Negociação por teto da dívida dos EUA trava após Biden criticar demandas ‘extremas’ da oposição


A secretária Janet Yellen disse considerar ‘que são pequenas as chances de o governo chegar a 15 de junho com capacidade de honrar obrigações financeiras se o teto não for suspenso ou elevado’

Por André Marinho

Após terem dado sinais de avanços ao longo da semana, as negociações para solucionar o impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos travaram nos últimos dois dias, à medida que a Casa Branca rejeita demandas da oposição por cortes de gastos públicos.

Nesta manhã, o presidente americano, Joe Biden, acusou os republicanos de insistirem em “posições extremas”. Durante a viagem de volta do Japão, onde participou da cúpula de líderes do G7, o democrata conversou por telefone com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, sobre o tema. Os dois ficaram de se encontrar pessoalmente amanhã.

O encontro - o terceiro entre os políticos em menos de duas semanas - será uma tentativa de conter a deterioração nas discussões desde que Biden viajou à Ásia. Na sexta-feira, o deputado Garret Graves, que lidera o lado republicano no debate, disse que as negociações seriam “pausadas” porque o governo não estaria sendo “razoável”.

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As conversas foram retomadas mais tarde no mesmo dia, mas tiveram progressos limitados desde então. Ontem, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, emitiu um duro comunicado em que afirma que a oposição trouxe “demandas partidárias extremas” sem chances de aprovação no Congresso.

Em reunião do G7, no Japão, Biden critica opositores a mudanças no teto de gastos Foto: Kiyoshi Ota/AP

“Sejamos claros: a equipe do presidente está pronta para reunião a qualquer momento. E vamos levar a sério o que pode passar no Congresso de forma bipartidária, chegar à mesa do presidente e reduzir o déficit”, escreveu a porta-voz, que ainda acusou a liderança republicana de estar cedendo às alas mais radicais do partido.

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A legenda oposicionista exige condicionar o aumento do teto da dívida a cortes profundos nas despesas públicas, além do endurecimento de regras para beneficiários de programas sociais. Um grupo de 57 deputados republicanos foi além e argumentou que a legislação deve incluir ainda restrições para a imigração ilegal.

Cenário de default

O governo Biden já sinalizou veemente oposição a todas essas demandas. O impasse ameaça impor aos EUA um imprevisível cenário de default da dívida pública. A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, disse hoje considerar “bem pequenas” as chances de o governo chegar a 15 de junho com capacidade de honrar obrigações financeiras se o teto não for suspenso ou elevado.

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O Departamento do Tesouro americano estima que, se o teto não for suspenso ou elevado antes de 1º de junho, poderá ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras. Parlamentares republicanos mantêm exigências de cortes drásticos de gastos, rejeitando as alternativas propostas pela Casa Branca para reduzir o déficit.

Já o governo propôs manter as despesas estáveis, o que economizaria US$ 90 bilhões no orçamento de 2024 e US$ 1 trilhão em 10 anos. “Acho que podemos chegar a um acordo”, disse Biden, embora tenha acrescentado: “Não posso garantir que eles - republicanos -, não forçariam um default fazendo algo ultrajante”.

Durante meses, Biden se recusou a se envolver em negociações sobre o limite da dívida, argumentando que os republicanos no Congresso estavam tentando usar o voto sobre o limite de empréstimos como alavanca para extrair concessões do governo em outras prioridades políticas./ COM ASSOCIATED PRESS

Após terem dado sinais de avanços ao longo da semana, as negociações para solucionar o impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos travaram nos últimos dois dias, à medida que a Casa Branca rejeita demandas da oposição por cortes de gastos públicos.

Nesta manhã, o presidente americano, Joe Biden, acusou os republicanos de insistirem em “posições extremas”. Durante a viagem de volta do Japão, onde participou da cúpula de líderes do G7, o democrata conversou por telefone com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, sobre o tema. Os dois ficaram de se encontrar pessoalmente amanhã.

O encontro - o terceiro entre os políticos em menos de duas semanas - será uma tentativa de conter a deterioração nas discussões desde que Biden viajou à Ásia. Na sexta-feira, o deputado Garret Graves, que lidera o lado republicano no debate, disse que as negociações seriam “pausadas” porque o governo não estaria sendo “razoável”.

As conversas foram retomadas mais tarde no mesmo dia, mas tiveram progressos limitados desde então. Ontem, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, emitiu um duro comunicado em que afirma que a oposição trouxe “demandas partidárias extremas” sem chances de aprovação no Congresso.

Em reunião do G7, no Japão, Biden critica opositores a mudanças no teto de gastos Foto: Kiyoshi Ota/AP

“Sejamos claros: a equipe do presidente está pronta para reunião a qualquer momento. E vamos levar a sério o que pode passar no Congresso de forma bipartidária, chegar à mesa do presidente e reduzir o déficit”, escreveu a porta-voz, que ainda acusou a liderança republicana de estar cedendo às alas mais radicais do partido.

A legenda oposicionista exige condicionar o aumento do teto da dívida a cortes profundos nas despesas públicas, além do endurecimento de regras para beneficiários de programas sociais. Um grupo de 57 deputados republicanos foi além e argumentou que a legislação deve incluir ainda restrições para a imigração ilegal.

Cenário de default

O governo Biden já sinalizou veemente oposição a todas essas demandas. O impasse ameaça impor aos EUA um imprevisível cenário de default da dívida pública. A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, disse hoje considerar “bem pequenas” as chances de o governo chegar a 15 de junho com capacidade de honrar obrigações financeiras se o teto não for suspenso ou elevado.

O Departamento do Tesouro americano estima que, se o teto não for suspenso ou elevado antes de 1º de junho, poderá ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras. Parlamentares republicanos mantêm exigências de cortes drásticos de gastos, rejeitando as alternativas propostas pela Casa Branca para reduzir o déficit.

Já o governo propôs manter as despesas estáveis, o que economizaria US$ 90 bilhões no orçamento de 2024 e US$ 1 trilhão em 10 anos. “Acho que podemos chegar a um acordo”, disse Biden, embora tenha acrescentado: “Não posso garantir que eles - republicanos -, não forçariam um default fazendo algo ultrajante”.

Durante meses, Biden se recusou a se envolver em negociações sobre o limite da dívida, argumentando que os republicanos no Congresso estavam tentando usar o voto sobre o limite de empréstimos como alavanca para extrair concessões do governo em outras prioridades políticas./ COM ASSOCIATED PRESS

Após terem dado sinais de avanços ao longo da semana, as negociações para solucionar o impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos travaram nos últimos dois dias, à medida que a Casa Branca rejeita demandas da oposição por cortes de gastos públicos.

Nesta manhã, o presidente americano, Joe Biden, acusou os republicanos de insistirem em “posições extremas”. Durante a viagem de volta do Japão, onde participou da cúpula de líderes do G7, o democrata conversou por telefone com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, sobre o tema. Os dois ficaram de se encontrar pessoalmente amanhã.

O encontro - o terceiro entre os políticos em menos de duas semanas - será uma tentativa de conter a deterioração nas discussões desde que Biden viajou à Ásia. Na sexta-feira, o deputado Garret Graves, que lidera o lado republicano no debate, disse que as negociações seriam “pausadas” porque o governo não estaria sendo “razoável”.

As conversas foram retomadas mais tarde no mesmo dia, mas tiveram progressos limitados desde então. Ontem, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, emitiu um duro comunicado em que afirma que a oposição trouxe “demandas partidárias extremas” sem chances de aprovação no Congresso.

Em reunião do G7, no Japão, Biden critica opositores a mudanças no teto de gastos Foto: Kiyoshi Ota/AP

“Sejamos claros: a equipe do presidente está pronta para reunião a qualquer momento. E vamos levar a sério o que pode passar no Congresso de forma bipartidária, chegar à mesa do presidente e reduzir o déficit”, escreveu a porta-voz, que ainda acusou a liderança republicana de estar cedendo às alas mais radicais do partido.

A legenda oposicionista exige condicionar o aumento do teto da dívida a cortes profundos nas despesas públicas, além do endurecimento de regras para beneficiários de programas sociais. Um grupo de 57 deputados republicanos foi além e argumentou que a legislação deve incluir ainda restrições para a imigração ilegal.

Cenário de default

O governo Biden já sinalizou veemente oposição a todas essas demandas. O impasse ameaça impor aos EUA um imprevisível cenário de default da dívida pública. A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, disse hoje considerar “bem pequenas” as chances de o governo chegar a 15 de junho com capacidade de honrar obrigações financeiras se o teto não for suspenso ou elevado.

O Departamento do Tesouro americano estima que, se o teto não for suspenso ou elevado antes de 1º de junho, poderá ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras. Parlamentares republicanos mantêm exigências de cortes drásticos de gastos, rejeitando as alternativas propostas pela Casa Branca para reduzir o déficit.

Já o governo propôs manter as despesas estáveis, o que economizaria US$ 90 bilhões no orçamento de 2024 e US$ 1 trilhão em 10 anos. “Acho que podemos chegar a um acordo”, disse Biden, embora tenha acrescentado: “Não posso garantir que eles - republicanos -, não forçariam um default fazendo algo ultrajante”.

Durante meses, Biden se recusou a se envolver em negociações sobre o limite da dívida, argumentando que os republicanos no Congresso estavam tentando usar o voto sobre o limite de empréstimos como alavanca para extrair concessões do governo em outras prioridades políticas./ COM ASSOCIATED PRESS

Após terem dado sinais de avanços ao longo da semana, as negociações para solucionar o impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos travaram nos últimos dois dias, à medida que a Casa Branca rejeita demandas da oposição por cortes de gastos públicos.

Nesta manhã, o presidente americano, Joe Biden, acusou os republicanos de insistirem em “posições extremas”. Durante a viagem de volta do Japão, onde participou da cúpula de líderes do G7, o democrata conversou por telefone com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, sobre o tema. Os dois ficaram de se encontrar pessoalmente amanhã.

O encontro - o terceiro entre os políticos em menos de duas semanas - será uma tentativa de conter a deterioração nas discussões desde que Biden viajou à Ásia. Na sexta-feira, o deputado Garret Graves, que lidera o lado republicano no debate, disse que as negociações seriam “pausadas” porque o governo não estaria sendo “razoável”.

As conversas foram retomadas mais tarde no mesmo dia, mas tiveram progressos limitados desde então. Ontem, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, emitiu um duro comunicado em que afirma que a oposição trouxe “demandas partidárias extremas” sem chances de aprovação no Congresso.

Em reunião do G7, no Japão, Biden critica opositores a mudanças no teto de gastos Foto: Kiyoshi Ota/AP

“Sejamos claros: a equipe do presidente está pronta para reunião a qualquer momento. E vamos levar a sério o que pode passar no Congresso de forma bipartidária, chegar à mesa do presidente e reduzir o déficit”, escreveu a porta-voz, que ainda acusou a liderança republicana de estar cedendo às alas mais radicais do partido.

A legenda oposicionista exige condicionar o aumento do teto da dívida a cortes profundos nas despesas públicas, além do endurecimento de regras para beneficiários de programas sociais. Um grupo de 57 deputados republicanos foi além e argumentou que a legislação deve incluir ainda restrições para a imigração ilegal.

Cenário de default

O governo Biden já sinalizou veemente oposição a todas essas demandas. O impasse ameaça impor aos EUA um imprevisível cenário de default da dívida pública. A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, disse hoje considerar “bem pequenas” as chances de o governo chegar a 15 de junho com capacidade de honrar obrigações financeiras se o teto não for suspenso ou elevado.

O Departamento do Tesouro americano estima que, se o teto não for suspenso ou elevado antes de 1º de junho, poderá ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras. Parlamentares republicanos mantêm exigências de cortes drásticos de gastos, rejeitando as alternativas propostas pela Casa Branca para reduzir o déficit.

Já o governo propôs manter as despesas estáveis, o que economizaria US$ 90 bilhões no orçamento de 2024 e US$ 1 trilhão em 10 anos. “Acho que podemos chegar a um acordo”, disse Biden, embora tenha acrescentado: “Não posso garantir que eles - republicanos -, não forçariam um default fazendo algo ultrajante”.

Durante meses, Biden se recusou a se envolver em negociações sobre o limite da dívida, argumentando que os republicanos no Congresso estavam tentando usar o voto sobre o limite de empréstimos como alavanca para extrair concessões do governo em outras prioridades políticas./ COM ASSOCIATED PRESS

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