O ex-diretor da Americanas, Marcio Cruz, não compareceu nesta terça-feira, 8, à audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a fraude que inflou os resultados da varejista.
O presidente da CPI, Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), determinou que a secretaria da comissão encaminhe as medidas necessárias para a condução coercitiva e afirmou que não vai admitir desrespeitos à comissão.
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Na condução coercitiva, uma pessoa é levada até a autoridade policial ou judiciária, mesmo contra a sua vontade, para prestar depoimento ou para ser interrogada.
Após a decisão, a defesa de Cruz afirmou à secretaria da CPI que o ex-executivo vai comparecer na próxima audiência pública.
Outro ex-diretor, José Timotheo de Barros, compareceu com habeas corpus que garante o direito de permanecer em silêncio na CPI.
Ele disse que, apesar da “quantidade altíssima de inverdades” ditas nas acusações feitas a ele, acataria as orientações de seus advogados e permaneceria em silêncio.
O ex-executivo da companhia disse ainda autorizar o compartilhamento de depoimentos prestados por ele à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Polícia Federal. Timótheo afirmou confiar nas investigações da CPI.
Em nota, a Americanas informou que, com base nas oitivas da comissão, ”reitera as evidências de fraude contidas em informações e documentos apresentados à CPI em 13 de junho de 2023, no relatório preliminar produzido pelos assessores jurídicos da Companhia que foi entregue às autoridades competentes. A Companhia reafirma que José Timotheo de Barros atuou como diretor financeiro e de logística e também como CEO da plataforma física da Americanas nos últimos anos. A Americanas segue apoiando as apurações para a conclusão das investigações e responsabilização de todos os envolvidos”.