Grupo de economistas defende voto útil no primeiro turno por vitória de Lula


Professores e pesquisadores ligados a FGV, Insper e faculdades americanas e britânicas ressaltam ter discordâncias com o PT, mas dizem considerar governo atual um ‘atraso maior’

Por Redação
Atualização:

Um grupo de economistas ligados a instituições de ensino como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Insper, PUC-Rio e universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido defende, por meio de uma carta-manifesto, o voto útil em Lula no primeiro turno das eleições de 2022, para que a disputa se encerre já no próximo domingo (2/10) com a vitória do candidato do PT, sem a necessidade de disputar o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

No documento, os economistas atacam a condução da gestão de Bolsonaro em diversas áreas, como a saúde, a educação, o meio ambiente e a segurança pública. Na economia, criticaram a concessão de benefícios a grupos sociais poucos meses antes das eleições e o desmonte da capacidade de combate à corrupção. E, por fim, afirmaram ver o risco de ruptura institucional da democracia no Brasil.

O grupo afirma que, apesar de ter “sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT”, vê em Lula a única chance de derrotar o atual governo, “um atraso maior”. A defesa do voto útil seria para garantir uma resposta mais contundente para a defesa da democracia e para que o próximo governo tenha políticas que unifiquem o país. “Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros”, finalizam. Confira abaixo o documento na íntegra e os signatários.

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Laura Karpuska, pesquisadora da FGV e colunista do Estadão, é uma das signatárias da carta. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“Neste momento crítico da história brasileira, nós, abaixo-assinados/as, economistas que sempre nos posicionamos em favor da estabilidade econômica, do fortalecimento das instituições e da justiça social, nos manifestamos em apoio à candidatura do ex-presidente Lula, já no primeiro turno.

As ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira.

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O presidente promoveu o desmonte do aparato de fiscalização de crimes ambientais, incentivando o desmatamento acelerado e causando uma grave deterioração do meio-ambiente e a depreciação de nosso capital natural.

A política de saúde foi calamitosa, o governo federal não coordenou os esforços do SUS e a gestão da pandemia contribuiu para dezenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. O presidente, ainda nesse contexto, demonstrou total falta de empatia com as pessoas que sofriam com a morte de entes queridos pela Covid-19.

Não houve qualquer avanço na política educacional, que passou a ser pautada por ideologia, ocasionando retrocesso no aprendizado de crianças e adolescentes, em particular durante a pandemia e principalmente entre os mais vulneráveis.

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A política de segurança pública se pautou por estimular a resolução de conflitos de forma individual e violenta: o acesso a armas de fogo e munições pela população foi extremamente facilitado e buscou-se estabelecer uma salvaguarda para policiais matarem, com a tentativa de aprovação da excludente de ilicitude.

Na economia, desmontou-se o orçamento federal e foram criados gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição – uma afronta às instituições eleitorais. Apesar da retórica, houve um desmonte da capacidade institucional de combate à corrupção, e várias denúncias envolvendo o atual governo, o próprio presidente e seus familiares não foram esclarecidas.

Por fim, e ainda mais importante, o atual presidente fez e continua a fazer reiteradas ameaças à democracia, agredindo o judiciário, afirmando que não respeitará os resultados da eleição e fomentando um clima de profunda instabilidade e o risco real de ruptura institucional.

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Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil, aumentando assim o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país. Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros.

Amanda de Albuquerque

Bernard Herskovic

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Bernardo Silveira

Bruno Giovannetti

Carlos Góes

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Carolina Grottera

Cláudio Considera

Claudio Ferraz

Daniel Cerqueira

Diana Moreira

Dimitri Szerman

Emanuel Ornelas

Fernanda Estevan

Filipe Campante

Francisco Costa

Gabriel Ulysses

Joana Monteiro

Joana Naritomi

João Ramos

José Tavares de Araújo Jr

Laura Karpuska

Laura Schiavon

Marco Bonomo

Marcos Ross Fernandes

Mayara Felix

Octavio de Barros

Otaviano Canuto

Paula Pereda

Paulo Corrêa

Paulo Furquim de Azevedo

Rafael Costa Lima

Raphael Corbi

Ricardo Dahis

Rodrigo R. Soares

Rudi Rocha

Sergio Firpo

Thomas Fujiwara

Tiago Cavalcanti

Afiliações

FGV, George Washington University, Insper, Johns Hopkins University, London School of Economics, PUC-Rio, Princeton, UFF, UFPE, University of British Columbia, University of California - Davis, University of California - Los Angeles, University of California - San Diego, University of Cambridge, University College London, University of Delaware, USP, UFJF, University of Southern California, Yale”

Um grupo de economistas ligados a instituições de ensino como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Insper, PUC-Rio e universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido defende, por meio de uma carta-manifesto, o voto útil em Lula no primeiro turno das eleições de 2022, para que a disputa se encerre já no próximo domingo (2/10) com a vitória do candidato do PT, sem a necessidade de disputar o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

No documento, os economistas atacam a condução da gestão de Bolsonaro em diversas áreas, como a saúde, a educação, o meio ambiente e a segurança pública. Na economia, criticaram a concessão de benefícios a grupos sociais poucos meses antes das eleições e o desmonte da capacidade de combate à corrupção. E, por fim, afirmaram ver o risco de ruptura institucional da democracia no Brasil.

O grupo afirma que, apesar de ter “sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT”, vê em Lula a única chance de derrotar o atual governo, “um atraso maior”. A defesa do voto útil seria para garantir uma resposta mais contundente para a defesa da democracia e para que o próximo governo tenha políticas que unifiquem o país. “Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros”, finalizam. Confira abaixo o documento na íntegra e os signatários.

Laura Karpuska, pesquisadora da FGV e colunista do Estadão, é uma das signatárias da carta. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“Neste momento crítico da história brasileira, nós, abaixo-assinados/as, economistas que sempre nos posicionamos em favor da estabilidade econômica, do fortalecimento das instituições e da justiça social, nos manifestamos em apoio à candidatura do ex-presidente Lula, já no primeiro turno.

As ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira.

O presidente promoveu o desmonte do aparato de fiscalização de crimes ambientais, incentivando o desmatamento acelerado e causando uma grave deterioração do meio-ambiente e a depreciação de nosso capital natural.

A política de saúde foi calamitosa, o governo federal não coordenou os esforços do SUS e a gestão da pandemia contribuiu para dezenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. O presidente, ainda nesse contexto, demonstrou total falta de empatia com as pessoas que sofriam com a morte de entes queridos pela Covid-19.

Não houve qualquer avanço na política educacional, que passou a ser pautada por ideologia, ocasionando retrocesso no aprendizado de crianças e adolescentes, em particular durante a pandemia e principalmente entre os mais vulneráveis.

A política de segurança pública se pautou por estimular a resolução de conflitos de forma individual e violenta: o acesso a armas de fogo e munições pela população foi extremamente facilitado e buscou-se estabelecer uma salvaguarda para policiais matarem, com a tentativa de aprovação da excludente de ilicitude.

Na economia, desmontou-se o orçamento federal e foram criados gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição – uma afronta às instituições eleitorais. Apesar da retórica, houve um desmonte da capacidade institucional de combate à corrupção, e várias denúncias envolvendo o atual governo, o próprio presidente e seus familiares não foram esclarecidas.

Por fim, e ainda mais importante, o atual presidente fez e continua a fazer reiteradas ameaças à democracia, agredindo o judiciário, afirmando que não respeitará os resultados da eleição e fomentando um clima de profunda instabilidade e o risco real de ruptura institucional.

Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil, aumentando assim o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país. Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros.

Amanda de Albuquerque

Bernard Herskovic

Bernardo Silveira

Bruno Giovannetti

Carlos Góes

Carolina Grottera

Cláudio Considera

Claudio Ferraz

Daniel Cerqueira

Diana Moreira

Dimitri Szerman

Emanuel Ornelas

Fernanda Estevan

Filipe Campante

Francisco Costa

Gabriel Ulysses

Joana Monteiro

Joana Naritomi

João Ramos

José Tavares de Araújo Jr

Laura Karpuska

Laura Schiavon

Marco Bonomo

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Otaviano Canuto

Paula Pereda

Paulo Corrêa

Paulo Furquim de Azevedo

Rafael Costa Lima

Raphael Corbi

Ricardo Dahis

Rodrigo R. Soares

Rudi Rocha

Sergio Firpo

Thomas Fujiwara

Tiago Cavalcanti

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FGV, George Washington University, Insper, Johns Hopkins University, London School of Economics, PUC-Rio, Princeton, UFF, UFPE, University of British Columbia, University of California - Davis, University of California - Los Angeles, University of California - San Diego, University of Cambridge, University College London, University of Delaware, USP, UFJF, University of Southern California, Yale”

Um grupo de economistas ligados a instituições de ensino como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Insper, PUC-Rio e universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido defende, por meio de uma carta-manifesto, o voto útil em Lula no primeiro turno das eleições de 2022, para que a disputa se encerre já no próximo domingo (2/10) com a vitória do candidato do PT, sem a necessidade de disputar o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

No documento, os economistas atacam a condução da gestão de Bolsonaro em diversas áreas, como a saúde, a educação, o meio ambiente e a segurança pública. Na economia, criticaram a concessão de benefícios a grupos sociais poucos meses antes das eleições e o desmonte da capacidade de combate à corrupção. E, por fim, afirmaram ver o risco de ruptura institucional da democracia no Brasil.

O grupo afirma que, apesar de ter “sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT”, vê em Lula a única chance de derrotar o atual governo, “um atraso maior”. A defesa do voto útil seria para garantir uma resposta mais contundente para a defesa da democracia e para que o próximo governo tenha políticas que unifiquem o país. “Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros”, finalizam. Confira abaixo o documento na íntegra e os signatários.

Laura Karpuska, pesquisadora da FGV e colunista do Estadão, é uma das signatárias da carta. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“Neste momento crítico da história brasileira, nós, abaixo-assinados/as, economistas que sempre nos posicionamos em favor da estabilidade econômica, do fortalecimento das instituições e da justiça social, nos manifestamos em apoio à candidatura do ex-presidente Lula, já no primeiro turno.

As ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira.

O presidente promoveu o desmonte do aparato de fiscalização de crimes ambientais, incentivando o desmatamento acelerado e causando uma grave deterioração do meio-ambiente e a depreciação de nosso capital natural.

A política de saúde foi calamitosa, o governo federal não coordenou os esforços do SUS e a gestão da pandemia contribuiu para dezenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. O presidente, ainda nesse contexto, demonstrou total falta de empatia com as pessoas que sofriam com a morte de entes queridos pela Covid-19.

Não houve qualquer avanço na política educacional, que passou a ser pautada por ideologia, ocasionando retrocesso no aprendizado de crianças e adolescentes, em particular durante a pandemia e principalmente entre os mais vulneráveis.

A política de segurança pública se pautou por estimular a resolução de conflitos de forma individual e violenta: o acesso a armas de fogo e munições pela população foi extremamente facilitado e buscou-se estabelecer uma salvaguarda para policiais matarem, com a tentativa de aprovação da excludente de ilicitude.

Na economia, desmontou-se o orçamento federal e foram criados gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição – uma afronta às instituições eleitorais. Apesar da retórica, houve um desmonte da capacidade institucional de combate à corrupção, e várias denúncias envolvendo o atual governo, o próprio presidente e seus familiares não foram esclarecidas.

Por fim, e ainda mais importante, o atual presidente fez e continua a fazer reiteradas ameaças à democracia, agredindo o judiciário, afirmando que não respeitará os resultados da eleição e fomentando um clima de profunda instabilidade e o risco real de ruptura institucional.

Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil, aumentando assim o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país. Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros.

Amanda de Albuquerque

Bernard Herskovic

Bernardo Silveira

Bruno Giovannetti

Carlos Góes

Carolina Grottera

Cláudio Considera

Claudio Ferraz

Daniel Cerqueira

Diana Moreira

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Emanuel Ornelas

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Francisco Costa

Gabriel Ulysses

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João Ramos

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Laura Karpuska

Laura Schiavon

Marco Bonomo

Marcos Ross Fernandes

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Octavio de Barros

Otaviano Canuto

Paula Pereda

Paulo Corrêa

Paulo Furquim de Azevedo

Rafael Costa Lima

Raphael Corbi

Ricardo Dahis

Rodrigo R. Soares

Rudi Rocha

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FGV, George Washington University, Insper, Johns Hopkins University, London School of Economics, PUC-Rio, Princeton, UFF, UFPE, University of British Columbia, University of California - Davis, University of California - Los Angeles, University of California - San Diego, University of Cambridge, University College London, University of Delaware, USP, UFJF, University of Southern California, Yale”

Um grupo de economistas ligados a instituições de ensino como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Insper, PUC-Rio e universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido defende, por meio de uma carta-manifesto, o voto útil em Lula no primeiro turno das eleições de 2022, para que a disputa se encerre já no próximo domingo (2/10) com a vitória do candidato do PT, sem a necessidade de disputar o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

No documento, os economistas atacam a condução da gestão de Bolsonaro em diversas áreas, como a saúde, a educação, o meio ambiente e a segurança pública. Na economia, criticaram a concessão de benefícios a grupos sociais poucos meses antes das eleições e o desmonte da capacidade de combate à corrupção. E, por fim, afirmaram ver o risco de ruptura institucional da democracia no Brasil.

O grupo afirma que, apesar de ter “sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT”, vê em Lula a única chance de derrotar o atual governo, “um atraso maior”. A defesa do voto útil seria para garantir uma resposta mais contundente para a defesa da democracia e para que o próximo governo tenha políticas que unifiquem o país. “Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros”, finalizam. Confira abaixo o documento na íntegra e os signatários.

Laura Karpuska, pesquisadora da FGV e colunista do Estadão, é uma das signatárias da carta. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“Neste momento crítico da história brasileira, nós, abaixo-assinados/as, economistas que sempre nos posicionamos em favor da estabilidade econômica, do fortalecimento das instituições e da justiça social, nos manifestamos em apoio à candidatura do ex-presidente Lula, já no primeiro turno.

As ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira.

O presidente promoveu o desmonte do aparato de fiscalização de crimes ambientais, incentivando o desmatamento acelerado e causando uma grave deterioração do meio-ambiente e a depreciação de nosso capital natural.

A política de saúde foi calamitosa, o governo federal não coordenou os esforços do SUS e a gestão da pandemia contribuiu para dezenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. O presidente, ainda nesse contexto, demonstrou total falta de empatia com as pessoas que sofriam com a morte de entes queridos pela Covid-19.

Não houve qualquer avanço na política educacional, que passou a ser pautada por ideologia, ocasionando retrocesso no aprendizado de crianças e adolescentes, em particular durante a pandemia e principalmente entre os mais vulneráveis.

A política de segurança pública se pautou por estimular a resolução de conflitos de forma individual e violenta: o acesso a armas de fogo e munições pela população foi extremamente facilitado e buscou-se estabelecer uma salvaguarda para policiais matarem, com a tentativa de aprovação da excludente de ilicitude.

Na economia, desmontou-se o orçamento federal e foram criados gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição – uma afronta às instituições eleitorais. Apesar da retórica, houve um desmonte da capacidade institucional de combate à corrupção, e várias denúncias envolvendo o atual governo, o próprio presidente e seus familiares não foram esclarecidas.

Por fim, e ainda mais importante, o atual presidente fez e continua a fazer reiteradas ameaças à democracia, agredindo o judiciário, afirmando que não respeitará os resultados da eleição e fomentando um clima de profunda instabilidade e o risco real de ruptura institucional.

Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil, aumentando assim o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país. Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros.

Amanda de Albuquerque

Bernard Herskovic

Bernardo Silveira

Bruno Giovannetti

Carlos Góes

Carolina Grottera

Cláudio Considera

Claudio Ferraz

Daniel Cerqueira

Diana Moreira

Dimitri Szerman

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Fernanda Estevan

Filipe Campante

Francisco Costa

Gabriel Ulysses

Joana Monteiro

Joana Naritomi

João Ramos

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Laura Karpuska

Laura Schiavon

Marco Bonomo

Marcos Ross Fernandes

Mayara Felix

Octavio de Barros

Otaviano Canuto

Paula Pereda

Paulo Corrêa

Paulo Furquim de Azevedo

Rafael Costa Lima

Raphael Corbi

Ricardo Dahis

Rodrigo R. Soares

Rudi Rocha

Sergio Firpo

Thomas Fujiwara

Tiago Cavalcanti

Afiliações

FGV, George Washington University, Insper, Johns Hopkins University, London School of Economics, PUC-Rio, Princeton, UFF, UFPE, University of British Columbia, University of California - Davis, University of California - Los Angeles, University of California - San Diego, University of Cambridge, University College London, University of Delaware, USP, UFJF, University of Southern California, Yale”

Um grupo de economistas ligados a instituições de ensino como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Insper, PUC-Rio e universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido defende, por meio de uma carta-manifesto, o voto útil em Lula no primeiro turno das eleições de 2022, para que a disputa se encerre já no próximo domingo (2/10) com a vitória do candidato do PT, sem a necessidade de disputar o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

No documento, os economistas atacam a condução da gestão de Bolsonaro em diversas áreas, como a saúde, a educação, o meio ambiente e a segurança pública. Na economia, criticaram a concessão de benefícios a grupos sociais poucos meses antes das eleições e o desmonte da capacidade de combate à corrupção. E, por fim, afirmaram ver o risco de ruptura institucional da democracia no Brasil.

O grupo afirma que, apesar de ter “sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT”, vê em Lula a única chance de derrotar o atual governo, “um atraso maior”. A defesa do voto útil seria para garantir uma resposta mais contundente para a defesa da democracia e para que o próximo governo tenha políticas que unifiquem o país. “Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros”, finalizam. Confira abaixo o documento na íntegra e os signatários.

Laura Karpuska, pesquisadora da FGV e colunista do Estadão, é uma das signatárias da carta. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“Neste momento crítico da história brasileira, nós, abaixo-assinados/as, economistas que sempre nos posicionamos em favor da estabilidade econômica, do fortalecimento das instituições e da justiça social, nos manifestamos em apoio à candidatura do ex-presidente Lula, já no primeiro turno.

As ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira.

O presidente promoveu o desmonte do aparato de fiscalização de crimes ambientais, incentivando o desmatamento acelerado e causando uma grave deterioração do meio-ambiente e a depreciação de nosso capital natural.

A política de saúde foi calamitosa, o governo federal não coordenou os esforços do SUS e a gestão da pandemia contribuiu para dezenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. O presidente, ainda nesse contexto, demonstrou total falta de empatia com as pessoas que sofriam com a morte de entes queridos pela Covid-19.

Não houve qualquer avanço na política educacional, que passou a ser pautada por ideologia, ocasionando retrocesso no aprendizado de crianças e adolescentes, em particular durante a pandemia e principalmente entre os mais vulneráveis.

A política de segurança pública se pautou por estimular a resolução de conflitos de forma individual e violenta: o acesso a armas de fogo e munições pela população foi extremamente facilitado e buscou-se estabelecer uma salvaguarda para policiais matarem, com a tentativa de aprovação da excludente de ilicitude.

Na economia, desmontou-se o orçamento federal e foram criados gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição – uma afronta às instituições eleitorais. Apesar da retórica, houve um desmonte da capacidade institucional de combate à corrupção, e várias denúncias envolvendo o atual governo, o próprio presidente e seus familiares não foram esclarecidas.

Por fim, e ainda mais importante, o atual presidente fez e continua a fazer reiteradas ameaças à democracia, agredindo o judiciário, afirmando que não respeitará os resultados da eleição e fomentando um clima de profunda instabilidade e o risco real de ruptura institucional.

Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil, aumentando assim o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país. Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros.

Amanda de Albuquerque

Bernard Herskovic

Bernardo Silveira

Bruno Giovannetti

Carlos Góes

Carolina Grottera

Cláudio Considera

Claudio Ferraz

Daniel Cerqueira

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Joana Monteiro

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José Tavares de Araújo Jr

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Octavio de Barros

Otaviano Canuto

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Paulo Corrêa

Paulo Furquim de Azevedo

Rafael Costa Lima

Raphael Corbi

Ricardo Dahis

Rodrigo R. Soares

Rudi Rocha

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Thomas Fujiwara

Tiago Cavalcanti

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FGV, George Washington University, Insper, Johns Hopkins University, London School of Economics, PUC-Rio, Princeton, UFF, UFPE, University of British Columbia, University of California - Davis, University of California - Los Angeles, University of California - San Diego, University of Cambridge, University College London, University of Delaware, USP, UFJF, University of Southern California, Yale”

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