O plano de negócios da EDP no período 2021-2025 prevê investimentos globais de 24 bilhões de euros (o equivalente a R$ 131 bilhões) em projetos de transição energética, totalizando um acréscimo de 20 GW em seu portfólio de renováveis. Trata-se de uma das estratégias centrais da companhia para alcançar o objetivo de zerar o balanço de emissões e tornar-se 100% verde até 2030.
O grupo pretende liderar o movimento global de transição energética, e o Brasil, que se tornou o segundo principal mercado da companhia no mundo, tem um papel fundamental nessa estratégia. A meta é investir R$ 18,2 bilhões no País até 2025, sendo R$ 5,7 bilhões em geração de energia solar.
“Como um dos maiores grupos do setor elétrico atuando no Brasil, sabemos que temos um papel fundamental e que há espaço para crescer, pois o País possui abundância de recursos naturais e alta demanda por desenvolvimento e energia”, ressalta Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP.
Solar em larga escala
Entre os projetos em andamento no Brasil, dois se destacam. Em março de 2022, a EDP anunciou a usina solar Novo Oriente, em Ilha Solteira (SP), com capacidade de 254 MWac. O projeto já está outorgado e possui um contrato de compra e venda de energia (PPA, na sigla em inglês) de 120 MWac. Já a usina solar Monte Verde abrange três municípios do Rio Grande do Norte: Pedro Avelino, Lajes e Jandaíra. O empreendimento terá capacidade instalada de 209 MWac. A previsão é de que as duas usinas entrem em operação em 2024, e o objetivo da EDP é continuar anunciando a construção de duas usinas solares de grande porte no País por ano, até 2025.
Ainda no que se refere a energia solar em larga escala, a empresa inaugurou em 2021 o Complexo Solar Pereira Barreto, o maior parque solar do Estado de São Paulo. Com 203 MWac de capacidade instalada, o complexo produz energia suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 750 mil habitantes.
“Sem mudanças estruturais na maneira como vivemos, nos locomovemos e consumimos, será impossível controlar o aumento da temperatura no planeta”, reforça Miguel Stilwell de Andrade. “E nós escolhemos contribuir por meio de uma transição energética justa, sem deixar ninguém para trás.”