EUA: Fed mantém taxa de juros entre 5,25% e 5,50% pela sétima vez seguida


Patamar da taxa básica de juros americana é o maior desde 2001; manutenção já era esperada pelo mercado

Por Redação
Atualização:

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira, 12, em decisão unânime, manter inalterada a taxa básica de juros americana, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. É a sétima decisão consecutiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) pela manutenção. Os juros no país permanecem no maior patamar desde 2001. A decisão já era esperada por analistas.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação nos Estados Unidos arrefeceu de maneira substancial no último ano, mas permanece muito elevada. Em entrevista à imprensa após a decisão, ele reforçou que a instituição segue focada em atuar para retornar a inflação de volta à meta de 2%. Segundo Powell, a inflação veio mais alta que o esperado no começo do ano, mas os dados de meses mais recentes apontam para uma desaceleração.

O órgão avaliou que não seria apropriado reduzir os juros até que se tenha confiança em relação à convergência da inflação à meta. No comunicado, o Fed afirmou que, para avaliar a postura adequada da política monetária, seguirá monitorando os indicadores.

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“O comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do comitê. As avaliações considerarão uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, diz.

Manutenção dos juros nos EUA já era esperada por analistas Foto: Sarah Silbiger/Reuters

O documento também destacou que busca alcançar o pleno emprego e uma inflação à taxa de 2% no longo prazo. “O comitê julga que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação têm se movido para um melhor equilíbrio ao longo do último ano. O panorama econômico é incerto e o comitê permanece altamente atento aos riscos inflacionários”, afirma.

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A autoridade monetária ressalta que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo sólido, com ganhos de emprego fortes e a taxa de desemprego se mantendo baixa.

O comunicado traz mudanças bastante modestas em relação ao anterior, de 1° de maio. Na comparação entre os dois documentos, destaca-se apenas a alteração no primeiro parágrafo do que era uma menção à “falta” de mais progressos rumo à meta de inflação de 2% para um “modesto” progresso nessa frente. Além disso, o comunicado teve cortado um parágrafo pelo qual o Fed anunciava que começaria em junho a desacelerar o ritmo do recuo de seu balanço, entre outros detalhes sobre esse ajuste nas suas operações anunciados no início de maio.

Previsão de cortes

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Dentre os 19 dirigentes presentes na reunião desta semana, 15 esperam que os juros básicos cheguem ao fim de 2024 em um nível menor que o atual. Do total, oito autoridades esperam que a taxa básica seja reduzida em 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual) até o fim do ano, e outras sete projetam redução de 25 pontos-base (0,25 pp.). Além deles, quatro preveem que os juros vão permanecer no patamar atual.

A leitura desta quarta representa um recrudescimento da visão dos dirigentes, visto que na reunião de 20 de março apenas dois dirigentes previam juros estáveis no fim deste ano, e a visão majoritária dos votantes era de que as taxas seriam cortadas pelo menos em 75 pontos-base (0,75 pp.).

Para o fim de 2025, nove dirigentes preveem que os juros terminarão o ano entre 4,0% e 4,25%; outros quatro esperam que as taxas fiquem entre 4,25% e 4,5%. Quatro dirigentes esperam que o patamar de juros fique abaixo dos 4%; e um dirigente prevê que os juros ficarão no mesmo nível de hoje, entre 5,25% e 5,50%.

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Já ao fim de 2026, a visão hegemônica, de sete dirigentes, é a de que as taxas ficarão entre 3,0% e 3,25%. Outros três dirigentes esperam juros entre 3,25% e 3,50%, e três esperam entre 3,50% e 3,75%. Quatro banqueiros centrais visualizam as taxas abaixo de 3%; e apenas dois esperam os juros acima de 4% em 2026.

Índice de preços estável

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ficou estável em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,1%.

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Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,2% na comparação mensal de maio, igualmente abaixo do consenso do mercado, de acréscimo de 0,3%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3,3% em maio, desacelerando levemente frente ao aumento de 3,4% de abril. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,4% no mês passado, perdendo força ante o acréscimo de 3,6% de abril.

As leituras anuais do CPI em maio ficaram abaixo das expectativas, de +3,4% para o índice cheio e de +3,5% para o núcleo./Com André Marinho, Eliane Sobral, Fernanda Trisotto, Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Gabriel Tassi Lara e Leandro Silveira

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira, 12, em decisão unânime, manter inalterada a taxa básica de juros americana, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. É a sétima decisão consecutiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) pela manutenção. Os juros no país permanecem no maior patamar desde 2001. A decisão já era esperada por analistas.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação nos Estados Unidos arrefeceu de maneira substancial no último ano, mas permanece muito elevada. Em entrevista à imprensa após a decisão, ele reforçou que a instituição segue focada em atuar para retornar a inflação de volta à meta de 2%. Segundo Powell, a inflação veio mais alta que o esperado no começo do ano, mas os dados de meses mais recentes apontam para uma desaceleração.

O órgão avaliou que não seria apropriado reduzir os juros até que se tenha confiança em relação à convergência da inflação à meta. No comunicado, o Fed afirmou que, para avaliar a postura adequada da política monetária, seguirá monitorando os indicadores.

“O comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do comitê. As avaliações considerarão uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, diz.

Manutenção dos juros nos EUA já era esperada por analistas Foto: Sarah Silbiger/Reuters

O documento também destacou que busca alcançar o pleno emprego e uma inflação à taxa de 2% no longo prazo. “O comitê julga que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação têm se movido para um melhor equilíbrio ao longo do último ano. O panorama econômico é incerto e o comitê permanece altamente atento aos riscos inflacionários”, afirma.

A autoridade monetária ressalta que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo sólido, com ganhos de emprego fortes e a taxa de desemprego se mantendo baixa.

O comunicado traz mudanças bastante modestas em relação ao anterior, de 1° de maio. Na comparação entre os dois documentos, destaca-se apenas a alteração no primeiro parágrafo do que era uma menção à “falta” de mais progressos rumo à meta de inflação de 2% para um “modesto” progresso nessa frente. Além disso, o comunicado teve cortado um parágrafo pelo qual o Fed anunciava que começaria em junho a desacelerar o ritmo do recuo de seu balanço, entre outros detalhes sobre esse ajuste nas suas operações anunciados no início de maio.

Previsão de cortes

Dentre os 19 dirigentes presentes na reunião desta semana, 15 esperam que os juros básicos cheguem ao fim de 2024 em um nível menor que o atual. Do total, oito autoridades esperam que a taxa básica seja reduzida em 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual) até o fim do ano, e outras sete projetam redução de 25 pontos-base (0,25 pp.). Além deles, quatro preveem que os juros vão permanecer no patamar atual.

A leitura desta quarta representa um recrudescimento da visão dos dirigentes, visto que na reunião de 20 de março apenas dois dirigentes previam juros estáveis no fim deste ano, e a visão majoritária dos votantes era de que as taxas seriam cortadas pelo menos em 75 pontos-base (0,75 pp.).

Para o fim de 2025, nove dirigentes preveem que os juros terminarão o ano entre 4,0% e 4,25%; outros quatro esperam que as taxas fiquem entre 4,25% e 4,5%. Quatro dirigentes esperam que o patamar de juros fique abaixo dos 4%; e um dirigente prevê que os juros ficarão no mesmo nível de hoje, entre 5,25% e 5,50%.

Já ao fim de 2026, a visão hegemônica, de sete dirigentes, é a de que as taxas ficarão entre 3,0% e 3,25%. Outros três dirigentes esperam juros entre 3,25% e 3,50%, e três esperam entre 3,50% e 3,75%. Quatro banqueiros centrais visualizam as taxas abaixo de 3%; e apenas dois esperam os juros acima de 4% em 2026.

Índice de preços estável

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ficou estável em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,1%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,2% na comparação mensal de maio, igualmente abaixo do consenso do mercado, de acréscimo de 0,3%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3,3% em maio, desacelerando levemente frente ao aumento de 3,4% de abril. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,4% no mês passado, perdendo força ante o acréscimo de 3,6% de abril.

As leituras anuais do CPI em maio ficaram abaixo das expectativas, de +3,4% para o índice cheio e de +3,5% para o núcleo./Com André Marinho, Eliane Sobral, Fernanda Trisotto, Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Gabriel Tassi Lara e Leandro Silveira

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira, 12, em decisão unânime, manter inalterada a taxa básica de juros americana, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. É a sétima decisão consecutiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) pela manutenção. Os juros no país permanecem no maior patamar desde 2001. A decisão já era esperada por analistas.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação nos Estados Unidos arrefeceu de maneira substancial no último ano, mas permanece muito elevada. Em entrevista à imprensa após a decisão, ele reforçou que a instituição segue focada em atuar para retornar a inflação de volta à meta de 2%. Segundo Powell, a inflação veio mais alta que o esperado no começo do ano, mas os dados de meses mais recentes apontam para uma desaceleração.

O órgão avaliou que não seria apropriado reduzir os juros até que se tenha confiança em relação à convergência da inflação à meta. No comunicado, o Fed afirmou que, para avaliar a postura adequada da política monetária, seguirá monitorando os indicadores.

“O comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do comitê. As avaliações considerarão uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, diz.

Manutenção dos juros nos EUA já era esperada por analistas Foto: Sarah Silbiger/Reuters

O documento também destacou que busca alcançar o pleno emprego e uma inflação à taxa de 2% no longo prazo. “O comitê julga que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação têm se movido para um melhor equilíbrio ao longo do último ano. O panorama econômico é incerto e o comitê permanece altamente atento aos riscos inflacionários”, afirma.

A autoridade monetária ressalta que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo sólido, com ganhos de emprego fortes e a taxa de desemprego se mantendo baixa.

O comunicado traz mudanças bastante modestas em relação ao anterior, de 1° de maio. Na comparação entre os dois documentos, destaca-se apenas a alteração no primeiro parágrafo do que era uma menção à “falta” de mais progressos rumo à meta de inflação de 2% para um “modesto” progresso nessa frente. Além disso, o comunicado teve cortado um parágrafo pelo qual o Fed anunciava que começaria em junho a desacelerar o ritmo do recuo de seu balanço, entre outros detalhes sobre esse ajuste nas suas operações anunciados no início de maio.

Previsão de cortes

Dentre os 19 dirigentes presentes na reunião desta semana, 15 esperam que os juros básicos cheguem ao fim de 2024 em um nível menor que o atual. Do total, oito autoridades esperam que a taxa básica seja reduzida em 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual) até o fim do ano, e outras sete projetam redução de 25 pontos-base (0,25 pp.). Além deles, quatro preveem que os juros vão permanecer no patamar atual.

A leitura desta quarta representa um recrudescimento da visão dos dirigentes, visto que na reunião de 20 de março apenas dois dirigentes previam juros estáveis no fim deste ano, e a visão majoritária dos votantes era de que as taxas seriam cortadas pelo menos em 75 pontos-base (0,75 pp.).

Para o fim de 2025, nove dirigentes preveem que os juros terminarão o ano entre 4,0% e 4,25%; outros quatro esperam que as taxas fiquem entre 4,25% e 4,5%. Quatro dirigentes esperam que o patamar de juros fique abaixo dos 4%; e um dirigente prevê que os juros ficarão no mesmo nível de hoje, entre 5,25% e 5,50%.

Já ao fim de 2026, a visão hegemônica, de sete dirigentes, é a de que as taxas ficarão entre 3,0% e 3,25%. Outros três dirigentes esperam juros entre 3,25% e 3,50%, e três esperam entre 3,50% e 3,75%. Quatro banqueiros centrais visualizam as taxas abaixo de 3%; e apenas dois esperam os juros acima de 4% em 2026.

Índice de preços estável

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ficou estável em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,1%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,2% na comparação mensal de maio, igualmente abaixo do consenso do mercado, de acréscimo de 0,3%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3,3% em maio, desacelerando levemente frente ao aumento de 3,4% de abril. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,4% no mês passado, perdendo força ante o acréscimo de 3,6% de abril.

As leituras anuais do CPI em maio ficaram abaixo das expectativas, de +3,4% para o índice cheio e de +3,5% para o núcleo./Com André Marinho, Eliane Sobral, Fernanda Trisotto, Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Gabriel Tassi Lara e Leandro Silveira

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira, 12, em decisão unânime, manter inalterada a taxa básica de juros americana, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. É a sétima decisão consecutiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) pela manutenção. Os juros no país permanecem no maior patamar desde 2001. A decisão já era esperada por analistas.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação nos Estados Unidos arrefeceu de maneira substancial no último ano, mas permanece muito elevada. Em entrevista à imprensa após a decisão, ele reforçou que a instituição segue focada em atuar para retornar a inflação de volta à meta de 2%. Segundo Powell, a inflação veio mais alta que o esperado no começo do ano, mas os dados de meses mais recentes apontam para uma desaceleração.

O órgão avaliou que não seria apropriado reduzir os juros até que se tenha confiança em relação à convergência da inflação à meta. No comunicado, o Fed afirmou que, para avaliar a postura adequada da política monetária, seguirá monitorando os indicadores.

“O comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do comitê. As avaliações considerarão uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, diz.

Manutenção dos juros nos EUA já era esperada por analistas Foto: Sarah Silbiger/Reuters

O documento também destacou que busca alcançar o pleno emprego e uma inflação à taxa de 2% no longo prazo. “O comitê julga que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação têm se movido para um melhor equilíbrio ao longo do último ano. O panorama econômico é incerto e o comitê permanece altamente atento aos riscos inflacionários”, afirma.

A autoridade monetária ressalta que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo sólido, com ganhos de emprego fortes e a taxa de desemprego se mantendo baixa.

O comunicado traz mudanças bastante modestas em relação ao anterior, de 1° de maio. Na comparação entre os dois documentos, destaca-se apenas a alteração no primeiro parágrafo do que era uma menção à “falta” de mais progressos rumo à meta de inflação de 2% para um “modesto” progresso nessa frente. Além disso, o comunicado teve cortado um parágrafo pelo qual o Fed anunciava que começaria em junho a desacelerar o ritmo do recuo de seu balanço, entre outros detalhes sobre esse ajuste nas suas operações anunciados no início de maio.

Previsão de cortes

Dentre os 19 dirigentes presentes na reunião desta semana, 15 esperam que os juros básicos cheguem ao fim de 2024 em um nível menor que o atual. Do total, oito autoridades esperam que a taxa básica seja reduzida em 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual) até o fim do ano, e outras sete projetam redução de 25 pontos-base (0,25 pp.). Além deles, quatro preveem que os juros vão permanecer no patamar atual.

A leitura desta quarta representa um recrudescimento da visão dos dirigentes, visto que na reunião de 20 de março apenas dois dirigentes previam juros estáveis no fim deste ano, e a visão majoritária dos votantes era de que as taxas seriam cortadas pelo menos em 75 pontos-base (0,75 pp.).

Para o fim de 2025, nove dirigentes preveem que os juros terminarão o ano entre 4,0% e 4,25%; outros quatro esperam que as taxas fiquem entre 4,25% e 4,5%. Quatro dirigentes esperam que o patamar de juros fique abaixo dos 4%; e um dirigente prevê que os juros ficarão no mesmo nível de hoje, entre 5,25% e 5,50%.

Já ao fim de 2026, a visão hegemônica, de sete dirigentes, é a de que as taxas ficarão entre 3,0% e 3,25%. Outros três dirigentes esperam juros entre 3,25% e 3,50%, e três esperam entre 3,50% e 3,75%. Quatro banqueiros centrais visualizam as taxas abaixo de 3%; e apenas dois esperam os juros acima de 4% em 2026.

Índice de preços estável

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ficou estável em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,1%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,2% na comparação mensal de maio, igualmente abaixo do consenso do mercado, de acréscimo de 0,3%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3,3% em maio, desacelerando levemente frente ao aumento de 3,4% de abril. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,4% no mês passado, perdendo força ante o acréscimo de 3,6% de abril.

As leituras anuais do CPI em maio ficaram abaixo das expectativas, de +3,4% para o índice cheio e de +3,5% para o núcleo./Com André Marinho, Eliane Sobral, Fernanda Trisotto, Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Gabriel Tassi Lara e Leandro Silveira

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira, 12, em decisão unânime, manter inalterada a taxa básica de juros americana, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. É a sétima decisão consecutiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) pela manutenção. Os juros no país permanecem no maior patamar desde 2001. A decisão já era esperada por analistas.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação nos Estados Unidos arrefeceu de maneira substancial no último ano, mas permanece muito elevada. Em entrevista à imprensa após a decisão, ele reforçou que a instituição segue focada em atuar para retornar a inflação de volta à meta de 2%. Segundo Powell, a inflação veio mais alta que o esperado no começo do ano, mas os dados de meses mais recentes apontam para uma desaceleração.

O órgão avaliou que não seria apropriado reduzir os juros até que se tenha confiança em relação à convergência da inflação à meta. No comunicado, o Fed afirmou que, para avaliar a postura adequada da política monetária, seguirá monitorando os indicadores.

“O comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do comitê. As avaliações considerarão uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, diz.

Manutenção dos juros nos EUA já era esperada por analistas Foto: Sarah Silbiger/Reuters

O documento também destacou que busca alcançar o pleno emprego e uma inflação à taxa de 2% no longo prazo. “O comitê julga que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação têm se movido para um melhor equilíbrio ao longo do último ano. O panorama econômico é incerto e o comitê permanece altamente atento aos riscos inflacionários”, afirma.

A autoridade monetária ressalta que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo sólido, com ganhos de emprego fortes e a taxa de desemprego se mantendo baixa.

O comunicado traz mudanças bastante modestas em relação ao anterior, de 1° de maio. Na comparação entre os dois documentos, destaca-se apenas a alteração no primeiro parágrafo do que era uma menção à “falta” de mais progressos rumo à meta de inflação de 2% para um “modesto” progresso nessa frente. Além disso, o comunicado teve cortado um parágrafo pelo qual o Fed anunciava que começaria em junho a desacelerar o ritmo do recuo de seu balanço, entre outros detalhes sobre esse ajuste nas suas operações anunciados no início de maio.

Previsão de cortes

Dentre os 19 dirigentes presentes na reunião desta semana, 15 esperam que os juros básicos cheguem ao fim de 2024 em um nível menor que o atual. Do total, oito autoridades esperam que a taxa básica seja reduzida em 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual) até o fim do ano, e outras sete projetam redução de 25 pontos-base (0,25 pp.). Além deles, quatro preveem que os juros vão permanecer no patamar atual.

A leitura desta quarta representa um recrudescimento da visão dos dirigentes, visto que na reunião de 20 de março apenas dois dirigentes previam juros estáveis no fim deste ano, e a visão majoritária dos votantes era de que as taxas seriam cortadas pelo menos em 75 pontos-base (0,75 pp.).

Para o fim de 2025, nove dirigentes preveem que os juros terminarão o ano entre 4,0% e 4,25%; outros quatro esperam que as taxas fiquem entre 4,25% e 4,5%. Quatro dirigentes esperam que o patamar de juros fique abaixo dos 4%; e um dirigente prevê que os juros ficarão no mesmo nível de hoje, entre 5,25% e 5,50%.

Já ao fim de 2026, a visão hegemônica, de sete dirigentes, é a de que as taxas ficarão entre 3,0% e 3,25%. Outros três dirigentes esperam juros entre 3,25% e 3,50%, e três esperam entre 3,50% e 3,75%. Quatro banqueiros centrais visualizam as taxas abaixo de 3%; e apenas dois esperam os juros acima de 4% em 2026.

Índice de preços estável

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ficou estável em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,1%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,2% na comparação mensal de maio, igualmente abaixo do consenso do mercado, de acréscimo de 0,3%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3,3% em maio, desacelerando levemente frente ao aumento de 3,4% de abril. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,4% no mês passado, perdendo força ante o acréscimo de 3,6% de abril.

As leituras anuais do CPI em maio ficaram abaixo das expectativas, de +3,4% para o índice cheio e de +3,5% para o núcleo./Com André Marinho, Eliane Sobral, Fernanda Trisotto, Francine de Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Gabriel Tassi Lara e Leandro Silveira

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