Energia solar alia sustentabilidade a economia e cresce no Brasil


Uma das principais empresas do segmento, a GDSUN projeta atingir 470 MWp de capacidade instalada até 2025

Por GDSUN
Atualização:

Brasil atingiu em novem­bro a marca de 15,3 gigawatts na capacidade instalada para geração distribuída de energia. No contexto, a fonte solar re­presenta nada menos que 98% do total, com 15 gigawatts, suficientes para o abastecimento de 7,5 mi­lhões de residências.

Os números são da As­sociação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O presidente da entidade, Guilherme Chrispim, destaca que a potência, no dia 31 de dezembro, vai ser o dobro da registrada no final de 2021.

As vantagens oferecidas ao consumidor, a seu ver, são nítidas: no Brasil, a disponi­bilidade de luz solar é gigante e a estrutura para geração dis­tribuída tende a se espalhar por todo o território nacio­nal. “Trata-se de uma fonte de energia limpa, democrática, acessível a todos”, resume.

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Arthur Sousa, CEO da GD­SUN, empresa que atua no de­senvolvimento e geração de energia solar, afirma que a op­ção pela fonte alia economia e sustentabilidade.

O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022), segundo ele, conferiu regras claras e estabilidade ao setor para que investidores, como a GDSUN, continuassem apos­tando neste mercado. “Pla­nejamos ter 100% dos nossos projetos em portfólio e no pi­peline dentro da janela regu­latória, o que permite a com­pensação integral da energia gerada até 2045.

Ainda segundo o executivo, o movimento do Marco Legal re­sultou em uma alta demanda por parte de grandes empresas e di­versos setores. “É crescente o nú­mero de companhias querendo entrar ou ampliar a geração distri­buída no seu modelo de negócio, seja para autoconsumo ou para o mercado de varejo”, diz.

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O detalhe é que o regime vale para sistemas protocolados até 6 de janeiro de 2023. De olho na janela regulatória, a GDSUN montou um plano de expansão robusto. A capacidade instalada atual de 106 megawatt­-pico (MWp), espalhada por usinas em 8 Estados do País, vai dobrar já no primeiro semestre de 2023.

Para os dois anos seguintes está previsto um ciclo de cres­cimento ainda maior, com a inclusão de mais 225 MWp de capacidade do seu pipeline de projetos. No final de 2025, a empresa vai estar presente em 17 estados brasileiros, com 470 MWp de capacidade instalada.

Fonte: GDSUN Foto: divulgação
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Eficiência

A expansão é baseada na ca­pacidade de desenvolver proje­tos de qualidade e em um crivo técnico elevado que garante maior eficiência na implemen­tação das usinas. Hudson Souza, diretor de Operações da GDSUN, explica que, antes da instalação de cada planta, especialistas ava­liam indicadores de tempera­tura, radiação solar, incidência de vento, estiagem, períodos de chuva na região e proximidade de subestações de energia.

As 44 usinas ativas usam cer­ca de 242 mil módulos de capta­ção da energia solar. A empresa acompanha toda a estrutura de forma remota, em tempo real, em seu centro de operações e virtualmente de qualquer lugar.

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As placas fotovoltaicas são fornecidas na sua maioria pela Canadian Solar, e boa parte das plantas já conta com módulos bifaciais, que geram eletricida­de tanto na face exposta ao sol quanto naquela que está vira­da para o solo. “Estes sistemas são mais eficientes e produzem energia por um tempo maior”, explica Cristiano Piroli, diretor comercial para a América Lati­na da Canadian Solar.

Grandes clientes, mais investimento

A GDSUN foca a operação em grandes clientes, num ambiente de negócios em que os contratos têm duração média de 15 anos. No portfólio estão nomes como a varejista Magalu e a operadora de telecom Claro.

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A Claro, por sinal, utiliza a geração distribuída em insta­lações ligadas na baixa tensão, como torres de antenas e fon­tes de alimentação de rede. “O investimento em geração distribuída é muito positivo para a Claro, na medi­da em que viabiliza a ampliação do uso de energia limpa em nossas operações, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e consequente impacto para o meio ambiente, aliando bene­fícios derivados dos incentivos regulatórios”, diz Hamilton Pe­reira, diretor de infraestrutura da empresa. A redução das des­pesas chega a 15%.

O crescimento da GDSUN e o foco em clientes “premium” chamam a atenção do merca­do, ajudando a atrair mais in­vestidores para o negócio. Em agosto, o Itaú BBA realizou um segundo financiamento para a empresa por meio de debêntu­res, totalizando R$ 485 milhões nas duas operações, o que via­bilizou o programa de investi­mento da companhia.

Somam-se ao valor outros R$ 500 milhões de um aporte inicial, proveniente do fundo privado Franklin Servtec Ener­gia FIP, que investe em proje­tos de geração renovável de energia no Brasil. Somados os repasses, a GDSUN movimenta quase R$ 1 bilhão em recursos no seu plano de negócio.

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GDSUN financia reflorestamento de 20 hectares de Mata Atlântica

Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Com o objetivo de mitigar o impacto ambiental provocado pela instalação das usinas de energia solar, a GDSUN financia diversos projetos de sustentabilidade. Mais recentemente, a empresa iniciou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para financiar o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica dentro do Projeto Corredores de Vida, realizado no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

A iniciativa prevê a restauração de 20 hectares de florestas e contribuirá para a consolidação do maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica, que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto às Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo. “Serão cultivadas 32 mil árvores nativas da região”, afirma Marina Carvalho Travaglia, gerente de HSE & ESG da GDSUN.

Com duração prevista de três anos, a parceria com o IPÊ também prevê a conservação de espécies ameaçadas que vivem na região, como o próprio mico-leão-preto, além de fortalecer a geração de renda para as comunidades do entorno, que trabalham em atividades ligadas ao projeto. “Queremos ir além da sustentabilidade, que é inerente ao negócio de energia solar”, conclui Marina.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES
Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Brasil atingiu em novem­bro a marca de 15,3 gigawatts na capacidade instalada para geração distribuída de energia. No contexto, a fonte solar re­presenta nada menos que 98% do total, com 15 gigawatts, suficientes para o abastecimento de 7,5 mi­lhões de residências.

Os números são da As­sociação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O presidente da entidade, Guilherme Chrispim, destaca que a potência, no dia 31 de dezembro, vai ser o dobro da registrada no final de 2021.

As vantagens oferecidas ao consumidor, a seu ver, são nítidas: no Brasil, a disponi­bilidade de luz solar é gigante e a estrutura para geração dis­tribuída tende a se espalhar por todo o território nacio­nal. “Trata-se de uma fonte de energia limpa, democrática, acessível a todos”, resume.

Arthur Sousa, CEO da GD­SUN, empresa que atua no de­senvolvimento e geração de energia solar, afirma que a op­ção pela fonte alia economia e sustentabilidade.

O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022), segundo ele, conferiu regras claras e estabilidade ao setor para que investidores, como a GDSUN, continuassem apos­tando neste mercado. “Pla­nejamos ter 100% dos nossos projetos em portfólio e no pi­peline dentro da janela regu­latória, o que permite a com­pensação integral da energia gerada até 2045.

Ainda segundo o executivo, o movimento do Marco Legal re­sultou em uma alta demanda por parte de grandes empresas e di­versos setores. “É crescente o nú­mero de companhias querendo entrar ou ampliar a geração distri­buída no seu modelo de negócio, seja para autoconsumo ou para o mercado de varejo”, diz.

O detalhe é que o regime vale para sistemas protocolados até 6 de janeiro de 2023. De olho na janela regulatória, a GDSUN montou um plano de expansão robusto. A capacidade instalada atual de 106 megawatt­-pico (MWp), espalhada por usinas em 8 Estados do País, vai dobrar já no primeiro semestre de 2023.

Para os dois anos seguintes está previsto um ciclo de cres­cimento ainda maior, com a inclusão de mais 225 MWp de capacidade do seu pipeline de projetos. No final de 2025, a empresa vai estar presente em 17 estados brasileiros, com 470 MWp de capacidade instalada.

Fonte: GDSUN Foto: divulgação

Eficiência

A expansão é baseada na ca­pacidade de desenvolver proje­tos de qualidade e em um crivo técnico elevado que garante maior eficiência na implemen­tação das usinas. Hudson Souza, diretor de Operações da GDSUN, explica que, antes da instalação de cada planta, especialistas ava­liam indicadores de tempera­tura, radiação solar, incidência de vento, estiagem, períodos de chuva na região e proximidade de subestações de energia.

As 44 usinas ativas usam cer­ca de 242 mil módulos de capta­ção da energia solar. A empresa acompanha toda a estrutura de forma remota, em tempo real, em seu centro de operações e virtualmente de qualquer lugar.

As placas fotovoltaicas são fornecidas na sua maioria pela Canadian Solar, e boa parte das plantas já conta com módulos bifaciais, que geram eletricida­de tanto na face exposta ao sol quanto naquela que está vira­da para o solo. “Estes sistemas são mais eficientes e produzem energia por um tempo maior”, explica Cristiano Piroli, diretor comercial para a América Lati­na da Canadian Solar.

Grandes clientes, mais investimento

A GDSUN foca a operação em grandes clientes, num ambiente de negócios em que os contratos têm duração média de 15 anos. No portfólio estão nomes como a varejista Magalu e a operadora de telecom Claro.

A Claro, por sinal, utiliza a geração distribuída em insta­lações ligadas na baixa tensão, como torres de antenas e fon­tes de alimentação de rede. “O investimento em geração distribuída é muito positivo para a Claro, na medi­da em que viabiliza a ampliação do uso de energia limpa em nossas operações, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e consequente impacto para o meio ambiente, aliando bene­fícios derivados dos incentivos regulatórios”, diz Hamilton Pe­reira, diretor de infraestrutura da empresa. A redução das des­pesas chega a 15%.

O crescimento da GDSUN e o foco em clientes “premium” chamam a atenção do merca­do, ajudando a atrair mais in­vestidores para o negócio. Em agosto, o Itaú BBA realizou um segundo financiamento para a empresa por meio de debêntu­res, totalizando R$ 485 milhões nas duas operações, o que via­bilizou o programa de investi­mento da companhia.

Somam-se ao valor outros R$ 500 milhões de um aporte inicial, proveniente do fundo privado Franklin Servtec Ener­gia FIP, que investe em proje­tos de geração renovável de energia no Brasil. Somados os repasses, a GDSUN movimenta quase R$ 1 bilhão em recursos no seu plano de negócio.

GDSUN financia reflorestamento de 20 hectares de Mata Atlântica

Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Com o objetivo de mitigar o impacto ambiental provocado pela instalação das usinas de energia solar, a GDSUN financia diversos projetos de sustentabilidade. Mais recentemente, a empresa iniciou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para financiar o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica dentro do Projeto Corredores de Vida, realizado no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

A iniciativa prevê a restauração de 20 hectares de florestas e contribuirá para a consolidação do maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica, que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto às Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo. “Serão cultivadas 32 mil árvores nativas da região”, afirma Marina Carvalho Travaglia, gerente de HSE & ESG da GDSUN.

Com duração prevista de três anos, a parceria com o IPÊ também prevê a conservação de espécies ameaçadas que vivem na região, como o próprio mico-leão-preto, além de fortalecer a geração de renda para as comunidades do entorno, que trabalham em atividades ligadas ao projeto. “Queremos ir além da sustentabilidade, que é inerente ao negócio de energia solar”, conclui Marina.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES
Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Brasil atingiu em novem­bro a marca de 15,3 gigawatts na capacidade instalada para geração distribuída de energia. No contexto, a fonte solar re­presenta nada menos que 98% do total, com 15 gigawatts, suficientes para o abastecimento de 7,5 mi­lhões de residências.

Os números são da As­sociação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O presidente da entidade, Guilherme Chrispim, destaca que a potência, no dia 31 de dezembro, vai ser o dobro da registrada no final de 2021.

As vantagens oferecidas ao consumidor, a seu ver, são nítidas: no Brasil, a disponi­bilidade de luz solar é gigante e a estrutura para geração dis­tribuída tende a se espalhar por todo o território nacio­nal. “Trata-se de uma fonte de energia limpa, democrática, acessível a todos”, resume.

Arthur Sousa, CEO da GD­SUN, empresa que atua no de­senvolvimento e geração de energia solar, afirma que a op­ção pela fonte alia economia e sustentabilidade.

O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022), segundo ele, conferiu regras claras e estabilidade ao setor para que investidores, como a GDSUN, continuassem apos­tando neste mercado. “Pla­nejamos ter 100% dos nossos projetos em portfólio e no pi­peline dentro da janela regu­latória, o que permite a com­pensação integral da energia gerada até 2045.

Ainda segundo o executivo, o movimento do Marco Legal re­sultou em uma alta demanda por parte de grandes empresas e di­versos setores. “É crescente o nú­mero de companhias querendo entrar ou ampliar a geração distri­buída no seu modelo de negócio, seja para autoconsumo ou para o mercado de varejo”, diz.

O detalhe é que o regime vale para sistemas protocolados até 6 de janeiro de 2023. De olho na janela regulatória, a GDSUN montou um plano de expansão robusto. A capacidade instalada atual de 106 megawatt­-pico (MWp), espalhada por usinas em 8 Estados do País, vai dobrar já no primeiro semestre de 2023.

Para os dois anos seguintes está previsto um ciclo de cres­cimento ainda maior, com a inclusão de mais 225 MWp de capacidade do seu pipeline de projetos. No final de 2025, a empresa vai estar presente em 17 estados brasileiros, com 470 MWp de capacidade instalada.

Fonte: GDSUN Foto: divulgação

Eficiência

A expansão é baseada na ca­pacidade de desenvolver proje­tos de qualidade e em um crivo técnico elevado que garante maior eficiência na implemen­tação das usinas. Hudson Souza, diretor de Operações da GDSUN, explica que, antes da instalação de cada planta, especialistas ava­liam indicadores de tempera­tura, radiação solar, incidência de vento, estiagem, períodos de chuva na região e proximidade de subestações de energia.

As 44 usinas ativas usam cer­ca de 242 mil módulos de capta­ção da energia solar. A empresa acompanha toda a estrutura de forma remota, em tempo real, em seu centro de operações e virtualmente de qualquer lugar.

As placas fotovoltaicas são fornecidas na sua maioria pela Canadian Solar, e boa parte das plantas já conta com módulos bifaciais, que geram eletricida­de tanto na face exposta ao sol quanto naquela que está vira­da para o solo. “Estes sistemas são mais eficientes e produzem energia por um tempo maior”, explica Cristiano Piroli, diretor comercial para a América Lati­na da Canadian Solar.

Grandes clientes, mais investimento

A GDSUN foca a operação em grandes clientes, num ambiente de negócios em que os contratos têm duração média de 15 anos. No portfólio estão nomes como a varejista Magalu e a operadora de telecom Claro.

A Claro, por sinal, utiliza a geração distribuída em insta­lações ligadas na baixa tensão, como torres de antenas e fon­tes de alimentação de rede. “O investimento em geração distribuída é muito positivo para a Claro, na medi­da em que viabiliza a ampliação do uso de energia limpa em nossas operações, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e consequente impacto para o meio ambiente, aliando bene­fícios derivados dos incentivos regulatórios”, diz Hamilton Pe­reira, diretor de infraestrutura da empresa. A redução das des­pesas chega a 15%.

O crescimento da GDSUN e o foco em clientes “premium” chamam a atenção do merca­do, ajudando a atrair mais in­vestidores para o negócio. Em agosto, o Itaú BBA realizou um segundo financiamento para a empresa por meio de debêntu­res, totalizando R$ 485 milhões nas duas operações, o que via­bilizou o programa de investi­mento da companhia.

Somam-se ao valor outros R$ 500 milhões de um aporte inicial, proveniente do fundo privado Franklin Servtec Ener­gia FIP, que investe em proje­tos de geração renovável de energia no Brasil. Somados os repasses, a GDSUN movimenta quase R$ 1 bilhão em recursos no seu plano de negócio.

GDSUN financia reflorestamento de 20 hectares de Mata Atlântica

Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Com o objetivo de mitigar o impacto ambiental provocado pela instalação das usinas de energia solar, a GDSUN financia diversos projetos de sustentabilidade. Mais recentemente, a empresa iniciou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para financiar o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica dentro do Projeto Corredores de Vida, realizado no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

A iniciativa prevê a restauração de 20 hectares de florestas e contribuirá para a consolidação do maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica, que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto às Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo. “Serão cultivadas 32 mil árvores nativas da região”, afirma Marina Carvalho Travaglia, gerente de HSE & ESG da GDSUN.

Com duração prevista de três anos, a parceria com o IPÊ também prevê a conservação de espécies ameaçadas que vivem na região, como o próprio mico-leão-preto, além de fortalecer a geração de renda para as comunidades do entorno, que trabalham em atividades ligadas ao projeto. “Queremos ir além da sustentabilidade, que é inerente ao negócio de energia solar”, conclui Marina.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES
Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Brasil atingiu em novem­bro a marca de 15,3 gigawatts na capacidade instalada para geração distribuída de energia. No contexto, a fonte solar re­presenta nada menos que 98% do total, com 15 gigawatts, suficientes para o abastecimento de 7,5 mi­lhões de residências.

Os números são da As­sociação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O presidente da entidade, Guilherme Chrispim, destaca que a potência, no dia 31 de dezembro, vai ser o dobro da registrada no final de 2021.

As vantagens oferecidas ao consumidor, a seu ver, são nítidas: no Brasil, a disponi­bilidade de luz solar é gigante e a estrutura para geração dis­tribuída tende a se espalhar por todo o território nacio­nal. “Trata-se de uma fonte de energia limpa, democrática, acessível a todos”, resume.

Arthur Sousa, CEO da GD­SUN, empresa que atua no de­senvolvimento e geração de energia solar, afirma que a op­ção pela fonte alia economia e sustentabilidade.

O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022), segundo ele, conferiu regras claras e estabilidade ao setor para que investidores, como a GDSUN, continuassem apos­tando neste mercado. “Pla­nejamos ter 100% dos nossos projetos em portfólio e no pi­peline dentro da janela regu­latória, o que permite a com­pensação integral da energia gerada até 2045.

Ainda segundo o executivo, o movimento do Marco Legal re­sultou em uma alta demanda por parte de grandes empresas e di­versos setores. “É crescente o nú­mero de companhias querendo entrar ou ampliar a geração distri­buída no seu modelo de negócio, seja para autoconsumo ou para o mercado de varejo”, diz.

O detalhe é que o regime vale para sistemas protocolados até 6 de janeiro de 2023. De olho na janela regulatória, a GDSUN montou um plano de expansão robusto. A capacidade instalada atual de 106 megawatt­-pico (MWp), espalhada por usinas em 8 Estados do País, vai dobrar já no primeiro semestre de 2023.

Para os dois anos seguintes está previsto um ciclo de cres­cimento ainda maior, com a inclusão de mais 225 MWp de capacidade do seu pipeline de projetos. No final de 2025, a empresa vai estar presente em 17 estados brasileiros, com 470 MWp de capacidade instalada.

Fonte: GDSUN Foto: divulgação

Eficiência

A expansão é baseada na ca­pacidade de desenvolver proje­tos de qualidade e em um crivo técnico elevado que garante maior eficiência na implemen­tação das usinas. Hudson Souza, diretor de Operações da GDSUN, explica que, antes da instalação de cada planta, especialistas ava­liam indicadores de tempera­tura, radiação solar, incidência de vento, estiagem, períodos de chuva na região e proximidade de subestações de energia.

As 44 usinas ativas usam cer­ca de 242 mil módulos de capta­ção da energia solar. A empresa acompanha toda a estrutura de forma remota, em tempo real, em seu centro de operações e virtualmente de qualquer lugar.

As placas fotovoltaicas são fornecidas na sua maioria pela Canadian Solar, e boa parte das plantas já conta com módulos bifaciais, que geram eletricida­de tanto na face exposta ao sol quanto naquela que está vira­da para o solo. “Estes sistemas são mais eficientes e produzem energia por um tempo maior”, explica Cristiano Piroli, diretor comercial para a América Lati­na da Canadian Solar.

Grandes clientes, mais investimento

A GDSUN foca a operação em grandes clientes, num ambiente de negócios em que os contratos têm duração média de 15 anos. No portfólio estão nomes como a varejista Magalu e a operadora de telecom Claro.

A Claro, por sinal, utiliza a geração distribuída em insta­lações ligadas na baixa tensão, como torres de antenas e fon­tes de alimentação de rede. “O investimento em geração distribuída é muito positivo para a Claro, na medi­da em que viabiliza a ampliação do uso de energia limpa em nossas operações, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e consequente impacto para o meio ambiente, aliando bene­fícios derivados dos incentivos regulatórios”, diz Hamilton Pe­reira, diretor de infraestrutura da empresa. A redução das des­pesas chega a 15%.

O crescimento da GDSUN e o foco em clientes “premium” chamam a atenção do merca­do, ajudando a atrair mais in­vestidores para o negócio. Em agosto, o Itaú BBA realizou um segundo financiamento para a empresa por meio de debêntu­res, totalizando R$ 485 milhões nas duas operações, o que via­bilizou o programa de investi­mento da companhia.

Somam-se ao valor outros R$ 500 milhões de um aporte inicial, proveniente do fundo privado Franklin Servtec Ener­gia FIP, que investe em proje­tos de geração renovável de energia no Brasil. Somados os repasses, a GDSUN movimenta quase R$ 1 bilhão em recursos no seu plano de negócio.

GDSUN financia reflorestamento de 20 hectares de Mata Atlântica

Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Com o objetivo de mitigar o impacto ambiental provocado pela instalação das usinas de energia solar, a GDSUN financia diversos projetos de sustentabilidade. Mais recentemente, a empresa iniciou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para financiar o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica dentro do Projeto Corredores de Vida, realizado no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

A iniciativa prevê a restauração de 20 hectares de florestas e contribuirá para a consolidação do maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica, que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto às Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo. “Serão cultivadas 32 mil árvores nativas da região”, afirma Marina Carvalho Travaglia, gerente de HSE & ESG da GDSUN.

Com duração prevista de três anos, a parceria com o IPÊ também prevê a conservação de espécies ameaçadas que vivem na região, como o próprio mico-leão-preto, além de fortalecer a geração de renda para as comunidades do entorno, que trabalham em atividades ligadas ao projeto. “Queremos ir além da sustentabilidade, que é inerente ao negócio de energia solar”, conclui Marina.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES
Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Brasil atingiu em novem­bro a marca de 15,3 gigawatts na capacidade instalada para geração distribuída de energia. No contexto, a fonte solar re­presenta nada menos que 98% do total, com 15 gigawatts, suficientes para o abastecimento de 7,5 mi­lhões de residências.

Os números são da As­sociação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O presidente da entidade, Guilherme Chrispim, destaca que a potência, no dia 31 de dezembro, vai ser o dobro da registrada no final de 2021.

As vantagens oferecidas ao consumidor, a seu ver, são nítidas: no Brasil, a disponi­bilidade de luz solar é gigante e a estrutura para geração dis­tribuída tende a se espalhar por todo o território nacio­nal. “Trata-se de uma fonte de energia limpa, democrática, acessível a todos”, resume.

Arthur Sousa, CEO da GD­SUN, empresa que atua no de­senvolvimento e geração de energia solar, afirma que a op­ção pela fonte alia economia e sustentabilidade.

O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022), segundo ele, conferiu regras claras e estabilidade ao setor para que investidores, como a GDSUN, continuassem apos­tando neste mercado. “Pla­nejamos ter 100% dos nossos projetos em portfólio e no pi­peline dentro da janela regu­latória, o que permite a com­pensação integral da energia gerada até 2045.

Ainda segundo o executivo, o movimento do Marco Legal re­sultou em uma alta demanda por parte de grandes empresas e di­versos setores. “É crescente o nú­mero de companhias querendo entrar ou ampliar a geração distri­buída no seu modelo de negócio, seja para autoconsumo ou para o mercado de varejo”, diz.

O detalhe é que o regime vale para sistemas protocolados até 6 de janeiro de 2023. De olho na janela regulatória, a GDSUN montou um plano de expansão robusto. A capacidade instalada atual de 106 megawatt­-pico (MWp), espalhada por usinas em 8 Estados do País, vai dobrar já no primeiro semestre de 2023.

Para os dois anos seguintes está previsto um ciclo de cres­cimento ainda maior, com a inclusão de mais 225 MWp de capacidade do seu pipeline de projetos. No final de 2025, a empresa vai estar presente em 17 estados brasileiros, com 470 MWp de capacidade instalada.

Fonte: GDSUN Foto: divulgação

Eficiência

A expansão é baseada na ca­pacidade de desenvolver proje­tos de qualidade e em um crivo técnico elevado que garante maior eficiência na implemen­tação das usinas. Hudson Souza, diretor de Operações da GDSUN, explica que, antes da instalação de cada planta, especialistas ava­liam indicadores de tempera­tura, radiação solar, incidência de vento, estiagem, períodos de chuva na região e proximidade de subestações de energia.

As 44 usinas ativas usam cer­ca de 242 mil módulos de capta­ção da energia solar. A empresa acompanha toda a estrutura de forma remota, em tempo real, em seu centro de operações e virtualmente de qualquer lugar.

As placas fotovoltaicas são fornecidas na sua maioria pela Canadian Solar, e boa parte das plantas já conta com módulos bifaciais, que geram eletricida­de tanto na face exposta ao sol quanto naquela que está vira­da para o solo. “Estes sistemas são mais eficientes e produzem energia por um tempo maior”, explica Cristiano Piroli, diretor comercial para a América Lati­na da Canadian Solar.

Grandes clientes, mais investimento

A GDSUN foca a operação em grandes clientes, num ambiente de negócios em que os contratos têm duração média de 15 anos. No portfólio estão nomes como a varejista Magalu e a operadora de telecom Claro.

A Claro, por sinal, utiliza a geração distribuída em insta­lações ligadas na baixa tensão, como torres de antenas e fon­tes de alimentação de rede. “O investimento em geração distribuída é muito positivo para a Claro, na medi­da em que viabiliza a ampliação do uso de energia limpa em nossas operações, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e consequente impacto para o meio ambiente, aliando bene­fícios derivados dos incentivos regulatórios”, diz Hamilton Pe­reira, diretor de infraestrutura da empresa. A redução das des­pesas chega a 15%.

O crescimento da GDSUN e o foco em clientes “premium” chamam a atenção do merca­do, ajudando a atrair mais in­vestidores para o negócio. Em agosto, o Itaú BBA realizou um segundo financiamento para a empresa por meio de debêntu­res, totalizando R$ 485 milhões nas duas operações, o que via­bilizou o programa de investi­mento da companhia.

Somam-se ao valor outros R$ 500 milhões de um aporte inicial, proveniente do fundo privado Franklin Servtec Ener­gia FIP, que investe em proje­tos de geração renovável de energia no Brasil. Somados os repasses, a GDSUN movimenta quase R$ 1 bilhão em recursos no seu plano de negócio.

GDSUN financia reflorestamento de 20 hectares de Mata Atlântica

Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

Com o objetivo de mitigar o impacto ambiental provocado pela instalação das usinas de energia solar, a GDSUN financia diversos projetos de sustentabilidade. Mais recentemente, a empresa iniciou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para financiar o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica dentro do Projeto Corredores de Vida, realizado no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

A iniciativa prevê a restauração de 20 hectares de florestas e contribuirá para a consolidação do maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica, que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto às Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo. “Serão cultivadas 32 mil árvores nativas da região”, afirma Marina Carvalho Travaglia, gerente de HSE & ESG da GDSUN.

Com duração prevista de três anos, a parceria com o IPÊ também prevê a conservação de espécies ameaçadas que vivem na região, como o próprio mico-leão-preto, além de fortalecer a geração de renda para as comunidades do entorno, que trabalham em atividades ligadas ao projeto. “Queremos ir além da sustentabilidade, que é inerente ao negócio de energia solar”, conclui Marina.

Corredores florestais implementados pelo IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas na Mata Atlântica (Pontal do Paranapanema, SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES
Viveiros Comunitários de árvores nativas implementados pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema (SP) - projeto iniciado em 2002. Foto: ARQUIVO IPÊ / LAURIE HEDGES

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