Empresas britânicas aprovam semana de trabalho de quatro dias em teste


Programa piloto no Reino Unido mostrou que semana de trabalho mais curta trouxe benefícios a funcionários, sem diminuir o faturamento

Por Redação

LONDRES – Trabalhe menos, mas obtenha mais. Um teste de uma semana de trabalho de quatro dias na Grã-Bretanha, descrito como o maior do mundo, descobriu que a esmagadora maioria das 61 empresas que participaram de junho a dezembro seguirá em frente com jornadas mais curtas, e que a maioria dos funcionários estava menos estressado e tinha um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Tudo isso enquanto o faturamento das empresas permaneceu praticamente o mesmo durante o período de testes no ano passado e até aumentou em relação aos mesmos seis meses do ano anterior, segundo resultados divulgados nesta semana.

“Estamos realmente encorajados com os resultados, que mostram as várias maneiras pelas quais as empresas estão transformando a semana de quatro dias de um sonho em uma política realista, com múltiplos benefícios”, disse David Frayne, pesquisador associado da Universidade de Cambridge e que ajudou a liderar a equipe que conduziu as entrevistas dos funcionários para o teste. “Achamos que há muitas coisas aqui que devem motivar outras empresas e indústrias a tentar.”

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A equipe da universidade trabalhou com pesquisadores do Boston College; com a Autonomy, uma organização de pesquisa focada no futuro do trabalho; e a comunidade sem fins lucrativos 4 Day Week Global, para ver como as empresas, de setores que vão de marketing a finanças, passando por organizações sem fins lucrativos, e seus 2.900 funcionários, responderiam a uma redução nas horas de trabalho, mantendo o mesmo salário.

Sem surpresa, os funcionários relataram benefícios, com 71% menos esgotamento, 39% menos estresse e 48% mais satisfação no trabalho do que antes do teste. Dos trabalhadores, 60% afirmaram ser mais fácil conciliar trabalho e responsabilidades em casa, enquanto 73% afirmaram estar mais satisfeitos com suas vidas. O cansaço diminuiu, as pessoas estavam dormindo mais e a saúde mental melhorou, de acordo com os resultados.

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Para as empresas que implementaram jornadas de trabalho mais curtas - seja um dia de trabalho a menos por semana ou mais horas em algumas partes do ano e horas mais curtas no restante do tempo para fazer uma semana média de 32 horas - a receita não foi afetada, dizem os resultados do teste. A receita cresceu 1,4% ao longo do teste para 23 empresas que forneceram dados adequados – ponderados pelo tamanho do negócio – enquanto outras 24 empresas viram a receita aumentar mais de 34% em relação ao mesmo período de seis meses do ano anterior.

Para todas as participantes do teste, houve uma queda na probabilidade de funcionários se demitirem, 57% a menos em relação ao mesmo período do ano anterior, assim como na probabilidade de ligarem doentes, 65% a menos do que no ano anterior.

Empresas britânicas realizaram teste com uma semana de trabalho mais curta, de apenas quatro dias; resultados foram positivos.  Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
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Das empresas, 92% informaram que continuariam com a semana de trabalho de quatro dias, com 30% afirmando que é uma mudança permanente.

Charlotte Lockhart, co-fundadora e diretora administrativa da 4 Day Week Global, disse que o “sucesso retumbante” do programa piloto do Reino Unido reflete os esforços anteriores na Irlanda e nos EUA. / AP

LONDRES – Trabalhe menos, mas obtenha mais. Um teste de uma semana de trabalho de quatro dias na Grã-Bretanha, descrito como o maior do mundo, descobriu que a esmagadora maioria das 61 empresas que participaram de junho a dezembro seguirá em frente com jornadas mais curtas, e que a maioria dos funcionários estava menos estressado e tinha um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Tudo isso enquanto o faturamento das empresas permaneceu praticamente o mesmo durante o período de testes no ano passado e até aumentou em relação aos mesmos seis meses do ano anterior, segundo resultados divulgados nesta semana.

“Estamos realmente encorajados com os resultados, que mostram as várias maneiras pelas quais as empresas estão transformando a semana de quatro dias de um sonho em uma política realista, com múltiplos benefícios”, disse David Frayne, pesquisador associado da Universidade de Cambridge e que ajudou a liderar a equipe que conduziu as entrevistas dos funcionários para o teste. “Achamos que há muitas coisas aqui que devem motivar outras empresas e indústrias a tentar.”

A equipe da universidade trabalhou com pesquisadores do Boston College; com a Autonomy, uma organização de pesquisa focada no futuro do trabalho; e a comunidade sem fins lucrativos 4 Day Week Global, para ver como as empresas, de setores que vão de marketing a finanças, passando por organizações sem fins lucrativos, e seus 2.900 funcionários, responderiam a uma redução nas horas de trabalho, mantendo o mesmo salário.

Sem surpresa, os funcionários relataram benefícios, com 71% menos esgotamento, 39% menos estresse e 48% mais satisfação no trabalho do que antes do teste. Dos trabalhadores, 60% afirmaram ser mais fácil conciliar trabalho e responsabilidades em casa, enquanto 73% afirmaram estar mais satisfeitos com suas vidas. O cansaço diminuiu, as pessoas estavam dormindo mais e a saúde mental melhorou, de acordo com os resultados.

Para as empresas que implementaram jornadas de trabalho mais curtas - seja um dia de trabalho a menos por semana ou mais horas em algumas partes do ano e horas mais curtas no restante do tempo para fazer uma semana média de 32 horas - a receita não foi afetada, dizem os resultados do teste. A receita cresceu 1,4% ao longo do teste para 23 empresas que forneceram dados adequados – ponderados pelo tamanho do negócio – enquanto outras 24 empresas viram a receita aumentar mais de 34% em relação ao mesmo período de seis meses do ano anterior.

Para todas as participantes do teste, houve uma queda na probabilidade de funcionários se demitirem, 57% a menos em relação ao mesmo período do ano anterior, assim como na probabilidade de ligarem doentes, 65% a menos do que no ano anterior.

Empresas britânicas realizaram teste com uma semana de trabalho mais curta, de apenas quatro dias; resultados foram positivos.  Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

Das empresas, 92% informaram que continuariam com a semana de trabalho de quatro dias, com 30% afirmando que é uma mudança permanente.

Charlotte Lockhart, co-fundadora e diretora administrativa da 4 Day Week Global, disse que o “sucesso retumbante” do programa piloto do Reino Unido reflete os esforços anteriores na Irlanda e nos EUA. / AP

LONDRES – Trabalhe menos, mas obtenha mais. Um teste de uma semana de trabalho de quatro dias na Grã-Bretanha, descrito como o maior do mundo, descobriu que a esmagadora maioria das 61 empresas que participaram de junho a dezembro seguirá em frente com jornadas mais curtas, e que a maioria dos funcionários estava menos estressado e tinha um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Tudo isso enquanto o faturamento das empresas permaneceu praticamente o mesmo durante o período de testes no ano passado e até aumentou em relação aos mesmos seis meses do ano anterior, segundo resultados divulgados nesta semana.

“Estamos realmente encorajados com os resultados, que mostram as várias maneiras pelas quais as empresas estão transformando a semana de quatro dias de um sonho em uma política realista, com múltiplos benefícios”, disse David Frayne, pesquisador associado da Universidade de Cambridge e que ajudou a liderar a equipe que conduziu as entrevistas dos funcionários para o teste. “Achamos que há muitas coisas aqui que devem motivar outras empresas e indústrias a tentar.”

A equipe da universidade trabalhou com pesquisadores do Boston College; com a Autonomy, uma organização de pesquisa focada no futuro do trabalho; e a comunidade sem fins lucrativos 4 Day Week Global, para ver como as empresas, de setores que vão de marketing a finanças, passando por organizações sem fins lucrativos, e seus 2.900 funcionários, responderiam a uma redução nas horas de trabalho, mantendo o mesmo salário.

Sem surpresa, os funcionários relataram benefícios, com 71% menos esgotamento, 39% menos estresse e 48% mais satisfação no trabalho do que antes do teste. Dos trabalhadores, 60% afirmaram ser mais fácil conciliar trabalho e responsabilidades em casa, enquanto 73% afirmaram estar mais satisfeitos com suas vidas. O cansaço diminuiu, as pessoas estavam dormindo mais e a saúde mental melhorou, de acordo com os resultados.

Para as empresas que implementaram jornadas de trabalho mais curtas - seja um dia de trabalho a menos por semana ou mais horas em algumas partes do ano e horas mais curtas no restante do tempo para fazer uma semana média de 32 horas - a receita não foi afetada, dizem os resultados do teste. A receita cresceu 1,4% ao longo do teste para 23 empresas que forneceram dados adequados – ponderados pelo tamanho do negócio – enquanto outras 24 empresas viram a receita aumentar mais de 34% em relação ao mesmo período de seis meses do ano anterior.

Para todas as participantes do teste, houve uma queda na probabilidade de funcionários se demitirem, 57% a menos em relação ao mesmo período do ano anterior, assim como na probabilidade de ligarem doentes, 65% a menos do que no ano anterior.

Empresas britânicas realizaram teste com uma semana de trabalho mais curta, de apenas quatro dias; resultados foram positivos.  Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

Das empresas, 92% informaram que continuariam com a semana de trabalho de quatro dias, com 30% afirmando que é uma mudança permanente.

Charlotte Lockhart, co-fundadora e diretora administrativa da 4 Day Week Global, disse que o “sucesso retumbante” do programa piloto do Reino Unido reflete os esforços anteriores na Irlanda e nos EUA. / AP

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