Empresas alteram a agenda de investimentos


Embora informem que os planos estão mantidos, novas unidades e inaugurações estão suspensas

A maior fabricante brasileira de caminhões e ônibus, a Mercedes-Benz, com fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, viu suas exportações de veículos para países da América do Sul, responsáveis por um terço da produção, caírem entre 50% e 60% neste ano. Já o envio de motores para os Estados Unidos, que somaram 10 mil unidades em 2008, este ano não passaram, por enquanto, de 32 unidades, diz o diretor de Comunicação, Mário Laffitte. "Para a Venezuela não vamos vender nada este ano e, para o Chile, um mercado de 100 unidades ao mês, só mandamos 30 veículos até hoje", acrescenta o diretor de Exportações da empresa, Kay Ahlden. A empresa tem atualmente 350 funcionários com contratos por tempo determinado em licença até início de junho, mantém aberto um programa de saídas voluntárias e tem adotado jornada reduzida de trabalho. O plano de investimento de R$ 1,5 bilhão anunciado para 2009 a 2011 com objetivo de ampliar a capacidade produtiva em 25% (para 75 mil veículos ao ano) não foi cancelado, mas teve o cronograma alterado. Gastos em novos produtos serão feitos, mas o projeto de abrir uma unidade de CKDs (montagem de veículos para exportação) na vizinha Diadema foi abortado. Na Iveco, do Grupo Fiat, uma nova unidade foi construída dentro do programa de investimento de R$ 570 milhões previsto para o período de 2008 a 2010 não teve iniaguração oficial. Segundo o diretor de Comunicação Marco Piquini, a linha de montagem opera com metade da capacidade, de 12 mil veículos ao ano, em dois turnos. DUPLA PRESSÃO A Scania, com fábrica em São Bernardo, e a Volvo, de Curitiba (PR), sofrem duplamente. Ambas são focadas no segmento de veículos pesados, o que mais caiu em vendas no País, e têm mais da metade da produção voltada às exportações. A Scania colocou 500 funcionários em licença remunerada por dois meses a partir de abril e programou 10 dias de paradas totais na fábrica, entre maio e junho. A Volvo demitiu 430 trabalhadores no fim de 2008 e na quinta e sexta-feira da semana passada deu folgas gerais. Na Volkswagen/MAN, que anunciou investimentos anuais de US$ 200 milhões por um período de 10 anos, cerca de 300 trabalhadores estão com contratos suspensos. Eles trabalhariam em um terceiro turno que seria aberto para ampliar a produção para 250 veículos ao dia. "Antes da crise, a fábrica estava fazendo em média 230 veículos ao dia, com jornadas extras. Hoje, essa média é de 175 a 180 unidades", diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos local, Bartolomeu Cipeli. As montadoras se comprometeram a não fazer demissões de pessoal fixo enquanto durar a redução do IPI, que foi zerado para caminhões.

A maior fabricante brasileira de caminhões e ônibus, a Mercedes-Benz, com fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, viu suas exportações de veículos para países da América do Sul, responsáveis por um terço da produção, caírem entre 50% e 60% neste ano. Já o envio de motores para os Estados Unidos, que somaram 10 mil unidades em 2008, este ano não passaram, por enquanto, de 32 unidades, diz o diretor de Comunicação, Mário Laffitte. "Para a Venezuela não vamos vender nada este ano e, para o Chile, um mercado de 100 unidades ao mês, só mandamos 30 veículos até hoje", acrescenta o diretor de Exportações da empresa, Kay Ahlden. A empresa tem atualmente 350 funcionários com contratos por tempo determinado em licença até início de junho, mantém aberto um programa de saídas voluntárias e tem adotado jornada reduzida de trabalho. O plano de investimento de R$ 1,5 bilhão anunciado para 2009 a 2011 com objetivo de ampliar a capacidade produtiva em 25% (para 75 mil veículos ao ano) não foi cancelado, mas teve o cronograma alterado. Gastos em novos produtos serão feitos, mas o projeto de abrir uma unidade de CKDs (montagem de veículos para exportação) na vizinha Diadema foi abortado. Na Iveco, do Grupo Fiat, uma nova unidade foi construída dentro do programa de investimento de R$ 570 milhões previsto para o período de 2008 a 2010 não teve iniaguração oficial. Segundo o diretor de Comunicação Marco Piquini, a linha de montagem opera com metade da capacidade, de 12 mil veículos ao ano, em dois turnos. DUPLA PRESSÃO A Scania, com fábrica em São Bernardo, e a Volvo, de Curitiba (PR), sofrem duplamente. Ambas são focadas no segmento de veículos pesados, o que mais caiu em vendas no País, e têm mais da metade da produção voltada às exportações. A Scania colocou 500 funcionários em licença remunerada por dois meses a partir de abril e programou 10 dias de paradas totais na fábrica, entre maio e junho. A Volvo demitiu 430 trabalhadores no fim de 2008 e na quinta e sexta-feira da semana passada deu folgas gerais. Na Volkswagen/MAN, que anunciou investimentos anuais de US$ 200 milhões por um período de 10 anos, cerca de 300 trabalhadores estão com contratos suspensos. Eles trabalhariam em um terceiro turno que seria aberto para ampliar a produção para 250 veículos ao dia. "Antes da crise, a fábrica estava fazendo em média 230 veículos ao dia, com jornadas extras. Hoje, essa média é de 175 a 180 unidades", diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos local, Bartolomeu Cipeli. As montadoras se comprometeram a não fazer demissões de pessoal fixo enquanto durar a redução do IPI, que foi zerado para caminhões.

A maior fabricante brasileira de caminhões e ônibus, a Mercedes-Benz, com fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, viu suas exportações de veículos para países da América do Sul, responsáveis por um terço da produção, caírem entre 50% e 60% neste ano. Já o envio de motores para os Estados Unidos, que somaram 10 mil unidades em 2008, este ano não passaram, por enquanto, de 32 unidades, diz o diretor de Comunicação, Mário Laffitte. "Para a Venezuela não vamos vender nada este ano e, para o Chile, um mercado de 100 unidades ao mês, só mandamos 30 veículos até hoje", acrescenta o diretor de Exportações da empresa, Kay Ahlden. A empresa tem atualmente 350 funcionários com contratos por tempo determinado em licença até início de junho, mantém aberto um programa de saídas voluntárias e tem adotado jornada reduzida de trabalho. O plano de investimento de R$ 1,5 bilhão anunciado para 2009 a 2011 com objetivo de ampliar a capacidade produtiva em 25% (para 75 mil veículos ao ano) não foi cancelado, mas teve o cronograma alterado. Gastos em novos produtos serão feitos, mas o projeto de abrir uma unidade de CKDs (montagem de veículos para exportação) na vizinha Diadema foi abortado. Na Iveco, do Grupo Fiat, uma nova unidade foi construída dentro do programa de investimento de R$ 570 milhões previsto para o período de 2008 a 2010 não teve iniaguração oficial. Segundo o diretor de Comunicação Marco Piquini, a linha de montagem opera com metade da capacidade, de 12 mil veículos ao ano, em dois turnos. DUPLA PRESSÃO A Scania, com fábrica em São Bernardo, e a Volvo, de Curitiba (PR), sofrem duplamente. Ambas são focadas no segmento de veículos pesados, o que mais caiu em vendas no País, e têm mais da metade da produção voltada às exportações. A Scania colocou 500 funcionários em licença remunerada por dois meses a partir de abril e programou 10 dias de paradas totais na fábrica, entre maio e junho. A Volvo demitiu 430 trabalhadores no fim de 2008 e na quinta e sexta-feira da semana passada deu folgas gerais. Na Volkswagen/MAN, que anunciou investimentos anuais de US$ 200 milhões por um período de 10 anos, cerca de 300 trabalhadores estão com contratos suspensos. Eles trabalhariam em um terceiro turno que seria aberto para ampliar a produção para 250 veículos ao dia. "Antes da crise, a fábrica estava fazendo em média 230 veículos ao dia, com jornadas extras. Hoje, essa média é de 175 a 180 unidades", diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos local, Bartolomeu Cipeli. As montadoras se comprometeram a não fazer demissões de pessoal fixo enquanto durar a redução do IPI, que foi zerado para caminhões.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.