'Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras', diz ex-presidente da empresa


Em entrevista ao Estadão, Roberto Castello Branco diz que presidente tem conseguido sucesso em suas pressões para segurar os reajustes dos combustíveis

Por José Fucs

O economista Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, rompeu o silêncio nesta terça-feira, 5, em relação ao vazamento de mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp pelo celular corporativo devolvido à empresa, nas quais fala sobre as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de interferir nos preços dos combustíveis durante a sua gestão.

"Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras para não reajustar os preços. Ele mesmo tornou isso público", disse Castello Branco ao Estadão, confirmando o teor das mensagens vazadas. De acordo com Castello Branco, Bolsonaro "tem conseguido, de alguma forma, sucesso com as pressões dele para não ter muitos reajustes". 

'Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras', diz Roberto Castello Branco, ex-presidente da empresa Foto: Wilton Júnior/Estadão
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"Neste ano, ele conseguiu pressionar de tal forma a Petrobras que ela levou dois meses para ajustar preços e aí passaram mais outros dois meses até ser autorizado esse último aumento, no mês passado", afirmou.

Na visão de Castello Branco, o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, não tem muita margem de manobra para mudar a política de preços dos combustíveis, ancorada na paridade com as cotações do mercado internacional."Por enquanto, ele não vai poder fazer nada, porque, para trocar diretores da empresa, precisa do apoio do conselho de administração e o conselho não vai topar", disse. "O Bolsonaro precisa mudar o comando do conselho, para tentar ir com esses preços até a eleição, e isso só deve acontecer dentro de uns 40 dias." 

"Prevaricação"

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Sobre a investigação de um possível crime de "prevaricação" de sua parte, pedida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Castelo Branco disse: "Se eu tivesse prevaricado, teria ficado lá na Petrobras. Eu fui demitido e perseguido pelo presidente, que revelou meu salário, falou que eu não trabalhava, porque estava em home office, e uma série de outras histórias mentirosas. Então, não tenho nada a temer".

Castello Branco disse não saber ainda a data em que fará o depoimento requerido pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, no âmbito da notícia-crime enviada por Rodrigues ao STF. "Não sei. Eles vão mandar uma convocação, uma intimação.Meus advogados estão vendo isso. Eles também estão tranquilos", afirmou. "Eu realmente não queria que o meu nome surgisse no meio de uma polêmica dessas. É lamentável o que aconteceu, mas agora é enfrentar."

O economista Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, rompeu o silêncio nesta terça-feira, 5, em relação ao vazamento de mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp pelo celular corporativo devolvido à empresa, nas quais fala sobre as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de interferir nos preços dos combustíveis durante a sua gestão.

"Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras para não reajustar os preços. Ele mesmo tornou isso público", disse Castello Branco ao Estadão, confirmando o teor das mensagens vazadas. De acordo com Castello Branco, Bolsonaro "tem conseguido, de alguma forma, sucesso com as pressões dele para não ter muitos reajustes". 

'Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras', diz Roberto Castello Branco, ex-presidente da empresa Foto: Wilton Júnior/Estadão

"Neste ano, ele conseguiu pressionar de tal forma a Petrobras que ela levou dois meses para ajustar preços e aí passaram mais outros dois meses até ser autorizado esse último aumento, no mês passado", afirmou.

Na visão de Castello Branco, o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, não tem muita margem de manobra para mudar a política de preços dos combustíveis, ancorada na paridade com as cotações do mercado internacional."Por enquanto, ele não vai poder fazer nada, porque, para trocar diretores da empresa, precisa do apoio do conselho de administração e o conselho não vai topar", disse. "O Bolsonaro precisa mudar o comando do conselho, para tentar ir com esses preços até a eleição, e isso só deve acontecer dentro de uns 40 dias." 

"Prevaricação"

Sobre a investigação de um possível crime de "prevaricação" de sua parte, pedida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Castelo Branco disse: "Se eu tivesse prevaricado, teria ficado lá na Petrobras. Eu fui demitido e perseguido pelo presidente, que revelou meu salário, falou que eu não trabalhava, porque estava em home office, e uma série de outras histórias mentirosas. Então, não tenho nada a temer".

Castello Branco disse não saber ainda a data em que fará o depoimento requerido pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, no âmbito da notícia-crime enviada por Rodrigues ao STF. "Não sei. Eles vão mandar uma convocação, uma intimação.Meus advogados estão vendo isso. Eles também estão tranquilos", afirmou. "Eu realmente não queria que o meu nome surgisse no meio de uma polêmica dessas. É lamentável o que aconteceu, mas agora é enfrentar."

O economista Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, rompeu o silêncio nesta terça-feira, 5, em relação ao vazamento de mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp pelo celular corporativo devolvido à empresa, nas quais fala sobre as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de interferir nos preços dos combustíveis durante a sua gestão.

"Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras para não reajustar os preços. Ele mesmo tornou isso público", disse Castello Branco ao Estadão, confirmando o teor das mensagens vazadas. De acordo com Castello Branco, Bolsonaro "tem conseguido, de alguma forma, sucesso com as pressões dele para não ter muitos reajustes". 

'Todo mundo sabe que o Bolsonaro pressiona a Petrobras', diz Roberto Castello Branco, ex-presidente da empresa Foto: Wilton Júnior/Estadão

"Neste ano, ele conseguiu pressionar de tal forma a Petrobras que ela levou dois meses para ajustar preços e aí passaram mais outros dois meses até ser autorizado esse último aumento, no mês passado", afirmou.

Na visão de Castello Branco, o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, não tem muita margem de manobra para mudar a política de preços dos combustíveis, ancorada na paridade com as cotações do mercado internacional."Por enquanto, ele não vai poder fazer nada, porque, para trocar diretores da empresa, precisa do apoio do conselho de administração e o conselho não vai topar", disse. "O Bolsonaro precisa mudar o comando do conselho, para tentar ir com esses preços até a eleição, e isso só deve acontecer dentro de uns 40 dias." 

"Prevaricação"

Sobre a investigação de um possível crime de "prevaricação" de sua parte, pedida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Castelo Branco disse: "Se eu tivesse prevaricado, teria ficado lá na Petrobras. Eu fui demitido e perseguido pelo presidente, que revelou meu salário, falou que eu não trabalhava, porque estava em home office, e uma série de outras histórias mentirosas. Então, não tenho nada a temer".

Castello Branco disse não saber ainda a data em que fará o depoimento requerido pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, no âmbito da notícia-crime enviada por Rodrigues ao STF. "Não sei. Eles vão mandar uma convocação, uma intimação.Meus advogados estão vendo isso. Eles também estão tranquilos", afirmou. "Eu realmente não queria que o meu nome surgisse no meio de uma polêmica dessas. É lamentável o que aconteceu, mas agora é enfrentar."

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