Ampliar exportações da indústria é prioridade para o governo, diz Tatiana Prazeres


De acordo com secretária de Comércio Exterior do MDIC, apenas 1% das empresas brasileiras participa do mercado exportador

Por Diego Lazzaris
Atualização:
Foto: Werther Santana/Estadão
Entrevista comTatiana PrazeresSecretária de Comércio Exterior do MDIC

Uma das prioridades do governo federal é aumentar a base de exportação no Brasil, de acordo com Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Apenas cerca de 1% das empresas brasileiras participam atualmente do mercado exportador”, disse Tatiana, em entrevista ao Estadão. Ela participou do Fórum Estadão Think — Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, no salão nobre da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Para melhorar este cenário, foi lançada a Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), um conjunto de medidas com objetivo de incentivar a exportação de produtos e serviços brasileiros. “A PNCE envolve todos os Estados e entidades de apoio para ajudar empresas com potencial e maturidade exportadora a alcançar o mercado externo”, afirma Tatiana.

Segundo a secretária do MDIC, a desburocratização do comércio exterior é outro tema relevante que está no foco do governo. “A facilitação do comércio internacional beneficia todos os exportadores, mas é especialmente vital para pequenas empresas, que enfrentam obstáculos significativos no mercado externo devido à burocracia”, disse.

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A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que o governo tem feito para fomentar as exportações e melhorar a competitividade da indústria brasileira no cenário global?

Ampliar a base exportadora do Brasil é um objetivo do governo federal. Atualmente, apenas cerca de 1% das empresas brasileiras participa do mercado exportador. Em resposta a esse cenário, lançamos a Política Nacional de Cultura Exportadora, que envolve todos os Estados e entidades de apoio para ajudar empresas com potencial e maturidade exportadora a alcançar o mercado externo. Dentro dessa política, apresentamos ao Congresso o programa Acelera Exportação, que prevê a devolução de créditos tributários, uma medida que tornará os produtos de pequenos e médios empresários mais competitivos no exterior. Hoje, o Brasil ainda ‘exporta’ tributos, o que prejudica a competitividade de nossos produtos no mercado internacional. O programa Acelera Exportação é uma das várias iniciativas nesse sentido. Além disso, a criação de uma cultura exportadora, com capacitação e treinamento, é fundamental, assim como o trabalho de promoção comercial desenvolvido pela Apex Brasil, que é essencial para atrair mais empresas ao comércio exterior.

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Tatiana Prazeres ressalta a importância da desburocratização do comércio exterior Foto: Werther Santana/Estadão

Existem outras iniciativas?

Destaco também a importância da desburocratização do comércio exterior. A facilitação do comércio internacional beneficia todos os exportadores, mas é especialmente vital para pequenas empresas, que enfrentam obstáculos significativos no mercado externo devido à burocracia. Para isso, estamos implementando a migração definitiva para o Portal Único de Comércio Exterior, uma plataforma que simplifica as operações, substituindo diversos sistemas e agentes distintos. Essa ferramenta é uma medida essencial de desburocratização, especialmente para empresas de menor porte.

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Falou-se bastante sobre a vantagem do Brasil na agenda verde e nos biocombustíveis. Como a sra. avalia o potencial do setor no Brasil?

A relação entre comércio e desenvolvimento sustentável veio para ficar, e o Brasil está bem posicionado como uma potência ambiental, energética e agrícola para valorizar seus produtos e serviços no exterior, destacando seus atributos de sustentabilidade. Esse caminho não é simples; envolve desafios e a superação de barreiras ambientais impostas por exigências verdes. No entanto, graças à produção mais limpa e à matriz energética do país, o Brasil tem condições de posicionar melhor seus produtos no mercado internacional. Essa possibilidade abrange desde produtos da biodiversidade brasileira até itens do setor siderúrgico, que consomem intensivamente energia. Seja com bioinsumos ou produtos siderúrgicos, há oportunidades para que o Brasil se destaque tanto junto a indústrias que visam atingir suas próprias metas de sustentabilidade, quanto junto ao consumidor final, que valoriza cada vez mais essa dimensão no momento da compra.

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Como a sra. enxerga o momento geopolítico atual e de que forma a indústria brasileira está inserida nesse contexto?

O cenário internacional atual é marcado pelo aumento das tensões geopolíticas, pelo risco de fragmentação do comércio e pela securitização da agenda comercial, em que as preocupações com segurança nacional se sobrepõem a prioridades tradicionais, como a busca por eficiência. O Brasil, por estar distante dos principais centros de tensão geopolítica, possui uma posição favorável para se destacar nesse novo contexto de reconfiguração das cadeias globais de valor. No entanto, navegar essas complexidades exige atenção, pois essas tensões também exercem pressão sobre o País.

Uma das prioridades do governo federal é aumentar a base de exportação no Brasil, de acordo com Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Apenas cerca de 1% das empresas brasileiras participam atualmente do mercado exportador”, disse Tatiana, em entrevista ao Estadão. Ela participou do Fórum Estadão Think — Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, no salão nobre da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Para melhorar este cenário, foi lançada a Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), um conjunto de medidas com objetivo de incentivar a exportação de produtos e serviços brasileiros. “A PNCE envolve todos os Estados e entidades de apoio para ajudar empresas com potencial e maturidade exportadora a alcançar o mercado externo”, afirma Tatiana.

Segundo a secretária do MDIC, a desburocratização do comércio exterior é outro tema relevante que está no foco do governo. “A facilitação do comércio internacional beneficia todos os exportadores, mas é especialmente vital para pequenas empresas, que enfrentam obstáculos significativos no mercado externo devido à burocracia”, disse.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que o governo tem feito para fomentar as exportações e melhorar a competitividade da indústria brasileira no cenário global?

Ampliar a base exportadora do Brasil é um objetivo do governo federal. Atualmente, apenas cerca de 1% das empresas brasileiras participa do mercado exportador. Em resposta a esse cenário, lançamos a Política Nacional de Cultura Exportadora, que envolve todos os Estados e entidades de apoio para ajudar empresas com potencial e maturidade exportadora a alcançar o mercado externo. Dentro dessa política, apresentamos ao Congresso o programa Acelera Exportação, que prevê a devolução de créditos tributários, uma medida que tornará os produtos de pequenos e médios empresários mais competitivos no exterior. Hoje, o Brasil ainda ‘exporta’ tributos, o que prejudica a competitividade de nossos produtos no mercado internacional. O programa Acelera Exportação é uma das várias iniciativas nesse sentido. Além disso, a criação de uma cultura exportadora, com capacitação e treinamento, é fundamental, assim como o trabalho de promoção comercial desenvolvido pela Apex Brasil, que é essencial para atrair mais empresas ao comércio exterior.

Tatiana Prazeres ressalta a importância da desburocratização do comércio exterior Foto: Werther Santana/Estadão

Existem outras iniciativas?

Destaco também a importância da desburocratização do comércio exterior. A facilitação do comércio internacional beneficia todos os exportadores, mas é especialmente vital para pequenas empresas, que enfrentam obstáculos significativos no mercado externo devido à burocracia. Para isso, estamos implementando a migração definitiva para o Portal Único de Comércio Exterior, uma plataforma que simplifica as operações, substituindo diversos sistemas e agentes distintos. Essa ferramenta é uma medida essencial de desburocratização, especialmente para empresas de menor porte.

Falou-se bastante sobre a vantagem do Brasil na agenda verde e nos biocombustíveis. Como a sra. avalia o potencial do setor no Brasil?

A relação entre comércio e desenvolvimento sustentável veio para ficar, e o Brasil está bem posicionado como uma potência ambiental, energética e agrícola para valorizar seus produtos e serviços no exterior, destacando seus atributos de sustentabilidade. Esse caminho não é simples; envolve desafios e a superação de barreiras ambientais impostas por exigências verdes. No entanto, graças à produção mais limpa e à matriz energética do país, o Brasil tem condições de posicionar melhor seus produtos no mercado internacional. Essa possibilidade abrange desde produtos da biodiversidade brasileira até itens do setor siderúrgico, que consomem intensivamente energia. Seja com bioinsumos ou produtos siderúrgicos, há oportunidades para que o Brasil se destaque tanto junto a indústrias que visam atingir suas próprias metas de sustentabilidade, quanto junto ao consumidor final, que valoriza cada vez mais essa dimensão no momento da compra.

Como a sra. enxerga o momento geopolítico atual e de que forma a indústria brasileira está inserida nesse contexto?

O cenário internacional atual é marcado pelo aumento das tensões geopolíticas, pelo risco de fragmentação do comércio e pela securitização da agenda comercial, em que as preocupações com segurança nacional se sobrepõem a prioridades tradicionais, como a busca por eficiência. O Brasil, por estar distante dos principais centros de tensão geopolítica, possui uma posição favorável para se destacar nesse novo contexto de reconfiguração das cadeias globais de valor. No entanto, navegar essas complexidades exige atenção, pois essas tensões também exercem pressão sobre o País.

Uma das prioridades do governo federal é aumentar a base de exportação no Brasil, de acordo com Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Apenas cerca de 1% das empresas brasileiras participam atualmente do mercado exportador”, disse Tatiana, em entrevista ao Estadão. Ela participou do Fórum Estadão Think — Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, no salão nobre da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Para melhorar este cenário, foi lançada a Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), um conjunto de medidas com objetivo de incentivar a exportação de produtos e serviços brasileiros. “A PNCE envolve todos os Estados e entidades de apoio para ajudar empresas com potencial e maturidade exportadora a alcançar o mercado externo”, afirma Tatiana.

Segundo a secretária do MDIC, a desburocratização do comércio exterior é outro tema relevante que está no foco do governo. “A facilitação do comércio internacional beneficia todos os exportadores, mas é especialmente vital para pequenas empresas, que enfrentam obstáculos significativos no mercado externo devido à burocracia”, disse.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que o governo tem feito para fomentar as exportações e melhorar a competitividade da indústria brasileira no cenário global?

Ampliar a base exportadora do Brasil é um objetivo do governo federal. Atualmente, apenas cerca de 1% das empresas brasileiras participa do mercado exportador. Em resposta a esse cenário, lançamos a Política Nacional de Cultura Exportadora, que envolve todos os Estados e entidades de apoio para ajudar empresas com potencial e maturidade exportadora a alcançar o mercado externo. Dentro dessa política, apresentamos ao Congresso o programa Acelera Exportação, que prevê a devolução de créditos tributários, uma medida que tornará os produtos de pequenos e médios empresários mais competitivos no exterior. Hoje, o Brasil ainda ‘exporta’ tributos, o que prejudica a competitividade de nossos produtos no mercado internacional. O programa Acelera Exportação é uma das várias iniciativas nesse sentido. Além disso, a criação de uma cultura exportadora, com capacitação e treinamento, é fundamental, assim como o trabalho de promoção comercial desenvolvido pela Apex Brasil, que é essencial para atrair mais empresas ao comércio exterior.

Tatiana Prazeres ressalta a importância da desburocratização do comércio exterior Foto: Werther Santana/Estadão

Existem outras iniciativas?

Destaco também a importância da desburocratização do comércio exterior. A facilitação do comércio internacional beneficia todos os exportadores, mas é especialmente vital para pequenas empresas, que enfrentam obstáculos significativos no mercado externo devido à burocracia. Para isso, estamos implementando a migração definitiva para o Portal Único de Comércio Exterior, uma plataforma que simplifica as operações, substituindo diversos sistemas e agentes distintos. Essa ferramenta é uma medida essencial de desburocratização, especialmente para empresas de menor porte.

Falou-se bastante sobre a vantagem do Brasil na agenda verde e nos biocombustíveis. Como a sra. avalia o potencial do setor no Brasil?

A relação entre comércio e desenvolvimento sustentável veio para ficar, e o Brasil está bem posicionado como uma potência ambiental, energética e agrícola para valorizar seus produtos e serviços no exterior, destacando seus atributos de sustentabilidade. Esse caminho não é simples; envolve desafios e a superação de barreiras ambientais impostas por exigências verdes. No entanto, graças à produção mais limpa e à matriz energética do país, o Brasil tem condições de posicionar melhor seus produtos no mercado internacional. Essa possibilidade abrange desde produtos da biodiversidade brasileira até itens do setor siderúrgico, que consomem intensivamente energia. Seja com bioinsumos ou produtos siderúrgicos, há oportunidades para que o Brasil se destaque tanto junto a indústrias que visam atingir suas próprias metas de sustentabilidade, quanto junto ao consumidor final, que valoriza cada vez mais essa dimensão no momento da compra.

Como a sra. enxerga o momento geopolítico atual e de que forma a indústria brasileira está inserida nesse contexto?

O cenário internacional atual é marcado pelo aumento das tensões geopolíticas, pelo risco de fragmentação do comércio e pela securitização da agenda comercial, em que as preocupações com segurança nacional se sobrepõem a prioridades tradicionais, como a busca por eficiência. O Brasil, por estar distante dos principais centros de tensão geopolítica, possui uma posição favorável para se destacar nesse novo contexto de reconfiguração das cadeias globais de valor. No entanto, navegar essas complexidades exige atenção, pois essas tensões também exercem pressão sobre o País.

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