EUA reduzem ritmo de alta dos juros após crise com bancos


Fed resolveu elevar as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para faixa entre 4,75% e 5% ao ano; antes da quebra recente de bancos, mercado apostava em alta de 0,5 ponto

Por Redação
Atualização:

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira, 22, que elevou a taxa dos Fed Funds, a taxa básica americana, em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 4,75% e 5% ao ano, em comunicado pós-reunião de política monetária. A decisão foi unânime.

No início do mês, ao prestar depoimento ao Senado americano, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou as portas abertas para uma aceleração da subida de juros nos EUA sob a justificativa de um mercado de trabalho ainda bastante aquecido e o custo de vida elevado no país.

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Depois de sua fala, as expectativas de uma alta de 0,5 ponto chegaram a bater a casa dos 70% e abalaram Wall Street. Powell disse que a decisão do Fomc (o comitê de política monetária americano) de março dependeria de mais “dois ou três dados muito importantes”. Nesta conta, não estava, porém, o caos bancário que se desenrolaria na sequência.

Em questão de dias, três bancos fecharam as portas no país, desencadeando a turbulência bancária mais forte desde a crise financeira internacional de 2008. Primeiro, o Silvergate, focado no universo cripto, anunciou o encerramento de suas operações. Na sequência, o Silicon Valley Bank (SVB), que atendia majoritariamente startups, e o Signature Bank, também voltado a ativos digitais, vieram à bancarrota.

Jerome Powell, presidente do Fed, o banco central norte-americano Foto: Julia Nikhinson/Getty Images/AFP
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Inflação

A mediana das projeções do Conselho Federal de Mercado Aberto do Fed para a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), subiu no cenário estimado para 2023 e permaneceu a mesma nos cenários para 2024, 2025 e no longo prazo.

Para 2023, a mediana subiu de expectativa de alta de 3,1% nas projeções de dezembro para 3,3% agora. A estimativa para 2024 foi mantida em 2,5% e para 2025, em 2,1%. A mediana do longo prazo permaneceu em 2%.

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PIB

Os dirigentes do Fed diminuíram as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para este ano, na comparação com as estimativas divulgadas após a reunião de política monetária de dezembro.

Para 2023, a mediana das estimativas de crescimento da economia americana caiu de 0,5% em dezembro para 0,4% agora. Para 2024, a projeção de avanço do PIB também recuou, de 1,6% para 1,2%. Em 2025, por outro lado, a expectativa de crescimento subiu de 1,8% para 1,9%.

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Na projeção de longo prazo, a mediana das projeções se manteve em crescimento de 1,8%./Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Laís Adriana, Maria Lígia Barros, Matheus Zúñiga, Aline Bronzati

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira, 22, que elevou a taxa dos Fed Funds, a taxa básica americana, em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 4,75% e 5% ao ano, em comunicado pós-reunião de política monetária. A decisão foi unânime.

No início do mês, ao prestar depoimento ao Senado americano, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou as portas abertas para uma aceleração da subida de juros nos EUA sob a justificativa de um mercado de trabalho ainda bastante aquecido e o custo de vida elevado no país.

Depois de sua fala, as expectativas de uma alta de 0,5 ponto chegaram a bater a casa dos 70% e abalaram Wall Street. Powell disse que a decisão do Fomc (o comitê de política monetária americano) de março dependeria de mais “dois ou três dados muito importantes”. Nesta conta, não estava, porém, o caos bancário que se desenrolaria na sequência.

Em questão de dias, três bancos fecharam as portas no país, desencadeando a turbulência bancária mais forte desde a crise financeira internacional de 2008. Primeiro, o Silvergate, focado no universo cripto, anunciou o encerramento de suas operações. Na sequência, o Silicon Valley Bank (SVB), que atendia majoritariamente startups, e o Signature Bank, também voltado a ativos digitais, vieram à bancarrota.

Jerome Powell, presidente do Fed, o banco central norte-americano Foto: Julia Nikhinson/Getty Images/AFP

Inflação

A mediana das projeções do Conselho Federal de Mercado Aberto do Fed para a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), subiu no cenário estimado para 2023 e permaneceu a mesma nos cenários para 2024, 2025 e no longo prazo.

Para 2023, a mediana subiu de expectativa de alta de 3,1% nas projeções de dezembro para 3,3% agora. A estimativa para 2024 foi mantida em 2,5% e para 2025, em 2,1%. A mediana do longo prazo permaneceu em 2%.

PIB

Os dirigentes do Fed diminuíram as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para este ano, na comparação com as estimativas divulgadas após a reunião de política monetária de dezembro.

Para 2023, a mediana das estimativas de crescimento da economia americana caiu de 0,5% em dezembro para 0,4% agora. Para 2024, a projeção de avanço do PIB também recuou, de 1,6% para 1,2%. Em 2025, por outro lado, a expectativa de crescimento subiu de 1,8% para 1,9%.

Na projeção de longo prazo, a mediana das projeções se manteve em crescimento de 1,8%./Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Laís Adriana, Maria Lígia Barros, Matheus Zúñiga, Aline Bronzati

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira, 22, que elevou a taxa dos Fed Funds, a taxa básica americana, em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 4,75% e 5% ao ano, em comunicado pós-reunião de política monetária. A decisão foi unânime.

No início do mês, ao prestar depoimento ao Senado americano, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou as portas abertas para uma aceleração da subida de juros nos EUA sob a justificativa de um mercado de trabalho ainda bastante aquecido e o custo de vida elevado no país.

Depois de sua fala, as expectativas de uma alta de 0,5 ponto chegaram a bater a casa dos 70% e abalaram Wall Street. Powell disse que a decisão do Fomc (o comitê de política monetária americano) de março dependeria de mais “dois ou três dados muito importantes”. Nesta conta, não estava, porém, o caos bancário que se desenrolaria na sequência.

Em questão de dias, três bancos fecharam as portas no país, desencadeando a turbulência bancária mais forte desde a crise financeira internacional de 2008. Primeiro, o Silvergate, focado no universo cripto, anunciou o encerramento de suas operações. Na sequência, o Silicon Valley Bank (SVB), que atendia majoritariamente startups, e o Signature Bank, também voltado a ativos digitais, vieram à bancarrota.

Jerome Powell, presidente do Fed, o banco central norte-americano Foto: Julia Nikhinson/Getty Images/AFP

Inflação

A mediana das projeções do Conselho Federal de Mercado Aberto do Fed para a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), subiu no cenário estimado para 2023 e permaneceu a mesma nos cenários para 2024, 2025 e no longo prazo.

Para 2023, a mediana subiu de expectativa de alta de 3,1% nas projeções de dezembro para 3,3% agora. A estimativa para 2024 foi mantida em 2,5% e para 2025, em 2,1%. A mediana do longo prazo permaneceu em 2%.

PIB

Os dirigentes do Fed diminuíram as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para este ano, na comparação com as estimativas divulgadas após a reunião de política monetária de dezembro.

Para 2023, a mediana das estimativas de crescimento da economia americana caiu de 0,5% em dezembro para 0,4% agora. Para 2024, a projeção de avanço do PIB também recuou, de 1,6% para 1,2%. Em 2025, por outro lado, a expectativa de crescimento subiu de 1,8% para 1,9%.

Na projeção de longo prazo, a mediana das projeções se manteve em crescimento de 1,8%./Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Laís Adriana, Maria Lígia Barros, Matheus Zúñiga, Aline Bronzati

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