‘Estou quase a ponto de dizer que o Brics acabou’, diz economista que batizou o bloco


Economista Jim O’Neill afirma não ver sentido na escolha dos novos membros do grupo, chama ideia de oposição ao G7 de ‘estúpida’ e volta a dizer que Brasil ‘padece da maldição das commodities’

Por Cristiane Barbieri
Atualização:
Foto: Andy Hall/the Observer
Entrevista comJim O’NeillEx-economista do Goldman Sachs

Criador há cerca de 20 anos do acrônimo BRIC, que juntava as iniciais de países grandes em extensão territorial, população e potencial de liderar o crescimento global, o ex-economista do Goldman Sachs Jim O’Neill diz estar “quase a ponto de dizer que o Brics acabou”. O “quase” só não caiu da frase porque O’Neill diz, rindo, que é “seu acrônimo”, mas que o bloco, agora, não faz muito sentido.

Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo incorporou posteriormente a África do Sul, que não entrava nos conceitos iniciais. Agora, acaba de adotar mais seis membros: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.

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O’Neill diz não ver sentido na escolha dos países e que a entrada do Irã, pelo histórico de conflito com o Ocidente, pode trazer problemas ao bloco. Para ele, as adesões deixaram qualquer consenso entre 11 países bem mais difícil. Elas também não trarão qualquer benefício ao grupo.

Para o economista Jim O'Neill, líderes brasileiros fizeram coisas grandiosas nas últimas décadas, mas nunca conseguiram entregar totalmente as promessas Foto: Andy Hall/the Observer

Professor honorário de economia da Universidade de Manchester, ele se diz surpreso com o fato de o Brasil ter aceitado as novas adesões, já que elas diminuem a relevância do País no grupo. “Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics”, diz ele.

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A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o sr. vê a entrada dos novos países ao Brics?

Estou um pouco atordoado. Não tenho certeza sobre o racional que foi usado. Este ano, escrevi um trabalho bem detalhado, quase acadêmico, com sugestões de que essa inclusão deveria ser feita com critérios bastante transparentes. Se olharmos para os novos países, não é óbvio o que eles têm efetivamente, seja de maneira individual ou para adicionar ao grupo. E, mais importante: por que esses países e não outros? No contexto da América Latina: por que a Argentina e não o México? Por que a Etiópia e não a Nigéria? Particularmente por causa do Irã, parece que o simbolismo do Brics está ficando mais e mais sem sentido. Porque obviamente olhando o status do Irã com relação ao Ocidente é uma situação bastante problemática. Para mim, está muito, mas muito distante mesmo, dos princípios econômicos que eu pensei, 20 anos atrás.

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Mas o sr. vê algum benefício nessa entrada? Os países falam em liderar uma nova força econômica que inclua os países associados…

Não. Desde que a visão política dos Brics começou, em 2010, os países foram muito ineficazes em atingir qualquer meta — e agora será ainda mais difícil. Estou surpreso de que o Brasil tenha concordado com isso porque provavelmente diminui a própria relevância do País no grupo. O fato de a Arábia Saudita fazer parte é interessante, mas não acho que faz muito sentido.

Haverá prejuízos para os países, como um eventual aumento de endividamento por causa do banco dos Brics?

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Em primeiro lugar, tirando a Arábia Saudita, nenhum desses outros cinco países é particularmente grande. Eles não estão se expandindo globalmente. Depois, para o banco dos Brics será bastante complicado porque já houve uma grande perda com a questão da Rússia (na guerra contra a Ucrânia). Há ainda a posição muito, muito difícil, das relações dos países ocidentais com o Irã, que pode causar problemas futuros politicamente. Em adição, há ainda países no Brics que não estão no G20 (o que deixa o cenário mais confuso).

Como criador do acrônimo, o sr. se sente como um pai de um filho que não deu muito certo?

Estou quase a ponto de dizer que o Brics acabou. O bloco está cada vez mais distante dos princípios que embasaram a teoria. Os Emirados Árabes Unidos têm uma população muito pequena. Eles têm petróleo, mas qual é o racional para ter esse país no bloco? Por outro lado, a Nigéria já é maior do que a África do Sul. Se fosse para trazer outro país do continente, por que a Etiópia e não a Nigéria? Por outro lado, se fosse para olhar todos os países por legítimo direito (de acordo com a teoria por trás do acrônimo), por que não a Indonésia? Ela já é uma das 20 maiores economias do mundo e tem grandes chances de, em 2050, ser maior do que o Brasil e a Rússia. Eu realmente não entendo o que estão tentando fazer. Quase por definição, ter 11 países, em vez de cinco, deixa cada vez mais e mais difícil de se concordar com qualquer coisa.

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O sr. disse que está ‘quase’ dizendo que os Brics acabaram. O que falta para o ‘quase’ cair?

Obviamente porque é meu acrônimo (rindo). Mas em termos de lógica, não faz sentido.

O Brasil deve persistir no Brics?

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Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics. A ideia dessa oposição entre o G7 e o Brics é estúpida e eu diria que seria mais interessante tentar fortemente se inspirar no que a Índia fez com muito sucesso em relação ao Ocidente.

Entre os países do Brics, a Índia está sendo o mais bem-sucedida neste momento?

Sem dúvida. Durante esta década, a Índia terá o crescimento mais forte entre os Brics e, em 2030, provavelmente estará próxima a ultrapassar o Japão e a Alemanha. Já a China está enfrentando uma série de problemas e tenho preocupações em relação a eles pela primeira vez, em muitos anos. A China deveria priorizar o crescimento ao se engajar com a atual ordem global, em vez de criar uma ordem global alternativa, que não é muito sensato.

Mas a Índia deveria ser uma inspiração para o Brasil?

De certa maneira, sim. Digo há muitos anos que o Brasil precisa, de alguma maneira, reduzir sua dependência de commodities. O Brasil padece da maldição das commodities. Aumentar o papel da tecnologia e dos produtos que não sejam commodities seria o caminho que eu buscaria, caso liderasse o País.

O Brasil é um dos poucos países que está passando pela aprovação de reformas estruturais. Isso pode ajudar nesse sentido?

Como tudo no Brasil, dependerá de quão sério e comprometidos os formuladores de políticas estão. No decorrer dos últimos 22 anos, os líderes brasileiros, num último sentido, fizeram coisas grandiosas, mas nunca conseguiram entregar totalmente as promessas.

Criador há cerca de 20 anos do acrônimo BRIC, que juntava as iniciais de países grandes em extensão territorial, população e potencial de liderar o crescimento global, o ex-economista do Goldman Sachs Jim O’Neill diz estar “quase a ponto de dizer que o Brics acabou”. O “quase” só não caiu da frase porque O’Neill diz, rindo, que é “seu acrônimo”, mas que o bloco, agora, não faz muito sentido.

Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo incorporou posteriormente a África do Sul, que não entrava nos conceitos iniciais. Agora, acaba de adotar mais seis membros: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.

O’Neill diz não ver sentido na escolha dos países e que a entrada do Irã, pelo histórico de conflito com o Ocidente, pode trazer problemas ao bloco. Para ele, as adesões deixaram qualquer consenso entre 11 países bem mais difícil. Elas também não trarão qualquer benefício ao grupo.

Para o economista Jim O'Neill, líderes brasileiros fizeram coisas grandiosas nas últimas décadas, mas nunca conseguiram entregar totalmente as promessas Foto: Andy Hall/the Observer

Professor honorário de economia da Universidade de Manchester, ele se diz surpreso com o fato de o Brasil ter aceitado as novas adesões, já que elas diminuem a relevância do País no grupo. “Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics”, diz ele.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o sr. vê a entrada dos novos países ao Brics?

Estou um pouco atordoado. Não tenho certeza sobre o racional que foi usado. Este ano, escrevi um trabalho bem detalhado, quase acadêmico, com sugestões de que essa inclusão deveria ser feita com critérios bastante transparentes. Se olharmos para os novos países, não é óbvio o que eles têm efetivamente, seja de maneira individual ou para adicionar ao grupo. E, mais importante: por que esses países e não outros? No contexto da América Latina: por que a Argentina e não o México? Por que a Etiópia e não a Nigéria? Particularmente por causa do Irã, parece que o simbolismo do Brics está ficando mais e mais sem sentido. Porque obviamente olhando o status do Irã com relação ao Ocidente é uma situação bastante problemática. Para mim, está muito, mas muito distante mesmo, dos princípios econômicos que eu pensei, 20 anos atrás.

Mas o sr. vê algum benefício nessa entrada? Os países falam em liderar uma nova força econômica que inclua os países associados…

Não. Desde que a visão política dos Brics começou, em 2010, os países foram muito ineficazes em atingir qualquer meta — e agora será ainda mais difícil. Estou surpreso de que o Brasil tenha concordado com isso porque provavelmente diminui a própria relevância do País no grupo. O fato de a Arábia Saudita fazer parte é interessante, mas não acho que faz muito sentido.

Haverá prejuízos para os países, como um eventual aumento de endividamento por causa do banco dos Brics?

Em primeiro lugar, tirando a Arábia Saudita, nenhum desses outros cinco países é particularmente grande. Eles não estão se expandindo globalmente. Depois, para o banco dos Brics será bastante complicado porque já houve uma grande perda com a questão da Rússia (na guerra contra a Ucrânia). Há ainda a posição muito, muito difícil, das relações dos países ocidentais com o Irã, que pode causar problemas futuros politicamente. Em adição, há ainda países no Brics que não estão no G20 (o que deixa o cenário mais confuso).

Como criador do acrônimo, o sr. se sente como um pai de um filho que não deu muito certo?

Estou quase a ponto de dizer que o Brics acabou. O bloco está cada vez mais distante dos princípios que embasaram a teoria. Os Emirados Árabes Unidos têm uma população muito pequena. Eles têm petróleo, mas qual é o racional para ter esse país no bloco? Por outro lado, a Nigéria já é maior do que a África do Sul. Se fosse para trazer outro país do continente, por que a Etiópia e não a Nigéria? Por outro lado, se fosse para olhar todos os países por legítimo direito (de acordo com a teoria por trás do acrônimo), por que não a Indonésia? Ela já é uma das 20 maiores economias do mundo e tem grandes chances de, em 2050, ser maior do que o Brasil e a Rússia. Eu realmente não entendo o que estão tentando fazer. Quase por definição, ter 11 países, em vez de cinco, deixa cada vez mais e mais difícil de se concordar com qualquer coisa.

O sr. disse que está ‘quase’ dizendo que os Brics acabaram. O que falta para o ‘quase’ cair?

Obviamente porque é meu acrônimo (rindo). Mas em termos de lógica, não faz sentido.

O Brasil deve persistir no Brics?

Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics. A ideia dessa oposição entre o G7 e o Brics é estúpida e eu diria que seria mais interessante tentar fortemente se inspirar no que a Índia fez com muito sucesso em relação ao Ocidente.

Entre os países do Brics, a Índia está sendo o mais bem-sucedida neste momento?

Sem dúvida. Durante esta década, a Índia terá o crescimento mais forte entre os Brics e, em 2030, provavelmente estará próxima a ultrapassar o Japão e a Alemanha. Já a China está enfrentando uma série de problemas e tenho preocupações em relação a eles pela primeira vez, em muitos anos. A China deveria priorizar o crescimento ao se engajar com a atual ordem global, em vez de criar uma ordem global alternativa, que não é muito sensato.

Mas a Índia deveria ser uma inspiração para o Brasil?

De certa maneira, sim. Digo há muitos anos que o Brasil precisa, de alguma maneira, reduzir sua dependência de commodities. O Brasil padece da maldição das commodities. Aumentar o papel da tecnologia e dos produtos que não sejam commodities seria o caminho que eu buscaria, caso liderasse o País.

O Brasil é um dos poucos países que está passando pela aprovação de reformas estruturais. Isso pode ajudar nesse sentido?

Como tudo no Brasil, dependerá de quão sério e comprometidos os formuladores de políticas estão. No decorrer dos últimos 22 anos, os líderes brasileiros, num último sentido, fizeram coisas grandiosas, mas nunca conseguiram entregar totalmente as promessas.

Criador há cerca de 20 anos do acrônimo BRIC, que juntava as iniciais de países grandes em extensão territorial, população e potencial de liderar o crescimento global, o ex-economista do Goldman Sachs Jim O’Neill diz estar “quase a ponto de dizer que o Brics acabou”. O “quase” só não caiu da frase porque O’Neill diz, rindo, que é “seu acrônimo”, mas que o bloco, agora, não faz muito sentido.

Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo incorporou posteriormente a África do Sul, que não entrava nos conceitos iniciais. Agora, acaba de adotar mais seis membros: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.

O’Neill diz não ver sentido na escolha dos países e que a entrada do Irã, pelo histórico de conflito com o Ocidente, pode trazer problemas ao bloco. Para ele, as adesões deixaram qualquer consenso entre 11 países bem mais difícil. Elas também não trarão qualquer benefício ao grupo.

Para o economista Jim O'Neill, líderes brasileiros fizeram coisas grandiosas nas últimas décadas, mas nunca conseguiram entregar totalmente as promessas Foto: Andy Hall/the Observer

Professor honorário de economia da Universidade de Manchester, ele se diz surpreso com o fato de o Brasil ter aceitado as novas adesões, já que elas diminuem a relevância do País no grupo. “Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics”, diz ele.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o sr. vê a entrada dos novos países ao Brics?

Estou um pouco atordoado. Não tenho certeza sobre o racional que foi usado. Este ano, escrevi um trabalho bem detalhado, quase acadêmico, com sugestões de que essa inclusão deveria ser feita com critérios bastante transparentes. Se olharmos para os novos países, não é óbvio o que eles têm efetivamente, seja de maneira individual ou para adicionar ao grupo. E, mais importante: por que esses países e não outros? No contexto da América Latina: por que a Argentina e não o México? Por que a Etiópia e não a Nigéria? Particularmente por causa do Irã, parece que o simbolismo do Brics está ficando mais e mais sem sentido. Porque obviamente olhando o status do Irã com relação ao Ocidente é uma situação bastante problemática. Para mim, está muito, mas muito distante mesmo, dos princípios econômicos que eu pensei, 20 anos atrás.

Mas o sr. vê algum benefício nessa entrada? Os países falam em liderar uma nova força econômica que inclua os países associados…

Não. Desde que a visão política dos Brics começou, em 2010, os países foram muito ineficazes em atingir qualquer meta — e agora será ainda mais difícil. Estou surpreso de que o Brasil tenha concordado com isso porque provavelmente diminui a própria relevância do País no grupo. O fato de a Arábia Saudita fazer parte é interessante, mas não acho que faz muito sentido.

Haverá prejuízos para os países, como um eventual aumento de endividamento por causa do banco dos Brics?

Em primeiro lugar, tirando a Arábia Saudita, nenhum desses outros cinco países é particularmente grande. Eles não estão se expandindo globalmente. Depois, para o banco dos Brics será bastante complicado porque já houve uma grande perda com a questão da Rússia (na guerra contra a Ucrânia). Há ainda a posição muito, muito difícil, das relações dos países ocidentais com o Irã, que pode causar problemas futuros politicamente. Em adição, há ainda países no Brics que não estão no G20 (o que deixa o cenário mais confuso).

Como criador do acrônimo, o sr. se sente como um pai de um filho que não deu muito certo?

Estou quase a ponto de dizer que o Brics acabou. O bloco está cada vez mais distante dos princípios que embasaram a teoria. Os Emirados Árabes Unidos têm uma população muito pequena. Eles têm petróleo, mas qual é o racional para ter esse país no bloco? Por outro lado, a Nigéria já é maior do que a África do Sul. Se fosse para trazer outro país do continente, por que a Etiópia e não a Nigéria? Por outro lado, se fosse para olhar todos os países por legítimo direito (de acordo com a teoria por trás do acrônimo), por que não a Indonésia? Ela já é uma das 20 maiores economias do mundo e tem grandes chances de, em 2050, ser maior do que o Brasil e a Rússia. Eu realmente não entendo o que estão tentando fazer. Quase por definição, ter 11 países, em vez de cinco, deixa cada vez mais e mais difícil de se concordar com qualquer coisa.

O sr. disse que está ‘quase’ dizendo que os Brics acabaram. O que falta para o ‘quase’ cair?

Obviamente porque é meu acrônimo (rindo). Mas em termos de lógica, não faz sentido.

O Brasil deve persistir no Brics?

Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics. A ideia dessa oposição entre o G7 e o Brics é estúpida e eu diria que seria mais interessante tentar fortemente se inspirar no que a Índia fez com muito sucesso em relação ao Ocidente.

Entre os países do Brics, a Índia está sendo o mais bem-sucedida neste momento?

Sem dúvida. Durante esta década, a Índia terá o crescimento mais forte entre os Brics e, em 2030, provavelmente estará próxima a ultrapassar o Japão e a Alemanha. Já a China está enfrentando uma série de problemas e tenho preocupações em relação a eles pela primeira vez, em muitos anos. A China deveria priorizar o crescimento ao se engajar com a atual ordem global, em vez de criar uma ordem global alternativa, que não é muito sensato.

Mas a Índia deveria ser uma inspiração para o Brasil?

De certa maneira, sim. Digo há muitos anos que o Brasil precisa, de alguma maneira, reduzir sua dependência de commodities. O Brasil padece da maldição das commodities. Aumentar o papel da tecnologia e dos produtos que não sejam commodities seria o caminho que eu buscaria, caso liderasse o País.

O Brasil é um dos poucos países que está passando pela aprovação de reformas estruturais. Isso pode ajudar nesse sentido?

Como tudo no Brasil, dependerá de quão sério e comprometidos os formuladores de políticas estão. No decorrer dos últimos 22 anos, os líderes brasileiros, num último sentido, fizeram coisas grandiosas, mas nunca conseguiram entregar totalmente as promessas.

Entrevista por Cristiane Barbieri

Cristiane Barbieri é repórter especial, especializada na cobertura de Economia e Negócios. Venceu os prêmios Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e Citi Journalistic Excellence Award, entre outros. Completou o Citibank Journalistic Excellence Program, na Universidade de Columbia.

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