Economista e advogada

Opinião|A volta de tudo o que deu errado no passado é o traço comum do governo Lula


Foi uma semana de notícias ruins: um plano confuso para o gás e Lula atacando as privatizações; tem cheiro do Brasduto no ar

Por Elena Landau

Foi uma semana de notícias ruins na área econômica. Fica até difícil escolher um único assunto para comentar. Vamos à lista: Correios assumiram parte do passivo do Postalis; fundos de pensão serão usados para turbinar o PAC; BNDES vai apelar para fundos públicos para ampliar crédito; e os sindicatos estão autorizados a usar os recursos do FAT.

A volta de tudo que deu errado no passado é o traço comum. Intervencionismo e gastos elevados e mal alocados deixaram de herança recessão, desemprego, inflação e Lava Jato. Essa teimosia é uma irresponsabilidade com o País. Ainda tivemos o anúncio de um confuso plano para o gás natural e Lula atacando as privatizações.

O pacotaço é mais uma repetição de erros. Lembra muito a malfadada MP 579 da Dilma. O plano, que se diz de transição energética, muda a lógica de operação de todo um setor, desta vez de óleo e gás, sem debate, consulta pública ou análise de impacto regulatório. Chegou de surpresa.

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Coloca no mesmo balaio medidas desconectadas gerando grande confusão. Vai da distribuição de botijões a mais incentivos para a indústria naval. Enterra de vez a venda de refinarias e interfere nos preços e nos porcentuais de reinjeção do gás. São normas que afetam a exploração de petróleo, já que o gás natural no Brasil vem associado ao óleo, especialmente do pré-sal.

Governo trata a Petrobras como monopolista, ignorando as gigantes do petróleo Foto: Geraldo Falcão/Petrobras

Os estímulos ao uso de gás são amplos, não se concentram na substituição de fontes mais poluentes, como carvão e óleo. Não se sabe como será financiada a infraestrutura de gasodutos. Tem cheiro do Brasduto no ar.

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Trata a Petrobras como monopolista, ignorando as gigantes do petróleo que estão atuando aqui há anos, confiando em contratos de concessão assinados com a ANP. O governo quer aumentar a oferta gerando insegurança jurídica e assustando investidores. Vai dar muito certo. Só os consumidores industriais gostaram, claro. Em 2012, a Fiesp também pulou de alegria com a MP 579.

Tem até uma pitada de Paulo Guedes, com promessa de reduzir o preço do gás em 35% e atrair R$ 2 trilhões em investimentos.

O fecho de ouro foi o ataque de Lula às privatizações. Como a Vale virou um cão sem dono, quer colocar uma coleira na Eletrobras. Depois do fracasso com o Plano Nacional de Banda Larga, vai usar a Telebras para atingir soberania nacional em IA. Agora vai.

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Vamos lembrar que em 2015, ao fim do governo PT, as estatais fecharam o ano com prejuízo de R$ 32 bilhões. Em 2022, terminaram com lucro de R$ 180 bilhões. Waldick já dizia: “Quem despreza um grande amor não merece ser feliz”.

Foi uma semana de notícias ruins na área econômica. Fica até difícil escolher um único assunto para comentar. Vamos à lista: Correios assumiram parte do passivo do Postalis; fundos de pensão serão usados para turbinar o PAC; BNDES vai apelar para fundos públicos para ampliar crédito; e os sindicatos estão autorizados a usar os recursos do FAT.

A volta de tudo que deu errado no passado é o traço comum. Intervencionismo e gastos elevados e mal alocados deixaram de herança recessão, desemprego, inflação e Lava Jato. Essa teimosia é uma irresponsabilidade com o País. Ainda tivemos o anúncio de um confuso plano para o gás natural e Lula atacando as privatizações.

O pacotaço é mais uma repetição de erros. Lembra muito a malfadada MP 579 da Dilma. O plano, que se diz de transição energética, muda a lógica de operação de todo um setor, desta vez de óleo e gás, sem debate, consulta pública ou análise de impacto regulatório. Chegou de surpresa.

Coloca no mesmo balaio medidas desconectadas gerando grande confusão. Vai da distribuição de botijões a mais incentivos para a indústria naval. Enterra de vez a venda de refinarias e interfere nos preços e nos porcentuais de reinjeção do gás. São normas que afetam a exploração de petróleo, já que o gás natural no Brasil vem associado ao óleo, especialmente do pré-sal.

Governo trata a Petrobras como monopolista, ignorando as gigantes do petróleo Foto: Geraldo Falcão/Petrobras

Os estímulos ao uso de gás são amplos, não se concentram na substituição de fontes mais poluentes, como carvão e óleo. Não se sabe como será financiada a infraestrutura de gasodutos. Tem cheiro do Brasduto no ar.

Trata a Petrobras como monopolista, ignorando as gigantes do petróleo que estão atuando aqui há anos, confiando em contratos de concessão assinados com a ANP. O governo quer aumentar a oferta gerando insegurança jurídica e assustando investidores. Vai dar muito certo. Só os consumidores industriais gostaram, claro. Em 2012, a Fiesp também pulou de alegria com a MP 579.

Tem até uma pitada de Paulo Guedes, com promessa de reduzir o preço do gás em 35% e atrair R$ 2 trilhões em investimentos.

O fecho de ouro foi o ataque de Lula às privatizações. Como a Vale virou um cão sem dono, quer colocar uma coleira na Eletrobras. Depois do fracasso com o Plano Nacional de Banda Larga, vai usar a Telebras para atingir soberania nacional em IA. Agora vai.

Vamos lembrar que em 2015, ao fim do governo PT, as estatais fecharam o ano com prejuízo de R$ 32 bilhões. Em 2022, terminaram com lucro de R$ 180 bilhões. Waldick já dizia: “Quem despreza um grande amor não merece ser feliz”.

Foi uma semana de notícias ruins na área econômica. Fica até difícil escolher um único assunto para comentar. Vamos à lista: Correios assumiram parte do passivo do Postalis; fundos de pensão serão usados para turbinar o PAC; BNDES vai apelar para fundos públicos para ampliar crédito; e os sindicatos estão autorizados a usar os recursos do FAT.

A volta de tudo que deu errado no passado é o traço comum. Intervencionismo e gastos elevados e mal alocados deixaram de herança recessão, desemprego, inflação e Lava Jato. Essa teimosia é uma irresponsabilidade com o País. Ainda tivemos o anúncio de um confuso plano para o gás natural e Lula atacando as privatizações.

O pacotaço é mais uma repetição de erros. Lembra muito a malfadada MP 579 da Dilma. O plano, que se diz de transição energética, muda a lógica de operação de todo um setor, desta vez de óleo e gás, sem debate, consulta pública ou análise de impacto regulatório. Chegou de surpresa.

Coloca no mesmo balaio medidas desconectadas gerando grande confusão. Vai da distribuição de botijões a mais incentivos para a indústria naval. Enterra de vez a venda de refinarias e interfere nos preços e nos porcentuais de reinjeção do gás. São normas que afetam a exploração de petróleo, já que o gás natural no Brasil vem associado ao óleo, especialmente do pré-sal.

Governo trata a Petrobras como monopolista, ignorando as gigantes do petróleo Foto: Geraldo Falcão/Petrobras

Os estímulos ao uso de gás são amplos, não se concentram na substituição de fontes mais poluentes, como carvão e óleo. Não se sabe como será financiada a infraestrutura de gasodutos. Tem cheiro do Brasduto no ar.

Trata a Petrobras como monopolista, ignorando as gigantes do petróleo que estão atuando aqui há anos, confiando em contratos de concessão assinados com a ANP. O governo quer aumentar a oferta gerando insegurança jurídica e assustando investidores. Vai dar muito certo. Só os consumidores industriais gostaram, claro. Em 2012, a Fiesp também pulou de alegria com a MP 579.

Tem até uma pitada de Paulo Guedes, com promessa de reduzir o preço do gás em 35% e atrair R$ 2 trilhões em investimentos.

O fecho de ouro foi o ataque de Lula às privatizações. Como a Vale virou um cão sem dono, quer colocar uma coleira na Eletrobras. Depois do fracasso com o Plano Nacional de Banda Larga, vai usar a Telebras para atingir soberania nacional em IA. Agora vai.

Vamos lembrar que em 2015, ao fim do governo PT, as estatais fecharam o ano com prejuízo de R$ 32 bilhões. Em 2022, terminaram com lucro de R$ 180 bilhões. Waldick já dizia: “Quem despreza um grande amor não merece ser feliz”.

Opinião por Elena Landau

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