EUA têm novo corte de juro, em decisão unânime; entenda os motivos


A decisão do Fed, o banco central americano, vem após um corte de 0,50 ponto porcentual no encontro de setembro, que deu início ao afrouxamento monetário da instituição

Por André Marinho, Francine De Lorenzo, Gabriel Tassi Lara, Patricia Lara e Thais Porsch
Atualização:

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) cortou a taxa dos Fed Funds (os juros de referência da economia) em 25 pontos-base (0,25 ponto porcentual), para a faixa entre 4,50% a 4,75% ao ano, em comunicado divulgado nesta tarde de quinta-feira, 7.

O movimento já era amplamente aguardado pelo mercado, conforme adiantado por analistas consultados pelo Estadão/Broadcast. A decisão vem após um corte de 0,50 ponto porcentual no encontro de setembro, que deu início ao afrouxamento monetário da instituição.

A decisão desta quinta-feira, 7, foi unânime, aponta o comunicado da reunião de política monetária encerrada hoje.

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O corte foi justificado pelos indicadores recentes que sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. “Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm se atenuado de modo geral, e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um pouco elevada”, diz o documento.

Jerome Powell, o presidente do Fed, conduz ciclo de corte de juro nos EUA Foto: Mandel Ngan/MANDEL NGAN

Os dirigentes também afirmaram estar fortemente comprometidos com o apoio ao nível máximo de emprego e com o retorno da inflação ao seu objetivo de 2% ao ano, preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a realização das metas do Fed.

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Segundo o texto, a inflação “continua um tanto elevada”, apesar de registrar progresso rumo à meta de 2% ao ano. O texto pontua que o Comitê segue empenhado em atingir o seus objetivos do duplo mandato para inflação e emprego, e que os riscos para ambos os lados estão “aproximadamente em equilíbrio”, com perspectiva econômica ainda incerta.

Após cortar a taxa do juro, o Fed reduziu a taxa de desconto, também em 0,25 ponto porcentual, para 4,75%.

Além disso, o BC americano cortou a taxa sobre compulsórios, de 4,9% para 4,65%.

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E com a mudança na Casa Branca?

O sócio da Portofino Multi Family Office, Adriano Cantreva, diz que ainda é muito cedo para falar em mudanças no Fed por conta da futura troca na Casa Branca. O BC dos EUA deve seguir o seu plano e aguardar mais dados econômicos para a definição dos juros americanos nas próximas reuniões, segundo ele.

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Cantreva também não vê Trump como uma ameaça à independência e credibilidade do Fed, diante de sinalizações do republicano durante a campanha de que deveria ter uma voz na autoridade. “É o modelo clássico que o candidato prometeu, mas o presidente proibiu. Muita coisa que foi falada durante a campanha ou não vai ser implementada ou vai ser adotada de uma maneira muito mais branda”, avalia, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

No entanto, as medidas protecionistas de Trump, embora tenham animado Wall Street, que antecipou uma nova era de impostos mais baixos e uma regulamentação mais branda, podem dificultar a vida do Fed caso façam pressão na inflação americana. “O banco central americano terá menos espaço para reduzir juros”, prevê o diretor da Eurasia para as Américas, Christopher Garman. /Com Aline Bronzati, correspondente em Nova York

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) cortou a taxa dos Fed Funds (os juros de referência da economia) em 25 pontos-base (0,25 ponto porcentual), para a faixa entre 4,50% a 4,75% ao ano, em comunicado divulgado nesta tarde de quinta-feira, 7.

O movimento já era amplamente aguardado pelo mercado, conforme adiantado por analistas consultados pelo Estadão/Broadcast. A decisão vem após um corte de 0,50 ponto porcentual no encontro de setembro, que deu início ao afrouxamento monetário da instituição.

A decisão desta quinta-feira, 7, foi unânime, aponta o comunicado da reunião de política monetária encerrada hoje.

O corte foi justificado pelos indicadores recentes que sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. “Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm se atenuado de modo geral, e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um pouco elevada”, diz o documento.

Jerome Powell, o presidente do Fed, conduz ciclo de corte de juro nos EUA Foto: Mandel Ngan/MANDEL NGAN

Os dirigentes também afirmaram estar fortemente comprometidos com o apoio ao nível máximo de emprego e com o retorno da inflação ao seu objetivo de 2% ao ano, preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a realização das metas do Fed.

Segundo o texto, a inflação “continua um tanto elevada”, apesar de registrar progresso rumo à meta de 2% ao ano. O texto pontua que o Comitê segue empenhado em atingir o seus objetivos do duplo mandato para inflação e emprego, e que os riscos para ambos os lados estão “aproximadamente em equilíbrio”, com perspectiva econômica ainda incerta.

Após cortar a taxa do juro, o Fed reduziu a taxa de desconto, também em 0,25 ponto porcentual, para 4,75%.

Além disso, o BC americano cortou a taxa sobre compulsórios, de 4,9% para 4,65%.

E com a mudança na Casa Branca?

O sócio da Portofino Multi Family Office, Adriano Cantreva, diz que ainda é muito cedo para falar em mudanças no Fed por conta da futura troca na Casa Branca. O BC dos EUA deve seguir o seu plano e aguardar mais dados econômicos para a definição dos juros americanos nas próximas reuniões, segundo ele.

Cantreva também não vê Trump como uma ameaça à independência e credibilidade do Fed, diante de sinalizações do republicano durante a campanha de que deveria ter uma voz na autoridade. “É o modelo clássico que o candidato prometeu, mas o presidente proibiu. Muita coisa que foi falada durante a campanha ou não vai ser implementada ou vai ser adotada de uma maneira muito mais branda”, avalia, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

No entanto, as medidas protecionistas de Trump, embora tenham animado Wall Street, que antecipou uma nova era de impostos mais baixos e uma regulamentação mais branda, podem dificultar a vida do Fed caso façam pressão na inflação americana. “O banco central americano terá menos espaço para reduzir juros”, prevê o diretor da Eurasia para as Américas, Christopher Garman. /Com Aline Bronzati, correspondente em Nova York

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) cortou a taxa dos Fed Funds (os juros de referência da economia) em 25 pontos-base (0,25 ponto porcentual), para a faixa entre 4,50% a 4,75% ao ano, em comunicado divulgado nesta tarde de quinta-feira, 7.

O movimento já era amplamente aguardado pelo mercado, conforme adiantado por analistas consultados pelo Estadão/Broadcast. A decisão vem após um corte de 0,50 ponto porcentual no encontro de setembro, que deu início ao afrouxamento monetário da instituição.

A decisão desta quinta-feira, 7, foi unânime, aponta o comunicado da reunião de política monetária encerrada hoje.

O corte foi justificado pelos indicadores recentes que sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. “Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm se atenuado de modo geral, e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um pouco elevada”, diz o documento.

Jerome Powell, o presidente do Fed, conduz ciclo de corte de juro nos EUA Foto: Mandel Ngan/MANDEL NGAN

Os dirigentes também afirmaram estar fortemente comprometidos com o apoio ao nível máximo de emprego e com o retorno da inflação ao seu objetivo de 2% ao ano, preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a realização das metas do Fed.

Segundo o texto, a inflação “continua um tanto elevada”, apesar de registrar progresso rumo à meta de 2% ao ano. O texto pontua que o Comitê segue empenhado em atingir o seus objetivos do duplo mandato para inflação e emprego, e que os riscos para ambos os lados estão “aproximadamente em equilíbrio”, com perspectiva econômica ainda incerta.

Após cortar a taxa do juro, o Fed reduziu a taxa de desconto, também em 0,25 ponto porcentual, para 4,75%.

Além disso, o BC americano cortou a taxa sobre compulsórios, de 4,9% para 4,65%.

E com a mudança na Casa Branca?

O sócio da Portofino Multi Family Office, Adriano Cantreva, diz que ainda é muito cedo para falar em mudanças no Fed por conta da futura troca na Casa Branca. O BC dos EUA deve seguir o seu plano e aguardar mais dados econômicos para a definição dos juros americanos nas próximas reuniões, segundo ele.

Cantreva também não vê Trump como uma ameaça à independência e credibilidade do Fed, diante de sinalizações do republicano durante a campanha de que deveria ter uma voz na autoridade. “É o modelo clássico que o candidato prometeu, mas o presidente proibiu. Muita coisa que foi falada durante a campanha ou não vai ser implementada ou vai ser adotada de uma maneira muito mais branda”, avalia, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

No entanto, as medidas protecionistas de Trump, embora tenham animado Wall Street, que antecipou uma nova era de impostos mais baixos e uma regulamentação mais branda, podem dificultar a vida do Fed caso façam pressão na inflação americana. “O banco central americano terá menos espaço para reduzir juros”, prevê o diretor da Eurasia para as Américas, Christopher Garman. /Com Aline Bronzati, correspondente em Nova York

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