Embraer e Boeing anunciam acordo para criar nova empresa de aviação comercial


O valor atribuído à nova joint venture é de US$ 4,75 bilhões; Boeing deve pagar US$ 3,8 bilhões à Embraer

Por Fabiana Holtz

Após meses de negociações, Boeing e Embraer anunciaram que chegaram a um acordo para a criação de uma nova empresa, que vai envolver os negócios de aviação comercial da Embraer. A nova companhia, que nasce avaliada em US$ 4,75 bilhões, terá uma participação de 80% da Boeing e de 20% da empresa brasileira. Pelo acordo, a Boeing pagará US$ 3,8 bilhões à Embraer. As áreas de defesa e segurança e de jatos executivos ficaram de fora do acordo. As duas empresas informaram, porém, que vão criar uma outra joint venture para a área de defesa, mas sem especificar os termos dessa parceria.

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Boeing será majoritária na companhia que será criada a partir da área de aviação comercial da Embraer Foto: Sergio Castro/Estadão
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Segundo comunicado divulgado pelas empresas, a nova companhia será comandada por uma equipe de executivos que ficará sediada no Brasil, mas respondendo diretamente ao presidente da Boeing, Dennis Muilenburg. O grupo americano terá o “controle operacional e de gestão” da nova empresa.

Apesar de o acordo básico ter sido definido, os detalhes financeiros e operacionais ainda devem continuar a ser discutidos nos próximos meses. Depois disso, segundo o comunicado, o acordo estará sujeito a “aprovações regulatórias e de acionistas, incluindo a aprovação do governo brasileiro, bem como outras condições habituais pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”. A avaliação é que, se todas as aprovações forem concedidas no tempo previsto, a transação esteja efetivamente fechada até o final de 2019.

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“Essa importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento”, disse Muilenburg, no comunicado. “Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica da indústria aeroespacial, fortalecendo ambas as empresas e sua posição de liderança do mercado mundial”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer.

+ Embraer e Boeing correm para apresentar proposta ao governo até o fim do ano

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A informação de que as empresas teriam chegado a um consenso e de que detalhes do acordo seriam divulgados ainda hoje foi antecipada pela colunista Sonia Racy.

As duas empresas anunciaram no dia 21 de dezembro do ano passado que estavam estudando uma “possível combinação” de suas atividades. O empecilho para o acordo era o governo federal. Apesar de a Embraer ser uma empresa privada – e ter hoje mais acionistas estrangeiros do que brasileiros –, o governo detém uma ação especial (conhecida como golden share) que lhe dá poder de veto em algumas decisões importantes, como a criação ou alteração de programas militares ou a transferência de controle acionário.

Daí a necessidade de se conversar com o Planalto, que relutava principalmente em relação à inclusão da área de defesa e segurança nas negociações. Efetivamente, essa unidade ficou de fora da joint venture anunciada hoje, e será alvo de uma parceria diferente, ainda não especificada. De acordo com a Embraer, mesmo após o acordo, a União permanecerá com os direitos decorrentes da golden share.

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+ Governo condiciona aval à parceria à preservação de empregos Nova sociedade. A nova sociedade, controlada pela Boeing, será administrada por uma diretoria e um conselho de administração. A Embraer, por sua vez, terá direitos a governança e de veto em determinadas matérias, observados termos e condições a serem estabelecidos nos documentos definitivos. A joint venture terá uma política anti-diluição e de dividendos e as duas empresas não poderão dispor de suas respectivas ações de emissão da nova sociedade pelo prazo de 10 anos (período de lock-up) a contar do fechamento da operação. Aliado a isso, os documentos definitivos deverão prever demais regras para a transferência de ações, incluindo os direitos de primeira oferta, de venda conjunta (tag along) e o direito de obrigar a venda conjunta (drag-along), em termos usuais para operações deste tipo, e respeitado o período de lock-up. A Embraer terá o direito, em determinadas circunstâncias, de vender sua participação na nova sociedade para a Boeing.

Após meses de negociações, Boeing e Embraer anunciaram que chegaram a um acordo para a criação de uma nova empresa, que vai envolver os negócios de aviação comercial da Embraer. A nova companhia, que nasce avaliada em US$ 4,75 bilhões, terá uma participação de 80% da Boeing e de 20% da empresa brasileira. Pelo acordo, a Boeing pagará US$ 3,8 bilhões à Embraer. As áreas de defesa e segurança e de jatos executivos ficaram de fora do acordo. As duas empresas informaram, porém, que vão criar uma outra joint venture para a área de defesa, mas sem especificar os termos dessa parceria.

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Boeing será majoritária na companhia que será criada a partir da área de aviação comercial da Embraer Foto: Sergio Castro/Estadão

Segundo comunicado divulgado pelas empresas, a nova companhia será comandada por uma equipe de executivos que ficará sediada no Brasil, mas respondendo diretamente ao presidente da Boeing, Dennis Muilenburg. O grupo americano terá o “controle operacional e de gestão” da nova empresa.

Apesar de o acordo básico ter sido definido, os detalhes financeiros e operacionais ainda devem continuar a ser discutidos nos próximos meses. Depois disso, segundo o comunicado, o acordo estará sujeito a “aprovações regulatórias e de acionistas, incluindo a aprovação do governo brasileiro, bem como outras condições habituais pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”. A avaliação é que, se todas as aprovações forem concedidas no tempo previsto, a transação esteja efetivamente fechada até o final de 2019.

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“Essa importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento”, disse Muilenburg, no comunicado. “Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica da indústria aeroespacial, fortalecendo ambas as empresas e sua posição de liderança do mercado mundial”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer.

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A informação de que as empresas teriam chegado a um consenso e de que detalhes do acordo seriam divulgados ainda hoje foi antecipada pela colunista Sonia Racy.

As duas empresas anunciaram no dia 21 de dezembro do ano passado que estavam estudando uma “possível combinação” de suas atividades. O empecilho para o acordo era o governo federal. Apesar de a Embraer ser uma empresa privada – e ter hoje mais acionistas estrangeiros do que brasileiros –, o governo detém uma ação especial (conhecida como golden share) que lhe dá poder de veto em algumas decisões importantes, como a criação ou alteração de programas militares ou a transferência de controle acionário.

Daí a necessidade de se conversar com o Planalto, que relutava principalmente em relação à inclusão da área de defesa e segurança nas negociações. Efetivamente, essa unidade ficou de fora da joint venture anunciada hoje, e será alvo de uma parceria diferente, ainda não especificada. De acordo com a Embraer, mesmo após o acordo, a União permanecerá com os direitos decorrentes da golden share.

+ Governo condiciona aval à parceria à preservação de empregos Nova sociedade. A nova sociedade, controlada pela Boeing, será administrada por uma diretoria e um conselho de administração. A Embraer, por sua vez, terá direitos a governança e de veto em determinadas matérias, observados termos e condições a serem estabelecidos nos documentos definitivos. A joint venture terá uma política anti-diluição e de dividendos e as duas empresas não poderão dispor de suas respectivas ações de emissão da nova sociedade pelo prazo de 10 anos (período de lock-up) a contar do fechamento da operação. Aliado a isso, os documentos definitivos deverão prever demais regras para a transferência de ações, incluindo os direitos de primeira oferta, de venda conjunta (tag along) e o direito de obrigar a venda conjunta (drag-along), em termos usuais para operações deste tipo, e respeitado o período de lock-up. A Embraer terá o direito, em determinadas circunstâncias, de vender sua participação na nova sociedade para a Boeing.

Após meses de negociações, Boeing e Embraer anunciaram que chegaram a um acordo para a criação de uma nova empresa, que vai envolver os negócios de aviação comercial da Embraer. A nova companhia, que nasce avaliada em US$ 4,75 bilhões, terá uma participação de 80% da Boeing e de 20% da empresa brasileira. Pelo acordo, a Boeing pagará US$ 3,8 bilhões à Embraer. As áreas de defesa e segurança e de jatos executivos ficaram de fora do acordo. As duas empresas informaram, porém, que vão criar uma outra joint venture para a área de defesa, mas sem especificar os termos dessa parceria.

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Boeing será majoritária na companhia que será criada a partir da área de aviação comercial da Embraer Foto: Sergio Castro/Estadão

Segundo comunicado divulgado pelas empresas, a nova companhia será comandada por uma equipe de executivos que ficará sediada no Brasil, mas respondendo diretamente ao presidente da Boeing, Dennis Muilenburg. O grupo americano terá o “controle operacional e de gestão” da nova empresa.

Apesar de o acordo básico ter sido definido, os detalhes financeiros e operacionais ainda devem continuar a ser discutidos nos próximos meses. Depois disso, segundo o comunicado, o acordo estará sujeito a “aprovações regulatórias e de acionistas, incluindo a aprovação do governo brasileiro, bem como outras condições habituais pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”. A avaliação é que, se todas as aprovações forem concedidas no tempo previsto, a transação esteja efetivamente fechada até o final de 2019.

+ Analistas avaliam acordo como positivo, mas esperam valorização

“Essa importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento”, disse Muilenburg, no comunicado. “Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica da indústria aeroespacial, fortalecendo ambas as empresas e sua posição de liderança do mercado mundial”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer.

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A informação de que as empresas teriam chegado a um consenso e de que detalhes do acordo seriam divulgados ainda hoje foi antecipada pela colunista Sonia Racy.

As duas empresas anunciaram no dia 21 de dezembro do ano passado que estavam estudando uma “possível combinação” de suas atividades. O empecilho para o acordo era o governo federal. Apesar de a Embraer ser uma empresa privada – e ter hoje mais acionistas estrangeiros do que brasileiros –, o governo detém uma ação especial (conhecida como golden share) que lhe dá poder de veto em algumas decisões importantes, como a criação ou alteração de programas militares ou a transferência de controle acionário.

Daí a necessidade de se conversar com o Planalto, que relutava principalmente em relação à inclusão da área de defesa e segurança nas negociações. Efetivamente, essa unidade ficou de fora da joint venture anunciada hoje, e será alvo de uma parceria diferente, ainda não especificada. De acordo com a Embraer, mesmo após o acordo, a União permanecerá com os direitos decorrentes da golden share.

+ Governo condiciona aval à parceria à preservação de empregos Nova sociedade. A nova sociedade, controlada pela Boeing, será administrada por uma diretoria e um conselho de administração. A Embraer, por sua vez, terá direitos a governança e de veto em determinadas matérias, observados termos e condições a serem estabelecidos nos documentos definitivos. A joint venture terá uma política anti-diluição e de dividendos e as duas empresas não poderão dispor de suas respectivas ações de emissão da nova sociedade pelo prazo de 10 anos (período de lock-up) a contar do fechamento da operação. Aliado a isso, os documentos definitivos deverão prever demais regras para a transferência de ações, incluindo os direitos de primeira oferta, de venda conjunta (tag along) e o direito de obrigar a venda conjunta (drag-along), em termos usuais para operações deste tipo, e respeitado o período de lock-up. A Embraer terá o direito, em determinadas circunstâncias, de vender sua participação na nova sociedade para a Boeing.

Após meses de negociações, Boeing e Embraer anunciaram que chegaram a um acordo para a criação de uma nova empresa, que vai envolver os negócios de aviação comercial da Embraer. A nova companhia, que nasce avaliada em US$ 4,75 bilhões, terá uma participação de 80% da Boeing e de 20% da empresa brasileira. Pelo acordo, a Boeing pagará US$ 3,8 bilhões à Embraer. As áreas de defesa e segurança e de jatos executivos ficaram de fora do acordo. As duas empresas informaram, porém, que vão criar uma outra joint venture para a área de defesa, mas sem especificar os termos dessa parceria.

+ 'Chegamos a um formato que atende a todos os interesses', diz presidente da Embraer

Boeing será majoritária na companhia que será criada a partir da área de aviação comercial da Embraer Foto: Sergio Castro/Estadão

Segundo comunicado divulgado pelas empresas, a nova companhia será comandada por uma equipe de executivos que ficará sediada no Brasil, mas respondendo diretamente ao presidente da Boeing, Dennis Muilenburg. O grupo americano terá o “controle operacional e de gestão” da nova empresa.

Apesar de o acordo básico ter sido definido, os detalhes financeiros e operacionais ainda devem continuar a ser discutidos nos próximos meses. Depois disso, segundo o comunicado, o acordo estará sujeito a “aprovações regulatórias e de acionistas, incluindo a aprovação do governo brasileiro, bem como outras condições habituais pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”. A avaliação é que, se todas as aprovações forem concedidas no tempo previsto, a transação esteja efetivamente fechada até o final de 2019.

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“Essa importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento”, disse Muilenburg, no comunicado. “Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica da indústria aeroespacial, fortalecendo ambas as empresas e sua posição de liderança do mercado mundial”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer.

+ Embraer e Boeing correm para apresentar proposta ao governo até o fim do ano

A informação de que as empresas teriam chegado a um consenso e de que detalhes do acordo seriam divulgados ainda hoje foi antecipada pela colunista Sonia Racy.

As duas empresas anunciaram no dia 21 de dezembro do ano passado que estavam estudando uma “possível combinação” de suas atividades. O empecilho para o acordo era o governo federal. Apesar de a Embraer ser uma empresa privada – e ter hoje mais acionistas estrangeiros do que brasileiros –, o governo detém uma ação especial (conhecida como golden share) que lhe dá poder de veto em algumas decisões importantes, como a criação ou alteração de programas militares ou a transferência de controle acionário.

Daí a necessidade de se conversar com o Planalto, que relutava principalmente em relação à inclusão da área de defesa e segurança nas negociações. Efetivamente, essa unidade ficou de fora da joint venture anunciada hoje, e será alvo de uma parceria diferente, ainda não especificada. De acordo com a Embraer, mesmo após o acordo, a União permanecerá com os direitos decorrentes da golden share.

+ Governo condiciona aval à parceria à preservação de empregos Nova sociedade. A nova sociedade, controlada pela Boeing, será administrada por uma diretoria e um conselho de administração. A Embraer, por sua vez, terá direitos a governança e de veto em determinadas matérias, observados termos e condições a serem estabelecidos nos documentos definitivos. A joint venture terá uma política anti-diluição e de dividendos e as duas empresas não poderão dispor de suas respectivas ações de emissão da nova sociedade pelo prazo de 10 anos (período de lock-up) a contar do fechamento da operação. Aliado a isso, os documentos definitivos deverão prever demais regras para a transferência de ações, incluindo os direitos de primeira oferta, de venda conjunta (tag along) e o direito de obrigar a venda conjunta (drag-along), em termos usuais para operações deste tipo, e respeitado o período de lock-up. A Embraer terá o direito, em determinadas circunstâncias, de vender sua participação na nova sociedade para a Boeing.

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