EUA precisam se preparar para envelhecimento, diz Bernanke


O presidente do Fed pediu reformas nos programas de saúde para idosos e da Previdência, que considerou "insustentáveis" em sua forma atual

Por Agencia Estado

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, alertou nesta quarta-feira para os efeitos do envelhecimento da população sobre as contas públicas, e pediu reformas nos programas de saúde para idosos e da Previdência, que considerou "insustentáveis" em sua forma atual. "Se não nos prepararmos para a mudança demográfica, haverá efeitos adversos substanciais sobre o bem-estar econômico de nossos filhos e netos, assim como sobre o potencial de produção de longo prazo da economia americana", afirmou Bernanke no Clube Econômico de Washington. O titular do Fed dedicou seu discurso ao envelhecimento demográfico nos EUA, e não analisou a situação econômica do país nem deu pistas sobre a política monetária. Bernanke falou especificamente sobre o programa Medicare, que proporciona um seguro de saúde para os idosos, e da Previdência Social. Se as coisas continuarem como estão, as despesas desses dois programas passarão dos 7% do Produto Interno Bruto (PIB) atuais para quase 13% em 2030 e mais de 15% em 2050, destacou Bernanke. "A reforma de nossos programas sociais que são insustentáveis deve ser uma prioridade", disse. Os Estados Unidos encontram-se em um processo de envelhecimento populacional devido à redução da fertilidade e ao aumento da expectativa de vida. Essa mudança será o fator mais importante para o desempenho da economia do país nas próximas décadas, disse Bernanke. Outros países industrializados, especialmente os europeus, estão adiante dos EUA nesse caminho, pois têm uma população mais idosa. Para os Estados Unidos, 2008 será um marco, pois nesse ano se aposentarão os primeiros membros da chamada geração "baby-boom", a do presidente George W. Bush e de seu antecessor Bill Clinton, nascidos após a Segunda Guerra Mundial. Em 2008, 12% da população terá mais de 65 anos, uma percentagem que subirá para 19% por volta de 2030, segundo o Fed. Isso significa que a taxa de população economicamente ativa cairá e, com ela, as contribuições totais dos trabalhadores ao Medicare e à Previdência Social. Bernanke pediu a "reestruturação" desses programas o mais rápido possível, para que os americanos já comecem a economizar mais para compensar uma previsível redução dos benefícios da Previdência e da cobertura de saúde. As famílias americanas não estão preparadas para essa perspectiva, pois a poupança delas encontra-se em um nível "excepcionalmente baixo", destacou Bernanke. O governo federal também precisa economizar mais, segundo o presidente da autoridade monetária, que reconheceu, entretanto, que isso "não será fácil politicamente". O déficit orçamentário dos EUA foi de US$ 260 bilhões no ano fiscal de 2006, que terminou em 30 de setembro, segundo cálculos preliminares do Escritório Orçamentário do Congresso (CBO, em inglês). No ano fiscal iniciado em 1º de outubro, o nível subirá para US$ 286 bilhões, de acordo com o CBO. Bush, que herdou um superávit orçamentário de Clinton, prometeu em sua campanha para a reeleição, em 2004, reduzir o déficit pela metade até 2008. Outro de seus projetos foi a privatização parcial da Previdência Social como resposta ao envelhecimento da população. O próprio Bernanke promoveu esse plano como presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, cargo que ocupou antes de passar para o Federal Reserve, no começo deste ano. Em seu discurso nesta quarta, Bernanke mencionou apenas os desafios representados pelos sistemas de previdência nos quais os trabalhadores pagam pelos benefícios da atual geração de aposentados. O plano de Bush incluía a criação de contas privadas de poupança nas quais os empregados pudessem colocar dinheiro para sua própria aposentadoria. No entanto, o projeto sumiu da agenda da Casa Branca devido à forte oposição que suscitou.

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, alertou nesta quarta-feira para os efeitos do envelhecimento da população sobre as contas públicas, e pediu reformas nos programas de saúde para idosos e da Previdência, que considerou "insustentáveis" em sua forma atual. "Se não nos prepararmos para a mudança demográfica, haverá efeitos adversos substanciais sobre o bem-estar econômico de nossos filhos e netos, assim como sobre o potencial de produção de longo prazo da economia americana", afirmou Bernanke no Clube Econômico de Washington. O titular do Fed dedicou seu discurso ao envelhecimento demográfico nos EUA, e não analisou a situação econômica do país nem deu pistas sobre a política monetária. Bernanke falou especificamente sobre o programa Medicare, que proporciona um seguro de saúde para os idosos, e da Previdência Social. Se as coisas continuarem como estão, as despesas desses dois programas passarão dos 7% do Produto Interno Bruto (PIB) atuais para quase 13% em 2030 e mais de 15% em 2050, destacou Bernanke. "A reforma de nossos programas sociais que são insustentáveis deve ser uma prioridade", disse. Os Estados Unidos encontram-se em um processo de envelhecimento populacional devido à redução da fertilidade e ao aumento da expectativa de vida. Essa mudança será o fator mais importante para o desempenho da economia do país nas próximas décadas, disse Bernanke. Outros países industrializados, especialmente os europeus, estão adiante dos EUA nesse caminho, pois têm uma população mais idosa. Para os Estados Unidos, 2008 será um marco, pois nesse ano se aposentarão os primeiros membros da chamada geração "baby-boom", a do presidente George W. Bush e de seu antecessor Bill Clinton, nascidos após a Segunda Guerra Mundial. Em 2008, 12% da população terá mais de 65 anos, uma percentagem que subirá para 19% por volta de 2030, segundo o Fed. Isso significa que a taxa de população economicamente ativa cairá e, com ela, as contribuições totais dos trabalhadores ao Medicare e à Previdência Social. Bernanke pediu a "reestruturação" desses programas o mais rápido possível, para que os americanos já comecem a economizar mais para compensar uma previsível redução dos benefícios da Previdência e da cobertura de saúde. As famílias americanas não estão preparadas para essa perspectiva, pois a poupança delas encontra-se em um nível "excepcionalmente baixo", destacou Bernanke. O governo federal também precisa economizar mais, segundo o presidente da autoridade monetária, que reconheceu, entretanto, que isso "não será fácil politicamente". O déficit orçamentário dos EUA foi de US$ 260 bilhões no ano fiscal de 2006, que terminou em 30 de setembro, segundo cálculos preliminares do Escritório Orçamentário do Congresso (CBO, em inglês). No ano fiscal iniciado em 1º de outubro, o nível subirá para US$ 286 bilhões, de acordo com o CBO. Bush, que herdou um superávit orçamentário de Clinton, prometeu em sua campanha para a reeleição, em 2004, reduzir o déficit pela metade até 2008. Outro de seus projetos foi a privatização parcial da Previdência Social como resposta ao envelhecimento da população. O próprio Bernanke promoveu esse plano como presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, cargo que ocupou antes de passar para o Federal Reserve, no começo deste ano. Em seu discurso nesta quarta, Bernanke mencionou apenas os desafios representados pelos sistemas de previdência nos quais os trabalhadores pagam pelos benefícios da atual geração de aposentados. O plano de Bush incluía a criação de contas privadas de poupança nas quais os empregados pudessem colocar dinheiro para sua própria aposentadoria. No entanto, o projeto sumiu da agenda da Casa Branca devido à forte oposição que suscitou.

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, alertou nesta quarta-feira para os efeitos do envelhecimento da população sobre as contas públicas, e pediu reformas nos programas de saúde para idosos e da Previdência, que considerou "insustentáveis" em sua forma atual. "Se não nos prepararmos para a mudança demográfica, haverá efeitos adversos substanciais sobre o bem-estar econômico de nossos filhos e netos, assim como sobre o potencial de produção de longo prazo da economia americana", afirmou Bernanke no Clube Econômico de Washington. O titular do Fed dedicou seu discurso ao envelhecimento demográfico nos EUA, e não analisou a situação econômica do país nem deu pistas sobre a política monetária. Bernanke falou especificamente sobre o programa Medicare, que proporciona um seguro de saúde para os idosos, e da Previdência Social. Se as coisas continuarem como estão, as despesas desses dois programas passarão dos 7% do Produto Interno Bruto (PIB) atuais para quase 13% em 2030 e mais de 15% em 2050, destacou Bernanke. "A reforma de nossos programas sociais que são insustentáveis deve ser uma prioridade", disse. Os Estados Unidos encontram-se em um processo de envelhecimento populacional devido à redução da fertilidade e ao aumento da expectativa de vida. Essa mudança será o fator mais importante para o desempenho da economia do país nas próximas décadas, disse Bernanke. Outros países industrializados, especialmente os europeus, estão adiante dos EUA nesse caminho, pois têm uma população mais idosa. Para os Estados Unidos, 2008 será um marco, pois nesse ano se aposentarão os primeiros membros da chamada geração "baby-boom", a do presidente George W. Bush e de seu antecessor Bill Clinton, nascidos após a Segunda Guerra Mundial. Em 2008, 12% da população terá mais de 65 anos, uma percentagem que subirá para 19% por volta de 2030, segundo o Fed. Isso significa que a taxa de população economicamente ativa cairá e, com ela, as contribuições totais dos trabalhadores ao Medicare e à Previdência Social. Bernanke pediu a "reestruturação" desses programas o mais rápido possível, para que os americanos já comecem a economizar mais para compensar uma previsível redução dos benefícios da Previdência e da cobertura de saúde. As famílias americanas não estão preparadas para essa perspectiva, pois a poupança delas encontra-se em um nível "excepcionalmente baixo", destacou Bernanke. O governo federal também precisa economizar mais, segundo o presidente da autoridade monetária, que reconheceu, entretanto, que isso "não será fácil politicamente". O déficit orçamentário dos EUA foi de US$ 260 bilhões no ano fiscal de 2006, que terminou em 30 de setembro, segundo cálculos preliminares do Escritório Orçamentário do Congresso (CBO, em inglês). No ano fiscal iniciado em 1º de outubro, o nível subirá para US$ 286 bilhões, de acordo com o CBO. Bush, que herdou um superávit orçamentário de Clinton, prometeu em sua campanha para a reeleição, em 2004, reduzir o déficit pela metade até 2008. Outro de seus projetos foi a privatização parcial da Previdência Social como resposta ao envelhecimento da população. O próprio Bernanke promoveu esse plano como presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, cargo que ocupou antes de passar para o Federal Reserve, no começo deste ano. Em seu discurso nesta quarta, Bernanke mencionou apenas os desafios representados pelos sistemas de previdência nos quais os trabalhadores pagam pelos benefícios da atual geração de aposentados. O plano de Bush incluía a criação de contas privadas de poupança nas quais os empregados pudessem colocar dinheiro para sua própria aposentadoria. No entanto, o projeto sumiu da agenda da Casa Branca devido à forte oposição que suscitou.

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