BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo, 18, que o governo supre “deficiência de anos” ao realizar o concurso nacional unificado, apelidado de Enem dos Concursos. Ele esteve na sala de situação montada pelo Ministério da Gestão em Brasília por volta das 11h acompanhado de cinco ministros, além do diretor-geral da Polícia Federal.
Segundo o governo, 2,1 milhões de pessoas se inscreveram para as provas, que duram todo o dia de hoje. Eles concorrem a 6.640 vagas em 21 órgãos federais. Trata-se do maior concurso feito pelo governo federal em uma única prova.
“Nós estamos suprindo uma deficiência de anos desse País sem fazer concurso. Ou se teve concurso, foi específico. Você sequer tem gente para sobrepor aqueles que se aposentam”, disse o presidente.
“A melhoria do funcionamento da máquina pública, muita gente diz que é preciso digitalizar. Ótimo, mas é preciso ter um ser humano qualificado, porque o papel do Estado é colocar pessoas que atendam com carinho e respeito a necessidade da sociedade.”
O presidente defendeu ainda a abordagem da prova, com assuntos da atualidade.
“Nós precisamos adequar a máquina pública ao século 21. É preciso discutir os temas que estão na ordem do dia, a democracia tem que ser debatida para as pessoas saberem o que é democracia e a diferença entre democracia e outros regimes”, afirmou.
O presidente disse não ter havido nenhum vazamento da prova, o que em suas palavras significa seriedade do governo com o concurso, e afirmou acreditar que o formato dará mais diversidade ao funcionalismo federal.
“É a primeira vez que a gente faz um concurso unificado a nível nacional em que nenhuma pessoa que vai participar tenha uma cidade acima de 100 km de distância”, disse. “As inscrições foram extraordinárias, a participação foi extraordinária, e a diversidade vai ser excepcional. O resultado, eu espero que seja extraordinário que a gente tenha muita gente para mostrar a diversidade brasileira.”