Eataly Brasil diz que decisão sobre perda da marca não é definitiva


Empresa foi obrigada a retirar menções relacionadas à marca global após perder disputa em arbitragem

Por Gabriel Baldocchi e Carolina Maingué Pires
Atualização:

A operação brasileira do mercado italiano Eataly afirmou neste domingo, 9, que a decisão sobre a perda da marca no País foi dada num processo arbitral sigiloso e que não é definitiva.

Como mostrou a Coluna do Broadcast, a unidade no País, situada em São Paulo, foi obrigada a retirar as menções relacionadas à marca global após perder a disputa na arbitragem.

Letreiro da Eataly foi retirado da fachada na loja em São Paulo. Foto: Alex Silva/Estadão
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Em nota, a assessoria de imprensa da franquia brasileira disse que o mérito da decisão que determinou a retirada da marca ainda será analisado pelas instâncias competentes.

“A empresa segue rigorosamente a legislação vigente”, afirmou o texto. De acordo com a empresa, o pedido de recuperação judicial se deu com o objetivo “exclusivo de viabilizar a mediação com dois credores não financeiros, garantido uma negociação estruturada e eficiente”, afirma o grupo.

Segundo o Eataly Brasil, o processo não impacta as operações da companhia, obrigações contratuais, fluxos de pagamento ou compromissos com fornecedores e parceiros.

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A retirada dos direitos de uso do nome Eataly foi decidida numa arbitragem entre o grupo italiano e a operação brasileira, que tenta reverter a medida.

Na loja, todas as referências ao nome tiveram que ser retiradas e, quem visita o local, pode notar o letreiro ausente na fachada e tarjas cobrindo a marca em menções no interior.

De 2015 a 2021, a operação do Eataly no Brasil estava nas mãos do St. Marché, em sociedade com os italianos. Em 2022, foi comprada pelo grupo South Rock, que também era dono do Subway no País.

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O Eataly chegou a compor a recuperação judicial do South Rock, mas deixou o processo depois de passar por uma nova troca de controle, com a venda para o grupo Wings, formado por investidores locais, em 2023.

No pedido de recuperação judicial, o grupo brasileiro diz que a crise financeira se deu como reflexo dos impactos da pandemia, além dos altos custos do aluguel e de importação dos produtos vendidos no mercado.

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A nova gestão diz ter injetado R$ 20 milhões para tentar equalizar os problemas da empresa. A dívida total da recuperação judicial soma R$ 49 milhões.

Eataly Brasil também batalha contra ação de despejo

Além do impasse envolvendo o uso da marca, Eataly Brasil está batalhando na Justiça contra uma ação de despejo impetrada pela proprietária do imóvel na Avenida Juscelino Kubitscheck, em São Paulo, a CAOA Patrimonial, como mostrou a Coluna do Broadcast.

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“O Eataly reafirma seu compromisso com colaboradores, fornecedores e clientes, assegurando a continuidade das atividades com responsabilidade e foco no crescimento sustentável do negócio”, diz a empresa.

Para se blindar de pedidos de falência feitos por alguns credores, o grupo buscou a recuperação judicial no final do ano passado. O pedido veio dias depois de uma decisão no âmbito de outra ação de despejo, que é anterior à da reestruturação. Nela, a Justiça restabeleceu uma ordem então suspensa para permitir a retirada do inquilino do local.

Entre algumas idas e vindas, a Justiça determinou que o despejo deveria ocorrer no dia 21 de janeiro de 2025. No dia 10, o juiz autorizou inclusive “reforço policial e ordem de arrombamento”. O Eataly conseguiu evitar a saída forçada, mas o risco segue no radar.

A operação brasileira do mercado italiano Eataly afirmou neste domingo, 9, que a decisão sobre a perda da marca no País foi dada num processo arbitral sigiloso e que não é definitiva.

Como mostrou a Coluna do Broadcast, a unidade no País, situada em São Paulo, foi obrigada a retirar as menções relacionadas à marca global após perder a disputa na arbitragem.

Letreiro da Eataly foi retirado da fachada na loja em São Paulo. Foto: Alex Silva/Estadão

Em nota, a assessoria de imprensa da franquia brasileira disse que o mérito da decisão que determinou a retirada da marca ainda será analisado pelas instâncias competentes.

“A empresa segue rigorosamente a legislação vigente”, afirmou o texto. De acordo com a empresa, o pedido de recuperação judicial se deu com o objetivo “exclusivo de viabilizar a mediação com dois credores não financeiros, garantido uma negociação estruturada e eficiente”, afirma o grupo.

Segundo o Eataly Brasil, o processo não impacta as operações da companhia, obrigações contratuais, fluxos de pagamento ou compromissos com fornecedores e parceiros.

A retirada dos direitos de uso do nome Eataly foi decidida numa arbitragem entre o grupo italiano e a operação brasileira, que tenta reverter a medida.

Na loja, todas as referências ao nome tiveram que ser retiradas e, quem visita o local, pode notar o letreiro ausente na fachada e tarjas cobrindo a marca em menções no interior.

De 2015 a 2021, a operação do Eataly no Brasil estava nas mãos do St. Marché, em sociedade com os italianos. Em 2022, foi comprada pelo grupo South Rock, que também era dono do Subway no País.

O Eataly chegou a compor a recuperação judicial do South Rock, mas deixou o processo depois de passar por uma nova troca de controle, com a venda para o grupo Wings, formado por investidores locais, em 2023.

No pedido de recuperação judicial, o grupo brasileiro diz que a crise financeira se deu como reflexo dos impactos da pandemia, além dos altos custos do aluguel e de importação dos produtos vendidos no mercado.

A nova gestão diz ter injetado R$ 20 milhões para tentar equalizar os problemas da empresa. A dívida total da recuperação judicial soma R$ 49 milhões.

Eataly Brasil também batalha contra ação de despejo

Além do impasse envolvendo o uso da marca, Eataly Brasil está batalhando na Justiça contra uma ação de despejo impetrada pela proprietária do imóvel na Avenida Juscelino Kubitscheck, em São Paulo, a CAOA Patrimonial, como mostrou a Coluna do Broadcast.

“O Eataly reafirma seu compromisso com colaboradores, fornecedores e clientes, assegurando a continuidade das atividades com responsabilidade e foco no crescimento sustentável do negócio”, diz a empresa.

Para se blindar de pedidos de falência feitos por alguns credores, o grupo buscou a recuperação judicial no final do ano passado. O pedido veio dias depois de uma decisão no âmbito de outra ação de despejo, que é anterior à da reestruturação. Nela, a Justiça restabeleceu uma ordem então suspensa para permitir a retirada do inquilino do local.

Entre algumas idas e vindas, a Justiça determinou que o despejo deveria ocorrer no dia 21 de janeiro de 2025. No dia 10, o juiz autorizou inclusive “reforço policial e ordem de arrombamento”. O Eataly conseguiu evitar a saída forçada, mas o risco segue no radar.

A operação brasileira do mercado italiano Eataly afirmou neste domingo, 9, que a decisão sobre a perda da marca no País foi dada num processo arbitral sigiloso e que não é definitiva.

Como mostrou a Coluna do Broadcast, a unidade no País, situada em São Paulo, foi obrigada a retirar as menções relacionadas à marca global após perder a disputa na arbitragem.

Letreiro da Eataly foi retirado da fachada na loja em São Paulo. Foto: Alex Silva/Estadão

Em nota, a assessoria de imprensa da franquia brasileira disse que o mérito da decisão que determinou a retirada da marca ainda será analisado pelas instâncias competentes.

“A empresa segue rigorosamente a legislação vigente”, afirmou o texto. De acordo com a empresa, o pedido de recuperação judicial se deu com o objetivo “exclusivo de viabilizar a mediação com dois credores não financeiros, garantido uma negociação estruturada e eficiente”, afirma o grupo.

Segundo o Eataly Brasil, o processo não impacta as operações da companhia, obrigações contratuais, fluxos de pagamento ou compromissos com fornecedores e parceiros.

A retirada dos direitos de uso do nome Eataly foi decidida numa arbitragem entre o grupo italiano e a operação brasileira, que tenta reverter a medida.

Na loja, todas as referências ao nome tiveram que ser retiradas e, quem visita o local, pode notar o letreiro ausente na fachada e tarjas cobrindo a marca em menções no interior.

De 2015 a 2021, a operação do Eataly no Brasil estava nas mãos do St. Marché, em sociedade com os italianos. Em 2022, foi comprada pelo grupo South Rock, que também era dono do Subway no País.

O Eataly chegou a compor a recuperação judicial do South Rock, mas deixou o processo depois de passar por uma nova troca de controle, com a venda para o grupo Wings, formado por investidores locais, em 2023.

No pedido de recuperação judicial, o grupo brasileiro diz que a crise financeira se deu como reflexo dos impactos da pandemia, além dos altos custos do aluguel e de importação dos produtos vendidos no mercado.

A nova gestão diz ter injetado R$ 20 milhões para tentar equalizar os problemas da empresa. A dívida total da recuperação judicial soma R$ 49 milhões.

Eataly Brasil também batalha contra ação de despejo

Além do impasse envolvendo o uso da marca, Eataly Brasil está batalhando na Justiça contra uma ação de despejo impetrada pela proprietária do imóvel na Avenida Juscelino Kubitscheck, em São Paulo, a CAOA Patrimonial, como mostrou a Coluna do Broadcast.

“O Eataly reafirma seu compromisso com colaboradores, fornecedores e clientes, assegurando a continuidade das atividades com responsabilidade e foco no crescimento sustentável do negócio”, diz a empresa.

Para se blindar de pedidos de falência feitos por alguns credores, o grupo buscou a recuperação judicial no final do ano passado. O pedido veio dias depois de uma decisão no âmbito de outra ação de despejo, que é anterior à da reestruturação. Nela, a Justiça restabeleceu uma ordem então suspensa para permitir a retirada do inquilino do local.

Entre algumas idas e vindas, a Justiça determinou que o despejo deveria ocorrer no dia 21 de janeiro de 2025. No dia 10, o juiz autorizou inclusive “reforço policial e ordem de arrombamento”. O Eataly conseguiu evitar a saída forçada, mas o risco segue no radar.

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