotas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. As fontes se desvincularam dos protestos dos manifestantes descontentes com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmaram que grande parte da categoria aceita o resultado das urnas, e reclamaram dos prejuízos que vêm sofrendo com as interdições.

O transportador Rogério Rios, da Bahia, classificou a situação como um “quadro isolado de uma parcela que não representa a maioria”. “Embora a gente tenha apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), eu discordo dessa paralisação”, disse ao Estadão/Broadcast. “Nós, da associação dos caminhões boiadeiros (que transportam gado), não validamos essa posição”, reforçou. Rios faz parte de um grupo nas redes com transportadores de vários Estados que concentram cerca de 300 caminhões boiadeiros, e falou que este é o consenso.

Nesta tarde, sete dos seus veículos com cargas vivas foram impedidos de passar e ficaram retidos em interdições em Goiás e no Tocantins. “Inclusive, fui parado em alguns bloqueios, onde tive algumas discussões com bolsonaristas”, relatou. “Tenho visto muito que não são os caminhoneiros. Envolve pessoas radicais de cada cidade e meia dúzia de produtores rurais e do agro, que se aproveitam e pegam carona nos caminhoneiros. A maioria dos caminhoneiros com quem conversei na fila discorda, mas não conseguem enfrentar.”

O transportador Júlio Roriz, de Goiás, nem sequer tirou do pátio a sua frota de 17 veículos que também transportam carga viva. “Nós estamos tendo prejuízo. Temos contas a pagar, o faturamento mensal para gerar, e isso não está acontecendo”, falou ao Broadcast Agro. Ele estima que o prejuízo acumulado pela paralisação das atividades chega a R$ 80 mil, contando com os dias pré-eleição em que os caminhões ficaram parados para que os condutores pudessem votar.

Bloqueio de manifestantes bolsonaristas no quilômetro 18 da Rodovia Castelo Branco nesta terça Foto: Felipe Rau / Estadão

“A classe está levando uma culpa que não é sua. Pode observar que, na medida que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) chega nos bloqueios e faz a desobstrução, a primeira coisa que o caminhoneiro quer é seguir viagem. Eu votei em Bolsonaro, mas quem ganhou foi Lula e não tem o que correr atrás.”

Mais cedo, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa 850 mil caminhoneiros, afirmou que as mobilizações não são motivadas por reivindicações da categoria e reforçou o compromisso com a ordem e o Estado de Direito.

Apesar das declarações, a reportagem também ouviu um transportador que não colocou sua frota na rua porque estava aguardando um “direcionamento de Bolsonaro”. “Quem está parado está tomando prejuízo. Só que, se for por um bem, a gente fica até 60 dias parado”, comentou a fonte, que não quis se identificar.

As rodovias estão sendo interditadas por manifestantes que pedem a intervenção do Exército desde a noite de domingo, após a derrota eleitoral do presidente Bolsonaro. A PRF informou que há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos, mas que são majoritariamente organizados por “populares”. Às 16h29, a corporação informou que há 235 pontos de interdições e bloqueios em rodovias do País.

Os caminhoneiros não são os responsáveis pelos bloqueios em rodovias federais que vêm sendo registrados em todo País desde ontem, confirmaram proprietários de frotas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. As fontes se desvincularam dos protestos dos manifestantes descontentes com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmaram que grande parte da categoria aceita o resultado das urnas, e reclamaram dos prejuízos que vêm sofrendo com as interdições.

O transportador Rogério Rios, da Bahia, classificou a situação como um “quadro isolado de uma parcela que não representa a maioria”. “Embora a gente tenha apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), eu discordo dessa paralisação”, disse ao Estadão/Broadcast. “Nós, da associação dos caminhões boiadeiros (que transportam gado), não validamos essa posição”, reforçou. Rios faz parte de um grupo nas redes com transportadores de vários Estados que concentram cerca de 300 caminhões boiadeiros, e falou que este é o consenso.

Nesta tarde, sete dos seus veículos com cargas vivas foram impedidos de passar e ficaram retidos em interdições em Goiás e no Tocantins. “Inclusive, fui parado em alguns bloqueios, onde tive algumas discussões com bolsonaristas”, relatou. “Tenho visto muito que não são os caminhoneiros. Envolve pessoas radicais de cada cidade e meia dúzia de produtores rurais e do agro, que se aproveitam e pegam carona nos caminhoneiros. A maioria dos caminhoneiros com quem conversei na fila discorda, mas não conseguem enfrentar.”

O transportador Júlio Roriz, de Goiás, nem sequer tirou do pátio a sua frota de 17 veículos que também transportam carga viva. “Nós estamos tendo prejuízo. Temos contas a pagar, o faturamento mensal para gerar, e isso não está acontecendo”, falou ao Broadcast Agro. Ele estima que o prejuízo acumulado pela paralisação das atividades chega a R$ 80 mil, contando com os dias pré-eleição em que os caminhões ficaram parados para que os condutores pudessem votar.

Bloqueio de manifestantes bolsonaristas no quilômetro 18 da Rodovia Castelo Branco nesta terça Foto: Felipe Rau / Estadão

“A classe está levando uma culpa que não é sua. Pode observar que, na medida que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) chega nos bloqueios e faz a desobstrução, a primeira coisa que o caminhoneiro quer é seguir viagem. Eu votei em Bolsonaro, mas quem ganhou foi Lula e não tem o que correr atrás.”

Mais cedo, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa 850 mil caminhoneiros, afirmou que as mobilizações não são motivadas por reivindicações da categoria e reforçou o compromisso com a ordem e o Estado de Direito.

Apesar das declarações, a reportagem também ouviu um transportador que não colocou sua frota na rua porque estava aguardando um “direcionamento de Bolsonaro”. “Quem está parado está tomando prejuízo. Só que, se for por um bem, a gente fica até 60 dias parado”, comentou a fonte, que não quis se identificar.

As rodovias estão sendo interditadas por manifestantes que pedem a intervenção do Exército desde a noite de domingo, após a derrota eleitoral do presidente Bolsonaro. A PRF informou que há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos, mas que são majoritariamente organizados por “populares”. Às 16h29, a corporação informou que há 235 pontos de interdições e bloqueios em rodovias do País.

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