Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|Tempestade perfeita poderá elevar preço do petróleo nos próximos meses


Geopolítica da commodity faz com que analistas estimem que cotação pode superar US$ 100 por barril nos próximos meses

Por Fábio Alves

O preço do petróleo Brent subiu 6,5% na semana passada, chegando a US$ 85,12 por barril, em reação ao corte inesperado de 1,16 milhão de barris por dia (b/d) na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Mas a redução repentina na oferta é apenas um dos elementos de uma tempestade perfeita que poderá fazer a cotação superar US$ 100 por barril nos próximos meses.

Liderado pela Arábia Saudita, que irá reduzir sua produção em 500 mil b/d, o corte da oferta pelos países da Opep+ irá vigorar a partir de maio, justamente quando a demanda por gasolina, diesel e por outros derivados de petróleo aumenta com força em razão do verão no Hemisfério Norte. Nos EUA, o preço da gasolina é um tema politicamente explosivo para os americanos que saem de férias.

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Outro impacto que ameaça o mercado de petróleo: a reabertura total da economia chinesa, com o abandono da política de covid zero, o que deverá impulsionar a demanda por combustíveis. Com a vida voltando a todo vapor na China, inclusive com a retomada em níveis normais de viagens domésticas e internacionais, analistas estimam que o aumento da demanda chinesa por petróleo poderá ficar entre 1,2 milhão e 1,4 milhão de b/d, equivalente a quase 40% da recuperação da demanda global por petróleo esperada em 2023.

Diante da combinação da demanda de verão no Hemisfério Norte, da retomada completa da economia chinesa e do corte repentino na oferta da Opep+, muitos analistas revisaram para cima as projeções para o preço do petróleo no fim deste ano. O banco Goldman Sachs subiu de US$ 90 para US$ 95 a sua projeção para o preço do barril do tipo Brent no fim de 2023. Há quem aposte que a cotação possa superar US$ 100 em algum momento.

OPEP anunciou corte na produção de petróleo na última semana Foto: Manu Brabo / AP
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A questão é até onde os líderes da Opep+ vão deixar o preço subir antes de haver um impacto de longo prazo mais significativo na demanda. Isso porque, antes mesmo do corte na oferta do cartel, os analistas acreditavam que a recente crise bancária e o aperto monetário pelos principais bancos centrais do mundo levariam a economia global a uma recessão e, por tabela, a uma queda da demanda por essa commodity.

Acontece que a geopolítica do petróleo voltou a dominar as decisões, adicionando um maior grau de incerteza sobre o cenário macroeconômico. Geralmente, as decisões da Opep+ levam semanas ou meses para se chegar a um consenso. Mas o corte veio sem discussão prévia e num fim de semana. Numa tacada só, os árabes puniram o presidente americano Joe Biden e, de quebra, ajudaram o russo Vladimir Putin.

O preço do petróleo Brent subiu 6,5% na semana passada, chegando a US$ 85,12 por barril, em reação ao corte inesperado de 1,16 milhão de barris por dia (b/d) na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Mas a redução repentina na oferta é apenas um dos elementos de uma tempestade perfeita que poderá fazer a cotação superar US$ 100 por barril nos próximos meses.

Liderado pela Arábia Saudita, que irá reduzir sua produção em 500 mil b/d, o corte da oferta pelos países da Opep+ irá vigorar a partir de maio, justamente quando a demanda por gasolina, diesel e por outros derivados de petróleo aumenta com força em razão do verão no Hemisfério Norte. Nos EUA, o preço da gasolina é um tema politicamente explosivo para os americanos que saem de férias.

Outro impacto que ameaça o mercado de petróleo: a reabertura total da economia chinesa, com o abandono da política de covid zero, o que deverá impulsionar a demanda por combustíveis. Com a vida voltando a todo vapor na China, inclusive com a retomada em níveis normais de viagens domésticas e internacionais, analistas estimam que o aumento da demanda chinesa por petróleo poderá ficar entre 1,2 milhão e 1,4 milhão de b/d, equivalente a quase 40% da recuperação da demanda global por petróleo esperada em 2023.

Diante da combinação da demanda de verão no Hemisfério Norte, da retomada completa da economia chinesa e do corte repentino na oferta da Opep+, muitos analistas revisaram para cima as projeções para o preço do petróleo no fim deste ano. O banco Goldman Sachs subiu de US$ 90 para US$ 95 a sua projeção para o preço do barril do tipo Brent no fim de 2023. Há quem aposte que a cotação possa superar US$ 100 em algum momento.

OPEP anunciou corte na produção de petróleo na última semana Foto: Manu Brabo / AP

A questão é até onde os líderes da Opep+ vão deixar o preço subir antes de haver um impacto de longo prazo mais significativo na demanda. Isso porque, antes mesmo do corte na oferta do cartel, os analistas acreditavam que a recente crise bancária e o aperto monetário pelos principais bancos centrais do mundo levariam a economia global a uma recessão e, por tabela, a uma queda da demanda por essa commodity.

Acontece que a geopolítica do petróleo voltou a dominar as decisões, adicionando um maior grau de incerteza sobre o cenário macroeconômico. Geralmente, as decisões da Opep+ levam semanas ou meses para se chegar a um consenso. Mas o corte veio sem discussão prévia e num fim de semana. Numa tacada só, os árabes puniram o presidente americano Joe Biden e, de quebra, ajudaram o russo Vladimir Putin.

O preço do petróleo Brent subiu 6,5% na semana passada, chegando a US$ 85,12 por barril, em reação ao corte inesperado de 1,16 milhão de barris por dia (b/d) na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Mas a redução repentina na oferta é apenas um dos elementos de uma tempestade perfeita que poderá fazer a cotação superar US$ 100 por barril nos próximos meses.

Liderado pela Arábia Saudita, que irá reduzir sua produção em 500 mil b/d, o corte da oferta pelos países da Opep+ irá vigorar a partir de maio, justamente quando a demanda por gasolina, diesel e por outros derivados de petróleo aumenta com força em razão do verão no Hemisfério Norte. Nos EUA, o preço da gasolina é um tema politicamente explosivo para os americanos que saem de férias.

Outro impacto que ameaça o mercado de petróleo: a reabertura total da economia chinesa, com o abandono da política de covid zero, o que deverá impulsionar a demanda por combustíveis. Com a vida voltando a todo vapor na China, inclusive com a retomada em níveis normais de viagens domésticas e internacionais, analistas estimam que o aumento da demanda chinesa por petróleo poderá ficar entre 1,2 milhão e 1,4 milhão de b/d, equivalente a quase 40% da recuperação da demanda global por petróleo esperada em 2023.

Diante da combinação da demanda de verão no Hemisfério Norte, da retomada completa da economia chinesa e do corte repentino na oferta da Opep+, muitos analistas revisaram para cima as projeções para o preço do petróleo no fim deste ano. O banco Goldman Sachs subiu de US$ 90 para US$ 95 a sua projeção para o preço do barril do tipo Brent no fim de 2023. Há quem aposte que a cotação possa superar US$ 100 em algum momento.

OPEP anunciou corte na produção de petróleo na última semana Foto: Manu Brabo / AP

A questão é até onde os líderes da Opep+ vão deixar o preço subir antes de haver um impacto de longo prazo mais significativo na demanda. Isso porque, antes mesmo do corte na oferta do cartel, os analistas acreditavam que a recente crise bancária e o aperto monetário pelos principais bancos centrais do mundo levariam a economia global a uma recessão e, por tabela, a uma queda da demanda por essa commodity.

Acontece que a geopolítica do petróleo voltou a dominar as decisões, adicionando um maior grau de incerteza sobre o cenário macroeconômico. Geralmente, as decisões da Opep+ levam semanas ou meses para se chegar a um consenso. Mas o corte veio sem discussão prévia e num fim de semana. Numa tacada só, os árabes puniram o presidente americano Joe Biden e, de quebra, ajudaram o russo Vladimir Putin.

Opinião por Fábio Alves

Colunista do Broadcast

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