Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|A ameaça do iene: aumento do juro no Japão foi gatilho para pânico nos mercados


Situação já se acalmou, mas ainda restam dúvidas sobre operações de ‘carry trade’

Por Fábio Alves

Os mercados globais levaram um grande susto na semana passada, quando os investidores, em pânico, abandonaram uma estratégia de aplicação que vinha dando lucros elevados há anos: tomar dinheiro emprestado em uma moeda de país com juros baixos para investir em ativos com taxas de rendimentos elevados. Foi essa debandada que fez, no auge do estresse, a Bolsa de Valores de Tóquio chegar a cair mais de 12% e, no Brasil, o dólar superar R$ 5,86.

Essas operações são chamadas em inglês de “carry trade” e vinham alimentando o rali de ativos de risco: desde moedas emergentes, como o real brasileiro e o peso mexicano, até ações das gigantes de tecnologia nos Estados Unidos e também commodities, como o cobre. Para que elas deem resultado, é necessário não apenas o diferencial de juros entre duas economias, mas também que a volatilidade nos preços dos ativos esteja controlada.

No fim da semana passada, o mercado já havia acalmado. Mas a grande dúvida é se outro episódio de pânico pode acontecer em breve, levando a novo desmonte das operações de “carry trade” e resultando em mais turbulência para as moedas emergentes e as Bolsas ao redor do mundo. Estrategistas de bancos estrangeiros, como o JPMorgan, estimam que, na semana passada, houve um desmonte entre 50% e 60% dessas operações.

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Banco do Japão subiu os juros recentemente e sinalizou que poderia aumentar mais a taxa em breve Foto: Kazuhiro Nogi / AFP

O gatilho do pânico foi quando o Banco Central do Japão elevou os juros e sinalizou, inicialmente, que voltaria a subir a taxa. Logo depois, o iene japonês disparou e atingiu seu maior nível em relação ao dólar em sete meses. O iene é, de longe, a moeda favorita dos investidores globais para as operações de “carry trade”, pois, até março deste ano, o Japão mantinha taxas de juros negativas. Enquanto isso, os juros nos EUA estão ainda no maior patamar desde a década de 1980, entre 5,25% e 5,50%. Porém, depois de dados do mercado de trabalho piores do que o esperado, o temor de uma recessão nos EUA chacoalhou os mercados globais, e os investidores passaram a precificar cortes agressivos dos juros americanos.

Não é possível estimar com precisão o tamanho das operações de “carry trade”, uma vez que elas não são centralizadas, como as negociações em Bolsas de Valores. Mas os analistas da TS Lombard estimam que os investidores precisam, nada menos, do que US$ 1,1 trilhão para pagar aos bancos japoneses o dinheiro emprestado para aplicar em ativos mais rentáveis. Se o temor com a recessão nos EUA voltar a gerar volatilidade excessiva e se o iene voltar a subir com força, é muito dinheiro que pode fugir dos mercados emergentes.

Os mercados globais levaram um grande susto na semana passada, quando os investidores, em pânico, abandonaram uma estratégia de aplicação que vinha dando lucros elevados há anos: tomar dinheiro emprestado em uma moeda de país com juros baixos para investir em ativos com taxas de rendimentos elevados. Foi essa debandada que fez, no auge do estresse, a Bolsa de Valores de Tóquio chegar a cair mais de 12% e, no Brasil, o dólar superar R$ 5,86.

Essas operações são chamadas em inglês de “carry trade” e vinham alimentando o rali de ativos de risco: desde moedas emergentes, como o real brasileiro e o peso mexicano, até ações das gigantes de tecnologia nos Estados Unidos e também commodities, como o cobre. Para que elas deem resultado, é necessário não apenas o diferencial de juros entre duas economias, mas também que a volatilidade nos preços dos ativos esteja controlada.

No fim da semana passada, o mercado já havia acalmado. Mas a grande dúvida é se outro episódio de pânico pode acontecer em breve, levando a novo desmonte das operações de “carry trade” e resultando em mais turbulência para as moedas emergentes e as Bolsas ao redor do mundo. Estrategistas de bancos estrangeiros, como o JPMorgan, estimam que, na semana passada, houve um desmonte entre 50% e 60% dessas operações.

Banco do Japão subiu os juros recentemente e sinalizou que poderia aumentar mais a taxa em breve Foto: Kazuhiro Nogi / AFP

O gatilho do pânico foi quando o Banco Central do Japão elevou os juros e sinalizou, inicialmente, que voltaria a subir a taxa. Logo depois, o iene japonês disparou e atingiu seu maior nível em relação ao dólar em sete meses. O iene é, de longe, a moeda favorita dos investidores globais para as operações de “carry trade”, pois, até março deste ano, o Japão mantinha taxas de juros negativas. Enquanto isso, os juros nos EUA estão ainda no maior patamar desde a década de 1980, entre 5,25% e 5,50%. Porém, depois de dados do mercado de trabalho piores do que o esperado, o temor de uma recessão nos EUA chacoalhou os mercados globais, e os investidores passaram a precificar cortes agressivos dos juros americanos.

Não é possível estimar com precisão o tamanho das operações de “carry trade”, uma vez que elas não são centralizadas, como as negociações em Bolsas de Valores. Mas os analistas da TS Lombard estimam que os investidores precisam, nada menos, do que US$ 1,1 trilhão para pagar aos bancos japoneses o dinheiro emprestado para aplicar em ativos mais rentáveis. Se o temor com a recessão nos EUA voltar a gerar volatilidade excessiva e se o iene voltar a subir com força, é muito dinheiro que pode fugir dos mercados emergentes.

Os mercados globais levaram um grande susto na semana passada, quando os investidores, em pânico, abandonaram uma estratégia de aplicação que vinha dando lucros elevados há anos: tomar dinheiro emprestado em uma moeda de país com juros baixos para investir em ativos com taxas de rendimentos elevados. Foi essa debandada que fez, no auge do estresse, a Bolsa de Valores de Tóquio chegar a cair mais de 12% e, no Brasil, o dólar superar R$ 5,86.

Essas operações são chamadas em inglês de “carry trade” e vinham alimentando o rali de ativos de risco: desde moedas emergentes, como o real brasileiro e o peso mexicano, até ações das gigantes de tecnologia nos Estados Unidos e também commodities, como o cobre. Para que elas deem resultado, é necessário não apenas o diferencial de juros entre duas economias, mas também que a volatilidade nos preços dos ativos esteja controlada.

No fim da semana passada, o mercado já havia acalmado. Mas a grande dúvida é se outro episódio de pânico pode acontecer em breve, levando a novo desmonte das operações de “carry trade” e resultando em mais turbulência para as moedas emergentes e as Bolsas ao redor do mundo. Estrategistas de bancos estrangeiros, como o JPMorgan, estimam que, na semana passada, houve um desmonte entre 50% e 60% dessas operações.

Banco do Japão subiu os juros recentemente e sinalizou que poderia aumentar mais a taxa em breve Foto: Kazuhiro Nogi / AFP

O gatilho do pânico foi quando o Banco Central do Japão elevou os juros e sinalizou, inicialmente, que voltaria a subir a taxa. Logo depois, o iene japonês disparou e atingiu seu maior nível em relação ao dólar em sete meses. O iene é, de longe, a moeda favorita dos investidores globais para as operações de “carry trade”, pois, até março deste ano, o Japão mantinha taxas de juros negativas. Enquanto isso, os juros nos EUA estão ainda no maior patamar desde a década de 1980, entre 5,25% e 5,50%. Porém, depois de dados do mercado de trabalho piores do que o esperado, o temor de uma recessão nos EUA chacoalhou os mercados globais, e os investidores passaram a precificar cortes agressivos dos juros americanos.

Não é possível estimar com precisão o tamanho das operações de “carry trade”, uma vez que elas não são centralizadas, como as negociações em Bolsas de Valores. Mas os analistas da TS Lombard estimam que os investidores precisam, nada menos, do que US$ 1,1 trilhão para pagar aos bancos japoneses o dinheiro emprestado para aplicar em ativos mais rentáveis. Se o temor com a recessão nos EUA voltar a gerar volatilidade excessiva e se o iene voltar a subir com força, é muito dinheiro que pode fugir dos mercados emergentes.

Os mercados globais levaram um grande susto na semana passada, quando os investidores, em pânico, abandonaram uma estratégia de aplicação que vinha dando lucros elevados há anos: tomar dinheiro emprestado em uma moeda de país com juros baixos para investir em ativos com taxas de rendimentos elevados. Foi essa debandada que fez, no auge do estresse, a Bolsa de Valores de Tóquio chegar a cair mais de 12% e, no Brasil, o dólar superar R$ 5,86.

Essas operações são chamadas em inglês de “carry trade” e vinham alimentando o rali de ativos de risco: desde moedas emergentes, como o real brasileiro e o peso mexicano, até ações das gigantes de tecnologia nos Estados Unidos e também commodities, como o cobre. Para que elas deem resultado, é necessário não apenas o diferencial de juros entre duas economias, mas também que a volatilidade nos preços dos ativos esteja controlada.

No fim da semana passada, o mercado já havia acalmado. Mas a grande dúvida é se outro episódio de pânico pode acontecer em breve, levando a novo desmonte das operações de “carry trade” e resultando em mais turbulência para as moedas emergentes e as Bolsas ao redor do mundo. Estrategistas de bancos estrangeiros, como o JPMorgan, estimam que, na semana passada, houve um desmonte entre 50% e 60% dessas operações.

Banco do Japão subiu os juros recentemente e sinalizou que poderia aumentar mais a taxa em breve Foto: Kazuhiro Nogi / AFP

O gatilho do pânico foi quando o Banco Central do Japão elevou os juros e sinalizou, inicialmente, que voltaria a subir a taxa. Logo depois, o iene japonês disparou e atingiu seu maior nível em relação ao dólar em sete meses. O iene é, de longe, a moeda favorita dos investidores globais para as operações de “carry trade”, pois, até março deste ano, o Japão mantinha taxas de juros negativas. Enquanto isso, os juros nos EUA estão ainda no maior patamar desde a década de 1980, entre 5,25% e 5,50%. Porém, depois de dados do mercado de trabalho piores do que o esperado, o temor de uma recessão nos EUA chacoalhou os mercados globais, e os investidores passaram a precificar cortes agressivos dos juros americanos.

Não é possível estimar com precisão o tamanho das operações de “carry trade”, uma vez que elas não são centralizadas, como as negociações em Bolsas de Valores. Mas os analistas da TS Lombard estimam que os investidores precisam, nada menos, do que US$ 1,1 trilhão para pagar aos bancos japoneses o dinheiro emprestado para aplicar em ativos mais rentáveis. Se o temor com a recessão nos EUA voltar a gerar volatilidade excessiva e se o iene voltar a subir com força, é muito dinheiro que pode fugir dos mercados emergentes.

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