Economistas defendem novos cortes de juros nos EUA


Por Ricardo Leopoldo

O Federal Reserve deve definir nesta semana se vai reduzir os juros ou mantê-los nos atuais 4,75% e esperar até dezembro para determinar o nível que os Fed Funds encerrarão 2007. Investidores e analistas internacionais estão atentos à decisão do Fomc, que pode sinalizar qual será a trajetória mais provável da política monetária do banco central norte-americano para o próximo ano. Especialistas como economistas de grandes bancos e acadêmicos nos Estados Unidos consultados pela reportagem têm uma avaliação majoritária de que o baixo crescimento da economia daquele país, provocado especialmente pela depressão do mercado imobiliário, deve ser a principal preocupação do Fed pelo menos até o final do primeiro semestre de 2008. Até lá, a instituição presidida por Ben Bernanke deve promover mais cortes dos juros, pois os analistas avaliam que o nível de atividade pode se enfraquecer de forma expressiva nos próximos meses e elevar os riscos de surgimento de uma recessão no ano que vem. Além disso, há chances de a inflação subir, motivada por vários fatores, especialmente caso o preço do petróleo aumente e fique estável no patamar de US$ 100,00 por barril. Também pode colaborar para elevar os índices de preços a manutenção da atual trajetória ascendente de commodities metálicas e alimentos, junto com a continuidade do movimento de depreciação do dólar perante outras moedas globais, sobretudo o euro. E o perigo de ocorrer uma recessão nos EUA no próximo ano não é pequeno. As chances são de 30% para a maioria dos especialistas consultados - entre eles o ex-vice-presidente do Fed e atual professor na universidade de Princeton, Alan Blinder. Mas pode superar 50%, como prevêem os professores Robert Shiller, da Universidade de Yale, e Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Este cenário de queda do PIB norte-americano por pelo menos dois trimestres seguidos está relacionado ao forte declino do setor imobiliário, que, segundo os economistas do banco Dresdner Kleinwort em Nova York, é responsável por uma redução da expansão do país em 1,5 ponto porcentual, distribuído da seguinte forma: uma diminuição de um ponto, causada pelo declínio das construções residenciais, e decréscimo de meio ponto porcentual do PIB provocado pelos efeitos negativos sobre o consumo dos norte-americanos, sobretudo porque o valor nominal do patrimônio das famílias cai com a diminuição dos preços das casas. Ou seja, se não fosse a crise imobiliária, os EUA poderiam crescer no próximo ano 3,6%, mas devido aos problemas estruturais no setor, o produto interno deve subir 2,1% de acordo com a instituição alemã. Para o ex-economista-chefe do FMI e professor de Harvard, Kenneth Rogoff, a intensa queda do setor imobiliário nos EUA é tão grave que não será resolvida em 2008. Deve durar alguns anos, diz ele. A depressão neste segmento, segundo o acadêmico, é um dos principais fatores que estão levando o Produto Interno Bruto a crescer cerca de um ponto porcentual abaixo do PIB potencial, o que é um fator que colabora para que o país não registre atualmente um nível inflacionário muito preocupante para o Federal Reserve. O núcleo do CPI subiu 0,2% em setembro - marca repetida pelo quarto mês seguido - e atingiu o nível de 2,1% no acumulado em 12 meses. O índice de preços de gastos com consumo (PCE), que exclui as despesas com energia e alimentos, registrou uma alta de 1,8% em agosto, no decorrer de um ano, último dado disponível e a menor elevação registrada desde fevereiro de 2004. Os níveis destes indicadores não despertam excessivas preocupações nos diretores do Federal Reserve, pois não superam o limite de 2% estabelecido pelo Fed. Perspectivas Na avaliação do professor de Yale Robert Shiller, um dos acadêmicos que se tornaram célebres por terem previsto o estouro da bolha do setor de tecnologia dos EUA de 2001, as chances de ocorrer uma recessão naquele país nos próximos 14 meses são elevadas, dada a severa desaceleração do nível de atividade. Ele ressaltou que não é possível prever com absoluta segurança que o País vai entrar num ciclo de desaquecimento muito forte em breve, pois isso depende das expectativas dos agentes econômicos sobre os próprios desdobramentos da crise imobiliária no médio prazo. Se o público norte-americano ficar muito reticente com as perspectivas do Produto Interno Bruto para 2008, isso pode provocar uma retração expressiva da demanda agregada que não é registrada há vários anos. A pesquisa preliminar de sentimento do consumidor de outubro realizada pela Universidade de Michigan mostrou uma queda para 82 pontos do indicador em relação aos 83,4 pontos registrados em setembro. No levantamento, 52% dos entrevistados manifestaram que esperam ?tempos ruins? para o PIB dos EUA nos próximos cinco anos. ?Caso ocorra uma recessão em 2008, o Federal Reserve provavelmente vai atuar prontamente para conter o movimento de redução do PIB, especialmente com a diminuição dos juros?, comentou Shiller. ?Nestas circunstâncias, as taxas podem baixar um ponto porcentual e atingir 3,75% até o final do próximo ano.?

O Federal Reserve deve definir nesta semana se vai reduzir os juros ou mantê-los nos atuais 4,75% e esperar até dezembro para determinar o nível que os Fed Funds encerrarão 2007. Investidores e analistas internacionais estão atentos à decisão do Fomc, que pode sinalizar qual será a trajetória mais provável da política monetária do banco central norte-americano para o próximo ano. Especialistas como economistas de grandes bancos e acadêmicos nos Estados Unidos consultados pela reportagem têm uma avaliação majoritária de que o baixo crescimento da economia daquele país, provocado especialmente pela depressão do mercado imobiliário, deve ser a principal preocupação do Fed pelo menos até o final do primeiro semestre de 2008. Até lá, a instituição presidida por Ben Bernanke deve promover mais cortes dos juros, pois os analistas avaliam que o nível de atividade pode se enfraquecer de forma expressiva nos próximos meses e elevar os riscos de surgimento de uma recessão no ano que vem. Além disso, há chances de a inflação subir, motivada por vários fatores, especialmente caso o preço do petróleo aumente e fique estável no patamar de US$ 100,00 por barril. Também pode colaborar para elevar os índices de preços a manutenção da atual trajetória ascendente de commodities metálicas e alimentos, junto com a continuidade do movimento de depreciação do dólar perante outras moedas globais, sobretudo o euro. E o perigo de ocorrer uma recessão nos EUA no próximo ano não é pequeno. As chances são de 30% para a maioria dos especialistas consultados - entre eles o ex-vice-presidente do Fed e atual professor na universidade de Princeton, Alan Blinder. Mas pode superar 50%, como prevêem os professores Robert Shiller, da Universidade de Yale, e Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Este cenário de queda do PIB norte-americano por pelo menos dois trimestres seguidos está relacionado ao forte declino do setor imobiliário, que, segundo os economistas do banco Dresdner Kleinwort em Nova York, é responsável por uma redução da expansão do país em 1,5 ponto porcentual, distribuído da seguinte forma: uma diminuição de um ponto, causada pelo declínio das construções residenciais, e decréscimo de meio ponto porcentual do PIB provocado pelos efeitos negativos sobre o consumo dos norte-americanos, sobretudo porque o valor nominal do patrimônio das famílias cai com a diminuição dos preços das casas. Ou seja, se não fosse a crise imobiliária, os EUA poderiam crescer no próximo ano 3,6%, mas devido aos problemas estruturais no setor, o produto interno deve subir 2,1% de acordo com a instituição alemã. Para o ex-economista-chefe do FMI e professor de Harvard, Kenneth Rogoff, a intensa queda do setor imobiliário nos EUA é tão grave que não será resolvida em 2008. Deve durar alguns anos, diz ele. A depressão neste segmento, segundo o acadêmico, é um dos principais fatores que estão levando o Produto Interno Bruto a crescer cerca de um ponto porcentual abaixo do PIB potencial, o que é um fator que colabora para que o país não registre atualmente um nível inflacionário muito preocupante para o Federal Reserve. O núcleo do CPI subiu 0,2% em setembro - marca repetida pelo quarto mês seguido - e atingiu o nível de 2,1% no acumulado em 12 meses. O índice de preços de gastos com consumo (PCE), que exclui as despesas com energia e alimentos, registrou uma alta de 1,8% em agosto, no decorrer de um ano, último dado disponível e a menor elevação registrada desde fevereiro de 2004. Os níveis destes indicadores não despertam excessivas preocupações nos diretores do Federal Reserve, pois não superam o limite de 2% estabelecido pelo Fed. Perspectivas Na avaliação do professor de Yale Robert Shiller, um dos acadêmicos que se tornaram célebres por terem previsto o estouro da bolha do setor de tecnologia dos EUA de 2001, as chances de ocorrer uma recessão naquele país nos próximos 14 meses são elevadas, dada a severa desaceleração do nível de atividade. Ele ressaltou que não é possível prever com absoluta segurança que o País vai entrar num ciclo de desaquecimento muito forte em breve, pois isso depende das expectativas dos agentes econômicos sobre os próprios desdobramentos da crise imobiliária no médio prazo. Se o público norte-americano ficar muito reticente com as perspectivas do Produto Interno Bruto para 2008, isso pode provocar uma retração expressiva da demanda agregada que não é registrada há vários anos. A pesquisa preliminar de sentimento do consumidor de outubro realizada pela Universidade de Michigan mostrou uma queda para 82 pontos do indicador em relação aos 83,4 pontos registrados em setembro. No levantamento, 52% dos entrevistados manifestaram que esperam ?tempos ruins? para o PIB dos EUA nos próximos cinco anos. ?Caso ocorra uma recessão em 2008, o Federal Reserve provavelmente vai atuar prontamente para conter o movimento de redução do PIB, especialmente com a diminuição dos juros?, comentou Shiller. ?Nestas circunstâncias, as taxas podem baixar um ponto porcentual e atingir 3,75% até o final do próximo ano.?

O Federal Reserve deve definir nesta semana se vai reduzir os juros ou mantê-los nos atuais 4,75% e esperar até dezembro para determinar o nível que os Fed Funds encerrarão 2007. Investidores e analistas internacionais estão atentos à decisão do Fomc, que pode sinalizar qual será a trajetória mais provável da política monetária do banco central norte-americano para o próximo ano. Especialistas como economistas de grandes bancos e acadêmicos nos Estados Unidos consultados pela reportagem têm uma avaliação majoritária de que o baixo crescimento da economia daquele país, provocado especialmente pela depressão do mercado imobiliário, deve ser a principal preocupação do Fed pelo menos até o final do primeiro semestre de 2008. Até lá, a instituição presidida por Ben Bernanke deve promover mais cortes dos juros, pois os analistas avaliam que o nível de atividade pode se enfraquecer de forma expressiva nos próximos meses e elevar os riscos de surgimento de uma recessão no ano que vem. Além disso, há chances de a inflação subir, motivada por vários fatores, especialmente caso o preço do petróleo aumente e fique estável no patamar de US$ 100,00 por barril. Também pode colaborar para elevar os índices de preços a manutenção da atual trajetória ascendente de commodities metálicas e alimentos, junto com a continuidade do movimento de depreciação do dólar perante outras moedas globais, sobretudo o euro. E o perigo de ocorrer uma recessão nos EUA no próximo ano não é pequeno. As chances são de 30% para a maioria dos especialistas consultados - entre eles o ex-vice-presidente do Fed e atual professor na universidade de Princeton, Alan Blinder. Mas pode superar 50%, como prevêem os professores Robert Shiller, da Universidade de Yale, e Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Este cenário de queda do PIB norte-americano por pelo menos dois trimestres seguidos está relacionado ao forte declino do setor imobiliário, que, segundo os economistas do banco Dresdner Kleinwort em Nova York, é responsável por uma redução da expansão do país em 1,5 ponto porcentual, distribuído da seguinte forma: uma diminuição de um ponto, causada pelo declínio das construções residenciais, e decréscimo de meio ponto porcentual do PIB provocado pelos efeitos negativos sobre o consumo dos norte-americanos, sobretudo porque o valor nominal do patrimônio das famílias cai com a diminuição dos preços das casas. Ou seja, se não fosse a crise imobiliária, os EUA poderiam crescer no próximo ano 3,6%, mas devido aos problemas estruturais no setor, o produto interno deve subir 2,1% de acordo com a instituição alemã. Para o ex-economista-chefe do FMI e professor de Harvard, Kenneth Rogoff, a intensa queda do setor imobiliário nos EUA é tão grave que não será resolvida em 2008. Deve durar alguns anos, diz ele. A depressão neste segmento, segundo o acadêmico, é um dos principais fatores que estão levando o Produto Interno Bruto a crescer cerca de um ponto porcentual abaixo do PIB potencial, o que é um fator que colabora para que o país não registre atualmente um nível inflacionário muito preocupante para o Federal Reserve. O núcleo do CPI subiu 0,2% em setembro - marca repetida pelo quarto mês seguido - e atingiu o nível de 2,1% no acumulado em 12 meses. O índice de preços de gastos com consumo (PCE), que exclui as despesas com energia e alimentos, registrou uma alta de 1,8% em agosto, no decorrer de um ano, último dado disponível e a menor elevação registrada desde fevereiro de 2004. Os níveis destes indicadores não despertam excessivas preocupações nos diretores do Federal Reserve, pois não superam o limite de 2% estabelecido pelo Fed. Perspectivas Na avaliação do professor de Yale Robert Shiller, um dos acadêmicos que se tornaram célebres por terem previsto o estouro da bolha do setor de tecnologia dos EUA de 2001, as chances de ocorrer uma recessão naquele país nos próximos 14 meses são elevadas, dada a severa desaceleração do nível de atividade. Ele ressaltou que não é possível prever com absoluta segurança que o País vai entrar num ciclo de desaquecimento muito forte em breve, pois isso depende das expectativas dos agentes econômicos sobre os próprios desdobramentos da crise imobiliária no médio prazo. Se o público norte-americano ficar muito reticente com as perspectivas do Produto Interno Bruto para 2008, isso pode provocar uma retração expressiva da demanda agregada que não é registrada há vários anos. A pesquisa preliminar de sentimento do consumidor de outubro realizada pela Universidade de Michigan mostrou uma queda para 82 pontos do indicador em relação aos 83,4 pontos registrados em setembro. No levantamento, 52% dos entrevistados manifestaram que esperam ?tempos ruins? para o PIB dos EUA nos próximos cinco anos. ?Caso ocorra uma recessão em 2008, o Federal Reserve provavelmente vai atuar prontamente para conter o movimento de redução do PIB, especialmente com a diminuição dos juros?, comentou Shiller. ?Nestas circunstâncias, as taxas podem baixar um ponto porcentual e atingir 3,75% até o final do próximo ano.?

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