Empresas lançam movimento para impedir demissões durante pandemia


Na carta, elas também apontam que, além de manter funcionários, têm responsabilidade com pequenos comerciantes, autônomos e informais

Por Douglas Gavras 

Um grupo de empresas brasileiras divulgou um manifesto em que se comprometem a manter os postos de trabalho pelo menos pelos próximos dois meses, devido à pandemia da covid-19. Entre as empresas que assinam o documento, divulgado no site Não demita! estão varejistas, bancos, construtoras e corretoras.

Segundo o manifesto, "a primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você - começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio."

Importantes centros comerciais fecham em São Paulo e impacto na economia deve ser grande Foto: Léo Souza / Estadão
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O movimento vai na contramão de empresas como a rede de restaurantes Madero, que divulgou esta semana que cortaria mais de 600 funcionários por causa da perda de faturamento causada pela pandemia. 

Presidente do GPA, Peter Estermann diz que a empresa aderiu ao movimento pelo compromisso de preservar os empregos das pessoas que trabalham nas mais de mil lojas do grupo. "É neste momento, diante de um cenário tão inédito como o que vivemos, que devemos nos unir, apoiar iniciativas que trabalhem para a retomada rápida da economia."

Esta semana, o governo calculou que 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada devem receber o benefício emergencial para manutenção dos seus empregos durante a crise causada pela pandemia, já que serão afetados por medidas de redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. 

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Segundo Vanessa Lobato, vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, entre as medidas tomadas pelo banco para evitar demissões estão o adiantamento de férias em áreas em que as demandas foram reduzidas. "Também ampliamos o banco de horas de 6 para 18 meses. No mundo pós-coronavírus, estaremos confrontando uma nova realidade do que pode ser feito remota e presencialmente."

Na avaliação do Bradesco, a iniciativa é um importante compromisso social a ser seguido por outros empresários. "O Bradesco atua no modelo de carreira interna que valoriza o desenvolvimento, a capacitação e aprimoramento do funcionário desde sua entrada na Organização."

O documento ressalta a maior responsabilidade das empresas, durante a pandemia do novo coronavírus, é manter o quadro de funcionários, aliviando a perda de renda que as famílias brasileiras devem ter durante a crise. 

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Presidente da BMG Granito, Rodrigo Teixeira ressalta que a empresa está usando o caixa para evitar demissões e que mantém o plano de crescimento para este ano, com previsão de contratar mil colaboradores, apesar do momento de retração da economia. "Ao mesmo tempo, estamos usando esse tempo de baixa demanda para qualificar e capacitar o nosso time, para estarmos mais preparados no final da crise."

De acordo com a Alpargatas, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Mizuno, a empresa se compromete a não demitir funcionários, com exceção aos casos de justa causa, por pelo menos dois meses, "como forma de valorizar as pessoas que dedicam seu trabalho, todos os dias, ao sucesso do negócio".

Na carta, eles também apontam que, além de manter os próprios funcionários, as empresas têm responsabilidade com a sociedade em geral. "Se você tiver força financeira, ajude as pessoas que moram nas nossas comunidades a terem condições de sobrevivência. São os vendedores de pipoca, de cachorro-quente, as manicures e diversos outros que não têm com quem contar. Elas também ajudam a levar o nosso país para frente, mas neste momento não podem sair de casa."

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Segundo Guilherme Sant'Anna, sócio diretor da XP Inc., as medidas anunciadas pelo governo até agora, para conter demissões causadas pela paralisação da economia, não são suficientes. "Muita gente está interpretando, talvez de forma prematura, os sinais e tomando decisões imediatamente, então o governo vai ajudar bastante gente, mas mesmo assim não deve resolver." Ele diz que a empresa não só vai evitar demitir, mas também vai manter os planos de contratação, de longo prazo.

Já a construtora Cyrela ressalta que o movimento já reúne mais de 200 empresas de diferentes segmentos e que a ideia é que novas companhias se unam ao propósito de manter empregos, apesar do momento complicado que o País enfrenta.

Um grupo de empresas brasileiras divulgou um manifesto em que se comprometem a manter os postos de trabalho pelo menos pelos próximos dois meses, devido à pandemia da covid-19. Entre as empresas que assinam o documento, divulgado no site Não demita! estão varejistas, bancos, construtoras e corretoras.

Segundo o manifesto, "a primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você - começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio."

Importantes centros comerciais fecham em São Paulo e impacto na economia deve ser grande Foto: Léo Souza / Estadão

O movimento vai na contramão de empresas como a rede de restaurantes Madero, que divulgou esta semana que cortaria mais de 600 funcionários por causa da perda de faturamento causada pela pandemia. 

Presidente do GPA, Peter Estermann diz que a empresa aderiu ao movimento pelo compromisso de preservar os empregos das pessoas que trabalham nas mais de mil lojas do grupo. "É neste momento, diante de um cenário tão inédito como o que vivemos, que devemos nos unir, apoiar iniciativas que trabalhem para a retomada rápida da economia."

Esta semana, o governo calculou que 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada devem receber o benefício emergencial para manutenção dos seus empregos durante a crise causada pela pandemia, já que serão afetados por medidas de redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. 

Segundo Vanessa Lobato, vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, entre as medidas tomadas pelo banco para evitar demissões estão o adiantamento de férias em áreas em que as demandas foram reduzidas. "Também ampliamos o banco de horas de 6 para 18 meses. No mundo pós-coronavírus, estaremos confrontando uma nova realidade do que pode ser feito remota e presencialmente."

Na avaliação do Bradesco, a iniciativa é um importante compromisso social a ser seguido por outros empresários. "O Bradesco atua no modelo de carreira interna que valoriza o desenvolvimento, a capacitação e aprimoramento do funcionário desde sua entrada na Organização."

O documento ressalta a maior responsabilidade das empresas, durante a pandemia do novo coronavírus, é manter o quadro de funcionários, aliviando a perda de renda que as famílias brasileiras devem ter durante a crise. 

Presidente da BMG Granito, Rodrigo Teixeira ressalta que a empresa está usando o caixa para evitar demissões e que mantém o plano de crescimento para este ano, com previsão de contratar mil colaboradores, apesar do momento de retração da economia. "Ao mesmo tempo, estamos usando esse tempo de baixa demanda para qualificar e capacitar o nosso time, para estarmos mais preparados no final da crise."

De acordo com a Alpargatas, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Mizuno, a empresa se compromete a não demitir funcionários, com exceção aos casos de justa causa, por pelo menos dois meses, "como forma de valorizar as pessoas que dedicam seu trabalho, todos os dias, ao sucesso do negócio".

Na carta, eles também apontam que, além de manter os próprios funcionários, as empresas têm responsabilidade com a sociedade em geral. "Se você tiver força financeira, ajude as pessoas que moram nas nossas comunidades a terem condições de sobrevivência. São os vendedores de pipoca, de cachorro-quente, as manicures e diversos outros que não têm com quem contar. Elas também ajudam a levar o nosso país para frente, mas neste momento não podem sair de casa."

Segundo Guilherme Sant'Anna, sócio diretor da XP Inc., as medidas anunciadas pelo governo até agora, para conter demissões causadas pela paralisação da economia, não são suficientes. "Muita gente está interpretando, talvez de forma prematura, os sinais e tomando decisões imediatamente, então o governo vai ajudar bastante gente, mas mesmo assim não deve resolver." Ele diz que a empresa não só vai evitar demitir, mas também vai manter os planos de contratação, de longo prazo.

Já a construtora Cyrela ressalta que o movimento já reúne mais de 200 empresas de diferentes segmentos e que a ideia é que novas companhias se unam ao propósito de manter empregos, apesar do momento complicado que o País enfrenta.

Um grupo de empresas brasileiras divulgou um manifesto em que se comprometem a manter os postos de trabalho pelo menos pelos próximos dois meses, devido à pandemia da covid-19. Entre as empresas que assinam o documento, divulgado no site Não demita! estão varejistas, bancos, construtoras e corretoras.

Segundo o manifesto, "a primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você - começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio."

Importantes centros comerciais fecham em São Paulo e impacto na economia deve ser grande Foto: Léo Souza / Estadão

O movimento vai na contramão de empresas como a rede de restaurantes Madero, que divulgou esta semana que cortaria mais de 600 funcionários por causa da perda de faturamento causada pela pandemia. 

Presidente do GPA, Peter Estermann diz que a empresa aderiu ao movimento pelo compromisso de preservar os empregos das pessoas que trabalham nas mais de mil lojas do grupo. "É neste momento, diante de um cenário tão inédito como o que vivemos, que devemos nos unir, apoiar iniciativas que trabalhem para a retomada rápida da economia."

Esta semana, o governo calculou que 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada devem receber o benefício emergencial para manutenção dos seus empregos durante a crise causada pela pandemia, já que serão afetados por medidas de redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. 

Segundo Vanessa Lobato, vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, entre as medidas tomadas pelo banco para evitar demissões estão o adiantamento de férias em áreas em que as demandas foram reduzidas. "Também ampliamos o banco de horas de 6 para 18 meses. No mundo pós-coronavírus, estaremos confrontando uma nova realidade do que pode ser feito remota e presencialmente."

Na avaliação do Bradesco, a iniciativa é um importante compromisso social a ser seguido por outros empresários. "O Bradesco atua no modelo de carreira interna que valoriza o desenvolvimento, a capacitação e aprimoramento do funcionário desde sua entrada na Organização."

O documento ressalta a maior responsabilidade das empresas, durante a pandemia do novo coronavírus, é manter o quadro de funcionários, aliviando a perda de renda que as famílias brasileiras devem ter durante a crise. 

Presidente da BMG Granito, Rodrigo Teixeira ressalta que a empresa está usando o caixa para evitar demissões e que mantém o plano de crescimento para este ano, com previsão de contratar mil colaboradores, apesar do momento de retração da economia. "Ao mesmo tempo, estamos usando esse tempo de baixa demanda para qualificar e capacitar o nosso time, para estarmos mais preparados no final da crise."

De acordo com a Alpargatas, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Mizuno, a empresa se compromete a não demitir funcionários, com exceção aos casos de justa causa, por pelo menos dois meses, "como forma de valorizar as pessoas que dedicam seu trabalho, todos os dias, ao sucesso do negócio".

Na carta, eles também apontam que, além de manter os próprios funcionários, as empresas têm responsabilidade com a sociedade em geral. "Se você tiver força financeira, ajude as pessoas que moram nas nossas comunidades a terem condições de sobrevivência. São os vendedores de pipoca, de cachorro-quente, as manicures e diversos outros que não têm com quem contar. Elas também ajudam a levar o nosso país para frente, mas neste momento não podem sair de casa."

Segundo Guilherme Sant'Anna, sócio diretor da XP Inc., as medidas anunciadas pelo governo até agora, para conter demissões causadas pela paralisação da economia, não são suficientes. "Muita gente está interpretando, talvez de forma prematura, os sinais e tomando decisões imediatamente, então o governo vai ajudar bastante gente, mas mesmo assim não deve resolver." Ele diz que a empresa não só vai evitar demitir, mas também vai manter os planos de contratação, de longo prazo.

Já a construtora Cyrela ressalta que o movimento já reúne mais de 200 empresas de diferentes segmentos e que a ideia é que novas companhias se unam ao propósito de manter empregos, apesar do momento complicado que o País enfrenta.

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