Recessão nos EUA ainda é possível e poderia abalar crescimento global, diz economista-chefe do UBS


Arend Kapteyn, economista-chefe global do UBS, afirma que a chance de uma contração da economia americana oscila entre 16% a 40%

Por Laís Adriana

Uma recessão nos Estados Unidos ainda é possível e, junto à desaceleração da China, tem potencial de abalar em até 50 pontos-base (pb) o crescimento econômico global, afirmou o economista-chefe global do banco UBS, Arend Kapteyn. Segundo ele, a chance de uma contração da economia americana oscila entre 16% a 40%.

“O problema é que não vemos por enquanto o gatilho tradicional de recessão da economia dos EUA. Mas acreditamos que estamos muito próximos de uma contração dos empregos e projetamos que o payroll pode apontar este cenário em maio”, previu Kapteyn, durante painel sobre Projeções Econômicas Globais, em evento promovido pelo UBS.

Participando do mesmo painel, o diretor de Investimentos (CIO, na sigla em inglês) do UBS, Alejo Czerwonko, afirmou que este não é o cenário-base do banco, que vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade. Para ele, a inflação americana cairá lentamente ao longo de 2024, mas atingirá a meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). “Contudo, temos que lembrar que ainda existem muitos riscos de choques geopolíticos.”

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Frente a este cenário incerto, Czerwonko defendeu que o BC americano deve iniciar cortes de juros apenas em maio, considerando que uma redução em março representaria um ciclo de relaxamento “muito agressivo”.

Kapteyn afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em torno de 3% aumenta dúvidas sobre a sustentabilidade do processo de desinflação, o que deve deixar os dirigentes do Fed “nervosos” sobre os próximos passos da política monetária.

“Ainda não retiramos março do nosso escopo de projeções, estamos aguardando decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) amanhã (próxima quarta, 31). Se Powell não descartar março categoricamente, manteremos a previsão de possível corte em março”, disse Kapteyn.

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Pontos positivos

O economista-chefe do UBS também observou que há pontos positivos na economia americana, apontando que a desinflação mostra como os choques inflacionários vieram majoritariamente da oferta, que está em processo de normalização. Entretanto, Kapteyn alerta que justamente esta normalização pode voltar a impulsionar a demanda. “Mas acreditamos que isso será neutralizado pelo arrefecimento no crescimento dos salários”, afirmou ele.

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Sobre as eleições americanas, Kapteyn pondera que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump pode provocar uma boa reação no mercado acionário em um primeiro momento, mas que é difícil analisar seus efeitos no longo prazo tendo em vista um possível aumento no prêmio de risco e possível abalo do mercado de títulos caso o republicano tente manter políticas de isenção de impostos.

Logo do UBS na Suiça; banco vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade, mas não descarta recessão nos EUA.  Foto: Denis Balibouse/Reuters

CIO do UBS, Czerwonko recomenda cautela no gerenciamento de riscos em portfólios com ativos americanos ao longo de 2024. Ele considera essencial diversificar as carteiras e aumentar a liquidez para aproveitar benefícios de um possível cenário “goldilocks” - crescimento dos EUA acima das expectativas acompanhado por redução da inflação - ao mesmo tempo em que protegem investimentos de eventuais riscos.

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“Temos que considerar cenário geopolítico e a possibilidade de choques econômicos como resultado de aumento nas tensões ou surgimento de novos conflitos”, disse. “No UBS, estamos acompanhando particularmente de perto os setores de tecnologia, energia e empresas de pequena capitalização (small caps, em inglês).”

Uma recessão nos Estados Unidos ainda é possível e, junto à desaceleração da China, tem potencial de abalar em até 50 pontos-base (pb) o crescimento econômico global, afirmou o economista-chefe global do banco UBS, Arend Kapteyn. Segundo ele, a chance de uma contração da economia americana oscila entre 16% a 40%.

“O problema é que não vemos por enquanto o gatilho tradicional de recessão da economia dos EUA. Mas acreditamos que estamos muito próximos de uma contração dos empregos e projetamos que o payroll pode apontar este cenário em maio”, previu Kapteyn, durante painel sobre Projeções Econômicas Globais, em evento promovido pelo UBS.

Participando do mesmo painel, o diretor de Investimentos (CIO, na sigla em inglês) do UBS, Alejo Czerwonko, afirmou que este não é o cenário-base do banco, que vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade. Para ele, a inflação americana cairá lentamente ao longo de 2024, mas atingirá a meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). “Contudo, temos que lembrar que ainda existem muitos riscos de choques geopolíticos.”

Frente a este cenário incerto, Czerwonko defendeu que o BC americano deve iniciar cortes de juros apenas em maio, considerando que uma redução em março representaria um ciclo de relaxamento “muito agressivo”.

Kapteyn afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em torno de 3% aumenta dúvidas sobre a sustentabilidade do processo de desinflação, o que deve deixar os dirigentes do Fed “nervosos” sobre os próximos passos da política monetária.

“Ainda não retiramos março do nosso escopo de projeções, estamos aguardando decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) amanhã (próxima quarta, 31). Se Powell não descartar março categoricamente, manteremos a previsão de possível corte em março”, disse Kapteyn.

Pontos positivos

O economista-chefe do UBS também observou que há pontos positivos na economia americana, apontando que a desinflação mostra como os choques inflacionários vieram majoritariamente da oferta, que está em processo de normalização. Entretanto, Kapteyn alerta que justamente esta normalização pode voltar a impulsionar a demanda. “Mas acreditamos que isso será neutralizado pelo arrefecimento no crescimento dos salários”, afirmou ele.

Sobre as eleições americanas, Kapteyn pondera que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump pode provocar uma boa reação no mercado acionário em um primeiro momento, mas que é difícil analisar seus efeitos no longo prazo tendo em vista um possível aumento no prêmio de risco e possível abalo do mercado de títulos caso o republicano tente manter políticas de isenção de impostos.

Logo do UBS na Suiça; banco vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade, mas não descarta recessão nos EUA.  Foto: Denis Balibouse/Reuters

CIO do UBS, Czerwonko recomenda cautela no gerenciamento de riscos em portfólios com ativos americanos ao longo de 2024. Ele considera essencial diversificar as carteiras e aumentar a liquidez para aproveitar benefícios de um possível cenário “goldilocks” - crescimento dos EUA acima das expectativas acompanhado por redução da inflação - ao mesmo tempo em que protegem investimentos de eventuais riscos.

“Temos que considerar cenário geopolítico e a possibilidade de choques econômicos como resultado de aumento nas tensões ou surgimento de novos conflitos”, disse. “No UBS, estamos acompanhando particularmente de perto os setores de tecnologia, energia e empresas de pequena capitalização (small caps, em inglês).”

Uma recessão nos Estados Unidos ainda é possível e, junto à desaceleração da China, tem potencial de abalar em até 50 pontos-base (pb) o crescimento econômico global, afirmou o economista-chefe global do banco UBS, Arend Kapteyn. Segundo ele, a chance de uma contração da economia americana oscila entre 16% a 40%.

“O problema é que não vemos por enquanto o gatilho tradicional de recessão da economia dos EUA. Mas acreditamos que estamos muito próximos de uma contração dos empregos e projetamos que o payroll pode apontar este cenário em maio”, previu Kapteyn, durante painel sobre Projeções Econômicas Globais, em evento promovido pelo UBS.

Participando do mesmo painel, o diretor de Investimentos (CIO, na sigla em inglês) do UBS, Alejo Czerwonko, afirmou que este não é o cenário-base do banco, que vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade. Para ele, a inflação americana cairá lentamente ao longo de 2024, mas atingirá a meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). “Contudo, temos que lembrar que ainda existem muitos riscos de choques geopolíticos.”

Frente a este cenário incerto, Czerwonko defendeu que o BC americano deve iniciar cortes de juros apenas em maio, considerando que uma redução em março representaria um ciclo de relaxamento “muito agressivo”.

Kapteyn afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em torno de 3% aumenta dúvidas sobre a sustentabilidade do processo de desinflação, o que deve deixar os dirigentes do Fed “nervosos” sobre os próximos passos da política monetária.

“Ainda não retiramos março do nosso escopo de projeções, estamos aguardando decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) amanhã (próxima quarta, 31). Se Powell não descartar março categoricamente, manteremos a previsão de possível corte em março”, disse Kapteyn.

Pontos positivos

O economista-chefe do UBS também observou que há pontos positivos na economia americana, apontando que a desinflação mostra como os choques inflacionários vieram majoritariamente da oferta, que está em processo de normalização. Entretanto, Kapteyn alerta que justamente esta normalização pode voltar a impulsionar a demanda. “Mas acreditamos que isso será neutralizado pelo arrefecimento no crescimento dos salários”, afirmou ele.

Sobre as eleições americanas, Kapteyn pondera que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump pode provocar uma boa reação no mercado acionário em um primeiro momento, mas que é difícil analisar seus efeitos no longo prazo tendo em vista um possível aumento no prêmio de risco e possível abalo do mercado de títulos caso o republicano tente manter políticas de isenção de impostos.

Logo do UBS na Suiça; banco vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade, mas não descarta recessão nos EUA.  Foto: Denis Balibouse/Reuters

CIO do UBS, Czerwonko recomenda cautela no gerenciamento de riscos em portfólios com ativos americanos ao longo de 2024. Ele considera essencial diversificar as carteiras e aumentar a liquidez para aproveitar benefícios de um possível cenário “goldilocks” - crescimento dos EUA acima das expectativas acompanhado por redução da inflação - ao mesmo tempo em que protegem investimentos de eventuais riscos.

“Temos que considerar cenário geopolítico e a possibilidade de choques econômicos como resultado de aumento nas tensões ou surgimento de novos conflitos”, disse. “No UBS, estamos acompanhando particularmente de perto os setores de tecnologia, energia e empresas de pequena capitalização (small caps, em inglês).”

Uma recessão nos Estados Unidos ainda é possível e, junto à desaceleração da China, tem potencial de abalar em até 50 pontos-base (pb) o crescimento econômico global, afirmou o economista-chefe global do banco UBS, Arend Kapteyn. Segundo ele, a chance de uma contração da economia americana oscila entre 16% a 40%.

“O problema é que não vemos por enquanto o gatilho tradicional de recessão da economia dos EUA. Mas acreditamos que estamos muito próximos de uma contração dos empregos e projetamos que o payroll pode apontar este cenário em maio”, previu Kapteyn, durante painel sobre Projeções Econômicas Globais, em evento promovido pelo UBS.

Participando do mesmo painel, o diretor de Investimentos (CIO, na sigla em inglês) do UBS, Alejo Czerwonko, afirmou que este não é o cenário-base do banco, que vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade. Para ele, a inflação americana cairá lentamente ao longo de 2024, mas atingirá a meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). “Contudo, temos que lembrar que ainda existem muitos riscos de choques geopolíticos.”

Frente a este cenário incerto, Czerwonko defendeu que o BC americano deve iniciar cortes de juros apenas em maio, considerando que uma redução em março representaria um ciclo de relaxamento “muito agressivo”.

Kapteyn afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em torno de 3% aumenta dúvidas sobre a sustentabilidade do processo de desinflação, o que deve deixar os dirigentes do Fed “nervosos” sobre os próximos passos da política monetária.

“Ainda não retiramos março do nosso escopo de projeções, estamos aguardando decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) amanhã (próxima quarta, 31). Se Powell não descartar março categoricamente, manteremos a previsão de possível corte em março”, disse Kapteyn.

Pontos positivos

O economista-chefe do UBS também observou que há pontos positivos na economia americana, apontando que a desinflação mostra como os choques inflacionários vieram majoritariamente da oferta, que está em processo de normalização. Entretanto, Kapteyn alerta que justamente esta normalização pode voltar a impulsionar a demanda. “Mas acreditamos que isso será neutralizado pelo arrefecimento no crescimento dos salários”, afirmou ele.

Sobre as eleições americanas, Kapteyn pondera que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump pode provocar uma boa reação no mercado acionário em um primeiro momento, mas que é difícil analisar seus efeitos no longo prazo tendo em vista um possível aumento no prêmio de risco e possível abalo do mercado de títulos caso o republicano tente manter políticas de isenção de impostos.

Logo do UBS na Suiça; banco vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade, mas não descarta recessão nos EUA.  Foto: Denis Balibouse/Reuters

CIO do UBS, Czerwonko recomenda cautela no gerenciamento de riscos em portfólios com ativos americanos ao longo de 2024. Ele considera essencial diversificar as carteiras e aumentar a liquidez para aproveitar benefícios de um possível cenário “goldilocks” - crescimento dos EUA acima das expectativas acompanhado por redução da inflação - ao mesmo tempo em que protegem investimentos de eventuais riscos.

“Temos que considerar cenário geopolítico e a possibilidade de choques econômicos como resultado de aumento nas tensões ou surgimento de novos conflitos”, disse. “No UBS, estamos acompanhando particularmente de perto os setores de tecnologia, energia e empresas de pequena capitalização (small caps, em inglês).”

Uma recessão nos Estados Unidos ainda é possível e, junto à desaceleração da China, tem potencial de abalar em até 50 pontos-base (pb) o crescimento econômico global, afirmou o economista-chefe global do banco UBS, Arend Kapteyn. Segundo ele, a chance de uma contração da economia americana oscila entre 16% a 40%.

“O problema é que não vemos por enquanto o gatilho tradicional de recessão da economia dos EUA. Mas acreditamos que estamos muito próximos de uma contração dos empregos e projetamos que o payroll pode apontar este cenário em maio”, previu Kapteyn, durante painel sobre Projeções Econômicas Globais, em evento promovido pelo UBS.

Participando do mesmo painel, o diretor de Investimentos (CIO, na sigla em inglês) do UBS, Alejo Czerwonko, afirmou que este não é o cenário-base do banco, que vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade. Para ele, a inflação americana cairá lentamente ao longo de 2024, mas atingirá a meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). “Contudo, temos que lembrar que ainda existem muitos riscos de choques geopolíticos.”

Frente a este cenário incerto, Czerwonko defendeu que o BC americano deve iniciar cortes de juros apenas em maio, considerando que uma redução em março representaria um ciclo de relaxamento “muito agressivo”.

Kapteyn afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em torno de 3% aumenta dúvidas sobre a sustentabilidade do processo de desinflação, o que deve deixar os dirigentes do Fed “nervosos” sobre os próximos passos da política monetária.

“Ainda não retiramos março do nosso escopo de projeções, estamos aguardando decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) amanhã (próxima quarta, 31). Se Powell não descartar março categoricamente, manteremos a previsão de possível corte em março”, disse Kapteyn.

Pontos positivos

O economista-chefe do UBS também observou que há pontos positivos na economia americana, apontando que a desinflação mostra como os choques inflacionários vieram majoritariamente da oferta, que está em processo de normalização. Entretanto, Kapteyn alerta que justamente esta normalização pode voltar a impulsionar a demanda. “Mas acreditamos que isso será neutralizado pelo arrefecimento no crescimento dos salários”, afirmou ele.

Sobre as eleições americanas, Kapteyn pondera que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump pode provocar uma boa reação no mercado acionário em um primeiro momento, mas que é difícil analisar seus efeitos no longo prazo tendo em vista um possível aumento no prêmio de risco e possível abalo do mercado de títulos caso o republicano tente manter políticas de isenção de impostos.

Logo do UBS na Suiça; banco vê o ‘pouso suave’ como maior probabilidade, mas não descarta recessão nos EUA.  Foto: Denis Balibouse/Reuters

CIO do UBS, Czerwonko recomenda cautela no gerenciamento de riscos em portfólios com ativos americanos ao longo de 2024. Ele considera essencial diversificar as carteiras e aumentar a liquidez para aproveitar benefícios de um possível cenário “goldilocks” - crescimento dos EUA acima das expectativas acompanhado por redução da inflação - ao mesmo tempo em que protegem investimentos de eventuais riscos.

“Temos que considerar cenário geopolítico e a possibilidade de choques econômicos como resultado de aumento nas tensões ou surgimento de novos conflitos”, disse. “No UBS, estamos acompanhando particularmente de perto os setores de tecnologia, energia e empresas de pequena capitalização (small caps, em inglês).”

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