SÃO PAULO E RIO - O diretor-presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, disse nesta terça-feira, 14, que a economia da empresa na folha de pagamento após a conclusão do programa de demissão voluntária (PDV) será de R$ 95 milhões por mês, o que vai permitir que a operação se pague em 13 meses. O custo total do processo é estimado em R$ 1,2 bilhão.
Ferreira Júnior informou que o objetivo é concluir 85% dos desligamentos previstos dentro do segundo trimestre, o que perfaz 2.100 funcionários desligados. O programa teve 2,5 mil adesões entre funcionários já aposentados e “aposentáveis”.
“Até o fim de março, serão desligadas mais 500 pessoas que aderiram ao PDV, somando cerca de 1,5 mil pessoas. Até fim de abril 85% dos adeptos em PDV terão sido desligadas”, informou o executivo.
Ele aproveitou para informar que já está em curso um plano para repor 832 postos com novos funcionários focados em operação e manutenção. Ele disse que uma renovação dessa escala não acontece na Eletrobras desde 2009.
A Eletrobras registrou prejuízo líquido de R$ 479 milhões no quarto trimestre de 2022 ante lucro líquido de R$ 610 milhões obtido no mesmo intervalo de 2021.
A empresa explica que o resultado foi impactado, negativamente, pela contabilização do programa de demissão voluntária, realizado em dezembro de 2022. Além disso, o resultado também foi impactado pela constituição de provisão de recebíveis da Amazonas Energia, no montante de R$ 2,528 bilhões./Wilian Miron, Luciana Collet, Gabriel Vasconcelos e Beth Moreira