Em Cúpula do Mercosul, Uruguai defende acordo com a China, enquanto a Argentina prega união do bloco


Regras do Mercosul obrigam países a negociar de maneira conjunta acordos comerciais com parceiros fora do bloco

Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro e com os principais acordos já anunciados ontem, a 60.ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul teve hoje como destaque o embate entre os presidentes de Uruguai e Argentina sobre os planos do governo uruguaio em conduzir negociações bilaterais para um acordo de livre comércio com a China. Desde o ano 2000, as regras do Mercosul obrigam os países a apenas negociar de maneira conjunta acordos dessa natureza.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que assumiu hoje a presidência rotativa do bloco, lembrou que o país concluiu na semana passada o estudo de viabilidade para iniciar as negociações com a China. “E, de fato, vamos começar em breve. E é claro que, quando finalizarmos esta etapa, o primeiro que queremos fazer é chamar os sócios do Mercosul para continuarmos juntos”, garantiu.

Observados pelo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, Lacalle Pou (à esq), do Uruguai, e Fernandez, da Argentina, conversam durante a cúpula Foto: Cesar Olmedo/REUTERS - 21/07/2022
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Ainda assim, o presidente uruguaio sustentou que o país tem o direito de prosseguir nas negociações bilaterais com o gigante asiático. “É um interesse coletivo (do Uruguai), porque não é uma iniciativa deste governo, mas de dois ou três governos atrás. É um desejo nacional avançar neste sentido e, se podemos com os sócios do Mercosul, melhor. Vamos convidá-los, mas se não for o desejo dos demais países, vamos avançar. Temos tranquilidade de que isso não fratura ou quebra a nossa organização”, enfatizou.

Lacalle Pou adiantou que, além da China, o Uruguai tem uma agenda para avançar em negociações bilaterais com outros blocos e países, como a Turquia. “E vamos informar o Mercosul imediatamente quando houver avanços, como fizemos com a China. Não tenho a menor dúvida que a melhor maneira de proteger a minha nação e o meu povo é saindo ao mundo”, completou.

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Já o presidente da Argentina, Alberto Fernández, renovou a defesa das negociações em bloco, citando o acordo anunciado nesta semana entre Mercosul e Cingapura. Para o presidente argentino, manter o grupo unido é fundamental para enfrentar os desafios econômicos e geopolíticos trazidos pela pandemia da covid-19 e pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

“A grande preocupação do mundo desenvolvido é de onde vão tirar alimentos e energia. Se soubermos nos colocar de acordo, poderemos nos aproveitar desta oportunidade única. Inclusive, eticamente, temos de nos colocar de acordo para produzir os alimentos que o mundo precisa”, argumentou. “Estamos em um continente que tem o que o mundo busca, mas, se não estivermos mais unidos do que nunca, vamos cometer o pior dos erros”, alertou.

Fernández pediu que os demais países do Mercosul, sobretudo o Uruguai, não se iludam com a ideia de se buscar soluções individuais para problemas que atingem a todos. “Após o êxito do acordo com Cingapura, por que não analisamos em conjunto o acordo com a China? Vai ser muito mais forte esse acordo. Não me nego em nada a analisar tudo o que for preciso analisar”, concluiu.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro e com os principais acordos já anunciados ontem, a 60.ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul teve hoje como destaque o embate entre os presidentes de Uruguai e Argentina sobre os planos do governo uruguaio em conduzir negociações bilaterais para um acordo de livre comércio com a China. Desde o ano 2000, as regras do Mercosul obrigam os países a apenas negociar de maneira conjunta acordos dessa natureza.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que assumiu hoje a presidência rotativa do bloco, lembrou que o país concluiu na semana passada o estudo de viabilidade para iniciar as negociações com a China. “E, de fato, vamos começar em breve. E é claro que, quando finalizarmos esta etapa, o primeiro que queremos fazer é chamar os sócios do Mercosul para continuarmos juntos”, garantiu.

Observados pelo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, Lacalle Pou (à esq), do Uruguai, e Fernandez, da Argentina, conversam durante a cúpula Foto: Cesar Olmedo/REUTERS - 21/07/2022

Ainda assim, o presidente uruguaio sustentou que o país tem o direito de prosseguir nas negociações bilaterais com o gigante asiático. “É um interesse coletivo (do Uruguai), porque não é uma iniciativa deste governo, mas de dois ou três governos atrás. É um desejo nacional avançar neste sentido e, se podemos com os sócios do Mercosul, melhor. Vamos convidá-los, mas se não for o desejo dos demais países, vamos avançar. Temos tranquilidade de que isso não fratura ou quebra a nossa organização”, enfatizou.

Lacalle Pou adiantou que, além da China, o Uruguai tem uma agenda para avançar em negociações bilaterais com outros blocos e países, como a Turquia. “E vamos informar o Mercosul imediatamente quando houver avanços, como fizemos com a China. Não tenho a menor dúvida que a melhor maneira de proteger a minha nação e o meu povo é saindo ao mundo”, completou.

Já o presidente da Argentina, Alberto Fernández, renovou a defesa das negociações em bloco, citando o acordo anunciado nesta semana entre Mercosul e Cingapura. Para o presidente argentino, manter o grupo unido é fundamental para enfrentar os desafios econômicos e geopolíticos trazidos pela pandemia da covid-19 e pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

“A grande preocupação do mundo desenvolvido é de onde vão tirar alimentos e energia. Se soubermos nos colocar de acordo, poderemos nos aproveitar desta oportunidade única. Inclusive, eticamente, temos de nos colocar de acordo para produzir os alimentos que o mundo precisa”, argumentou. “Estamos em um continente que tem o que o mundo busca, mas, se não estivermos mais unidos do que nunca, vamos cometer o pior dos erros”, alertou.

Fernández pediu que os demais países do Mercosul, sobretudo o Uruguai, não se iludam com a ideia de se buscar soluções individuais para problemas que atingem a todos. “Após o êxito do acordo com Cingapura, por que não analisamos em conjunto o acordo com a China? Vai ser muito mais forte esse acordo. Não me nego em nada a analisar tudo o que for preciso analisar”, concluiu.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro e com os principais acordos já anunciados ontem, a 60.ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul teve hoje como destaque o embate entre os presidentes de Uruguai e Argentina sobre os planos do governo uruguaio em conduzir negociações bilaterais para um acordo de livre comércio com a China. Desde o ano 2000, as regras do Mercosul obrigam os países a apenas negociar de maneira conjunta acordos dessa natureza.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que assumiu hoje a presidência rotativa do bloco, lembrou que o país concluiu na semana passada o estudo de viabilidade para iniciar as negociações com a China. “E, de fato, vamos começar em breve. E é claro que, quando finalizarmos esta etapa, o primeiro que queremos fazer é chamar os sócios do Mercosul para continuarmos juntos”, garantiu.

Observados pelo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, Lacalle Pou (à esq), do Uruguai, e Fernandez, da Argentina, conversam durante a cúpula Foto: Cesar Olmedo/REUTERS - 21/07/2022

Ainda assim, o presidente uruguaio sustentou que o país tem o direito de prosseguir nas negociações bilaterais com o gigante asiático. “É um interesse coletivo (do Uruguai), porque não é uma iniciativa deste governo, mas de dois ou três governos atrás. É um desejo nacional avançar neste sentido e, se podemos com os sócios do Mercosul, melhor. Vamos convidá-los, mas se não for o desejo dos demais países, vamos avançar. Temos tranquilidade de que isso não fratura ou quebra a nossa organização”, enfatizou.

Lacalle Pou adiantou que, além da China, o Uruguai tem uma agenda para avançar em negociações bilaterais com outros blocos e países, como a Turquia. “E vamos informar o Mercosul imediatamente quando houver avanços, como fizemos com a China. Não tenho a menor dúvida que a melhor maneira de proteger a minha nação e o meu povo é saindo ao mundo”, completou.

Já o presidente da Argentina, Alberto Fernández, renovou a defesa das negociações em bloco, citando o acordo anunciado nesta semana entre Mercosul e Cingapura. Para o presidente argentino, manter o grupo unido é fundamental para enfrentar os desafios econômicos e geopolíticos trazidos pela pandemia da covid-19 e pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

“A grande preocupação do mundo desenvolvido é de onde vão tirar alimentos e energia. Se soubermos nos colocar de acordo, poderemos nos aproveitar desta oportunidade única. Inclusive, eticamente, temos de nos colocar de acordo para produzir os alimentos que o mundo precisa”, argumentou. “Estamos em um continente que tem o que o mundo busca, mas, se não estivermos mais unidos do que nunca, vamos cometer o pior dos erros”, alertou.

Fernández pediu que os demais países do Mercosul, sobretudo o Uruguai, não se iludam com a ideia de se buscar soluções individuais para problemas que atingem a todos. “Após o êxito do acordo com Cingapura, por que não analisamos em conjunto o acordo com a China? Vai ser muito mais forte esse acordo. Não me nego em nada a analisar tudo o que for preciso analisar”, concluiu.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro e com os principais acordos já anunciados ontem, a 60.ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul teve hoje como destaque o embate entre os presidentes de Uruguai e Argentina sobre os planos do governo uruguaio em conduzir negociações bilaterais para um acordo de livre comércio com a China. Desde o ano 2000, as regras do Mercosul obrigam os países a apenas negociar de maneira conjunta acordos dessa natureza.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que assumiu hoje a presidência rotativa do bloco, lembrou que o país concluiu na semana passada o estudo de viabilidade para iniciar as negociações com a China. “E, de fato, vamos começar em breve. E é claro que, quando finalizarmos esta etapa, o primeiro que queremos fazer é chamar os sócios do Mercosul para continuarmos juntos”, garantiu.

Observados pelo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, Lacalle Pou (à esq), do Uruguai, e Fernandez, da Argentina, conversam durante a cúpula Foto: Cesar Olmedo/REUTERS - 21/07/2022

Ainda assim, o presidente uruguaio sustentou que o país tem o direito de prosseguir nas negociações bilaterais com o gigante asiático. “É um interesse coletivo (do Uruguai), porque não é uma iniciativa deste governo, mas de dois ou três governos atrás. É um desejo nacional avançar neste sentido e, se podemos com os sócios do Mercosul, melhor. Vamos convidá-los, mas se não for o desejo dos demais países, vamos avançar. Temos tranquilidade de que isso não fratura ou quebra a nossa organização”, enfatizou.

Lacalle Pou adiantou que, além da China, o Uruguai tem uma agenda para avançar em negociações bilaterais com outros blocos e países, como a Turquia. “E vamos informar o Mercosul imediatamente quando houver avanços, como fizemos com a China. Não tenho a menor dúvida que a melhor maneira de proteger a minha nação e o meu povo é saindo ao mundo”, completou.

Já o presidente da Argentina, Alberto Fernández, renovou a defesa das negociações em bloco, citando o acordo anunciado nesta semana entre Mercosul e Cingapura. Para o presidente argentino, manter o grupo unido é fundamental para enfrentar os desafios econômicos e geopolíticos trazidos pela pandemia da covid-19 e pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

“A grande preocupação do mundo desenvolvido é de onde vão tirar alimentos e energia. Se soubermos nos colocar de acordo, poderemos nos aproveitar desta oportunidade única. Inclusive, eticamente, temos de nos colocar de acordo para produzir os alimentos que o mundo precisa”, argumentou. “Estamos em um continente que tem o que o mundo busca, mas, se não estivermos mais unidos do que nunca, vamos cometer o pior dos erros”, alertou.

Fernández pediu que os demais países do Mercosul, sobretudo o Uruguai, não se iludam com a ideia de se buscar soluções individuais para problemas que atingem a todos. “Após o êxito do acordo com Cingapura, por que não analisamos em conjunto o acordo com a China? Vai ser muito mais forte esse acordo. Não me nego em nada a analisar tudo o que for preciso analisar”, concluiu.

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