Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), defendeu nesta quarta-feira, 21, a estratégia da instituição de reduzir o ritmo do aperto monetário, conforme ele se aproxima do fim de seu ciclo de aperto.
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Ao falar a congressistas no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, para apresentar o relatório de política monetária semestral do BC dos EUA, ele argumentou que o nível dos juros é uma questão separada da velocidade das decisões do Fed.
Powell comparou que, como um carro que se aproxima de seu destino, é natural reduzir a velocidade das altas de juros. Ao mesmo tempo, reafirmou que o Fed está concentrado nos indicadores e no quadro geral, para suas próximas decisões.
O presidente do Fed reafirmou que a inflação “está muito longe da meta” e que o BC está concentrado em fazer com que ela retorne aos 2%.
Descarte de mudança de meta
Powell refutou a ideia de que a autoridade monetária pretender alterar a meta de inflação nos Estados Unidos como resultado da guerra na Ucrânia, que agravou desequilíbrios na cadeia produtiva global.
Na audiência na Câmara dos Representantes norte-americana, ele reforçou que a inflação permanece muito acima do objetivo. “2% é nossa meta e permanecerá nossa meta. É uma meta de longo prazo”, explicou.
Mercado de trabalho
Powell afirmou ainda que, apesar da perda de fôlego recente, as vagas disponíveis na economia dos Estados Unidos ainda apontam para um mercado de trabalho “muito apertado”. Ele disse que sua expectativa é que ocorra “alguma perda de fôlego”, no momento em que o Fed mantém postura dura na política monetária para conter a inflação.
O líder do Fed assegurou que o país voltará a ter inflação na meta de 2% adiante, sem citar datas. Além disso, disse avaliar que a oferta e a demanda no setor imobiliário no país devem ficar mais alinhadas adiante. Nesse quadro, a inflação no setor imobiliário deve ter queda “significativa” neste ano e no próximo, previu.
Em outro momento da audiência, ele disse que o Fed não tem qualquer nível para o dólar como meta, mas enfatizou a importância de que a moeda seja a referência de valor global, o que para ele deve continuar a ocorrer.