Em carta ao governo federal, grandes empresas pedem metas ambientais mais ambiciosas


Documento é assinado por 33 empresas e bancos, incluindo Bradesco, Itaú, Shell, Microsoft e Suzano; grupo afirma que agenda de retomada verde pode trazer investimentos ao País

Por Felipe Siqueira

Em carta enviada ao governo, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) pede metas mais ambiciosas relacionadas ao clima e um esforço maior para a construção de uma agenda de retomada sustentável para a economia brasileira. Ao todo, 33 empresas e bancos assinaram o documento, incluindo Bradesco, Braskem, Itaú, Shell, Microsoft e Suzano (veja lista completa abaixo).

Conforme a carta, o País precisa buscar a neutralidade climática – ou seja, emissão líquida zerada de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera – até 2050. Em dezembro, em um documento de diretrizes sobre assuntos do clima, a NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas), o Ministério do Meio Ambiente traçou planos para atingir este objetivo até 2060.

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A NDC brasileira foi feita na esteira do Acordo de Paris, que estabeleceu metas sobre o clima para o mundo. A primeira versão foi entregue em 2015 e a atualização saiu no fim do ano passado. Um dos principais objetivos do acordo é limitar o aumento na temperatura global até o fim do século a 2 graus Celsius, no máximo. 

Na Amazônia, número de focos de janeiro a outubro já superou o total de 2019 Foto: Herton Escobar/Estadao

Os líderes da iniciativa privada, portanto, cobram que é necessário acelerar as exigências do setor produtivo, para chegar à neutralidade uma década mais cedo.

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Pressão por metas objetivos mais ambiciosos

De acordo com a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a carta começou a ser elaborada justamente em dezembro, depois de o governo definir uma meta considerada muito branda pelas empresas. 

O documento foi encaminhado aos ministérios da Economia, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e da Agricultura. "Mostramos ao governo e à sociedade civil que o setor empresarial apoia uma ambição climática no País." Marina diz que a entidade espera se reunir até o fim da semana com o ministro Paulo Guedes (Economia) para debater o tema.

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Segundo as empresas, metas ambientais mais ambiciosas poderiam trazer ao País não só investimentos, mas também vantagens competitivas. Um dos pontos de destaque do documento é em relação à chamada "retomada verde": "Seguir em direção à retomada verde é a única maneira adequada de sermos competitivos." 

Para a presidente do CEBDS, o País também precisa ter metas mais claras para reduzir o desmatamento ilegal. "Só tem vantagens em reduzir: traz segurança jurídica, ajuda a ser um local mais confiável que, consequentemente, atrai mais recursos”, diz. 

Confira a lista completa de empresas e instituições que assinam a carta: 

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  • Bayer 
  • Braskem 
  • Bradesco 
  • BRF 
  • CBA 
  • DSM
  • Ecolab 
  • Eneva
  • Equinor 
  • iCare
  • Ipiranga 
  • Itaú 
  • JBS
  • Lojas Renner S.A 
  • Lwart 
  • Marfrig 
  • Michelin
  • Microsoft 
  • Natura 
  • Schneider Eletric 
  • Shell 
  • Siemens Energy 
  • Suzano 
  • Ticket Log 
  • Tozzini Freire 
  • Vedacit 
  • Votorantim Cimentos 
  • Way Carbon 
  •  Abag 
  • Amcham 
  • Cebri 
  • Coalizão Brasil 
  • ICC

Em carta enviada ao governo, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) pede metas mais ambiciosas relacionadas ao clima e um esforço maior para a construção de uma agenda de retomada sustentável para a economia brasileira. Ao todo, 33 empresas e bancos assinaram o documento, incluindo Bradesco, Braskem, Itaú, Shell, Microsoft e Suzano (veja lista completa abaixo).

Conforme a carta, o País precisa buscar a neutralidade climática – ou seja, emissão líquida zerada de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera – até 2050. Em dezembro, em um documento de diretrizes sobre assuntos do clima, a NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas), o Ministério do Meio Ambiente traçou planos para atingir este objetivo até 2060.

A NDC brasileira foi feita na esteira do Acordo de Paris, que estabeleceu metas sobre o clima para o mundo. A primeira versão foi entregue em 2015 e a atualização saiu no fim do ano passado. Um dos principais objetivos do acordo é limitar o aumento na temperatura global até o fim do século a 2 graus Celsius, no máximo. 

Na Amazônia, número de focos de janeiro a outubro já superou o total de 2019 Foto: Herton Escobar/Estadao

Os líderes da iniciativa privada, portanto, cobram que é necessário acelerar as exigências do setor produtivo, para chegar à neutralidade uma década mais cedo.

Pressão por metas objetivos mais ambiciosos

De acordo com a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a carta começou a ser elaborada justamente em dezembro, depois de o governo definir uma meta considerada muito branda pelas empresas. 

O documento foi encaminhado aos ministérios da Economia, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e da Agricultura. "Mostramos ao governo e à sociedade civil que o setor empresarial apoia uma ambição climática no País." Marina diz que a entidade espera se reunir até o fim da semana com o ministro Paulo Guedes (Economia) para debater o tema.

Segundo as empresas, metas ambientais mais ambiciosas poderiam trazer ao País não só investimentos, mas também vantagens competitivas. Um dos pontos de destaque do documento é em relação à chamada "retomada verde": "Seguir em direção à retomada verde é a única maneira adequada de sermos competitivos." 

Para a presidente do CEBDS, o País também precisa ter metas mais claras para reduzir o desmatamento ilegal. "Só tem vantagens em reduzir: traz segurança jurídica, ajuda a ser um local mais confiável que, consequentemente, atrai mais recursos”, diz. 

Confira a lista completa de empresas e instituições que assinam a carta: 

  • Bayer 
  • Braskem 
  • Bradesco 
  • BRF 
  • CBA 
  • DSM
  • Ecolab 
  • Eneva
  • Equinor 
  • iCare
  • Ipiranga 
  • Itaú 
  • JBS
  • Lojas Renner S.A 
  • Lwart 
  • Marfrig 
  • Michelin
  • Microsoft 
  • Natura 
  • Schneider Eletric 
  • Shell 
  • Siemens Energy 
  • Suzano 
  • Ticket Log 
  • Tozzini Freire 
  • Vedacit 
  • Votorantim Cimentos 
  • Way Carbon 
  •  Abag 
  • Amcham 
  • Cebri 
  • Coalizão Brasil 
  • ICC

Em carta enviada ao governo, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) pede metas mais ambiciosas relacionadas ao clima e um esforço maior para a construção de uma agenda de retomada sustentável para a economia brasileira. Ao todo, 33 empresas e bancos assinaram o documento, incluindo Bradesco, Braskem, Itaú, Shell, Microsoft e Suzano (veja lista completa abaixo).

Conforme a carta, o País precisa buscar a neutralidade climática – ou seja, emissão líquida zerada de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera – até 2050. Em dezembro, em um documento de diretrizes sobre assuntos do clima, a NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas), o Ministério do Meio Ambiente traçou planos para atingir este objetivo até 2060.

A NDC brasileira foi feita na esteira do Acordo de Paris, que estabeleceu metas sobre o clima para o mundo. A primeira versão foi entregue em 2015 e a atualização saiu no fim do ano passado. Um dos principais objetivos do acordo é limitar o aumento na temperatura global até o fim do século a 2 graus Celsius, no máximo. 

Na Amazônia, número de focos de janeiro a outubro já superou o total de 2019 Foto: Herton Escobar/Estadao

Os líderes da iniciativa privada, portanto, cobram que é necessário acelerar as exigências do setor produtivo, para chegar à neutralidade uma década mais cedo.

Pressão por metas objetivos mais ambiciosos

De acordo com a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a carta começou a ser elaborada justamente em dezembro, depois de o governo definir uma meta considerada muito branda pelas empresas. 

O documento foi encaminhado aos ministérios da Economia, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e da Agricultura. "Mostramos ao governo e à sociedade civil que o setor empresarial apoia uma ambição climática no País." Marina diz que a entidade espera se reunir até o fim da semana com o ministro Paulo Guedes (Economia) para debater o tema.

Segundo as empresas, metas ambientais mais ambiciosas poderiam trazer ao País não só investimentos, mas também vantagens competitivas. Um dos pontos de destaque do documento é em relação à chamada "retomada verde": "Seguir em direção à retomada verde é a única maneira adequada de sermos competitivos." 

Para a presidente do CEBDS, o País também precisa ter metas mais claras para reduzir o desmatamento ilegal. "Só tem vantagens em reduzir: traz segurança jurídica, ajuda a ser um local mais confiável que, consequentemente, atrai mais recursos”, diz. 

Confira a lista completa de empresas e instituições que assinam a carta: 

  • Bayer 
  • Braskem 
  • Bradesco 
  • BRF 
  • CBA 
  • DSM
  • Ecolab 
  • Eneva
  • Equinor 
  • iCare
  • Ipiranga 
  • Itaú 
  • JBS
  • Lojas Renner S.A 
  • Lwart 
  • Marfrig 
  • Michelin
  • Microsoft 
  • Natura 
  • Schneider Eletric 
  • Shell 
  • Siemens Energy 
  • Suzano 
  • Ticket Log 
  • Tozzini Freire 
  • Vedacit 
  • Votorantim Cimentos 
  • Way Carbon 
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