Melhor seria ter poucas exceções, mas não fazer reforma representaria um erro grave, diz Dan Ioschpe


Empresário do setor industrial afirma que tamanho do impacto positivo na indústria dependerá de grau de isonomia do projeto votado

Por Beatriz Bulla
Foto: Acervo pessoal/divulgação
Entrevista comDan Ioschpeempresário e presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion

É fundamental que a reforma tributária seja aprovada neste ano e com o menor número de exceções e complexidades possíveis, defende o empresário do ramo industrial, Dan Ioschpe. De acordo com ele, quanto menos isonômica for a reforma aprovada pelo Senado, menor será o impacto positivo na indústria.

“Podemos ter menos impacto do que teríamos com uma reforma mais isonômica. Mas é positivo, para a indústria, a resolução da questão da cumulatividade, da questão da origem e do destino, a diminuição do custo e do risco de performar no sistema atual. É obviamente positivo”, diz o empresário, em entrevista ao Estadão.

Presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion, fabricante global de rodas e autopeças, ele é também vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e vice-presidente do conselho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

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“Claro que ideia de revisar exceções a cada quatro ou cinco anos pode ajudar, mas seria melhor partir com o menor número de exceções possíveis e que pudesse haver revisão, mais para frente, se um erro for cometido”, afirma o empresário.

Leia abaixo a entrevista:

Empresário Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion S/A Foto: Acervo pessoal/divulgação
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Qual a avaliação do sr. sobre a reforma tributária que está em votação no Senado?

A reforma é muito importante. Esse é o ponto número um. É fundamental concluir a reforma, de preferência este ano, até pelas eventuais dificuldades políticas de calendários eleitorais mais para frente. Em geral, o primeiro ano de governo é o melhor ano para se fazer reformas significativas. E nós estamos muito próximos. O objetivo número um deve ser concluir a reforma. Dito isso, quanto menos exceções, quanto menos complexidade se inserir na reforma, melhor — seja por exceções que geram distorções na isonomia ou complexidades que gerem custos de conformidade, que é uma das questões que essa reforma ataca.

O texto que temos atualmente descaracteriza, na sua avaliação, os pilares da proposta da reforma econômica? Há muito tempo a indústria vinha pleiteando uma reforma.

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Com esse capítulo das exceções e complexidade merecendo enorme atenção, alguns pontos clássicos da implementação do IVA seguem sendo muito positivos, como a não cumulatividade, a tributação no destino, a restituição centralizada. Tem muitas coisas positivas. E tem o cenário político. Precisamos respeitar o processo legislativo, mas desejando genuinamente que haja o menor número de exceções e a menor complexidade.

O aumento no número de exceções pode levar a um aumento na alíquota geral. Que leitura o sr. tem feito sobre a alíquota em discussão, que segundo cálculos do governo ficaria próxima a 27,5%?

A questão da não cumulatividade, da cobrança no destino, da devolução dos créditos de forma recorrente e paulatina e a maior simplicidade do sistema em relação ao atual — ou seja, menor custo e menor risco de não se estar conforme — é muito positiva. E é isso que faz com que as estimativas digam que reforma traz crescimento do PIB agregado.

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Acho que há um consenso de que se está mantendo a carga tributária. O agregado da arrecadação está mantido. Por isso que usei antes a expressão isonomia. A alíquota média representará a mesma carga tributária dos últimos dez anos, mas se alguns pagarem muito pouco, outros pagarão mais. Mais do que alíquota, o conceito chave é a isonomia e a lógica da não regressividade tributária, que está muito mais em ideias como cashback. É uma forma de trabalhar com isonomia e contemplar questões sociais mediante solução específica.

A questão da cesta básica, por exemplo. Se você incluir um item de consumo amplo e irrestrito, você estará fazendo benefício regressivo, porque, no fim do dia, aqueles com maior renda vão acabar consumindo mais daquele item, auferindo beneficio tributário, que gera diferença na arrecadação. O conceito, mais do que se a alíquota é X, Y ou Z, deve ser o de que se trabalha com a mesma carga tributária e se aplica isonomia.

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O plenário do Senado votará nesta quarta-feira (08) a Reforma Tributária. FOTO:WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Wilton Junior

Ainda é possível evitar essas distorções?

Claro que ideia de revisar exceções a cada quatro ou cinco anos pode ajudar, mas seria melhor partir com o menor número de exceções possíveis e que pudesse haver revisão, mais para frente, se um erro for cometido. A reforma tributária é fundamental, é muito importante, e tem essas complexidades do seu processo legislativo que é natural de um tema que abarca toda a sociedade e todas as atividades econômicas.

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Então, o sr. concorda com a visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a reforma é uma nota 7 ou 7,5, perto de um sistema atual que seria uma nota 2?

Nesse grau, ele tem razão. Não fazer a reforma seria um equívoco muito grave, a meu ver. Fazer a reforma preservando seus conceitos mais importantes e que vão culturalmente desenhar o sistema de forma positiva ao longo do tempo é algo muito valioso. Os eventuais defeitos teremos que, ao longo do tempo, entender melhor, na prática, e vai haver um aprendizado da sociedade e do legislativo.

Qual será o impacto da reforma na economia? E no setor industrial?

Na economia, o impacto será positivo. No setor industrial, se a isonomia for muito distorcida, talvez seja menos positiva. Como a indústria é o lugar de maior tributação e não é onde estarão as maiores exceções — sempre foi proposta da indústria o ambiente isonômico — podemos ter menos impacto do que teríamos com uma reforma mais isonômica. Mas é positivo, para a indústria, a resolução da questão da cumulatividade, da questão da origem e do destino, a diminuição do custo e do risco de performar no sistema atual. É obviamente positivo.

Aprovada a reforma, qual deve ser o novo foco de atenção?

O próximo capítulo imediatamente subsequente que tem de ocorrer no início de 2024 é a legislação infraconstitucional que vai disciplinar o detalhe de tudo que a PEC está tratando. A PEC é o guarda-chuva, mas uma boa lei ordinária pode somar e, se malfeita, obviamente vai diminuir o impacto positivo da reforma. Do que eu entendo, isso é um tema talvez até do primeiro trimestre de 2024. Depois iriamos para a terceira etapa, que são os aspectos de transição.

É fundamental que a reforma tributária seja aprovada neste ano e com o menor número de exceções e complexidades possíveis, defende o empresário do ramo industrial, Dan Ioschpe. De acordo com ele, quanto menos isonômica for a reforma aprovada pelo Senado, menor será o impacto positivo na indústria.

“Podemos ter menos impacto do que teríamos com uma reforma mais isonômica. Mas é positivo, para a indústria, a resolução da questão da cumulatividade, da questão da origem e do destino, a diminuição do custo e do risco de performar no sistema atual. É obviamente positivo”, diz o empresário, em entrevista ao Estadão.

Presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion, fabricante global de rodas e autopeças, ele é também vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e vice-presidente do conselho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

“Claro que ideia de revisar exceções a cada quatro ou cinco anos pode ajudar, mas seria melhor partir com o menor número de exceções possíveis e que pudesse haver revisão, mais para frente, se um erro for cometido”, afirma o empresário.

Leia abaixo a entrevista:

Empresário Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion S/A Foto: Acervo pessoal/divulgação

Qual a avaliação do sr. sobre a reforma tributária que está em votação no Senado?

A reforma é muito importante. Esse é o ponto número um. É fundamental concluir a reforma, de preferência este ano, até pelas eventuais dificuldades políticas de calendários eleitorais mais para frente. Em geral, o primeiro ano de governo é o melhor ano para se fazer reformas significativas. E nós estamos muito próximos. O objetivo número um deve ser concluir a reforma. Dito isso, quanto menos exceções, quanto menos complexidade se inserir na reforma, melhor — seja por exceções que geram distorções na isonomia ou complexidades que gerem custos de conformidade, que é uma das questões que essa reforma ataca.

O texto que temos atualmente descaracteriza, na sua avaliação, os pilares da proposta da reforma econômica? Há muito tempo a indústria vinha pleiteando uma reforma.

Com esse capítulo das exceções e complexidade merecendo enorme atenção, alguns pontos clássicos da implementação do IVA seguem sendo muito positivos, como a não cumulatividade, a tributação no destino, a restituição centralizada. Tem muitas coisas positivas. E tem o cenário político. Precisamos respeitar o processo legislativo, mas desejando genuinamente que haja o menor número de exceções e a menor complexidade.

O aumento no número de exceções pode levar a um aumento na alíquota geral. Que leitura o sr. tem feito sobre a alíquota em discussão, que segundo cálculos do governo ficaria próxima a 27,5%?

A questão da não cumulatividade, da cobrança no destino, da devolução dos créditos de forma recorrente e paulatina e a maior simplicidade do sistema em relação ao atual — ou seja, menor custo e menor risco de não se estar conforme — é muito positiva. E é isso que faz com que as estimativas digam que reforma traz crescimento do PIB agregado.

Acho que há um consenso de que se está mantendo a carga tributária. O agregado da arrecadação está mantido. Por isso que usei antes a expressão isonomia. A alíquota média representará a mesma carga tributária dos últimos dez anos, mas se alguns pagarem muito pouco, outros pagarão mais. Mais do que alíquota, o conceito chave é a isonomia e a lógica da não regressividade tributária, que está muito mais em ideias como cashback. É uma forma de trabalhar com isonomia e contemplar questões sociais mediante solução específica.

A questão da cesta básica, por exemplo. Se você incluir um item de consumo amplo e irrestrito, você estará fazendo benefício regressivo, porque, no fim do dia, aqueles com maior renda vão acabar consumindo mais daquele item, auferindo beneficio tributário, que gera diferença na arrecadação. O conceito, mais do que se a alíquota é X, Y ou Z, deve ser o de que se trabalha com a mesma carga tributária e se aplica isonomia.

O plenário do Senado votará nesta quarta-feira (08) a Reforma Tributária. FOTO:WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Wilton Junior

Ainda é possível evitar essas distorções?

Claro que ideia de revisar exceções a cada quatro ou cinco anos pode ajudar, mas seria melhor partir com o menor número de exceções possíveis e que pudesse haver revisão, mais para frente, se um erro for cometido. A reforma tributária é fundamental, é muito importante, e tem essas complexidades do seu processo legislativo que é natural de um tema que abarca toda a sociedade e todas as atividades econômicas.

Então, o sr. concorda com a visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a reforma é uma nota 7 ou 7,5, perto de um sistema atual que seria uma nota 2?

Nesse grau, ele tem razão. Não fazer a reforma seria um equívoco muito grave, a meu ver. Fazer a reforma preservando seus conceitos mais importantes e que vão culturalmente desenhar o sistema de forma positiva ao longo do tempo é algo muito valioso. Os eventuais defeitos teremos que, ao longo do tempo, entender melhor, na prática, e vai haver um aprendizado da sociedade e do legislativo.

Qual será o impacto da reforma na economia? E no setor industrial?

Na economia, o impacto será positivo. No setor industrial, se a isonomia for muito distorcida, talvez seja menos positiva. Como a indústria é o lugar de maior tributação e não é onde estarão as maiores exceções — sempre foi proposta da indústria o ambiente isonômico — podemos ter menos impacto do que teríamos com uma reforma mais isonômica. Mas é positivo, para a indústria, a resolução da questão da cumulatividade, da questão da origem e do destino, a diminuição do custo e do risco de performar no sistema atual. É obviamente positivo.

Aprovada a reforma, qual deve ser o novo foco de atenção?

O próximo capítulo imediatamente subsequente que tem de ocorrer no início de 2024 é a legislação infraconstitucional que vai disciplinar o detalhe de tudo que a PEC está tratando. A PEC é o guarda-chuva, mas uma boa lei ordinária pode somar e, se malfeita, obviamente vai diminuir o impacto positivo da reforma. Do que eu entendo, isso é um tema talvez até do primeiro trimestre de 2024. Depois iriamos para a terceira etapa, que são os aspectos de transição.

É fundamental que a reforma tributária seja aprovada neste ano e com o menor número de exceções e complexidades possíveis, defende o empresário do ramo industrial, Dan Ioschpe. De acordo com ele, quanto menos isonômica for a reforma aprovada pelo Senado, menor será o impacto positivo na indústria.

“Podemos ter menos impacto do que teríamos com uma reforma mais isonômica. Mas é positivo, para a indústria, a resolução da questão da cumulatividade, da questão da origem e do destino, a diminuição do custo e do risco de performar no sistema atual. É obviamente positivo”, diz o empresário, em entrevista ao Estadão.

Presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion, fabricante global de rodas e autopeças, ele é também vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e vice-presidente do conselho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

“Claro que ideia de revisar exceções a cada quatro ou cinco anos pode ajudar, mas seria melhor partir com o menor número de exceções possíveis e que pudesse haver revisão, mais para frente, se um erro for cometido”, afirma o empresário.

Leia abaixo a entrevista:

Empresário Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion S/A Foto: Acervo pessoal/divulgação

Qual a avaliação do sr. sobre a reforma tributária que está em votação no Senado?

A reforma é muito importante. Esse é o ponto número um. É fundamental concluir a reforma, de preferência este ano, até pelas eventuais dificuldades políticas de calendários eleitorais mais para frente. Em geral, o primeiro ano de governo é o melhor ano para se fazer reformas significativas. E nós estamos muito próximos. O objetivo número um deve ser concluir a reforma. Dito isso, quanto menos exceções, quanto menos complexidade se inserir na reforma, melhor — seja por exceções que geram distorções na isonomia ou complexidades que gerem custos de conformidade, que é uma das questões que essa reforma ataca.

O texto que temos atualmente descaracteriza, na sua avaliação, os pilares da proposta da reforma econômica? Há muito tempo a indústria vinha pleiteando uma reforma.

Com esse capítulo das exceções e complexidade merecendo enorme atenção, alguns pontos clássicos da implementação do IVA seguem sendo muito positivos, como a não cumulatividade, a tributação no destino, a restituição centralizada. Tem muitas coisas positivas. E tem o cenário político. Precisamos respeitar o processo legislativo, mas desejando genuinamente que haja o menor número de exceções e a menor complexidade.

O aumento no número de exceções pode levar a um aumento na alíquota geral. Que leitura o sr. tem feito sobre a alíquota em discussão, que segundo cálculos do governo ficaria próxima a 27,5%?

A questão da não cumulatividade, da cobrança no destino, da devolução dos créditos de forma recorrente e paulatina e a maior simplicidade do sistema em relação ao atual — ou seja, menor custo e menor risco de não se estar conforme — é muito positiva. E é isso que faz com que as estimativas digam que reforma traz crescimento do PIB agregado.

Acho que há um consenso de que se está mantendo a carga tributária. O agregado da arrecadação está mantido. Por isso que usei antes a expressão isonomia. A alíquota média representará a mesma carga tributária dos últimos dez anos, mas se alguns pagarem muito pouco, outros pagarão mais. Mais do que alíquota, o conceito chave é a isonomia e a lógica da não regressividade tributária, que está muito mais em ideias como cashback. É uma forma de trabalhar com isonomia e contemplar questões sociais mediante solução específica.

A questão da cesta básica, por exemplo. Se você incluir um item de consumo amplo e irrestrito, você estará fazendo benefício regressivo, porque, no fim do dia, aqueles com maior renda vão acabar consumindo mais daquele item, auferindo beneficio tributário, que gera diferença na arrecadação. O conceito, mais do que se a alíquota é X, Y ou Z, deve ser o de que se trabalha com a mesma carga tributária e se aplica isonomia.

O plenário do Senado votará nesta quarta-feira (08) a Reforma Tributária. FOTO:WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Wilton Junior

Ainda é possível evitar essas distorções?

Claro que ideia de revisar exceções a cada quatro ou cinco anos pode ajudar, mas seria melhor partir com o menor número de exceções possíveis e que pudesse haver revisão, mais para frente, se um erro for cometido. A reforma tributária é fundamental, é muito importante, e tem essas complexidades do seu processo legislativo que é natural de um tema que abarca toda a sociedade e todas as atividades econômicas.

Então, o sr. concorda com a visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a reforma é uma nota 7 ou 7,5, perto de um sistema atual que seria uma nota 2?

Nesse grau, ele tem razão. Não fazer a reforma seria um equívoco muito grave, a meu ver. Fazer a reforma preservando seus conceitos mais importantes e que vão culturalmente desenhar o sistema de forma positiva ao longo do tempo é algo muito valioso. Os eventuais defeitos teremos que, ao longo do tempo, entender melhor, na prática, e vai haver um aprendizado da sociedade e do legislativo.

Qual será o impacto da reforma na economia? E no setor industrial?

Na economia, o impacto será positivo. No setor industrial, se a isonomia for muito distorcida, talvez seja menos positiva. Como a indústria é o lugar de maior tributação e não é onde estarão as maiores exceções — sempre foi proposta da indústria o ambiente isonômico — podemos ter menos impacto do que teríamos com uma reforma mais isonômica. Mas é positivo, para a indústria, a resolução da questão da cumulatividade, da questão da origem e do destino, a diminuição do custo e do risco de performar no sistema atual. É obviamente positivo.

Aprovada a reforma, qual deve ser o novo foco de atenção?

O próximo capítulo imediatamente subsequente que tem de ocorrer no início de 2024 é a legislação infraconstitucional que vai disciplinar o detalhe de tudo que a PEC está tratando. A PEC é o guarda-chuva, mas uma boa lei ordinária pode somar e, se malfeita, obviamente vai diminuir o impacto positivo da reforma. Do que eu entendo, isso é um tema talvez até do primeiro trimestre de 2024. Depois iriamos para a terceira etapa, que são os aspectos de transição.

Entrevista por Beatriz Bulla

Repórter que cobre o poder -- economia, política e internacional. Trabalha hoje em São Paulo. Já passou por Brasília e foi correspondente em Washington (EUA). Formada em jornalismo e em direito, foi também pesquisadora visitante na Universidade Columbia, em Nova York.

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