De Mercado Livre a Ambev: quais são as maiores empresas com operações em Extrema


De acordo com dados da prefeitura, a cidade tem atualmente 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial

Por Wesley Gonsalves
Atualização:

A junção de fatores como incentivos fiscais estadual e a posição geográfica privilegiada de Extrema, em Minas, transformou a cidade em uma atração para as companhias se instalarem em solo mineiro. Apesar do boom vivido durante a pandemia, a chegada desses empresas não é algo recente. Nomes como Bauducco, Ambev, Kopenhagen e Centauro são apenas alguns dos negócios que se instalaram por lá para aproveitar a infraestrutura local.

O gigante argentino do e-commerce Mercado Livre foi uma as das empresas que instalaram em Extrema um centro de distribuição para entregas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

De acordo com dados da prefeitura de Extrema, a cidade tem atualmente 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. Segundo a administração municipal, do total de empresas instaladas, 43% são da indústria, 34% da área de serviços e 23% do comércio. “Nós temos empresas de todos os setores aqui. Por exemplo a Bauducco que é uma ‘grande padaria’ com mais de 3 mil vagas, e temos uma Chilli Beans que me traz visibilidade”, conta a gerente de desenvolvimento econômico do município, Mônica Vieira.

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Panificadora reconhecida pelo seu panetone natalino, a Bauducco foi uma das primeiras companhias a desembarcar na cidade. Ainda no setor de alimentação, a Kopenhagen também tem operações em Extrema. Em 2009, a chocolateria decidiu encerrar sua produção fabril em Barueri, SP, para migrar para a cidade mineira. À época, a companhia informou que a decisão se deu para poder ampliar a produção das sobremesas. Quarto polo chocolateiro do País, desde 2010 a cidade também é casa da produção nacional da companhia belga-suíça Barry Callebaut, um dos principais nomes em confeitos a base de cacau e chocolate para confeitaria, da também suíça chocolateria Lindt, e da marca argentina de doces Arcor.

Além das paisagem de montanhas mineiras, cidade convive com os grandes galpões de centros de distribuição das empresas instaladas em Extrema.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Quem também viu os incentivos estadual e municipal como um atrativo para os negócios foi a gigante de bebidas Ambev. Em 2019, a companhia inaugurou o seu maior centro de distribuição de bebidas na cidade em uma área de aproximadamente 58 mil metros quadrados. Ainda segundo a prefeitura de Extrema, o município tem hoje 48% dos armazéns logísticos instalados no estado. No segmentos de bebidas alcoólicas, empresas como Bacardi, Campari e Pernod Ricard também tem operação local.

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Berço do e-commerce

O e-commerce entrou de vez na rotina do brasileiro durante a pandemia. Com o aumento na demanda pelas compras virtuais, Extrema representa hoje 25% das vendas feitas no comércio eletrônico do País. Na cidade, nomes como Mercado Livre, Centauro, Netshoes, Sephora, Privalia, Dafiti, Tok&Stok e Nike mantêm centros de distribuição na região.

Segundo divulgado pelo Mercado Livre, gigante argentino de e-commerce, a operação em Extrema ajuda a viabilizar a entrega em até 24 horas para 100 cidades brasileiras. “Acreditamos no potencial de Extrema por diversos fatores. Além da posição estratégica em relação a São Paulo e aos aeroportos da região, a cidade apresenta uma infraestrutura de ponta quando falamos em galpões, em linha com o que há de mais moderno no país”, afirma o diretor logístico do Mercado Livre Brasil, Luiz Augusto Vergueiro.

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Além dos atuais centros de distribuição, cidade convive com obras diárias de galpões para instalação de futuras empresas.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Facilidade logística

Outro setor que marca presença na cidade mineira é o de tecnologia. Empresas como Panasonic, Huawei, Duracell e Multi mantêm centros de distribuição instalados em Extrema. “Algumas dessas empresas nós levamos anos conversando para trazê-las ao município. A Panasonic, por exemplo, levou oito anos”, lembra a gerente de desenvolvimento econômico do município.

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Com 2,5 mil funcionário, a Multi utiliza a operação local para escoar os mais de 6 mil itens produzidos na cidade. “Nossa operação em Extrema é uma das molas propulsoras para continuarmos avançando no nosso mercado”, relata o presidente da companhia, Alexandre Ostrowiecki.

Ricardo Taborda, sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística-, explica que em meio à procura por serviços de entrega cada vez mais rápidos, o município ganha força por estar localizado à beira da rodovia Fernão Dias (BR-381), principal ligação entre São Paulo e Minas Gerais, o que possibilita uma conexão rápida com pontos como os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, além do Porto de Santos. “Quando a gente olha do ponto de vista logístico e tributário, a cidade é um lugar ótimo para instalar novos negócios”, avalia Taborda.

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Taborda ainda ressalta que, diante dos incentivos fiscais direcionados a determinados setores, é comum ver empresas concorrentes que decidem se instalar no mesmo território, como no caso de negócios ligados ao mobiliário, exemplo de Casas Bahia e Mobly, ou, no ramo de artigos esportivos, Centauro e Netshoes. “Há o risco de guerra por talentos, porque facilita a contratação de alguém que já tenha experiência no segmento, mas também há risco de perder funcionários”, afirma.

A junção de fatores como incentivos fiscais estadual e a posição geográfica privilegiada de Extrema, em Minas, transformou a cidade em uma atração para as companhias se instalarem em solo mineiro. Apesar do boom vivido durante a pandemia, a chegada desses empresas não é algo recente. Nomes como Bauducco, Ambev, Kopenhagen e Centauro são apenas alguns dos negócios que se instalaram por lá para aproveitar a infraestrutura local.

O gigante argentino do e-commerce Mercado Livre foi uma as das empresas que instalaram em Extrema um centro de distribuição para entregas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

De acordo com dados da prefeitura de Extrema, a cidade tem atualmente 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. Segundo a administração municipal, do total de empresas instaladas, 43% são da indústria, 34% da área de serviços e 23% do comércio. “Nós temos empresas de todos os setores aqui. Por exemplo a Bauducco que é uma ‘grande padaria’ com mais de 3 mil vagas, e temos uma Chilli Beans que me traz visibilidade”, conta a gerente de desenvolvimento econômico do município, Mônica Vieira.

Panificadora reconhecida pelo seu panetone natalino, a Bauducco foi uma das primeiras companhias a desembarcar na cidade. Ainda no setor de alimentação, a Kopenhagen também tem operações em Extrema. Em 2009, a chocolateria decidiu encerrar sua produção fabril em Barueri, SP, para migrar para a cidade mineira. À época, a companhia informou que a decisão se deu para poder ampliar a produção das sobremesas. Quarto polo chocolateiro do País, desde 2010 a cidade também é casa da produção nacional da companhia belga-suíça Barry Callebaut, um dos principais nomes em confeitos a base de cacau e chocolate para confeitaria, da também suíça chocolateria Lindt, e da marca argentina de doces Arcor.

Além das paisagem de montanhas mineiras, cidade convive com os grandes galpões de centros de distribuição das empresas instaladas em Extrema.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Quem também viu os incentivos estadual e municipal como um atrativo para os negócios foi a gigante de bebidas Ambev. Em 2019, a companhia inaugurou o seu maior centro de distribuição de bebidas na cidade em uma área de aproximadamente 58 mil metros quadrados. Ainda segundo a prefeitura de Extrema, o município tem hoje 48% dos armazéns logísticos instalados no estado. No segmentos de bebidas alcoólicas, empresas como Bacardi, Campari e Pernod Ricard também tem operação local.

Berço do e-commerce

O e-commerce entrou de vez na rotina do brasileiro durante a pandemia. Com o aumento na demanda pelas compras virtuais, Extrema representa hoje 25% das vendas feitas no comércio eletrônico do País. Na cidade, nomes como Mercado Livre, Centauro, Netshoes, Sephora, Privalia, Dafiti, Tok&Stok e Nike mantêm centros de distribuição na região.

Segundo divulgado pelo Mercado Livre, gigante argentino de e-commerce, a operação em Extrema ajuda a viabilizar a entrega em até 24 horas para 100 cidades brasileiras. “Acreditamos no potencial de Extrema por diversos fatores. Além da posição estratégica em relação a São Paulo e aos aeroportos da região, a cidade apresenta uma infraestrutura de ponta quando falamos em galpões, em linha com o que há de mais moderno no país”, afirma o diretor logístico do Mercado Livre Brasil, Luiz Augusto Vergueiro.

Além dos atuais centros de distribuição, cidade convive com obras diárias de galpões para instalação de futuras empresas.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Facilidade logística

Outro setor que marca presença na cidade mineira é o de tecnologia. Empresas como Panasonic, Huawei, Duracell e Multi mantêm centros de distribuição instalados em Extrema. “Algumas dessas empresas nós levamos anos conversando para trazê-las ao município. A Panasonic, por exemplo, levou oito anos”, lembra a gerente de desenvolvimento econômico do município.

Com 2,5 mil funcionário, a Multi utiliza a operação local para escoar os mais de 6 mil itens produzidos na cidade. “Nossa operação em Extrema é uma das molas propulsoras para continuarmos avançando no nosso mercado”, relata o presidente da companhia, Alexandre Ostrowiecki.

Ricardo Taborda, sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística-, explica que em meio à procura por serviços de entrega cada vez mais rápidos, o município ganha força por estar localizado à beira da rodovia Fernão Dias (BR-381), principal ligação entre São Paulo e Minas Gerais, o que possibilita uma conexão rápida com pontos como os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, além do Porto de Santos. “Quando a gente olha do ponto de vista logístico e tributário, a cidade é um lugar ótimo para instalar novos negócios”, avalia Taborda.

Taborda ainda ressalta que, diante dos incentivos fiscais direcionados a determinados setores, é comum ver empresas concorrentes que decidem se instalar no mesmo território, como no caso de negócios ligados ao mobiliário, exemplo de Casas Bahia e Mobly, ou, no ramo de artigos esportivos, Centauro e Netshoes. “Há o risco de guerra por talentos, porque facilita a contratação de alguém que já tenha experiência no segmento, mas também há risco de perder funcionários”, afirma.

A junção de fatores como incentivos fiscais estadual e a posição geográfica privilegiada de Extrema, em Minas, transformou a cidade em uma atração para as companhias se instalarem em solo mineiro. Apesar do boom vivido durante a pandemia, a chegada desses empresas não é algo recente. Nomes como Bauducco, Ambev, Kopenhagen e Centauro são apenas alguns dos negócios que se instalaram por lá para aproveitar a infraestrutura local.

O gigante argentino do e-commerce Mercado Livre foi uma as das empresas que instalaram em Extrema um centro de distribuição para entregas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

De acordo com dados da prefeitura de Extrema, a cidade tem atualmente 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. Segundo a administração municipal, do total de empresas instaladas, 43% são da indústria, 34% da área de serviços e 23% do comércio. “Nós temos empresas de todos os setores aqui. Por exemplo a Bauducco que é uma ‘grande padaria’ com mais de 3 mil vagas, e temos uma Chilli Beans que me traz visibilidade”, conta a gerente de desenvolvimento econômico do município, Mônica Vieira.

Panificadora reconhecida pelo seu panetone natalino, a Bauducco foi uma das primeiras companhias a desembarcar na cidade. Ainda no setor de alimentação, a Kopenhagen também tem operações em Extrema. Em 2009, a chocolateria decidiu encerrar sua produção fabril em Barueri, SP, para migrar para a cidade mineira. À época, a companhia informou que a decisão se deu para poder ampliar a produção das sobremesas. Quarto polo chocolateiro do País, desde 2010 a cidade também é casa da produção nacional da companhia belga-suíça Barry Callebaut, um dos principais nomes em confeitos a base de cacau e chocolate para confeitaria, da também suíça chocolateria Lindt, e da marca argentina de doces Arcor.

Além das paisagem de montanhas mineiras, cidade convive com os grandes galpões de centros de distribuição das empresas instaladas em Extrema.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Quem também viu os incentivos estadual e municipal como um atrativo para os negócios foi a gigante de bebidas Ambev. Em 2019, a companhia inaugurou o seu maior centro de distribuição de bebidas na cidade em uma área de aproximadamente 58 mil metros quadrados. Ainda segundo a prefeitura de Extrema, o município tem hoje 48% dos armazéns logísticos instalados no estado. No segmentos de bebidas alcoólicas, empresas como Bacardi, Campari e Pernod Ricard também tem operação local.

Berço do e-commerce

O e-commerce entrou de vez na rotina do brasileiro durante a pandemia. Com o aumento na demanda pelas compras virtuais, Extrema representa hoje 25% das vendas feitas no comércio eletrônico do País. Na cidade, nomes como Mercado Livre, Centauro, Netshoes, Sephora, Privalia, Dafiti, Tok&Stok e Nike mantêm centros de distribuição na região.

Segundo divulgado pelo Mercado Livre, gigante argentino de e-commerce, a operação em Extrema ajuda a viabilizar a entrega em até 24 horas para 100 cidades brasileiras. “Acreditamos no potencial de Extrema por diversos fatores. Além da posição estratégica em relação a São Paulo e aos aeroportos da região, a cidade apresenta uma infraestrutura de ponta quando falamos em galpões, em linha com o que há de mais moderno no país”, afirma o diretor logístico do Mercado Livre Brasil, Luiz Augusto Vergueiro.

Além dos atuais centros de distribuição, cidade convive com obras diárias de galpões para instalação de futuras empresas.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Facilidade logística

Outro setor que marca presença na cidade mineira é o de tecnologia. Empresas como Panasonic, Huawei, Duracell e Multi mantêm centros de distribuição instalados em Extrema. “Algumas dessas empresas nós levamos anos conversando para trazê-las ao município. A Panasonic, por exemplo, levou oito anos”, lembra a gerente de desenvolvimento econômico do município.

Com 2,5 mil funcionário, a Multi utiliza a operação local para escoar os mais de 6 mil itens produzidos na cidade. “Nossa operação em Extrema é uma das molas propulsoras para continuarmos avançando no nosso mercado”, relata o presidente da companhia, Alexandre Ostrowiecki.

Ricardo Taborda, sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística-, explica que em meio à procura por serviços de entrega cada vez mais rápidos, o município ganha força por estar localizado à beira da rodovia Fernão Dias (BR-381), principal ligação entre São Paulo e Minas Gerais, o que possibilita uma conexão rápida com pontos como os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, além do Porto de Santos. “Quando a gente olha do ponto de vista logístico e tributário, a cidade é um lugar ótimo para instalar novos negócios”, avalia Taborda.

Taborda ainda ressalta que, diante dos incentivos fiscais direcionados a determinados setores, é comum ver empresas concorrentes que decidem se instalar no mesmo território, como no caso de negócios ligados ao mobiliário, exemplo de Casas Bahia e Mobly, ou, no ramo de artigos esportivos, Centauro e Netshoes. “Há o risco de guerra por talentos, porque facilita a contratação de alguém que já tenha experiência no segmento, mas também há risco de perder funcionários”, afirma.

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