Economista e advogada

Opinião|O Brasil voltou? Quem está de volta é o PT em sua mais pura essência


Lula iniciou seu governo com a PEC da Transição logo após as eleições; desde então, não emplacou nenhum projeto novo

Por Elena Landau

Já são bem mais de 100 dias. Lula iniciou seu governo com a PEC da Transição logo após as eleições. Desde então, não emplacou nenhum projeto novo. Retomou programas sociais, mas sem incluir melhorias apontadas por vários especialistas. O Minha Casa, Minha Vida continua segregando trabalhadores ao isolar suas moradias de serviços, lazer e trabalho. O Bolsa Família aumentou seu orçamento, mas não investiu em melhor focalização e capacitação.

A MP que reorganiza seus ministérios não foi apreciada. Padilha ainda não mostrou serviço, apesar dos 37 ministérios. Na Esplanada, a paralisia está por conta de Rui Costa, esperando o fim da Lei das Estatais para distribuir cargos.

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Lula ganhou raspando. Parte dos votos que lhe garantiram a vitória veio de brasileiros intolerantes com a barbárie bolsonarista. Ser melhor do que Bolsonaro é pura obrigação.

Em áreas fundamentais, por enquanto, há pouco para mostrar. Diretrizes e metas para saúde, educação e meio ambiente ainda não estão claras. Retomar a vacinação é bom, mas é pouco para quem prometia uma revolução no SUS. Na educação, só temos a suspensão do novo ensino médio. Na área ambiental, o desmatamento segue. Tudo isso apesar de equipes técnicas de boa qualidade. Não dá para atribuir essa lentidão à terra arrasada herdada por muito mais tempo.

No comando do Ministério da Fazenda, Haddad terá trabalho para manter contas públicas em ordem Foto: REUTERS/Adriano Machado
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As novas regras fiscais foram apresentadas, mas ainda não compõem um arcabouço. Não há clareza sobre punições para descumprimento de metas de resultado primário, e ainda há garantia de crescimento real de gastos em qualquer cenário. Sobram dúvidas sobre a trajetória da dívida. A dependência de receitas extraordinárias é uma questão aritmética, nada a ver com ideologia. Há muita especulação sobre impostos, poluindo o debate sobre reforma tributária. Mesmo com tantas dúvidas, Haddad teve apoio até do mercado e dos liberais. O problema dele é com PT.

Política econômica é mais do que política fiscal, e aí Lula vai mal. Nenhuma palavra sobre produtividade, nem abertura comercial. Na tecnologia, a novidade é a ressurreição da Ceitec; na política industrial, o domínio da Fiesp; no trabalho, discute-se a volta da contribuição sindical e o uso do FGTS para comprar carros. O velho BNDES ressurgiu. Podem derrubar juros na marra, mas assim não se vai além de – mais – um voo de galinha.

Quem está de volta é o PT em sua mais pura essência: Estado indutor, escolhas discricionárias, crédito direcionado e indicações políticas. Mesmo cenário que levou ao petrolão.

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Nem o marco do saneamento escapou. Ao povão, a lama; aos amigos, cargos em estatais ineficientes.

Já são bem mais de 100 dias. Lula iniciou seu governo com a PEC da Transição logo após as eleições. Desde então, não emplacou nenhum projeto novo. Retomou programas sociais, mas sem incluir melhorias apontadas por vários especialistas. O Minha Casa, Minha Vida continua segregando trabalhadores ao isolar suas moradias de serviços, lazer e trabalho. O Bolsa Família aumentou seu orçamento, mas não investiu em melhor focalização e capacitação.

A MP que reorganiza seus ministérios não foi apreciada. Padilha ainda não mostrou serviço, apesar dos 37 ministérios. Na Esplanada, a paralisia está por conta de Rui Costa, esperando o fim da Lei das Estatais para distribuir cargos.

Lula ganhou raspando. Parte dos votos que lhe garantiram a vitória veio de brasileiros intolerantes com a barbárie bolsonarista. Ser melhor do que Bolsonaro é pura obrigação.

Em áreas fundamentais, por enquanto, há pouco para mostrar. Diretrizes e metas para saúde, educação e meio ambiente ainda não estão claras. Retomar a vacinação é bom, mas é pouco para quem prometia uma revolução no SUS. Na educação, só temos a suspensão do novo ensino médio. Na área ambiental, o desmatamento segue. Tudo isso apesar de equipes técnicas de boa qualidade. Não dá para atribuir essa lentidão à terra arrasada herdada por muito mais tempo.

No comando do Ministério da Fazenda, Haddad terá trabalho para manter contas públicas em ordem Foto: REUTERS/Adriano Machado

As novas regras fiscais foram apresentadas, mas ainda não compõem um arcabouço. Não há clareza sobre punições para descumprimento de metas de resultado primário, e ainda há garantia de crescimento real de gastos em qualquer cenário. Sobram dúvidas sobre a trajetória da dívida. A dependência de receitas extraordinárias é uma questão aritmética, nada a ver com ideologia. Há muita especulação sobre impostos, poluindo o debate sobre reforma tributária. Mesmo com tantas dúvidas, Haddad teve apoio até do mercado e dos liberais. O problema dele é com PT.

Política econômica é mais do que política fiscal, e aí Lula vai mal. Nenhuma palavra sobre produtividade, nem abertura comercial. Na tecnologia, a novidade é a ressurreição da Ceitec; na política industrial, o domínio da Fiesp; no trabalho, discute-se a volta da contribuição sindical e o uso do FGTS para comprar carros. O velho BNDES ressurgiu. Podem derrubar juros na marra, mas assim não se vai além de – mais – um voo de galinha.

Quem está de volta é o PT em sua mais pura essência: Estado indutor, escolhas discricionárias, crédito direcionado e indicações políticas. Mesmo cenário que levou ao petrolão.

Nem o marco do saneamento escapou. Ao povão, a lama; aos amigos, cargos em estatais ineficientes.

Já são bem mais de 100 dias. Lula iniciou seu governo com a PEC da Transição logo após as eleições. Desde então, não emplacou nenhum projeto novo. Retomou programas sociais, mas sem incluir melhorias apontadas por vários especialistas. O Minha Casa, Minha Vida continua segregando trabalhadores ao isolar suas moradias de serviços, lazer e trabalho. O Bolsa Família aumentou seu orçamento, mas não investiu em melhor focalização e capacitação.

A MP que reorganiza seus ministérios não foi apreciada. Padilha ainda não mostrou serviço, apesar dos 37 ministérios. Na Esplanada, a paralisia está por conta de Rui Costa, esperando o fim da Lei das Estatais para distribuir cargos.

Lula ganhou raspando. Parte dos votos que lhe garantiram a vitória veio de brasileiros intolerantes com a barbárie bolsonarista. Ser melhor do que Bolsonaro é pura obrigação.

Em áreas fundamentais, por enquanto, há pouco para mostrar. Diretrizes e metas para saúde, educação e meio ambiente ainda não estão claras. Retomar a vacinação é bom, mas é pouco para quem prometia uma revolução no SUS. Na educação, só temos a suspensão do novo ensino médio. Na área ambiental, o desmatamento segue. Tudo isso apesar de equipes técnicas de boa qualidade. Não dá para atribuir essa lentidão à terra arrasada herdada por muito mais tempo.

No comando do Ministério da Fazenda, Haddad terá trabalho para manter contas públicas em ordem Foto: REUTERS/Adriano Machado

As novas regras fiscais foram apresentadas, mas ainda não compõem um arcabouço. Não há clareza sobre punições para descumprimento de metas de resultado primário, e ainda há garantia de crescimento real de gastos em qualquer cenário. Sobram dúvidas sobre a trajetória da dívida. A dependência de receitas extraordinárias é uma questão aritmética, nada a ver com ideologia. Há muita especulação sobre impostos, poluindo o debate sobre reforma tributária. Mesmo com tantas dúvidas, Haddad teve apoio até do mercado e dos liberais. O problema dele é com PT.

Política econômica é mais do que política fiscal, e aí Lula vai mal. Nenhuma palavra sobre produtividade, nem abertura comercial. Na tecnologia, a novidade é a ressurreição da Ceitec; na política industrial, o domínio da Fiesp; no trabalho, discute-se a volta da contribuição sindical e o uso do FGTS para comprar carros. O velho BNDES ressurgiu. Podem derrubar juros na marra, mas assim não se vai além de – mais – um voo de galinha.

Quem está de volta é o PT em sua mais pura essência: Estado indutor, escolhas discricionárias, crédito direcionado e indicações políticas. Mesmo cenário que levou ao petrolão.

Nem o marco do saneamento escapou. Ao povão, a lama; aos amigos, cargos em estatais ineficientes.

Já são bem mais de 100 dias. Lula iniciou seu governo com a PEC da Transição logo após as eleições. Desde então, não emplacou nenhum projeto novo. Retomou programas sociais, mas sem incluir melhorias apontadas por vários especialistas. O Minha Casa, Minha Vida continua segregando trabalhadores ao isolar suas moradias de serviços, lazer e trabalho. O Bolsa Família aumentou seu orçamento, mas não investiu em melhor focalização e capacitação.

A MP que reorganiza seus ministérios não foi apreciada. Padilha ainda não mostrou serviço, apesar dos 37 ministérios. Na Esplanada, a paralisia está por conta de Rui Costa, esperando o fim da Lei das Estatais para distribuir cargos.

Lula ganhou raspando. Parte dos votos que lhe garantiram a vitória veio de brasileiros intolerantes com a barbárie bolsonarista. Ser melhor do que Bolsonaro é pura obrigação.

Em áreas fundamentais, por enquanto, há pouco para mostrar. Diretrizes e metas para saúde, educação e meio ambiente ainda não estão claras. Retomar a vacinação é bom, mas é pouco para quem prometia uma revolução no SUS. Na educação, só temos a suspensão do novo ensino médio. Na área ambiental, o desmatamento segue. Tudo isso apesar de equipes técnicas de boa qualidade. Não dá para atribuir essa lentidão à terra arrasada herdada por muito mais tempo.

No comando do Ministério da Fazenda, Haddad terá trabalho para manter contas públicas em ordem Foto: REUTERS/Adriano Machado

As novas regras fiscais foram apresentadas, mas ainda não compõem um arcabouço. Não há clareza sobre punições para descumprimento de metas de resultado primário, e ainda há garantia de crescimento real de gastos em qualquer cenário. Sobram dúvidas sobre a trajetória da dívida. A dependência de receitas extraordinárias é uma questão aritmética, nada a ver com ideologia. Há muita especulação sobre impostos, poluindo o debate sobre reforma tributária. Mesmo com tantas dúvidas, Haddad teve apoio até do mercado e dos liberais. O problema dele é com PT.

Política econômica é mais do que política fiscal, e aí Lula vai mal. Nenhuma palavra sobre produtividade, nem abertura comercial. Na tecnologia, a novidade é a ressurreição da Ceitec; na política industrial, o domínio da Fiesp; no trabalho, discute-se a volta da contribuição sindical e o uso do FGTS para comprar carros. O velho BNDES ressurgiu. Podem derrubar juros na marra, mas assim não se vai além de – mais – um voo de galinha.

Quem está de volta é o PT em sua mais pura essência: Estado indutor, escolhas discricionárias, crédito direcionado e indicações políticas. Mesmo cenário que levou ao petrolão.

Nem o marco do saneamento escapou. Ao povão, a lama; aos amigos, cargos em estatais ineficientes.

Já são bem mais de 100 dias. Lula iniciou seu governo com a PEC da Transição logo após as eleições. Desde então, não emplacou nenhum projeto novo. Retomou programas sociais, mas sem incluir melhorias apontadas por vários especialistas. O Minha Casa, Minha Vida continua segregando trabalhadores ao isolar suas moradias de serviços, lazer e trabalho. O Bolsa Família aumentou seu orçamento, mas não investiu em melhor focalização e capacitação.

A MP que reorganiza seus ministérios não foi apreciada. Padilha ainda não mostrou serviço, apesar dos 37 ministérios. Na Esplanada, a paralisia está por conta de Rui Costa, esperando o fim da Lei das Estatais para distribuir cargos.

Lula ganhou raspando. Parte dos votos que lhe garantiram a vitória veio de brasileiros intolerantes com a barbárie bolsonarista. Ser melhor do que Bolsonaro é pura obrigação.

Em áreas fundamentais, por enquanto, há pouco para mostrar. Diretrizes e metas para saúde, educação e meio ambiente ainda não estão claras. Retomar a vacinação é bom, mas é pouco para quem prometia uma revolução no SUS. Na educação, só temos a suspensão do novo ensino médio. Na área ambiental, o desmatamento segue. Tudo isso apesar de equipes técnicas de boa qualidade. Não dá para atribuir essa lentidão à terra arrasada herdada por muito mais tempo.

No comando do Ministério da Fazenda, Haddad terá trabalho para manter contas públicas em ordem Foto: REUTERS/Adriano Machado

As novas regras fiscais foram apresentadas, mas ainda não compõem um arcabouço. Não há clareza sobre punições para descumprimento de metas de resultado primário, e ainda há garantia de crescimento real de gastos em qualquer cenário. Sobram dúvidas sobre a trajetória da dívida. A dependência de receitas extraordinárias é uma questão aritmética, nada a ver com ideologia. Há muita especulação sobre impostos, poluindo o debate sobre reforma tributária. Mesmo com tantas dúvidas, Haddad teve apoio até do mercado e dos liberais. O problema dele é com PT.

Política econômica é mais do que política fiscal, e aí Lula vai mal. Nenhuma palavra sobre produtividade, nem abertura comercial. Na tecnologia, a novidade é a ressurreição da Ceitec; na política industrial, o domínio da Fiesp; no trabalho, discute-se a volta da contribuição sindical e o uso do FGTS para comprar carros. O velho BNDES ressurgiu. Podem derrubar juros na marra, mas assim não se vai além de – mais – um voo de galinha.

Quem está de volta é o PT em sua mais pura essência: Estado indutor, escolhas discricionárias, crédito direcionado e indicações políticas. Mesmo cenário que levou ao petrolão.

Nem o marco do saneamento escapou. Ao povão, a lama; aos amigos, cargos em estatais ineficientes.

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