Empresas de eventos corporativos preparam retomada das atividades com protocolos de segurança


Crise paralisou todas a programação do setor desde março; expectativa agora é de que feiras possam voltar a acontecer a partir da segunda quinzena de setembro

Por Roberto de Lira
Atualização:

Depois de crescer 9,5% em 2019, alcançando uma receita de R$ 11,3 bilhões, o turismo de negócios está totalmente parado desde março, no início da pandemia de covid-19. O setor depende da volta das feiras, shows, encontros corporativos e festas.

A Associação Brasileira da Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) captou já em março o impacto negativo do isolamento social em vários Estados, especialmente em São Paulo, que concentra o grosso dessa atividade no País.

Segundo a Abracorp, a receita com vendas de passagens aéreas, diárias de hotéis e locação de automóveis, entre outros serviços contratados pelas agências filiadas, foi de R$ 890 milhões em média nos meses de janeiro e fevereiro, mas caiu para pouco mais de R$ 400 milhões em março. Entre abril e junho, a queda chegou a 100%, dependendo da empresa. 

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Já faz mais de três meses que os eventos estão suspensos. O centro de exposições São Paulo Expo havia acabado de sediar no dia 11 de março a Anufood, uma feira internacional de alimentos e bebidas, e havia iniciado a montagem da Intermodal South America, de transportes e logística, que começaria no dia 19, quando governo estadual anunciou o início da quarentena.

O Expo Center Norte recebeu a feira da indústria de brinquedos Abrin entre os dias 8 e 11 de março e iria abrir no dia 14 a Abradilan, de distribuição de produtos farmacêuticos, quando o isolamento social começou.

A CCXP de 2019 reuniu cerca de 280 mil visitantes. Foto: CCXP
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Os diretores do SP Expo, Daniel Galante, e do Center Norte, Paulo Ventura, disseram que a partir de então a reprogramação da agenda de eventos passou a ser prioritária. “Num primeiro momento, acreditava-se que uma retomada seria possível em julho, mas o reagendamento se concentrou entre os meses de agosto e dezembro”, afirmou Galante, que também é vice-presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). 

Segundo Ventura é mais seguro prever que a retomada se dará na segunda quinzena de setembro.

O novo calendário tem estratégias variadas. O Salão do Automóvel, que levou mais de 700 mil pessoas ao SP Expo no ano passado, ficou para o ano que vem, assim como a Escolar e a Equipotel. A Intermodal foi reagendada para agosto, Francal e Beauty Fair foram alocadas em setembro, a Fispal está agora marcada para outubro e a Fipan, para novembro.

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Além da pandemia, a feira Beleza Pro Business enfrentou outro desafio: estava marcada para abril no Anhembi, área hoje ocupada por um hospital de campanha da prefeitura de São Paulo. Segundo o CEO da organizadora Hashkaot Participações, Anderson Marinho, o evento foi remarcado para julho, adiado de novo e agora aguarda por uma nova data.

Liberação prevista só na fase 5 do Plano São Paulo

O setor quer ser reconhecido pelo governo estadual como atividade semelhante aos shopping centers nos protocolos de reabertura da economia. Consideradas como categoria de eventos, as feiras estão recebendo o mesmo tratamento de shows e espetáculos esportivos, com liberação prevista apenas na fase 5 do Plano São Paulo. 

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“Compreendo a preocupação das autoridades de saúde, mas eventos B2B (voltados apenas para empresas) não geram aglomeração. Temos mais controle na entrada e maior distância entre os estandes do que nos centros comerciais. Controlar o fluxo de pessoas é mais fácil para nós”, explicou Galante.

Quando reabrirem, esses espaços serão bem diferentes do que os empresários e público em geral estão acostumados. Controles de temperatura na entrada realizados por equipes volantes, instalação de mais postos médicos, estandes arejados e sem espaços fechados, ocupação da capacidade reduzida e mais precisão na climatização do ambiente serão itens padrão. 

Além disso, haverá obrigação do uso máscaras, instalação de lavatórios para as mãos e oferta de álcool em gel. A criação de uma área de isolamento, para um eventual caso suspeito de contaminação, também está nos planos. A Brazil Trading Fitness Fair, marcada para outubro, deve ter até uma tenda de higienização.

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Ventura, do Expo Center Norte, acredita que os primeiros eventos, talvez antecipados para a fase 3 da flexibilização, vão dar tranquilidade às autoridades. “Entendemos que é muito importante que as primeiras feiras tenham qualidade de segurança acima da média”, afirmou.

Presencial e online

O modelo híbrido de evento, alternando a presença física com a participação virtual, especialmente para palestras, seminários e salas de reuniões, passou de tendência para no pós-pandemia. O Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (Conarec) deste ano, por exemplo, será 100% digital.

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Há uma expectativa diferente para os eventos classificados como B2C - voltados para o consumidor final -, caso da ComicCom Experience (CCXP), que atraiu 280 mil pessoas ao SP Expo em 2019. A feira está marcada para a primeira semana de dezembro e, por se tratar de um vento público e sujeito a aglomerações, pode sofrer alguma restrição na venda de ingressos, além da redução do número de convidados internacionais.

Depois de crescer 9,5% em 2019, alcançando uma receita de R$ 11,3 bilhões, o turismo de negócios está totalmente parado desde março, no início da pandemia de covid-19. O setor depende da volta das feiras, shows, encontros corporativos e festas.

A Associação Brasileira da Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) captou já em março o impacto negativo do isolamento social em vários Estados, especialmente em São Paulo, que concentra o grosso dessa atividade no País.

Segundo a Abracorp, a receita com vendas de passagens aéreas, diárias de hotéis e locação de automóveis, entre outros serviços contratados pelas agências filiadas, foi de R$ 890 milhões em média nos meses de janeiro e fevereiro, mas caiu para pouco mais de R$ 400 milhões em março. Entre abril e junho, a queda chegou a 100%, dependendo da empresa. 

Já faz mais de três meses que os eventos estão suspensos. O centro de exposições São Paulo Expo havia acabado de sediar no dia 11 de março a Anufood, uma feira internacional de alimentos e bebidas, e havia iniciado a montagem da Intermodal South America, de transportes e logística, que começaria no dia 19, quando governo estadual anunciou o início da quarentena.

O Expo Center Norte recebeu a feira da indústria de brinquedos Abrin entre os dias 8 e 11 de março e iria abrir no dia 14 a Abradilan, de distribuição de produtos farmacêuticos, quando o isolamento social começou.

A CCXP de 2019 reuniu cerca de 280 mil visitantes. Foto: CCXP

Os diretores do SP Expo, Daniel Galante, e do Center Norte, Paulo Ventura, disseram que a partir de então a reprogramação da agenda de eventos passou a ser prioritária. “Num primeiro momento, acreditava-se que uma retomada seria possível em julho, mas o reagendamento se concentrou entre os meses de agosto e dezembro”, afirmou Galante, que também é vice-presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). 

Segundo Ventura é mais seguro prever que a retomada se dará na segunda quinzena de setembro.

O novo calendário tem estratégias variadas. O Salão do Automóvel, que levou mais de 700 mil pessoas ao SP Expo no ano passado, ficou para o ano que vem, assim como a Escolar e a Equipotel. A Intermodal foi reagendada para agosto, Francal e Beauty Fair foram alocadas em setembro, a Fispal está agora marcada para outubro e a Fipan, para novembro.

Além da pandemia, a feira Beleza Pro Business enfrentou outro desafio: estava marcada para abril no Anhembi, área hoje ocupada por um hospital de campanha da prefeitura de São Paulo. Segundo o CEO da organizadora Hashkaot Participações, Anderson Marinho, o evento foi remarcado para julho, adiado de novo e agora aguarda por uma nova data.

Liberação prevista só na fase 5 do Plano São Paulo

O setor quer ser reconhecido pelo governo estadual como atividade semelhante aos shopping centers nos protocolos de reabertura da economia. Consideradas como categoria de eventos, as feiras estão recebendo o mesmo tratamento de shows e espetáculos esportivos, com liberação prevista apenas na fase 5 do Plano São Paulo. 

“Compreendo a preocupação das autoridades de saúde, mas eventos B2B (voltados apenas para empresas) não geram aglomeração. Temos mais controle na entrada e maior distância entre os estandes do que nos centros comerciais. Controlar o fluxo de pessoas é mais fácil para nós”, explicou Galante.

Quando reabrirem, esses espaços serão bem diferentes do que os empresários e público em geral estão acostumados. Controles de temperatura na entrada realizados por equipes volantes, instalação de mais postos médicos, estandes arejados e sem espaços fechados, ocupação da capacidade reduzida e mais precisão na climatização do ambiente serão itens padrão. 

Além disso, haverá obrigação do uso máscaras, instalação de lavatórios para as mãos e oferta de álcool em gel. A criação de uma área de isolamento, para um eventual caso suspeito de contaminação, também está nos planos. A Brazil Trading Fitness Fair, marcada para outubro, deve ter até uma tenda de higienização.

Ventura, do Expo Center Norte, acredita que os primeiros eventos, talvez antecipados para a fase 3 da flexibilização, vão dar tranquilidade às autoridades. “Entendemos que é muito importante que as primeiras feiras tenham qualidade de segurança acima da média”, afirmou.

Presencial e online

O modelo híbrido de evento, alternando a presença física com a participação virtual, especialmente para palestras, seminários e salas de reuniões, passou de tendência para no pós-pandemia. O Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (Conarec) deste ano, por exemplo, será 100% digital.

Há uma expectativa diferente para os eventos classificados como B2C - voltados para o consumidor final -, caso da ComicCom Experience (CCXP), que atraiu 280 mil pessoas ao SP Expo em 2019. A feira está marcada para a primeira semana de dezembro e, por se tratar de um vento público e sujeito a aglomerações, pode sofrer alguma restrição na venda de ingressos, além da redução do número de convidados internacionais.

Depois de crescer 9,5% em 2019, alcançando uma receita de R$ 11,3 bilhões, o turismo de negócios está totalmente parado desde março, no início da pandemia de covid-19. O setor depende da volta das feiras, shows, encontros corporativos e festas.

A Associação Brasileira da Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) captou já em março o impacto negativo do isolamento social em vários Estados, especialmente em São Paulo, que concentra o grosso dessa atividade no País.

Segundo a Abracorp, a receita com vendas de passagens aéreas, diárias de hotéis e locação de automóveis, entre outros serviços contratados pelas agências filiadas, foi de R$ 890 milhões em média nos meses de janeiro e fevereiro, mas caiu para pouco mais de R$ 400 milhões em março. Entre abril e junho, a queda chegou a 100%, dependendo da empresa. 

Já faz mais de três meses que os eventos estão suspensos. O centro de exposições São Paulo Expo havia acabado de sediar no dia 11 de março a Anufood, uma feira internacional de alimentos e bebidas, e havia iniciado a montagem da Intermodal South America, de transportes e logística, que começaria no dia 19, quando governo estadual anunciou o início da quarentena.

O Expo Center Norte recebeu a feira da indústria de brinquedos Abrin entre os dias 8 e 11 de março e iria abrir no dia 14 a Abradilan, de distribuição de produtos farmacêuticos, quando o isolamento social começou.

A CCXP de 2019 reuniu cerca de 280 mil visitantes. Foto: CCXP

Os diretores do SP Expo, Daniel Galante, e do Center Norte, Paulo Ventura, disseram que a partir de então a reprogramação da agenda de eventos passou a ser prioritária. “Num primeiro momento, acreditava-se que uma retomada seria possível em julho, mas o reagendamento se concentrou entre os meses de agosto e dezembro”, afirmou Galante, que também é vice-presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). 

Segundo Ventura é mais seguro prever que a retomada se dará na segunda quinzena de setembro.

O novo calendário tem estratégias variadas. O Salão do Automóvel, que levou mais de 700 mil pessoas ao SP Expo no ano passado, ficou para o ano que vem, assim como a Escolar e a Equipotel. A Intermodal foi reagendada para agosto, Francal e Beauty Fair foram alocadas em setembro, a Fispal está agora marcada para outubro e a Fipan, para novembro.

Além da pandemia, a feira Beleza Pro Business enfrentou outro desafio: estava marcada para abril no Anhembi, área hoje ocupada por um hospital de campanha da prefeitura de São Paulo. Segundo o CEO da organizadora Hashkaot Participações, Anderson Marinho, o evento foi remarcado para julho, adiado de novo e agora aguarda por uma nova data.

Liberação prevista só na fase 5 do Plano São Paulo

O setor quer ser reconhecido pelo governo estadual como atividade semelhante aos shopping centers nos protocolos de reabertura da economia. Consideradas como categoria de eventos, as feiras estão recebendo o mesmo tratamento de shows e espetáculos esportivos, com liberação prevista apenas na fase 5 do Plano São Paulo. 

“Compreendo a preocupação das autoridades de saúde, mas eventos B2B (voltados apenas para empresas) não geram aglomeração. Temos mais controle na entrada e maior distância entre os estandes do que nos centros comerciais. Controlar o fluxo de pessoas é mais fácil para nós”, explicou Galante.

Quando reabrirem, esses espaços serão bem diferentes do que os empresários e público em geral estão acostumados. Controles de temperatura na entrada realizados por equipes volantes, instalação de mais postos médicos, estandes arejados e sem espaços fechados, ocupação da capacidade reduzida e mais precisão na climatização do ambiente serão itens padrão. 

Além disso, haverá obrigação do uso máscaras, instalação de lavatórios para as mãos e oferta de álcool em gel. A criação de uma área de isolamento, para um eventual caso suspeito de contaminação, também está nos planos. A Brazil Trading Fitness Fair, marcada para outubro, deve ter até uma tenda de higienização.

Ventura, do Expo Center Norte, acredita que os primeiros eventos, talvez antecipados para a fase 3 da flexibilização, vão dar tranquilidade às autoridades. “Entendemos que é muito importante que as primeiras feiras tenham qualidade de segurança acima da média”, afirmou.

Presencial e online

O modelo híbrido de evento, alternando a presença física com a participação virtual, especialmente para palestras, seminários e salas de reuniões, passou de tendência para no pós-pandemia. O Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (Conarec) deste ano, por exemplo, será 100% digital.

Há uma expectativa diferente para os eventos classificados como B2C - voltados para o consumidor final -, caso da ComicCom Experience (CCXP), que atraiu 280 mil pessoas ao SP Expo em 2019. A feira está marcada para a primeira semana de dezembro e, por se tratar de um vento público e sujeito a aglomerações, pode sofrer alguma restrição na venda de ingressos, além da redução do número de convidados internacionais.

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