Empresa 'saudável' da Coca-Cola, Verde Campo dobra de tamanho na crise


Criada a partir de uma fábrica de queijo, empresa tem proposta de criar produto saudável, livre de conservantes, aditivos e aromas artificiais; companhia tem crescido a uma taxa de 33% ao ano e ganhado espaço nas prateleira dos supermercados

Por Renée Pereira
Atualização:

Foi a partir da pequena fábrica de queijo cobocó, criada por Seu Totonho, em 1968, que surgiu a mineira Verde Campo – marca de iogurtes, queijos e requeijão que invadiu as prateleiras dos supermercados e caiu na graça do consumidor nos últimos dois anos. Com uma proposta de produto saudável, livre de conservantes, aditivos e aromas artificiais, a companhia tem crescido a uma taxa média de 33% ao ano, e disputado espaço com gigantes do mundo lácteo como Danone e Nestlé.

Verde Campo foi pioneira na produção de produtos zero lactose Foto: Miriam Fitchner/Divulgação

Em três anos, a Verde Campo dobrou de tamanho, sobretudo pela linha Lacfree, a primeira de produtos sem lactose do País. Em 2016, esse apelo “natureba” chegou aos corredores da multinacional Coca-Cola, que vem tentando diversificar seu portfólio para além dos refrigerantes – responsáveis por 70% do faturamento global da empresa. 

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A gigante de Atlanta comprou 100% da empresa e turbinou o plano de crescimento da marca Brasil afora. O primeiro passo foi investir R$ 50 milhões na ampliação da fábrica, que emprega 650 trabalhadores em Lavras (MG) e processa 4 milhões de litros de leite por mês.

Embora a empresa tenha origem nos queijos de Seu Totonho, foi o primogênito Alessandro Rios que transformou a pequena fábrica na Verde Campo. Sempre antenado nas tendências mundiais, ele apostou na tecnologia para explorar o universo diet, light e zero lactose numa época em que esse mercado ainda era pouco explorado. Formado em tecnologia de laticínios e engenharia de alimentos, Rios trabalhou por 12 anos dando consultoria nessa área até se curvar à tradição familiar de produção de lácteos.

Em 1999, ganhou uma licitação para criar um centro de referência em tecnologia de laticínios para produzir derivados de leite diferenciados e desenvolver consultorias para clientes de todo o Brasil. Dois anos depois, em 2001, ele criava os primeiros produtos diet/light para apenas cinco clientes. Com a boa aceitação da marca, a empresa decidiu fazer um mapeamento dos supermercados no Brasil inteiro que poderiam fazer diferença na escalada da companhia.

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O trabalho foi concluído em 2011 e identificou as 100 lojas para o início das atividades de expansão e popularização da marca. Foi a partir daí que os produtos Verde Campo começaram a crescer e ganhar espaço nas gôndolas. “Nessa época, não havia nem legislação para a fabricação de produtos zero lactose”, diz o presidente da companhia, Arlindo Curzi, que acaba de assumir a liderança da empresa no lugar de Rios, que irá para o conselho. “Tivemos de entrar com mandado de segurança para conseguir produzir a linha Lacfree, já que os concorrentes começaram a entrar na Justiça.”

'Não foi fácil tirar os conservantes'

Com a venda da Verde Campo para a Coca-Cola, o fundador da empresa continuou à frente dos negócios, com o compromisso de permanecer no cargo por três anos. Nesse tempo, ele ajudou a implementar a expansão da fábrica e a validar os novos produtos, como o uso da beterraba como corante do iogurte de morango. Todo ano são lançados de 15 a 20 novos produtos no mercado. Até dezembro, serão mais 12 lançamentos.

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“Não queremos ser o maior do setor; nossa meta é mostrar como nosso produto é 100% natural. Não foi fácil tirar os conservantes e aditivos e não foi fácil implementar uma bacia leiteira de qualidade”, diz Curzi, que conheceu Rios na faculdade e trabalha na Verde Campo desde o início da empresa. Atualmente 180 fazendas, num raio de 150 quilômetros de Lavras, produzem para a companhia. A qualidade dos queijos e iogurtes da empresa dependem muito do leite produzido.

Por isso, foi um longo processo de investimento em agrônomos e veterinários, que buscaram as melhores soluções, como o tipo de capim, para aumentar a produtividade, explica Curzi. “Com essas iniciativas, conseguimos triplicar a produção de leite.”

A diretora-geral da consultoria Bittencourt, Claudia Bittencourt, especializada no desenvolvimento e expansão de redes e negócios, avalia que a entrada da Coca-Cola ajudou a companhia, que já tinha um produto com apelo saudável, a ampliar seus canais de venda no País. “Hoje todo mundo está com um olhar sobre esse estilo de vida mais saudável, que é a essência da Verde Campo. É um mercado com muito potencial e que ainda vai crescer muito”, avalia ela.

Foi a partir da pequena fábrica de queijo cobocó, criada por Seu Totonho, em 1968, que surgiu a mineira Verde Campo – marca de iogurtes, queijos e requeijão que invadiu as prateleiras dos supermercados e caiu na graça do consumidor nos últimos dois anos. Com uma proposta de produto saudável, livre de conservantes, aditivos e aromas artificiais, a companhia tem crescido a uma taxa média de 33% ao ano, e disputado espaço com gigantes do mundo lácteo como Danone e Nestlé.

Verde Campo foi pioneira na produção de produtos zero lactose Foto: Miriam Fitchner/Divulgação

Em três anos, a Verde Campo dobrou de tamanho, sobretudo pela linha Lacfree, a primeira de produtos sem lactose do País. Em 2016, esse apelo “natureba” chegou aos corredores da multinacional Coca-Cola, que vem tentando diversificar seu portfólio para além dos refrigerantes – responsáveis por 70% do faturamento global da empresa. 

A gigante de Atlanta comprou 100% da empresa e turbinou o plano de crescimento da marca Brasil afora. O primeiro passo foi investir R$ 50 milhões na ampliação da fábrica, que emprega 650 trabalhadores em Lavras (MG) e processa 4 milhões de litros de leite por mês.

Embora a empresa tenha origem nos queijos de Seu Totonho, foi o primogênito Alessandro Rios que transformou a pequena fábrica na Verde Campo. Sempre antenado nas tendências mundiais, ele apostou na tecnologia para explorar o universo diet, light e zero lactose numa época em que esse mercado ainda era pouco explorado. Formado em tecnologia de laticínios e engenharia de alimentos, Rios trabalhou por 12 anos dando consultoria nessa área até se curvar à tradição familiar de produção de lácteos.

Em 1999, ganhou uma licitação para criar um centro de referência em tecnologia de laticínios para produzir derivados de leite diferenciados e desenvolver consultorias para clientes de todo o Brasil. Dois anos depois, em 2001, ele criava os primeiros produtos diet/light para apenas cinco clientes. Com a boa aceitação da marca, a empresa decidiu fazer um mapeamento dos supermercados no Brasil inteiro que poderiam fazer diferença na escalada da companhia.

O trabalho foi concluído em 2011 e identificou as 100 lojas para o início das atividades de expansão e popularização da marca. Foi a partir daí que os produtos Verde Campo começaram a crescer e ganhar espaço nas gôndolas. “Nessa época, não havia nem legislação para a fabricação de produtos zero lactose”, diz o presidente da companhia, Arlindo Curzi, que acaba de assumir a liderança da empresa no lugar de Rios, que irá para o conselho. “Tivemos de entrar com mandado de segurança para conseguir produzir a linha Lacfree, já que os concorrentes começaram a entrar na Justiça.”

'Não foi fácil tirar os conservantes'

Com a venda da Verde Campo para a Coca-Cola, o fundador da empresa continuou à frente dos negócios, com o compromisso de permanecer no cargo por três anos. Nesse tempo, ele ajudou a implementar a expansão da fábrica e a validar os novos produtos, como o uso da beterraba como corante do iogurte de morango. Todo ano são lançados de 15 a 20 novos produtos no mercado. Até dezembro, serão mais 12 lançamentos.

“Não queremos ser o maior do setor; nossa meta é mostrar como nosso produto é 100% natural. Não foi fácil tirar os conservantes e aditivos e não foi fácil implementar uma bacia leiteira de qualidade”, diz Curzi, que conheceu Rios na faculdade e trabalha na Verde Campo desde o início da empresa. Atualmente 180 fazendas, num raio de 150 quilômetros de Lavras, produzem para a companhia. A qualidade dos queijos e iogurtes da empresa dependem muito do leite produzido.

Por isso, foi um longo processo de investimento em agrônomos e veterinários, que buscaram as melhores soluções, como o tipo de capim, para aumentar a produtividade, explica Curzi. “Com essas iniciativas, conseguimos triplicar a produção de leite.”

A diretora-geral da consultoria Bittencourt, Claudia Bittencourt, especializada no desenvolvimento e expansão de redes e negócios, avalia que a entrada da Coca-Cola ajudou a companhia, que já tinha um produto com apelo saudável, a ampliar seus canais de venda no País. “Hoje todo mundo está com um olhar sobre esse estilo de vida mais saudável, que é a essência da Verde Campo. É um mercado com muito potencial e que ainda vai crescer muito”, avalia ela.

Foi a partir da pequena fábrica de queijo cobocó, criada por Seu Totonho, em 1968, que surgiu a mineira Verde Campo – marca de iogurtes, queijos e requeijão que invadiu as prateleiras dos supermercados e caiu na graça do consumidor nos últimos dois anos. Com uma proposta de produto saudável, livre de conservantes, aditivos e aromas artificiais, a companhia tem crescido a uma taxa média de 33% ao ano, e disputado espaço com gigantes do mundo lácteo como Danone e Nestlé.

Verde Campo foi pioneira na produção de produtos zero lactose Foto: Miriam Fitchner/Divulgação

Em três anos, a Verde Campo dobrou de tamanho, sobretudo pela linha Lacfree, a primeira de produtos sem lactose do País. Em 2016, esse apelo “natureba” chegou aos corredores da multinacional Coca-Cola, que vem tentando diversificar seu portfólio para além dos refrigerantes – responsáveis por 70% do faturamento global da empresa. 

A gigante de Atlanta comprou 100% da empresa e turbinou o plano de crescimento da marca Brasil afora. O primeiro passo foi investir R$ 50 milhões na ampliação da fábrica, que emprega 650 trabalhadores em Lavras (MG) e processa 4 milhões de litros de leite por mês.

Embora a empresa tenha origem nos queijos de Seu Totonho, foi o primogênito Alessandro Rios que transformou a pequena fábrica na Verde Campo. Sempre antenado nas tendências mundiais, ele apostou na tecnologia para explorar o universo diet, light e zero lactose numa época em que esse mercado ainda era pouco explorado. Formado em tecnologia de laticínios e engenharia de alimentos, Rios trabalhou por 12 anos dando consultoria nessa área até se curvar à tradição familiar de produção de lácteos.

Em 1999, ganhou uma licitação para criar um centro de referência em tecnologia de laticínios para produzir derivados de leite diferenciados e desenvolver consultorias para clientes de todo o Brasil. Dois anos depois, em 2001, ele criava os primeiros produtos diet/light para apenas cinco clientes. Com a boa aceitação da marca, a empresa decidiu fazer um mapeamento dos supermercados no Brasil inteiro que poderiam fazer diferença na escalada da companhia.

O trabalho foi concluído em 2011 e identificou as 100 lojas para o início das atividades de expansão e popularização da marca. Foi a partir daí que os produtos Verde Campo começaram a crescer e ganhar espaço nas gôndolas. “Nessa época, não havia nem legislação para a fabricação de produtos zero lactose”, diz o presidente da companhia, Arlindo Curzi, que acaba de assumir a liderança da empresa no lugar de Rios, que irá para o conselho. “Tivemos de entrar com mandado de segurança para conseguir produzir a linha Lacfree, já que os concorrentes começaram a entrar na Justiça.”

'Não foi fácil tirar os conservantes'

Com a venda da Verde Campo para a Coca-Cola, o fundador da empresa continuou à frente dos negócios, com o compromisso de permanecer no cargo por três anos. Nesse tempo, ele ajudou a implementar a expansão da fábrica e a validar os novos produtos, como o uso da beterraba como corante do iogurte de morango. Todo ano são lançados de 15 a 20 novos produtos no mercado. Até dezembro, serão mais 12 lançamentos.

“Não queremos ser o maior do setor; nossa meta é mostrar como nosso produto é 100% natural. Não foi fácil tirar os conservantes e aditivos e não foi fácil implementar uma bacia leiteira de qualidade”, diz Curzi, que conheceu Rios na faculdade e trabalha na Verde Campo desde o início da empresa. Atualmente 180 fazendas, num raio de 150 quilômetros de Lavras, produzem para a companhia. A qualidade dos queijos e iogurtes da empresa dependem muito do leite produzido.

Por isso, foi um longo processo de investimento em agrônomos e veterinários, que buscaram as melhores soluções, como o tipo de capim, para aumentar a produtividade, explica Curzi. “Com essas iniciativas, conseguimos triplicar a produção de leite.”

A diretora-geral da consultoria Bittencourt, Claudia Bittencourt, especializada no desenvolvimento e expansão de redes e negócios, avalia que a entrada da Coca-Cola ajudou a companhia, que já tinha um produto com apelo saudável, a ampliar seus canais de venda no País. “Hoje todo mundo está com um olhar sobre esse estilo de vida mais saudável, que é a essência da Verde Campo. É um mercado com muito potencial e que ainda vai crescer muito”, avalia ela.

Foi a partir da pequena fábrica de queijo cobocó, criada por Seu Totonho, em 1968, que surgiu a mineira Verde Campo – marca de iogurtes, queijos e requeijão que invadiu as prateleiras dos supermercados e caiu na graça do consumidor nos últimos dois anos. Com uma proposta de produto saudável, livre de conservantes, aditivos e aromas artificiais, a companhia tem crescido a uma taxa média de 33% ao ano, e disputado espaço com gigantes do mundo lácteo como Danone e Nestlé.

Verde Campo foi pioneira na produção de produtos zero lactose Foto: Miriam Fitchner/Divulgação

Em três anos, a Verde Campo dobrou de tamanho, sobretudo pela linha Lacfree, a primeira de produtos sem lactose do País. Em 2016, esse apelo “natureba” chegou aos corredores da multinacional Coca-Cola, que vem tentando diversificar seu portfólio para além dos refrigerantes – responsáveis por 70% do faturamento global da empresa. 

A gigante de Atlanta comprou 100% da empresa e turbinou o plano de crescimento da marca Brasil afora. O primeiro passo foi investir R$ 50 milhões na ampliação da fábrica, que emprega 650 trabalhadores em Lavras (MG) e processa 4 milhões de litros de leite por mês.

Embora a empresa tenha origem nos queijos de Seu Totonho, foi o primogênito Alessandro Rios que transformou a pequena fábrica na Verde Campo. Sempre antenado nas tendências mundiais, ele apostou na tecnologia para explorar o universo diet, light e zero lactose numa época em que esse mercado ainda era pouco explorado. Formado em tecnologia de laticínios e engenharia de alimentos, Rios trabalhou por 12 anos dando consultoria nessa área até se curvar à tradição familiar de produção de lácteos.

Em 1999, ganhou uma licitação para criar um centro de referência em tecnologia de laticínios para produzir derivados de leite diferenciados e desenvolver consultorias para clientes de todo o Brasil. Dois anos depois, em 2001, ele criava os primeiros produtos diet/light para apenas cinco clientes. Com a boa aceitação da marca, a empresa decidiu fazer um mapeamento dos supermercados no Brasil inteiro que poderiam fazer diferença na escalada da companhia.

O trabalho foi concluído em 2011 e identificou as 100 lojas para o início das atividades de expansão e popularização da marca. Foi a partir daí que os produtos Verde Campo começaram a crescer e ganhar espaço nas gôndolas. “Nessa época, não havia nem legislação para a fabricação de produtos zero lactose”, diz o presidente da companhia, Arlindo Curzi, que acaba de assumir a liderança da empresa no lugar de Rios, que irá para o conselho. “Tivemos de entrar com mandado de segurança para conseguir produzir a linha Lacfree, já que os concorrentes começaram a entrar na Justiça.”

'Não foi fácil tirar os conservantes'

Com a venda da Verde Campo para a Coca-Cola, o fundador da empresa continuou à frente dos negócios, com o compromisso de permanecer no cargo por três anos. Nesse tempo, ele ajudou a implementar a expansão da fábrica e a validar os novos produtos, como o uso da beterraba como corante do iogurte de morango. Todo ano são lançados de 15 a 20 novos produtos no mercado. Até dezembro, serão mais 12 lançamentos.

“Não queremos ser o maior do setor; nossa meta é mostrar como nosso produto é 100% natural. Não foi fácil tirar os conservantes e aditivos e não foi fácil implementar uma bacia leiteira de qualidade”, diz Curzi, que conheceu Rios na faculdade e trabalha na Verde Campo desde o início da empresa. Atualmente 180 fazendas, num raio de 150 quilômetros de Lavras, produzem para a companhia. A qualidade dos queijos e iogurtes da empresa dependem muito do leite produzido.

Por isso, foi um longo processo de investimento em agrônomos e veterinários, que buscaram as melhores soluções, como o tipo de capim, para aumentar a produtividade, explica Curzi. “Com essas iniciativas, conseguimos triplicar a produção de leite.”

A diretora-geral da consultoria Bittencourt, Claudia Bittencourt, especializada no desenvolvimento e expansão de redes e negócios, avalia que a entrada da Coca-Cola ajudou a companhia, que já tinha um produto com apelo saudável, a ampliar seus canais de venda no País. “Hoje todo mundo está com um olhar sobre esse estilo de vida mais saudável, que é a essência da Verde Campo. É um mercado com muito potencial e que ainda vai crescer muito”, avalia ela.

Foi a partir da pequena fábrica de queijo cobocó, criada por Seu Totonho, em 1968, que surgiu a mineira Verde Campo – marca de iogurtes, queijos e requeijão que invadiu as prateleiras dos supermercados e caiu na graça do consumidor nos últimos dois anos. Com uma proposta de produto saudável, livre de conservantes, aditivos e aromas artificiais, a companhia tem crescido a uma taxa média de 33% ao ano, e disputado espaço com gigantes do mundo lácteo como Danone e Nestlé.

Verde Campo foi pioneira na produção de produtos zero lactose Foto: Miriam Fitchner/Divulgação

Em três anos, a Verde Campo dobrou de tamanho, sobretudo pela linha Lacfree, a primeira de produtos sem lactose do País. Em 2016, esse apelo “natureba” chegou aos corredores da multinacional Coca-Cola, que vem tentando diversificar seu portfólio para além dos refrigerantes – responsáveis por 70% do faturamento global da empresa. 

A gigante de Atlanta comprou 100% da empresa e turbinou o plano de crescimento da marca Brasil afora. O primeiro passo foi investir R$ 50 milhões na ampliação da fábrica, que emprega 650 trabalhadores em Lavras (MG) e processa 4 milhões de litros de leite por mês.

Embora a empresa tenha origem nos queijos de Seu Totonho, foi o primogênito Alessandro Rios que transformou a pequena fábrica na Verde Campo. Sempre antenado nas tendências mundiais, ele apostou na tecnologia para explorar o universo diet, light e zero lactose numa época em que esse mercado ainda era pouco explorado. Formado em tecnologia de laticínios e engenharia de alimentos, Rios trabalhou por 12 anos dando consultoria nessa área até se curvar à tradição familiar de produção de lácteos.

Em 1999, ganhou uma licitação para criar um centro de referência em tecnologia de laticínios para produzir derivados de leite diferenciados e desenvolver consultorias para clientes de todo o Brasil. Dois anos depois, em 2001, ele criava os primeiros produtos diet/light para apenas cinco clientes. Com a boa aceitação da marca, a empresa decidiu fazer um mapeamento dos supermercados no Brasil inteiro que poderiam fazer diferença na escalada da companhia.

O trabalho foi concluído em 2011 e identificou as 100 lojas para o início das atividades de expansão e popularização da marca. Foi a partir daí que os produtos Verde Campo começaram a crescer e ganhar espaço nas gôndolas. “Nessa época, não havia nem legislação para a fabricação de produtos zero lactose”, diz o presidente da companhia, Arlindo Curzi, que acaba de assumir a liderança da empresa no lugar de Rios, que irá para o conselho. “Tivemos de entrar com mandado de segurança para conseguir produzir a linha Lacfree, já que os concorrentes começaram a entrar na Justiça.”

'Não foi fácil tirar os conservantes'

Com a venda da Verde Campo para a Coca-Cola, o fundador da empresa continuou à frente dos negócios, com o compromisso de permanecer no cargo por três anos. Nesse tempo, ele ajudou a implementar a expansão da fábrica e a validar os novos produtos, como o uso da beterraba como corante do iogurte de morango. Todo ano são lançados de 15 a 20 novos produtos no mercado. Até dezembro, serão mais 12 lançamentos.

“Não queremos ser o maior do setor; nossa meta é mostrar como nosso produto é 100% natural. Não foi fácil tirar os conservantes e aditivos e não foi fácil implementar uma bacia leiteira de qualidade”, diz Curzi, que conheceu Rios na faculdade e trabalha na Verde Campo desde o início da empresa. Atualmente 180 fazendas, num raio de 150 quilômetros de Lavras, produzem para a companhia. A qualidade dos queijos e iogurtes da empresa dependem muito do leite produzido.

Por isso, foi um longo processo de investimento em agrônomos e veterinários, que buscaram as melhores soluções, como o tipo de capim, para aumentar a produtividade, explica Curzi. “Com essas iniciativas, conseguimos triplicar a produção de leite.”

A diretora-geral da consultoria Bittencourt, Claudia Bittencourt, especializada no desenvolvimento e expansão de redes e negócios, avalia que a entrada da Coca-Cola ajudou a companhia, que já tinha um produto com apelo saudável, a ampliar seus canais de venda no País. “Hoje todo mundo está com um olhar sobre esse estilo de vida mais saudável, que é a essência da Verde Campo. É um mercado com muito potencial e que ainda vai crescer muito”, avalia ela.

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