É hora da virada no mercado?


Projeções agora apontam fortemente para um início de cortes em setembro

Por Paula Zogbi*, da Nomad, e Estadão Blue Studio
Atualização:

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho, divulgado na semana passada, é o principal indicador econômico de 2024 até agora. Com números mais benignos que o esperado e reforçando uma tendência em direção à meta de 2% do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a divulgação estimulou um movimento forte de rotação no mercado. Será que uma nova fase começou?

Para contextualizar, na virada do ano, o mercado previa início do ciclo de cortes de juros nos EUA já no primeiro trimestre, com queda de 1 ou 1,25 ponto percentual para as Fed Funds em 2024. Em abril, o sentimento era radicalmente diferente, com pouca clareza do espaço para a flexibilização monetária e parte do mercado antecipando até mesmo novas altas. A partir do CPI de junho, a neblina se dissipou, e as projeções agora apontam fortemente para um início de cortes em setembro e entre dois e três cortes ainda este ano.

Com isso, a curva de juros fechou, indicando taxas mais baixas no futuro. O mercado reagiu derrubando as ações que estavam “carregando o rali recente nas costas” (leia-se: big techs) e levando um enorme fluxo para papéis até então “esquecidos”, como small caps e setores muito sensíveis a juros, especialmente o imobiliário. O Russell 2000, principal índice de small caps, subiu mais de 6% na semana, e, entre os ETFs setoriais, os que acompanham o mercado imobiliário foram os de melhor desempenho, com altas próximas de 4,5%.

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Índice de preços ao consumidor dos EUA apresentou números mais benignos que o esperado Foto: Getty Images

Então, as big techs deixaram de ser as únicas cartas do jogo? Ajustes em fundos de investimentos, se afastando das teses de “taxas altas por mais tempo” rumo a mercados descontados, podem manter a bolsa nesse mesmo caminho por algumas semanas. Na renda fixa, aumenta a atratividade de fixar ganhos nas taxas atuais, com chances de capturar valorização quando os cortes de juros se efetivarem.

Mas nada disso é certo. Por ora, seguimos de olho nos dados. Além da própria flexibilização monetária, a manutenção da atividade econômica em níveis saudáveis, fora de um contexto de recessão, é importante para manter o bom desempenho das ações que ficaram para trás nos últimos 18 meses. Os resultados corporativos, que já começaram a ser divulgados, serão um bom termômetro da saúde financeira no micro.

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* Paula Zogbi é gerente de Research da Nomad

O conteúdo disponibilizado aqui não constitui ou deve ser considerado como conselho, recomendação ou oferta deativos pela Nomad. Serviços intermediados por Global Investment Services DTVM Ltda

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho, divulgado na semana passada, é o principal indicador econômico de 2024 até agora. Com números mais benignos que o esperado e reforçando uma tendência em direção à meta de 2% do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a divulgação estimulou um movimento forte de rotação no mercado. Será que uma nova fase começou?

Para contextualizar, na virada do ano, o mercado previa início do ciclo de cortes de juros nos EUA já no primeiro trimestre, com queda de 1 ou 1,25 ponto percentual para as Fed Funds em 2024. Em abril, o sentimento era radicalmente diferente, com pouca clareza do espaço para a flexibilização monetária e parte do mercado antecipando até mesmo novas altas. A partir do CPI de junho, a neblina se dissipou, e as projeções agora apontam fortemente para um início de cortes em setembro e entre dois e três cortes ainda este ano.

Com isso, a curva de juros fechou, indicando taxas mais baixas no futuro. O mercado reagiu derrubando as ações que estavam “carregando o rali recente nas costas” (leia-se: big techs) e levando um enorme fluxo para papéis até então “esquecidos”, como small caps e setores muito sensíveis a juros, especialmente o imobiliário. O Russell 2000, principal índice de small caps, subiu mais de 6% na semana, e, entre os ETFs setoriais, os que acompanham o mercado imobiliário foram os de melhor desempenho, com altas próximas de 4,5%.

Índice de preços ao consumidor dos EUA apresentou números mais benignos que o esperado Foto: Getty Images

Então, as big techs deixaram de ser as únicas cartas do jogo? Ajustes em fundos de investimentos, se afastando das teses de “taxas altas por mais tempo” rumo a mercados descontados, podem manter a bolsa nesse mesmo caminho por algumas semanas. Na renda fixa, aumenta a atratividade de fixar ganhos nas taxas atuais, com chances de capturar valorização quando os cortes de juros se efetivarem.

Mas nada disso é certo. Por ora, seguimos de olho nos dados. Além da própria flexibilização monetária, a manutenção da atividade econômica em níveis saudáveis, fora de um contexto de recessão, é importante para manter o bom desempenho das ações que ficaram para trás nos últimos 18 meses. Os resultados corporativos, que já começaram a ser divulgados, serão um bom termômetro da saúde financeira no micro.

* Paula Zogbi é gerente de Research da Nomad

O conteúdo disponibilizado aqui não constitui ou deve ser considerado como conselho, recomendação ou oferta deativos pela Nomad. Serviços intermediados por Global Investment Services DTVM Ltda

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho, divulgado na semana passada, é o principal indicador econômico de 2024 até agora. Com números mais benignos que o esperado e reforçando uma tendência em direção à meta de 2% do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a divulgação estimulou um movimento forte de rotação no mercado. Será que uma nova fase começou?

Para contextualizar, na virada do ano, o mercado previa início do ciclo de cortes de juros nos EUA já no primeiro trimestre, com queda de 1 ou 1,25 ponto percentual para as Fed Funds em 2024. Em abril, o sentimento era radicalmente diferente, com pouca clareza do espaço para a flexibilização monetária e parte do mercado antecipando até mesmo novas altas. A partir do CPI de junho, a neblina se dissipou, e as projeções agora apontam fortemente para um início de cortes em setembro e entre dois e três cortes ainda este ano.

Com isso, a curva de juros fechou, indicando taxas mais baixas no futuro. O mercado reagiu derrubando as ações que estavam “carregando o rali recente nas costas” (leia-se: big techs) e levando um enorme fluxo para papéis até então “esquecidos”, como small caps e setores muito sensíveis a juros, especialmente o imobiliário. O Russell 2000, principal índice de small caps, subiu mais de 6% na semana, e, entre os ETFs setoriais, os que acompanham o mercado imobiliário foram os de melhor desempenho, com altas próximas de 4,5%.

Índice de preços ao consumidor dos EUA apresentou números mais benignos que o esperado Foto: Getty Images

Então, as big techs deixaram de ser as únicas cartas do jogo? Ajustes em fundos de investimentos, se afastando das teses de “taxas altas por mais tempo” rumo a mercados descontados, podem manter a bolsa nesse mesmo caminho por algumas semanas. Na renda fixa, aumenta a atratividade de fixar ganhos nas taxas atuais, com chances de capturar valorização quando os cortes de juros se efetivarem.

Mas nada disso é certo. Por ora, seguimos de olho nos dados. Além da própria flexibilização monetária, a manutenção da atividade econômica em níveis saudáveis, fora de um contexto de recessão, é importante para manter o bom desempenho das ações que ficaram para trás nos últimos 18 meses. Os resultados corporativos, que já começaram a ser divulgados, serão um bom termômetro da saúde financeira no micro.

* Paula Zogbi é gerente de Research da Nomad

O conteúdo disponibilizado aqui não constitui ou deve ser considerado como conselho, recomendação ou oferta deativos pela Nomad. Serviços intermediados por Global Investment Services DTVM Ltda

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho, divulgado na semana passada, é o principal indicador econômico de 2024 até agora. Com números mais benignos que o esperado e reforçando uma tendência em direção à meta de 2% do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a divulgação estimulou um movimento forte de rotação no mercado. Será que uma nova fase começou?

Para contextualizar, na virada do ano, o mercado previa início do ciclo de cortes de juros nos EUA já no primeiro trimestre, com queda de 1 ou 1,25 ponto percentual para as Fed Funds em 2024. Em abril, o sentimento era radicalmente diferente, com pouca clareza do espaço para a flexibilização monetária e parte do mercado antecipando até mesmo novas altas. A partir do CPI de junho, a neblina se dissipou, e as projeções agora apontam fortemente para um início de cortes em setembro e entre dois e três cortes ainda este ano.

Com isso, a curva de juros fechou, indicando taxas mais baixas no futuro. O mercado reagiu derrubando as ações que estavam “carregando o rali recente nas costas” (leia-se: big techs) e levando um enorme fluxo para papéis até então “esquecidos”, como small caps e setores muito sensíveis a juros, especialmente o imobiliário. O Russell 2000, principal índice de small caps, subiu mais de 6% na semana, e, entre os ETFs setoriais, os que acompanham o mercado imobiliário foram os de melhor desempenho, com altas próximas de 4,5%.

Índice de preços ao consumidor dos EUA apresentou números mais benignos que o esperado Foto: Getty Images

Então, as big techs deixaram de ser as únicas cartas do jogo? Ajustes em fundos de investimentos, se afastando das teses de “taxas altas por mais tempo” rumo a mercados descontados, podem manter a bolsa nesse mesmo caminho por algumas semanas. Na renda fixa, aumenta a atratividade de fixar ganhos nas taxas atuais, com chances de capturar valorização quando os cortes de juros se efetivarem.

Mas nada disso é certo. Por ora, seguimos de olho nos dados. Além da própria flexibilização monetária, a manutenção da atividade econômica em níveis saudáveis, fora de um contexto de recessão, é importante para manter o bom desempenho das ações que ficaram para trás nos últimos 18 meses. Os resultados corporativos, que já começaram a ser divulgados, serão um bom termômetro da saúde financeira no micro.

* Paula Zogbi é gerente de Research da Nomad

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