Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|Crise dos juros globais pode afastar investidores do Brasil


Disparada de juros pagos pelos títulos públicos de várias economias desenvolvidas poderá ser, em breve, a mais nova dor de cabeça para os mercados emergentes

Por Fábio Alves
Atualização:

A disparada dos juros pagos pelos títulos públicos de várias economias desenvolvidas nas últimas semanas poderá ser, em breve, a mais nova dor de cabeça para os mercados emergentes dependentes do fluxo de capital estrangeiro. A turbulência será mais forte nos países que apresentam maior fragilidade fiscal ou nas suas contas externas.

Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos de 10 anos de prazo do Tesouro voltaram a superar o patamar de 4% na semana passada, aproximando-se do maior pico recente (em outubro do ano passado) de 4,34%, uma taxa que não se observava desde 2007, início da grande crise financeira mundial.

O título do Tesouro americano de 10 anos é a referência do custo de oportunidade de investimento e é considerado livre de risco. Quanto maior for a taxa paga por ele, menos incentivo terão os investidores globais em comprar qualquer outro ativo mundo afora. E, ontem, a taxa paga pelo papel de dois anos de prazo subiu mais ainda e superou o patamar de 5%, ameaçando atrair até os fiéis investidores nas Bolsas americanas. Quem vai querer correr risco em qualquer outro investimento se há uma aplicação segura rendendo 5% em dólar?

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Comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, reforçaram indicação de que a taxa de juros pode ficar além do que se esperava no atual ciclo de elevação dos custos de crédito.  Foto: Mariam Zuhaib/AP

Na Europa, os juros pagos pelo título de 10 anos do governo alemão atingiram 2,77% na semana passada, maior nível desde 2011, durante a crise da dívida da Zona do Euro. Já o papel de 2 anos, que é o mais sensível às decisões da política monetária de curto prazo, bateu em 3,209%, taxa que não se via desde 2008. Na Inglaterra, o juro pago pelo papel de 10 anos do governo subiu 0,8 ponto porcentual, para quase 3,90%, apenas nas últimas quatro semanas.

Os recentes indicadores de atividade e de inflação vieram bem mais fortes do que os analistas previam, forçando o mercado a projetar um ciclo de alta de juros mais duro e prolongado pelos principais bancos centrais do mundo. Primeiro, foi o número de criação de empregos nos EUA em janeiro (517 mil, superando em duas vezes e meia as projeções), mostrando que um mercado de trabalho mais apertado tornará mais difícil controlar os preços na economia americana. Recentemente, o núcleo da inflação (que exclui os preços voláteis, como energia e alimentos) na Zona do Euro voltou a acelerar em fevereiro.

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Se os próximos dados surpreenderem para cima de novo, os juros dos títulos públicos de países desenvolvidos poderão atingir níveis críticos, levando os investidores a fugir do que consideram risco. E o Brasil, ainda sem âncora fiscal crível e com a monetária sob ataque pelo presidente Lula, está no topo da lista.

A disparada dos juros pagos pelos títulos públicos de várias economias desenvolvidas nas últimas semanas poderá ser, em breve, a mais nova dor de cabeça para os mercados emergentes dependentes do fluxo de capital estrangeiro. A turbulência será mais forte nos países que apresentam maior fragilidade fiscal ou nas suas contas externas.

Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos de 10 anos de prazo do Tesouro voltaram a superar o patamar de 4% na semana passada, aproximando-se do maior pico recente (em outubro do ano passado) de 4,34%, uma taxa que não se observava desde 2007, início da grande crise financeira mundial.

O título do Tesouro americano de 10 anos é a referência do custo de oportunidade de investimento e é considerado livre de risco. Quanto maior for a taxa paga por ele, menos incentivo terão os investidores globais em comprar qualquer outro ativo mundo afora. E, ontem, a taxa paga pelo papel de dois anos de prazo subiu mais ainda e superou o patamar de 5%, ameaçando atrair até os fiéis investidores nas Bolsas americanas. Quem vai querer correr risco em qualquer outro investimento se há uma aplicação segura rendendo 5% em dólar?

Comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, reforçaram indicação de que a taxa de juros pode ficar além do que se esperava no atual ciclo de elevação dos custos de crédito.  Foto: Mariam Zuhaib/AP

Na Europa, os juros pagos pelo título de 10 anos do governo alemão atingiram 2,77% na semana passada, maior nível desde 2011, durante a crise da dívida da Zona do Euro. Já o papel de 2 anos, que é o mais sensível às decisões da política monetária de curto prazo, bateu em 3,209%, taxa que não se via desde 2008. Na Inglaterra, o juro pago pelo papel de 10 anos do governo subiu 0,8 ponto porcentual, para quase 3,90%, apenas nas últimas quatro semanas.

Os recentes indicadores de atividade e de inflação vieram bem mais fortes do que os analistas previam, forçando o mercado a projetar um ciclo de alta de juros mais duro e prolongado pelos principais bancos centrais do mundo. Primeiro, foi o número de criação de empregos nos EUA em janeiro (517 mil, superando em duas vezes e meia as projeções), mostrando que um mercado de trabalho mais apertado tornará mais difícil controlar os preços na economia americana. Recentemente, o núcleo da inflação (que exclui os preços voláteis, como energia e alimentos) na Zona do Euro voltou a acelerar em fevereiro.

Se os próximos dados surpreenderem para cima de novo, os juros dos títulos públicos de países desenvolvidos poderão atingir níveis críticos, levando os investidores a fugir do que consideram risco. E o Brasil, ainda sem âncora fiscal crível e com a monetária sob ataque pelo presidente Lula, está no topo da lista.

A disparada dos juros pagos pelos títulos públicos de várias economias desenvolvidas nas últimas semanas poderá ser, em breve, a mais nova dor de cabeça para os mercados emergentes dependentes do fluxo de capital estrangeiro. A turbulência será mais forte nos países que apresentam maior fragilidade fiscal ou nas suas contas externas.

Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos de 10 anos de prazo do Tesouro voltaram a superar o patamar de 4% na semana passada, aproximando-se do maior pico recente (em outubro do ano passado) de 4,34%, uma taxa que não se observava desde 2007, início da grande crise financeira mundial.

O título do Tesouro americano de 10 anos é a referência do custo de oportunidade de investimento e é considerado livre de risco. Quanto maior for a taxa paga por ele, menos incentivo terão os investidores globais em comprar qualquer outro ativo mundo afora. E, ontem, a taxa paga pelo papel de dois anos de prazo subiu mais ainda e superou o patamar de 5%, ameaçando atrair até os fiéis investidores nas Bolsas americanas. Quem vai querer correr risco em qualquer outro investimento se há uma aplicação segura rendendo 5% em dólar?

Comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, reforçaram indicação de que a taxa de juros pode ficar além do que se esperava no atual ciclo de elevação dos custos de crédito.  Foto: Mariam Zuhaib/AP

Na Europa, os juros pagos pelo título de 10 anos do governo alemão atingiram 2,77% na semana passada, maior nível desde 2011, durante a crise da dívida da Zona do Euro. Já o papel de 2 anos, que é o mais sensível às decisões da política monetária de curto prazo, bateu em 3,209%, taxa que não se via desde 2008. Na Inglaterra, o juro pago pelo papel de 10 anos do governo subiu 0,8 ponto porcentual, para quase 3,90%, apenas nas últimas quatro semanas.

Os recentes indicadores de atividade e de inflação vieram bem mais fortes do que os analistas previam, forçando o mercado a projetar um ciclo de alta de juros mais duro e prolongado pelos principais bancos centrais do mundo. Primeiro, foi o número de criação de empregos nos EUA em janeiro (517 mil, superando em duas vezes e meia as projeções), mostrando que um mercado de trabalho mais apertado tornará mais difícil controlar os preços na economia americana. Recentemente, o núcleo da inflação (que exclui os preços voláteis, como energia e alimentos) na Zona do Euro voltou a acelerar em fevereiro.

Se os próximos dados surpreenderem para cima de novo, os juros dos títulos públicos de países desenvolvidos poderão atingir níveis críticos, levando os investidores a fugir do que consideram risco. E o Brasil, ainda sem âncora fiscal crível e com a monetária sob ataque pelo presidente Lula, está no topo da lista.

A disparada dos juros pagos pelos títulos públicos de várias economias desenvolvidas nas últimas semanas poderá ser, em breve, a mais nova dor de cabeça para os mercados emergentes dependentes do fluxo de capital estrangeiro. A turbulência será mais forte nos países que apresentam maior fragilidade fiscal ou nas suas contas externas.

Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos de 10 anos de prazo do Tesouro voltaram a superar o patamar de 4% na semana passada, aproximando-se do maior pico recente (em outubro do ano passado) de 4,34%, uma taxa que não se observava desde 2007, início da grande crise financeira mundial.

O título do Tesouro americano de 10 anos é a referência do custo de oportunidade de investimento e é considerado livre de risco. Quanto maior for a taxa paga por ele, menos incentivo terão os investidores globais em comprar qualquer outro ativo mundo afora. E, ontem, a taxa paga pelo papel de dois anos de prazo subiu mais ainda e superou o patamar de 5%, ameaçando atrair até os fiéis investidores nas Bolsas americanas. Quem vai querer correr risco em qualquer outro investimento se há uma aplicação segura rendendo 5% em dólar?

Comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, reforçaram indicação de que a taxa de juros pode ficar além do que se esperava no atual ciclo de elevação dos custos de crédito.  Foto: Mariam Zuhaib/AP

Na Europa, os juros pagos pelo título de 10 anos do governo alemão atingiram 2,77% na semana passada, maior nível desde 2011, durante a crise da dívida da Zona do Euro. Já o papel de 2 anos, que é o mais sensível às decisões da política monetária de curto prazo, bateu em 3,209%, taxa que não se via desde 2008. Na Inglaterra, o juro pago pelo papel de 10 anos do governo subiu 0,8 ponto porcentual, para quase 3,90%, apenas nas últimas quatro semanas.

Os recentes indicadores de atividade e de inflação vieram bem mais fortes do que os analistas previam, forçando o mercado a projetar um ciclo de alta de juros mais duro e prolongado pelos principais bancos centrais do mundo. Primeiro, foi o número de criação de empregos nos EUA em janeiro (517 mil, superando em duas vezes e meia as projeções), mostrando que um mercado de trabalho mais apertado tornará mais difícil controlar os preços na economia americana. Recentemente, o núcleo da inflação (que exclui os preços voláteis, como energia e alimentos) na Zona do Euro voltou a acelerar em fevereiro.

Se os próximos dados surpreenderem para cima de novo, os juros dos títulos públicos de países desenvolvidos poderão atingir níveis críticos, levando os investidores a fugir do que consideram risco. E o Brasil, ainda sem âncora fiscal crível e com a monetária sob ataque pelo presidente Lula, está no topo da lista.

A disparada dos juros pagos pelos títulos públicos de várias economias desenvolvidas nas últimas semanas poderá ser, em breve, a mais nova dor de cabeça para os mercados emergentes dependentes do fluxo de capital estrangeiro. A turbulência será mais forte nos países que apresentam maior fragilidade fiscal ou nas suas contas externas.

Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos de 10 anos de prazo do Tesouro voltaram a superar o patamar de 4% na semana passada, aproximando-se do maior pico recente (em outubro do ano passado) de 4,34%, uma taxa que não se observava desde 2007, início da grande crise financeira mundial.

O título do Tesouro americano de 10 anos é a referência do custo de oportunidade de investimento e é considerado livre de risco. Quanto maior for a taxa paga por ele, menos incentivo terão os investidores globais em comprar qualquer outro ativo mundo afora. E, ontem, a taxa paga pelo papel de dois anos de prazo subiu mais ainda e superou o patamar de 5%, ameaçando atrair até os fiéis investidores nas Bolsas americanas. Quem vai querer correr risco em qualquer outro investimento se há uma aplicação segura rendendo 5% em dólar?

Comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, reforçaram indicação de que a taxa de juros pode ficar além do que se esperava no atual ciclo de elevação dos custos de crédito.  Foto: Mariam Zuhaib/AP

Na Europa, os juros pagos pelo título de 10 anos do governo alemão atingiram 2,77% na semana passada, maior nível desde 2011, durante a crise da dívida da Zona do Euro. Já o papel de 2 anos, que é o mais sensível às decisões da política monetária de curto prazo, bateu em 3,209%, taxa que não se via desde 2008. Na Inglaterra, o juro pago pelo papel de 10 anos do governo subiu 0,8 ponto porcentual, para quase 3,90%, apenas nas últimas quatro semanas.

Os recentes indicadores de atividade e de inflação vieram bem mais fortes do que os analistas previam, forçando o mercado a projetar um ciclo de alta de juros mais duro e prolongado pelos principais bancos centrais do mundo. Primeiro, foi o número de criação de empregos nos EUA em janeiro (517 mil, superando em duas vezes e meia as projeções), mostrando que um mercado de trabalho mais apertado tornará mais difícil controlar os preços na economia americana. Recentemente, o núcleo da inflação (que exclui os preços voláteis, como energia e alimentos) na Zona do Euro voltou a acelerar em fevereiro.

Se os próximos dados surpreenderem para cima de novo, os juros dos títulos públicos de países desenvolvidos poderão atingir níveis críticos, levando os investidores a fugir do que consideram risco. E o Brasil, ainda sem âncora fiscal crível e com a monetária sob ataque pelo presidente Lula, está no topo da lista.

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