‘Com qualquer um que ganhar será difícil para o País no médio prazo’, diz Marcos Lisboa


Segundo economista, que está deixando a direção do Insper, Brasília virou um lugar de ‘concessão descontrolada de benefícios’

Por Cristiane Barbieri
Atualização:

Após o anúncio de que o economista Marcos Lisboa deixaria o comando do Insper, na noite de sexta-feira, 7, as redes sociais petistas ferveram com hipóteses de que o movimento estaria ligado à sua ida a um eventual novo governo Lula.

Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, ele foi responsável por uma série de reformas microeconômicas que ajudaram o crescimento do País no primeiro governo petista e já estaria conversando com os quadros da campanha para voltar a servir o País. Lisboa, porém, nega. “Não existe qualquer conversa para fazer parte de um novo governo Lula nem acredito que haverá”, afirma.

continua após a publicidade

Na verdade, o movimento é o oposto: Lisboa diz estar preocupado com o Brasil e com as instituições. “Com qualquer um que ganhar (as eleições presidenciais) será difícil a médio prazo para o País”, afirma ele. “Brasília virou um lugar de concessão descontrolada de benefícios. O Congresso ganhou poder e, com um presidente fraco, tudo aquilo vai cobrar o preço dos últimos anos.”

Apesar de dizer que os auxílios e algumas medidas podem resultar em soluços de crescimento, a falta de políticas de Estado amarradas não sustenta o movimento de alta do PIB no longo prazo. “É uma situação que veio para ficar”, afirma. “Os países só crescem por muitos anos seguidos se houver aumento de produtividade. E tudo o que vem sendo feito se dá na direção oposta.”

Isso porque, diz ele, tem havido aumento de protecionismo e benefícios concedidos a setores escolhidos em função de interesses políticos imediatistas. “O taxista está gostando de ganhar uma mesada (por conta do auxílio do governo) e o setor de etanol está feliz, mas o País fica mais e mais travado”, afirma. “Brasil, Argentina e México são casos patológicos nessa direção.”

continua após a publicidade
Nem Lula nem Bolsonaro: Lisboa não vê propostas visando ao aumento da produtividade do País Foto: Nelson Almeida/AFP e Joédson Alves/EFE

Em relação ao Insper, ele diz: “agora é hora de passar a bola”. Há dez anos na instituição, ele afirma que será a consolidação das transformações que foram implementadas no período. Como a ideia é fazer uma sucessão transparente e sem percalços, sua saída foi anunciada em um processo que está sendo conduzido pelo conselho da escola – e não tem prazo para terminar.

“Foi um período de crescimento, com novos cursos na graduação, consolidação do doutorado, do departamento de pesquisa, em um modelo de núcleos comuns de conhecimento que não tem similar na América Latina”, diz. “Colocamos em operação no último ano um comitê acadêmico e um comitê executivo e esse é um ciclo completado, agora com o desafio da sucessão.” Após a escolha, ele continuará fazendo parte de um conselho acadêmico, sem obrigações executivas.

Após o anúncio de que o economista Marcos Lisboa deixaria o comando do Insper, na noite de sexta-feira, 7, as redes sociais petistas ferveram com hipóteses de que o movimento estaria ligado à sua ida a um eventual novo governo Lula.

Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, ele foi responsável por uma série de reformas microeconômicas que ajudaram o crescimento do País no primeiro governo petista e já estaria conversando com os quadros da campanha para voltar a servir o País. Lisboa, porém, nega. “Não existe qualquer conversa para fazer parte de um novo governo Lula nem acredito que haverá”, afirma.

Na verdade, o movimento é o oposto: Lisboa diz estar preocupado com o Brasil e com as instituições. “Com qualquer um que ganhar (as eleições presidenciais) será difícil a médio prazo para o País”, afirma ele. “Brasília virou um lugar de concessão descontrolada de benefícios. O Congresso ganhou poder e, com um presidente fraco, tudo aquilo vai cobrar o preço dos últimos anos.”

Apesar de dizer que os auxílios e algumas medidas podem resultar em soluços de crescimento, a falta de políticas de Estado amarradas não sustenta o movimento de alta do PIB no longo prazo. “É uma situação que veio para ficar”, afirma. “Os países só crescem por muitos anos seguidos se houver aumento de produtividade. E tudo o que vem sendo feito se dá na direção oposta.”

Isso porque, diz ele, tem havido aumento de protecionismo e benefícios concedidos a setores escolhidos em função de interesses políticos imediatistas. “O taxista está gostando de ganhar uma mesada (por conta do auxílio do governo) e o setor de etanol está feliz, mas o País fica mais e mais travado”, afirma. “Brasil, Argentina e México são casos patológicos nessa direção.”

Nem Lula nem Bolsonaro: Lisboa não vê propostas visando ao aumento da produtividade do País Foto: Nelson Almeida/AFP e Joédson Alves/EFE

Em relação ao Insper, ele diz: “agora é hora de passar a bola”. Há dez anos na instituição, ele afirma que será a consolidação das transformações que foram implementadas no período. Como a ideia é fazer uma sucessão transparente e sem percalços, sua saída foi anunciada em um processo que está sendo conduzido pelo conselho da escola – e não tem prazo para terminar.

“Foi um período de crescimento, com novos cursos na graduação, consolidação do doutorado, do departamento de pesquisa, em um modelo de núcleos comuns de conhecimento que não tem similar na América Latina”, diz. “Colocamos em operação no último ano um comitê acadêmico e um comitê executivo e esse é um ciclo completado, agora com o desafio da sucessão.” Após a escolha, ele continuará fazendo parte de um conselho acadêmico, sem obrigações executivas.

Após o anúncio de que o economista Marcos Lisboa deixaria o comando do Insper, na noite de sexta-feira, 7, as redes sociais petistas ferveram com hipóteses de que o movimento estaria ligado à sua ida a um eventual novo governo Lula.

Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, ele foi responsável por uma série de reformas microeconômicas que ajudaram o crescimento do País no primeiro governo petista e já estaria conversando com os quadros da campanha para voltar a servir o País. Lisboa, porém, nega. “Não existe qualquer conversa para fazer parte de um novo governo Lula nem acredito que haverá”, afirma.

Na verdade, o movimento é o oposto: Lisboa diz estar preocupado com o Brasil e com as instituições. “Com qualquer um que ganhar (as eleições presidenciais) será difícil a médio prazo para o País”, afirma ele. “Brasília virou um lugar de concessão descontrolada de benefícios. O Congresso ganhou poder e, com um presidente fraco, tudo aquilo vai cobrar o preço dos últimos anos.”

Apesar de dizer que os auxílios e algumas medidas podem resultar em soluços de crescimento, a falta de políticas de Estado amarradas não sustenta o movimento de alta do PIB no longo prazo. “É uma situação que veio para ficar”, afirma. “Os países só crescem por muitos anos seguidos se houver aumento de produtividade. E tudo o que vem sendo feito se dá na direção oposta.”

Isso porque, diz ele, tem havido aumento de protecionismo e benefícios concedidos a setores escolhidos em função de interesses políticos imediatistas. “O taxista está gostando de ganhar uma mesada (por conta do auxílio do governo) e o setor de etanol está feliz, mas o País fica mais e mais travado”, afirma. “Brasil, Argentina e México são casos patológicos nessa direção.”

Nem Lula nem Bolsonaro: Lisboa não vê propostas visando ao aumento da produtividade do País Foto: Nelson Almeida/AFP e Joédson Alves/EFE

Em relação ao Insper, ele diz: “agora é hora de passar a bola”. Há dez anos na instituição, ele afirma que será a consolidação das transformações que foram implementadas no período. Como a ideia é fazer uma sucessão transparente e sem percalços, sua saída foi anunciada em um processo que está sendo conduzido pelo conselho da escola – e não tem prazo para terminar.

“Foi um período de crescimento, com novos cursos na graduação, consolidação do doutorado, do departamento de pesquisa, em um modelo de núcleos comuns de conhecimento que não tem similar na América Latina”, diz. “Colocamos em operação no último ano um comitê acadêmico e um comitê executivo e esse é um ciclo completado, agora com o desafio da sucessão.” Após a escolha, ele continuará fazendo parte de um conselho acadêmico, sem obrigações executivas.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.