Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|De que lado Campos Neto ficará na reunião do Copom da próxima semana?


Paira uma dúvida sobre qual será o desfecho da reunião; mesmo se mantiver o corte em 0,5 ponto, poderá o Copom sinalizar que está aberto a acelerar esse ritmo em janeiro?

Por Fábio Alves

A visível melhora no núcleo da inflação, indicando uma dinâmica mais benigna dos preços no futuro, levou parte dos analistas a falar em aceleração do ritmo de corte da taxa Selic pelo Copom, de 0,50 ponto porcentual para 0,75 ponto, mas essa aposta encontra aparentemente dois lados opostos no Banco Central.

Na semana passada, em um evento, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, sancionou essa aposta ao relatar que, em conversas recentes, tem sentido no mercado um sentimento de que haveria espaço para acelerar os cortes de juros. As suas declarações tiveram um impacto imediato na precificação dos próximos passos do Copom.

Galípolo e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, foram indicados pelo presidente Lula. E Galípolo é cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando da instituição quando o mandato deste acabar, no fim de 2024. Mais ainda: a suspeita no mercado é a de que quando dois novos diretores, também indicados por Lula, assumirem os seus cargos em janeiro, a política monetária do BC será mais agressiva nos cortes de juros, refletindo o desejo do governo.

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No outro lado do debate está o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que tem reforçado que o ritmo de redução da Selic em 0,50 ponto é adequado, reforçando o compromisso de trazer a inflação de volta à meta.

Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central, tem dito que o ritmo de corte na taxa de juros está adequado Foto: FELIPE RAU / ESTADÃO

No seu último comunicado, o Copom sinalizou uma redução de 0,50 ponto nas suas próximas reuniões, o que foi interpretado como o ritmo que será adotado na decisão da semana que vem e também no encontro de janeiro. Para os mais cautelosos, ainda há incertezas fiscais e as expectativas inflacionárias de médio prazo seguem acima da meta.

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Só que com os últimos resultados da inflação e o endosso de Galípolo ao sentimento de parte do mercado sobre acelerar o ritmo de corte, paira uma dúvida sobre qual será o desfecho da reunião do Copom na próxima semana. Ou seja, mesmo se mantiver o corte em 0,50 ponto, poderá o Copom sinalizar que está aberto a acelerar esse ritmo em janeiro?

É bom lembrar que, quando o Copom iniciou o atual ciclo de afrouxamento monetário, em agosto, a decisão por baixar a Selic em 0,50 ponto foi apertadíssima: cinco votos contra quatro, sendo que os derrotados queriam começar esse ciclo com um corte mais modesto, de 0,25 ponto. Galípolo foi um dos que votaram por 0,50 ponto. Guillen estava no grupo minoritário a favor de 0,25 ponto. Campos Neto foi o voto de desempate e, na ocasião, apoiou Galípolo. E agora, de que lado ele ficará?

A visível melhora no núcleo da inflação, indicando uma dinâmica mais benigna dos preços no futuro, levou parte dos analistas a falar em aceleração do ritmo de corte da taxa Selic pelo Copom, de 0,50 ponto porcentual para 0,75 ponto, mas essa aposta encontra aparentemente dois lados opostos no Banco Central.

Na semana passada, em um evento, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, sancionou essa aposta ao relatar que, em conversas recentes, tem sentido no mercado um sentimento de que haveria espaço para acelerar os cortes de juros. As suas declarações tiveram um impacto imediato na precificação dos próximos passos do Copom.

Galípolo e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, foram indicados pelo presidente Lula. E Galípolo é cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando da instituição quando o mandato deste acabar, no fim de 2024. Mais ainda: a suspeita no mercado é a de que quando dois novos diretores, também indicados por Lula, assumirem os seus cargos em janeiro, a política monetária do BC será mais agressiva nos cortes de juros, refletindo o desejo do governo.

No outro lado do debate está o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que tem reforçado que o ritmo de redução da Selic em 0,50 ponto é adequado, reforçando o compromisso de trazer a inflação de volta à meta.

Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central, tem dito que o ritmo de corte na taxa de juros está adequado Foto: FELIPE RAU / ESTADÃO

No seu último comunicado, o Copom sinalizou uma redução de 0,50 ponto nas suas próximas reuniões, o que foi interpretado como o ritmo que será adotado na decisão da semana que vem e também no encontro de janeiro. Para os mais cautelosos, ainda há incertezas fiscais e as expectativas inflacionárias de médio prazo seguem acima da meta.

Só que com os últimos resultados da inflação e o endosso de Galípolo ao sentimento de parte do mercado sobre acelerar o ritmo de corte, paira uma dúvida sobre qual será o desfecho da reunião do Copom na próxima semana. Ou seja, mesmo se mantiver o corte em 0,50 ponto, poderá o Copom sinalizar que está aberto a acelerar esse ritmo em janeiro?

É bom lembrar que, quando o Copom iniciou o atual ciclo de afrouxamento monetário, em agosto, a decisão por baixar a Selic em 0,50 ponto foi apertadíssima: cinco votos contra quatro, sendo que os derrotados queriam começar esse ciclo com um corte mais modesto, de 0,25 ponto. Galípolo foi um dos que votaram por 0,50 ponto. Guillen estava no grupo minoritário a favor de 0,25 ponto. Campos Neto foi o voto de desempate e, na ocasião, apoiou Galípolo. E agora, de que lado ele ficará?

A visível melhora no núcleo da inflação, indicando uma dinâmica mais benigna dos preços no futuro, levou parte dos analistas a falar em aceleração do ritmo de corte da taxa Selic pelo Copom, de 0,50 ponto porcentual para 0,75 ponto, mas essa aposta encontra aparentemente dois lados opostos no Banco Central.

Na semana passada, em um evento, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, sancionou essa aposta ao relatar que, em conversas recentes, tem sentido no mercado um sentimento de que haveria espaço para acelerar os cortes de juros. As suas declarações tiveram um impacto imediato na precificação dos próximos passos do Copom.

Galípolo e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, foram indicados pelo presidente Lula. E Galípolo é cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando da instituição quando o mandato deste acabar, no fim de 2024. Mais ainda: a suspeita no mercado é a de que quando dois novos diretores, também indicados por Lula, assumirem os seus cargos em janeiro, a política monetária do BC será mais agressiva nos cortes de juros, refletindo o desejo do governo.

No outro lado do debate está o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que tem reforçado que o ritmo de redução da Selic em 0,50 ponto é adequado, reforçando o compromisso de trazer a inflação de volta à meta.

Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central, tem dito que o ritmo de corte na taxa de juros está adequado Foto: FELIPE RAU / ESTADÃO

No seu último comunicado, o Copom sinalizou uma redução de 0,50 ponto nas suas próximas reuniões, o que foi interpretado como o ritmo que será adotado na decisão da semana que vem e também no encontro de janeiro. Para os mais cautelosos, ainda há incertezas fiscais e as expectativas inflacionárias de médio prazo seguem acima da meta.

Só que com os últimos resultados da inflação e o endosso de Galípolo ao sentimento de parte do mercado sobre acelerar o ritmo de corte, paira uma dúvida sobre qual será o desfecho da reunião do Copom na próxima semana. Ou seja, mesmo se mantiver o corte em 0,50 ponto, poderá o Copom sinalizar que está aberto a acelerar esse ritmo em janeiro?

É bom lembrar que, quando o Copom iniciou o atual ciclo de afrouxamento monetário, em agosto, a decisão por baixar a Selic em 0,50 ponto foi apertadíssima: cinco votos contra quatro, sendo que os derrotados queriam começar esse ciclo com um corte mais modesto, de 0,25 ponto. Galípolo foi um dos que votaram por 0,50 ponto. Guillen estava no grupo minoritário a favor de 0,25 ponto. Campos Neto foi o voto de desempate e, na ocasião, apoiou Galípolo. E agora, de que lado ele ficará?

A visível melhora no núcleo da inflação, indicando uma dinâmica mais benigna dos preços no futuro, levou parte dos analistas a falar em aceleração do ritmo de corte da taxa Selic pelo Copom, de 0,50 ponto porcentual para 0,75 ponto, mas essa aposta encontra aparentemente dois lados opostos no Banco Central.

Na semana passada, em um evento, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, sancionou essa aposta ao relatar que, em conversas recentes, tem sentido no mercado um sentimento de que haveria espaço para acelerar os cortes de juros. As suas declarações tiveram um impacto imediato na precificação dos próximos passos do Copom.

Galípolo e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, foram indicados pelo presidente Lula. E Galípolo é cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando da instituição quando o mandato deste acabar, no fim de 2024. Mais ainda: a suspeita no mercado é a de que quando dois novos diretores, também indicados por Lula, assumirem os seus cargos em janeiro, a política monetária do BC será mais agressiva nos cortes de juros, refletindo o desejo do governo.

No outro lado do debate está o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que tem reforçado que o ritmo de redução da Selic em 0,50 ponto é adequado, reforçando o compromisso de trazer a inflação de volta à meta.

Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central, tem dito que o ritmo de corte na taxa de juros está adequado Foto: FELIPE RAU / ESTADÃO

No seu último comunicado, o Copom sinalizou uma redução de 0,50 ponto nas suas próximas reuniões, o que foi interpretado como o ritmo que será adotado na decisão da semana que vem e também no encontro de janeiro. Para os mais cautelosos, ainda há incertezas fiscais e as expectativas inflacionárias de médio prazo seguem acima da meta.

Só que com os últimos resultados da inflação e o endosso de Galípolo ao sentimento de parte do mercado sobre acelerar o ritmo de corte, paira uma dúvida sobre qual será o desfecho da reunião do Copom na próxima semana. Ou seja, mesmo se mantiver o corte em 0,50 ponto, poderá o Copom sinalizar que está aberto a acelerar esse ritmo em janeiro?

É bom lembrar que, quando o Copom iniciou o atual ciclo de afrouxamento monetário, em agosto, a decisão por baixar a Selic em 0,50 ponto foi apertadíssima: cinco votos contra quatro, sendo que os derrotados queriam começar esse ciclo com um corte mais modesto, de 0,25 ponto. Galípolo foi um dos que votaram por 0,50 ponto. Guillen estava no grupo minoritário a favor de 0,25 ponto. Campos Neto foi o voto de desempate e, na ocasião, apoiou Galípolo. E agora, de que lado ele ficará?

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