BC contribui para alta do dólar ao falar que não vai intervir, diz Goldenstein, da Warren


Segundo estrategista-chefe da gestora de investimentos, declarações de Lula eliminam esforço do Banco Central de reconquistar credibilidade após unanimidade pela manutenção da Selic em 10,50%

Por Renata Pedini
Foto: Fernando Nectoux/Divulgação/Warren Rena
Entrevista comSérgio GoldensteinEstrategista-chefe da Warren Investimentos

A escalada do dólar até R$ 5,59 no pico da sessão desta sexta-feira, 28, decorre da combinação dos temores em torno do cenário fiscal e da falta de disposição do governo para adotar qualquer medida de contenção de despesa com um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em prol de um Banco Central menos autônomo, diz o estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein.

Segundo ele, o real foi contaminado pela desvalorização do peso mexicano dias atrás, mas a piora recente está atrelada às declarações do presidente Lula, que eliminam o esforço do Banco Central de reconquista de credibilidade, perdida no dissenso do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que começou a ser restaurada com a unanimidade pela manutenção da Selic em 10,50% na semana passada.

Ao mesmo tempo, Goldenstein afirma que o Banco Central errou ao falar de câmbio nos últimos dias, vê um “overshooting” no câmbio e defende uma intervenção para mitigar a espiral negativa.

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Leia abaixo os principais trechos da entrevista ao Estadão/Broadcast.

Qual a explicação para o comportamento do dólar ante o real?

Houve uma contaminação vinda do México, com o resultado das eleições, e um movimento de desalocação em emergentes, em especial na América Latina. Foi um fator importante para esse movimento de saída do câmbio de R$ 5,10 para o patamar de R$ 5,55. Em um mês, por exemplo, o peso mexicano depreciou mais de 8%. Junto disso, na margem, inclusive hoje, observamos que, na semana, os fatores domésticos estão pesando. É a segunda semana consecutiva que o real é a pior moeda emergente.

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Dólar chegou a um pico de R$ 5,59 na tarde desta sexta-feira, 28 Foto: JF DIORIO / ESTADÃO

Os fatores domésticos são as declarações do presidente Lula?

Primeiro, na parte monetária, o Banco Central acabou de fazer um esforço grande para reconquistar a credibilidade, com a decisão do Copom unânime pela estabilidade. Também foi bem recebido o decreto da meta contínua, em linha com as melhores práticas, mas quando ele volta a criticar o BC, dizendo que isso vai mudar, quando nomear o novo presidente, ele elimina todo esse esforço de reconquista de credibilidade do BC.

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Ele criticou a Selic em 10,50% ao ano...

Sim, dando a entender que seria um BC sujeito à pressão política. De forma isolada, Copom e decreto da meta foram medidas para mostrar credibilidade, que deveriam levar inclusive a uma queda das expectativas de inflação, mas o mercado fica com essa desconfiança enorme com relação ao comportamento futuro do BC, nomes que vão ser indicados e como vão se comportar com essa nova composição.

E a questão fiscal?

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É o segundo ponto. Em todas as declarações você percebe um enorme desconforto do presidente Lula em adotar qualquer medida de contenção de despesas. Dado que nosso quadro fiscal é ruim, porque projeções mostram trajetória ascendente da relação da dívida/PIB, que o arcabouço não vai se manter em pé porque em alguns anos você vai fechar todo o espaço para despesas discricionárias, e o temor com relação a se a meta para 2024 vai ser mantida ou não e se o governo vai fazer contingenciamentos. Uma junção dos temores fiscais e falta de disposição do governo para adotar qualquer medida de contenção de despesa, só contando com receita, com discurso em prol de um BC menos autônomo leva a essa performance relativa pior dos ativos domésticos. Há fluxo cambial positivo, com entrada no ano na casa de US$ 10,5 bilhões, líquida, mas se faz hedge e desmonta posição otimista em Brasil por toda essa incerteza com a condução da política econômica.

Mas no câmbio há uma espiral negativa. Por quê?

Mesmo quando o BC não tem a intenção de intervir no câmbio, ele nunca deve comentar isso. Ele está fazendo o oposto, de forma reiterada atribuindo todo o movimento do câmbio ao prêmio de risco, o que não é verdade, porque parte importante foi a contaminação do México. E quando ele fala que não vai intervir, ele dá mais conforto a quem está comprado em dólar e desconforto para quem não está hedgeado (protegido de variações cambiais) ou está vendido em dólar. Vem negando a possibilidade de intervir para mitigar essa volatilidade. O real acabou entrando numa espiral negativa que se retroalimenta.

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O BC deveria intervir?

Nas últimas semanas, vem sendo a pior moeda, num movimento unidirecional, e nesses casos sim. Não é que o BC tem que entrar para determinar um nível de taxa de câmbio, mas para ajudar a quebrar essa espiral negativa. Se intervém, de forma discricionária, sem comentar o que pode fazer à frente, coloca risco para quem está comprado. O que está acontecendo no período recente é um descolamento do real com relação ao conjunto de moedas emergentes. Uma parcela da depreciação do real é fundamentada, sim, por causa de ruídos, da parte monetária e fiscal, de prêmio de riscos. Mas há um overshooting da moeda. O movimento não é consistente com a solidez das contas externas do País. E que entrou numa espiral que está se retroalimentando. Seria natural o BC eventualmente atuar, para mitigar volatilidade, e isso deixaria o mercado menos unidirecional e poderia conter essa espiral negativa. O BC erra quando fala que não vai intervir e atribui integralmente a queda do real ao prêmio de risco. Faria, sim, sentido o BC atuar via swap, de forma esporádica, para colocar essa espada no mercado. Quando fala que não vai intervir, acaba até contribuindo para depreciação adicional da moeda.

Contamina o mercado de juros e as expectativas...

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Na medida que o dólar não para de subir, isso vai se traduzir em aumento das projeções de inflação e gerar uma chance maior de contaminar as expectativas de inflação na pesquisa Focus. O que está precificado na curva é um aumento de 75 pontos-base (0,75 ponto porcentual) da Selic este ano (hoje em 10,50% ao ano). É muita coisa. Não há uma inflação fora do controle no País que justifique. A Selic ainda está contracionista. Observamos uma Selic no próximo ano entre 12,25% e 12,50%, efeito de contaminação. Enquanto o mercado de câmbio não acalmar, o de juros não vai acalmar. O principal ponto é que o governo faça algo no sentido de contenção de despesas. É muito importante que dê um sinal positivo do lado fiscal. Seria o principal “trigger” para acalmar os mercados. Até agora não veio nada.

A escalada do dólar até R$ 5,59 no pico da sessão desta sexta-feira, 28, decorre da combinação dos temores em torno do cenário fiscal e da falta de disposição do governo para adotar qualquer medida de contenção de despesa com um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em prol de um Banco Central menos autônomo, diz o estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein.

Segundo ele, o real foi contaminado pela desvalorização do peso mexicano dias atrás, mas a piora recente está atrelada às declarações do presidente Lula, que eliminam o esforço do Banco Central de reconquista de credibilidade, perdida no dissenso do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que começou a ser restaurada com a unanimidade pela manutenção da Selic em 10,50% na semana passada.

Ao mesmo tempo, Goldenstein afirma que o Banco Central errou ao falar de câmbio nos últimos dias, vê um “overshooting” no câmbio e defende uma intervenção para mitigar a espiral negativa.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista ao Estadão/Broadcast.

Qual a explicação para o comportamento do dólar ante o real?

Houve uma contaminação vinda do México, com o resultado das eleições, e um movimento de desalocação em emergentes, em especial na América Latina. Foi um fator importante para esse movimento de saída do câmbio de R$ 5,10 para o patamar de R$ 5,55. Em um mês, por exemplo, o peso mexicano depreciou mais de 8%. Junto disso, na margem, inclusive hoje, observamos que, na semana, os fatores domésticos estão pesando. É a segunda semana consecutiva que o real é a pior moeda emergente.

Dólar chegou a um pico de R$ 5,59 na tarde desta sexta-feira, 28 Foto: JF DIORIO / ESTADÃO

Os fatores domésticos são as declarações do presidente Lula?

Primeiro, na parte monetária, o Banco Central acabou de fazer um esforço grande para reconquistar a credibilidade, com a decisão do Copom unânime pela estabilidade. Também foi bem recebido o decreto da meta contínua, em linha com as melhores práticas, mas quando ele volta a criticar o BC, dizendo que isso vai mudar, quando nomear o novo presidente, ele elimina todo esse esforço de reconquista de credibilidade do BC.

Ele criticou a Selic em 10,50% ao ano...

Sim, dando a entender que seria um BC sujeito à pressão política. De forma isolada, Copom e decreto da meta foram medidas para mostrar credibilidade, que deveriam levar inclusive a uma queda das expectativas de inflação, mas o mercado fica com essa desconfiança enorme com relação ao comportamento futuro do BC, nomes que vão ser indicados e como vão se comportar com essa nova composição.

E a questão fiscal?

É o segundo ponto. Em todas as declarações você percebe um enorme desconforto do presidente Lula em adotar qualquer medida de contenção de despesas. Dado que nosso quadro fiscal é ruim, porque projeções mostram trajetória ascendente da relação da dívida/PIB, que o arcabouço não vai se manter em pé porque em alguns anos você vai fechar todo o espaço para despesas discricionárias, e o temor com relação a se a meta para 2024 vai ser mantida ou não e se o governo vai fazer contingenciamentos. Uma junção dos temores fiscais e falta de disposição do governo para adotar qualquer medida de contenção de despesa, só contando com receita, com discurso em prol de um BC menos autônomo leva a essa performance relativa pior dos ativos domésticos. Há fluxo cambial positivo, com entrada no ano na casa de US$ 10,5 bilhões, líquida, mas se faz hedge e desmonta posição otimista em Brasil por toda essa incerteza com a condução da política econômica.

Mas no câmbio há uma espiral negativa. Por quê?

Mesmo quando o BC não tem a intenção de intervir no câmbio, ele nunca deve comentar isso. Ele está fazendo o oposto, de forma reiterada atribuindo todo o movimento do câmbio ao prêmio de risco, o que não é verdade, porque parte importante foi a contaminação do México. E quando ele fala que não vai intervir, ele dá mais conforto a quem está comprado em dólar e desconforto para quem não está hedgeado (protegido de variações cambiais) ou está vendido em dólar. Vem negando a possibilidade de intervir para mitigar essa volatilidade. O real acabou entrando numa espiral negativa que se retroalimenta.

O BC deveria intervir?

Nas últimas semanas, vem sendo a pior moeda, num movimento unidirecional, e nesses casos sim. Não é que o BC tem que entrar para determinar um nível de taxa de câmbio, mas para ajudar a quebrar essa espiral negativa. Se intervém, de forma discricionária, sem comentar o que pode fazer à frente, coloca risco para quem está comprado. O que está acontecendo no período recente é um descolamento do real com relação ao conjunto de moedas emergentes. Uma parcela da depreciação do real é fundamentada, sim, por causa de ruídos, da parte monetária e fiscal, de prêmio de riscos. Mas há um overshooting da moeda. O movimento não é consistente com a solidez das contas externas do País. E que entrou numa espiral que está se retroalimentando. Seria natural o BC eventualmente atuar, para mitigar volatilidade, e isso deixaria o mercado menos unidirecional e poderia conter essa espiral negativa. O BC erra quando fala que não vai intervir e atribui integralmente a queda do real ao prêmio de risco. Faria, sim, sentido o BC atuar via swap, de forma esporádica, para colocar essa espada no mercado. Quando fala que não vai intervir, acaba até contribuindo para depreciação adicional da moeda.

Contamina o mercado de juros e as expectativas...

Na medida que o dólar não para de subir, isso vai se traduzir em aumento das projeções de inflação e gerar uma chance maior de contaminar as expectativas de inflação na pesquisa Focus. O que está precificado na curva é um aumento de 75 pontos-base (0,75 ponto porcentual) da Selic este ano (hoje em 10,50% ao ano). É muita coisa. Não há uma inflação fora do controle no País que justifique. A Selic ainda está contracionista. Observamos uma Selic no próximo ano entre 12,25% e 12,50%, efeito de contaminação. Enquanto o mercado de câmbio não acalmar, o de juros não vai acalmar. O principal ponto é que o governo faça algo no sentido de contenção de despesas. É muito importante que dê um sinal positivo do lado fiscal. Seria o principal “trigger” para acalmar os mercados. Até agora não veio nada.

A escalada do dólar até R$ 5,59 no pico da sessão desta sexta-feira, 28, decorre da combinação dos temores em torno do cenário fiscal e da falta de disposição do governo para adotar qualquer medida de contenção de despesa com um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em prol de um Banco Central menos autônomo, diz o estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein.

Segundo ele, o real foi contaminado pela desvalorização do peso mexicano dias atrás, mas a piora recente está atrelada às declarações do presidente Lula, que eliminam o esforço do Banco Central de reconquista de credibilidade, perdida no dissenso do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que começou a ser restaurada com a unanimidade pela manutenção da Selic em 10,50% na semana passada.

Ao mesmo tempo, Goldenstein afirma que o Banco Central errou ao falar de câmbio nos últimos dias, vê um “overshooting” no câmbio e defende uma intervenção para mitigar a espiral negativa.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista ao Estadão/Broadcast.

Qual a explicação para o comportamento do dólar ante o real?

Houve uma contaminação vinda do México, com o resultado das eleições, e um movimento de desalocação em emergentes, em especial na América Latina. Foi um fator importante para esse movimento de saída do câmbio de R$ 5,10 para o patamar de R$ 5,55. Em um mês, por exemplo, o peso mexicano depreciou mais de 8%. Junto disso, na margem, inclusive hoje, observamos que, na semana, os fatores domésticos estão pesando. É a segunda semana consecutiva que o real é a pior moeda emergente.

Dólar chegou a um pico de R$ 5,59 na tarde desta sexta-feira, 28 Foto: JF DIORIO / ESTADÃO

Os fatores domésticos são as declarações do presidente Lula?

Primeiro, na parte monetária, o Banco Central acabou de fazer um esforço grande para reconquistar a credibilidade, com a decisão do Copom unânime pela estabilidade. Também foi bem recebido o decreto da meta contínua, em linha com as melhores práticas, mas quando ele volta a criticar o BC, dizendo que isso vai mudar, quando nomear o novo presidente, ele elimina todo esse esforço de reconquista de credibilidade do BC.

Ele criticou a Selic em 10,50% ao ano...

Sim, dando a entender que seria um BC sujeito à pressão política. De forma isolada, Copom e decreto da meta foram medidas para mostrar credibilidade, que deveriam levar inclusive a uma queda das expectativas de inflação, mas o mercado fica com essa desconfiança enorme com relação ao comportamento futuro do BC, nomes que vão ser indicados e como vão se comportar com essa nova composição.

E a questão fiscal?

É o segundo ponto. Em todas as declarações você percebe um enorme desconforto do presidente Lula em adotar qualquer medida de contenção de despesas. Dado que nosso quadro fiscal é ruim, porque projeções mostram trajetória ascendente da relação da dívida/PIB, que o arcabouço não vai se manter em pé porque em alguns anos você vai fechar todo o espaço para despesas discricionárias, e o temor com relação a se a meta para 2024 vai ser mantida ou não e se o governo vai fazer contingenciamentos. Uma junção dos temores fiscais e falta de disposição do governo para adotar qualquer medida de contenção de despesa, só contando com receita, com discurso em prol de um BC menos autônomo leva a essa performance relativa pior dos ativos domésticos. Há fluxo cambial positivo, com entrada no ano na casa de US$ 10,5 bilhões, líquida, mas se faz hedge e desmonta posição otimista em Brasil por toda essa incerteza com a condução da política econômica.

Mas no câmbio há uma espiral negativa. Por quê?

Mesmo quando o BC não tem a intenção de intervir no câmbio, ele nunca deve comentar isso. Ele está fazendo o oposto, de forma reiterada atribuindo todo o movimento do câmbio ao prêmio de risco, o que não é verdade, porque parte importante foi a contaminação do México. E quando ele fala que não vai intervir, ele dá mais conforto a quem está comprado em dólar e desconforto para quem não está hedgeado (protegido de variações cambiais) ou está vendido em dólar. Vem negando a possibilidade de intervir para mitigar essa volatilidade. O real acabou entrando numa espiral negativa que se retroalimenta.

O BC deveria intervir?

Nas últimas semanas, vem sendo a pior moeda, num movimento unidirecional, e nesses casos sim. Não é que o BC tem que entrar para determinar um nível de taxa de câmbio, mas para ajudar a quebrar essa espiral negativa. Se intervém, de forma discricionária, sem comentar o que pode fazer à frente, coloca risco para quem está comprado. O que está acontecendo no período recente é um descolamento do real com relação ao conjunto de moedas emergentes. Uma parcela da depreciação do real é fundamentada, sim, por causa de ruídos, da parte monetária e fiscal, de prêmio de riscos. Mas há um overshooting da moeda. O movimento não é consistente com a solidez das contas externas do País. E que entrou numa espiral que está se retroalimentando. Seria natural o BC eventualmente atuar, para mitigar volatilidade, e isso deixaria o mercado menos unidirecional e poderia conter essa espiral negativa. O BC erra quando fala que não vai intervir e atribui integralmente a queda do real ao prêmio de risco. Faria, sim, sentido o BC atuar via swap, de forma esporádica, para colocar essa espada no mercado. Quando fala que não vai intervir, acaba até contribuindo para depreciação adicional da moeda.

Contamina o mercado de juros e as expectativas...

Na medida que o dólar não para de subir, isso vai se traduzir em aumento das projeções de inflação e gerar uma chance maior de contaminar as expectativas de inflação na pesquisa Focus. O que está precificado na curva é um aumento de 75 pontos-base (0,75 ponto porcentual) da Selic este ano (hoje em 10,50% ao ano). É muita coisa. Não há uma inflação fora do controle no País que justifique. A Selic ainda está contracionista. Observamos uma Selic no próximo ano entre 12,25% e 12,50%, efeito de contaminação. Enquanto o mercado de câmbio não acalmar, o de juros não vai acalmar. O principal ponto é que o governo faça algo no sentido de contenção de despesas. É muito importante que dê um sinal positivo do lado fiscal. Seria o principal “trigger” para acalmar os mercados. Até agora não veio nada.

Entrevista por Renata Pedini

Renata Pedini é editora de Macroeconomia e Mercados do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, e colunista da Rádio Eldorado. Foi produtora e chefe de reportagem na Rádio CBN. Formada pela PUC-SP, cursou o MBA em Derivativos e informações econômico-financeiras da FIA e o Master em Jornalismo Econômico IICS.

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