Economista e advogada

Opinião|A economia andava melhor quando Lula tinha esperança de ganhar o Nobel da Paz


Foto publicada pelo ‘Estadão’ mostra um angustiado Haddad depois que Lula falou contra a meta

Por Elena Landau
Atualização:

Uma foto de capa deste jornal na quarta-feira mostrou Lula abraçando Haddad. A expressão angustiada do ministro revela mais que mil palavras. Em mais um sincericídio, Lula joga por terra a boa vontade que o mercado vinha tendo com seu governo. A meta não era mesmo crível dados os gastos previstos na PEC da Transição. Mas sua manutenção significava compromisso com o ministro da Fazenda. A condução da economia foi parar nas mãos da dupla Gleisi Hoffmann e Rui Costa. Que Deus tenha piedade deste País!

Para eles, a lógica econômica é invertida. Primeiro, vêm as despesas; depois, se corre atrás das receitas. E elas não estão vindo como Haddad previa ou gostaria.

Na cartilha petista, é a política monetária que atrapalha a meta fiscal. São os juros elevados que dificultam o crescimento e a obtenção de receitas, e que fazem a dívida pública crescer. Lula diz que quer estudar economia, seria ótimo se não fosse tarde demais. O estrago já está contratado.

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Além de pedir a mudança da meta – música para os ouvidos de um Congresso gastador e dominado por lobbies, apesar das declarações de Pacheco e Lira –, Lula mais uma vez repete o mantra “dinheiro bom é o que é gasto em obras”, afinal, gasto é vida.

Lula falou contra a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024, defendida por Haddad Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Os erros não param por aí. A política industrial continua baseada em incentivos questionáveis, a política tecnológica se resume a ressuscitar a Ceitec e os subsídios desnecessários são distribuídos agora em nome da transição energética (basta ver o PL para hidrogênio). A lista é grande. Enquanto isso, a economia brasileira continua sendo a mais fechada do mundo e o fim do bônus demográfico não vem acompanhado por políticas de aumento de produtividade.

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Engana-se quem acha que é o tal do mercado “ganancioso” o maior prejudicado. Ele opera com base nos sinais que recebe. Cabe ao governo mandar sinais corretos. Esse conjunto de ações vem de novo para beneficiar as elites, seja a indústria atrasada ou os beneficiários das emendas clientelistas. A geografia política brasileira conseguiu incluir o Amapá no Vale do São Francisco. Sem falar no poder misterioso da Zona Franca de Manaus, enorme desperdício de dinheiro público.

As estatais voltaram a operar politicamente. Conselhos são usados para aumentar salários dos amigos; a Caixa, para acalmar Lira; e a Petrobras retroage na gestão de forma oportunista – com base em uma liminar do STF. E vai além, traz de volta quem foi afastado pelo petrolão.

A boa vontade vinha mais pelo que Lula prometeu, e não vinha fazendo. Agora, ele fez. A economia andava melhor quando ele tinha esperança de ganhar o Nobel da Paz.

Uma foto de capa deste jornal na quarta-feira mostrou Lula abraçando Haddad. A expressão angustiada do ministro revela mais que mil palavras. Em mais um sincericídio, Lula joga por terra a boa vontade que o mercado vinha tendo com seu governo. A meta não era mesmo crível dados os gastos previstos na PEC da Transição. Mas sua manutenção significava compromisso com o ministro da Fazenda. A condução da economia foi parar nas mãos da dupla Gleisi Hoffmann e Rui Costa. Que Deus tenha piedade deste País!

Para eles, a lógica econômica é invertida. Primeiro, vêm as despesas; depois, se corre atrás das receitas. E elas não estão vindo como Haddad previa ou gostaria.

Na cartilha petista, é a política monetária que atrapalha a meta fiscal. São os juros elevados que dificultam o crescimento e a obtenção de receitas, e que fazem a dívida pública crescer. Lula diz que quer estudar economia, seria ótimo se não fosse tarde demais. O estrago já está contratado.

Além de pedir a mudança da meta – música para os ouvidos de um Congresso gastador e dominado por lobbies, apesar das declarações de Pacheco e Lira –, Lula mais uma vez repete o mantra “dinheiro bom é o que é gasto em obras”, afinal, gasto é vida.

Lula falou contra a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024, defendida por Haddad Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Os erros não param por aí. A política industrial continua baseada em incentivos questionáveis, a política tecnológica se resume a ressuscitar a Ceitec e os subsídios desnecessários são distribuídos agora em nome da transição energética (basta ver o PL para hidrogênio). A lista é grande. Enquanto isso, a economia brasileira continua sendo a mais fechada do mundo e o fim do bônus demográfico não vem acompanhado por políticas de aumento de produtividade.

Engana-se quem acha que é o tal do mercado “ganancioso” o maior prejudicado. Ele opera com base nos sinais que recebe. Cabe ao governo mandar sinais corretos. Esse conjunto de ações vem de novo para beneficiar as elites, seja a indústria atrasada ou os beneficiários das emendas clientelistas. A geografia política brasileira conseguiu incluir o Amapá no Vale do São Francisco. Sem falar no poder misterioso da Zona Franca de Manaus, enorme desperdício de dinheiro público.

As estatais voltaram a operar politicamente. Conselhos são usados para aumentar salários dos amigos; a Caixa, para acalmar Lira; e a Petrobras retroage na gestão de forma oportunista – com base em uma liminar do STF. E vai além, traz de volta quem foi afastado pelo petrolão.

A boa vontade vinha mais pelo que Lula prometeu, e não vinha fazendo. Agora, ele fez. A economia andava melhor quando ele tinha esperança de ganhar o Nobel da Paz.

Uma foto de capa deste jornal na quarta-feira mostrou Lula abraçando Haddad. A expressão angustiada do ministro revela mais que mil palavras. Em mais um sincericídio, Lula joga por terra a boa vontade que o mercado vinha tendo com seu governo. A meta não era mesmo crível dados os gastos previstos na PEC da Transição. Mas sua manutenção significava compromisso com o ministro da Fazenda. A condução da economia foi parar nas mãos da dupla Gleisi Hoffmann e Rui Costa. Que Deus tenha piedade deste País!

Para eles, a lógica econômica é invertida. Primeiro, vêm as despesas; depois, se corre atrás das receitas. E elas não estão vindo como Haddad previa ou gostaria.

Na cartilha petista, é a política monetária que atrapalha a meta fiscal. São os juros elevados que dificultam o crescimento e a obtenção de receitas, e que fazem a dívida pública crescer. Lula diz que quer estudar economia, seria ótimo se não fosse tarde demais. O estrago já está contratado.

Além de pedir a mudança da meta – música para os ouvidos de um Congresso gastador e dominado por lobbies, apesar das declarações de Pacheco e Lira –, Lula mais uma vez repete o mantra “dinheiro bom é o que é gasto em obras”, afinal, gasto é vida.

Lula falou contra a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024, defendida por Haddad Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Os erros não param por aí. A política industrial continua baseada em incentivos questionáveis, a política tecnológica se resume a ressuscitar a Ceitec e os subsídios desnecessários são distribuídos agora em nome da transição energética (basta ver o PL para hidrogênio). A lista é grande. Enquanto isso, a economia brasileira continua sendo a mais fechada do mundo e o fim do bônus demográfico não vem acompanhado por políticas de aumento de produtividade.

Engana-se quem acha que é o tal do mercado “ganancioso” o maior prejudicado. Ele opera com base nos sinais que recebe. Cabe ao governo mandar sinais corretos. Esse conjunto de ações vem de novo para beneficiar as elites, seja a indústria atrasada ou os beneficiários das emendas clientelistas. A geografia política brasileira conseguiu incluir o Amapá no Vale do São Francisco. Sem falar no poder misterioso da Zona Franca de Manaus, enorme desperdício de dinheiro público.

As estatais voltaram a operar politicamente. Conselhos são usados para aumentar salários dos amigos; a Caixa, para acalmar Lira; e a Petrobras retroage na gestão de forma oportunista – com base em uma liminar do STF. E vai além, traz de volta quem foi afastado pelo petrolão.

A boa vontade vinha mais pelo que Lula prometeu, e não vinha fazendo. Agora, ele fez. A economia andava melhor quando ele tinha esperança de ganhar o Nobel da Paz.

Uma foto de capa deste jornal na quarta-feira mostrou Lula abraçando Haddad. A expressão angustiada do ministro revela mais que mil palavras. Em mais um sincericídio, Lula joga por terra a boa vontade que o mercado vinha tendo com seu governo. A meta não era mesmo crível dados os gastos previstos na PEC da Transição. Mas sua manutenção significava compromisso com o ministro da Fazenda. A condução da economia foi parar nas mãos da dupla Gleisi Hoffmann e Rui Costa. Que Deus tenha piedade deste País!

Para eles, a lógica econômica é invertida. Primeiro, vêm as despesas; depois, se corre atrás das receitas. E elas não estão vindo como Haddad previa ou gostaria.

Na cartilha petista, é a política monetária que atrapalha a meta fiscal. São os juros elevados que dificultam o crescimento e a obtenção de receitas, e que fazem a dívida pública crescer. Lula diz que quer estudar economia, seria ótimo se não fosse tarde demais. O estrago já está contratado.

Além de pedir a mudança da meta – música para os ouvidos de um Congresso gastador e dominado por lobbies, apesar das declarações de Pacheco e Lira –, Lula mais uma vez repete o mantra “dinheiro bom é o que é gasto em obras”, afinal, gasto é vida.

Lula falou contra a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024, defendida por Haddad Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Os erros não param por aí. A política industrial continua baseada em incentivos questionáveis, a política tecnológica se resume a ressuscitar a Ceitec e os subsídios desnecessários são distribuídos agora em nome da transição energética (basta ver o PL para hidrogênio). A lista é grande. Enquanto isso, a economia brasileira continua sendo a mais fechada do mundo e o fim do bônus demográfico não vem acompanhado por políticas de aumento de produtividade.

Engana-se quem acha que é o tal do mercado “ganancioso” o maior prejudicado. Ele opera com base nos sinais que recebe. Cabe ao governo mandar sinais corretos. Esse conjunto de ações vem de novo para beneficiar as elites, seja a indústria atrasada ou os beneficiários das emendas clientelistas. A geografia política brasileira conseguiu incluir o Amapá no Vale do São Francisco. Sem falar no poder misterioso da Zona Franca de Manaus, enorme desperdício de dinheiro público.

As estatais voltaram a operar politicamente. Conselhos são usados para aumentar salários dos amigos; a Caixa, para acalmar Lira; e a Petrobras retroage na gestão de forma oportunista – com base em uma liminar do STF. E vai além, traz de volta quem foi afastado pelo petrolão.

A boa vontade vinha mais pelo que Lula prometeu, e não vinha fazendo. Agora, ele fez. A economia andava melhor quando ele tinha esperança de ganhar o Nobel da Paz.

Uma foto de capa deste jornal na quarta-feira mostrou Lula abraçando Haddad. A expressão angustiada do ministro revela mais que mil palavras. Em mais um sincericídio, Lula joga por terra a boa vontade que o mercado vinha tendo com seu governo. A meta não era mesmo crível dados os gastos previstos na PEC da Transição. Mas sua manutenção significava compromisso com o ministro da Fazenda. A condução da economia foi parar nas mãos da dupla Gleisi Hoffmann e Rui Costa. Que Deus tenha piedade deste País!

Para eles, a lógica econômica é invertida. Primeiro, vêm as despesas; depois, se corre atrás das receitas. E elas não estão vindo como Haddad previa ou gostaria.

Na cartilha petista, é a política monetária que atrapalha a meta fiscal. São os juros elevados que dificultam o crescimento e a obtenção de receitas, e que fazem a dívida pública crescer. Lula diz que quer estudar economia, seria ótimo se não fosse tarde demais. O estrago já está contratado.

Além de pedir a mudança da meta – música para os ouvidos de um Congresso gastador e dominado por lobbies, apesar das declarações de Pacheco e Lira –, Lula mais uma vez repete o mantra “dinheiro bom é o que é gasto em obras”, afinal, gasto é vida.

Lula falou contra a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024, defendida por Haddad Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Os erros não param por aí. A política industrial continua baseada em incentivos questionáveis, a política tecnológica se resume a ressuscitar a Ceitec e os subsídios desnecessários são distribuídos agora em nome da transição energética (basta ver o PL para hidrogênio). A lista é grande. Enquanto isso, a economia brasileira continua sendo a mais fechada do mundo e o fim do bônus demográfico não vem acompanhado por políticas de aumento de produtividade.

Engana-se quem acha que é o tal do mercado “ganancioso” o maior prejudicado. Ele opera com base nos sinais que recebe. Cabe ao governo mandar sinais corretos. Esse conjunto de ações vem de novo para beneficiar as elites, seja a indústria atrasada ou os beneficiários das emendas clientelistas. A geografia política brasileira conseguiu incluir o Amapá no Vale do São Francisco. Sem falar no poder misterioso da Zona Franca de Manaus, enorme desperdício de dinheiro público.

As estatais voltaram a operar politicamente. Conselhos são usados para aumentar salários dos amigos; a Caixa, para acalmar Lira; e a Petrobras retroage na gestão de forma oportunista – com base em uma liminar do STF. E vai além, traz de volta quem foi afastado pelo petrolão.

A boa vontade vinha mais pelo que Lula prometeu, e não vinha fazendo. Agora, ele fez. A economia andava melhor quando ele tinha esperança de ganhar o Nobel da Paz.

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